Natureza Humana escrita por Last Mafagafo


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Esse é bem curtinho, eu sei. Mas eu prometo que vou me esforçar para dividir melhor esses capítulos



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— Já terminou? - perguntou Donna, se esforçando para manter-se no lugar.

— Estou quase… Só mais um minuto.

— Sério, Homem do espaço? Quanto tempo mais eu vou ter que ficar aqui?

— Já está quase no final. Aqui… E então… O que acha?

John sentou-se ao seu lado e lhe mostrou um desenho seu, que ele havia feito com carvão no diário. Donna sorriu. Era lindo, mais bonito até que o que ele havia feito dela no vestido de noiva. Ela estava de com o rosto levemente inclinado, as bochechas coradas e um olhar gentil. John a havia desenhado com o cabelo preso daquela vez, um estilo bem década de 1910, feio e sem graça, mas no desenho parecia elegante, como uma Gibson Girl.

— Tem certeza que sou eu? Ela está muito bonita para ser eu. Faça de novo, John, desta vez acrescente algumas rugas - disse Donna, devolvendo o desenho para ele.

— Essa é você, eu te garanto. Você é uma mulher bonita, Donna Noble. Você realmente não vê?

— Ah, para! Eu não sou nada de especial! Você já teve companheiras muito mais bonitas que eu.

— Eu não acho… Para mim, você é a mulher mais bonita de todo o universo.

Donna corou. E John tomou aquilo como um convite para se aproximar. Ele colocou uma das mãos no rosto de Donna e ela o olhou, surpresa. Então ele chegou mais perto e lhe deu um gentil beijo nos lábios. Donna fechou os olhos por um segundo, seu coração batendo rápido. Ela já havia beijado o Doutor outra vez, quando precisou lhe dar um choque enquanto ele fazia um detox. Mas daquela vez era diferente. Não havia amêndoas, anchovas ou cerveja de gengibre. Nem era uma situação de vida ou morte. Aquele era um beijo de verdade. 

Ela sabia que aquilo era errado. Donna sabia que não deveria incentivá-lo, mas ela gostou de sentir os lábios dele nos seus. Donna não conseguia se lembrar da última vez em que havia beijado alguém. E os lábios do Doutor eram viciantes. Doces, macios, apaixonados… E por isso ela precisava pará-lo.

— Eu não posso - ela disse, se levantando - Isso está errado. Me desculpe.

John tentou ir atrás dela e se desculpar, mas Donna foi rápida ao se esconder em seu quarto. Seu coração estava disparado, parecia que iria saltar pela boca. Ela tinha beijado o Doutor, de verdade daquela vez, e ele iria se lembrar. Ela sabia que sim. Aquilo tinha que parar, todo aquele mundo paralelo, toda aquela maluquice. Ela nunca deveria ter passado aquela tarde ociosa com o Doutor. Ela tinha que achar o relógio o quanto antes. 


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