Alguns meses depois

A decisão de ir embora de Forks não foi nada fácil, em especial devido ao meu pai, pois ele sabia que tudo foi por causa do Edward, não queria de forma nenhum fazê-lo sofrer e isso só causou ainda mais angústia em meu peito, e durante todo trajeto até a Flórida, meu único pensamento foi de qual maneira eu conseguiria sobreviver a partir desse momento. Por um lado eu sabia que não estava sozinha, uma tia — irmã da minha mãe morava sozinha em uma casa no centro da cidade —, e ela se ofereceu para ajudar nessa transição, em pouco tempo arrumei um emprego, conclui o ensino medio a distancia mesmo e fazia de tudo para manter a mente ocupada e em especial por sentir algo crescer dentro de mim dia após dia. Hoje completei 35 semanas de gravidez e sentir a barriga crescer pouco a pouco gerava uma sensação calorosa e emocionante, dado que em todo momento eu sentia como se tivesse sozinha e quando descobri que estava grávida tive a certeza que aquilo era um presente, um sinal, dizendo que eu não estava sozinha, por outro lado, pensei milhões de vezes em  voltar para Forks e  conversar com Edward pessoalmente. No entanto, sem ter notícias dele minha mente só imaginou o pior e para reprimir qualquer tipo de pensamento ruim continuei seguindo minha vida sem voltar atrás.

Em poucos meses eu teria uma filha ao qual cuidaria sozinha e com todo amor do mundo, mas por um lado não soube dizer o que Edward pensaria sobre isso, se aceitaria ou não, afinal, antes de tudo ter acontecido seu plano sempre foi concluir a faculdade e ir para fora do país, onde seus sonhos seriam realizados.

Charlie por muito tempo tentou me convencer do contrário alegando que Edward tinha o dever de saber que era pai, no entanto, só de pensar nessa questão e ter uma conversa frente a frente me causava arrepio. 

— Ei, calma, meu bebê — sussurrei acariciando a barriga protuberante ao passo que senti uma pontada na barriga.

Agora eram poucas as roupas que serviam direito e eu comecei a usar as camisetas mais largas que encontrava, principalmente, por ter que aguentar um turno grande como garçonete. 

— Ah! — gritei sentindo mais uma pontada. Meu corpo enrijeceu e tive que apoiar o corpo contra o balcão da lanchonete. Meu turno havia acabado de começar e eu segurava uma caneca cheia de café quente do meu primeiro cliente do dia, larguei o objeto sobre a bancada e a próxima contração veio ainda mais forte e mais rápida.

— Está tudo bem, Bella? — Charlotte perguntou se aproximando. Ela gentilmente tocou meu ombro e eu suspirei apoiado-me nela. Charlotte era uma garota jovem, com uma família complicada, que assim como eu aceitou o primeiro trabalho que conseguiu e em pouco tempo trabalhando juntas, uma amizade surgiu. 

— Ai, meu Deus — gemi sentindo uma contração mais forte — Eu acho… Eu acho que o meu bebê vai nascer. Ah!