Star Ocean: O Mar Onde Encontrei o Amor escrita por Mesprit


Capítulo 9
Água com Açúcar




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O movimento dos dedos por cima da tela do celular era incessante e podia-se observar que as palavras surgiam e eram apagadas na mesma frequência. Seungkwan e Joochan trocaram olhares e depois direcionaram novamente a visão para um jovem de cabelos roxos perturbado que não soltava o celular nem para terminar sua refeição, que por sinal não havia nem sido tocada ainda.
— Duda, você vai se atrasar se não comer logo - chamou Joochan despertando o outro dos seus devaneios.
Eduardo agradeceu o chamado do amigo e largou o celular, pegando seus talheres e começando a comer, embora sem muito ânimo para tal. A dupla do curso de gastronomia se sentia desconfortável vendo alguém comendo com tão pouco entusiasmo, chegava a ser ofensivo mesmo que nem tenha sido eles quem preparam o prato.
— Credo, se for pra comer desse jeito melhor nem comer - Seungkwan se intrometeu com visível desgosto pela cena.
— Desculpe, é porque eu estou um pouco nervoso.
— E o problema é o Lee Jangjun ou o Lee Seokmin? - Joochan alfinetou o rapaz que quase se engasgou com a sopa que estava tomando no momento.
— Da onde você tirou isso? - Eduardo perguntou claramente constrangido, o que fez os dois coreanos rirem.
— Por favor, ninguém aqui é cego. Desde o karaokê deu pra ver que você ficou caidinho pelo Dokyeom, e agora você também fica andando pra cima e pra baixo com o Lee Jangjun grudado em você que nem chiclete no sapato. Até me espantei que ele não estava com você hoje quando chegamos na mesa. - Seungkwan jogou os fatos na mesa enquanto Joochan apenas acenava em concordância.
O estrangeiro estava morrendo de vergonha da situação, não sabia que ele era tão óbvio assim. De fato ele também tinha achado estranho que não vira a estrela do basquete desde o início da semana, além de ele sempre dar desculpas no telefone quando o rapaz tenta marcar alguma coisa, porém sempre conversa por texto como se tudo estivesse normal. Já o ator andava nitidamente ocupado com os preparativos para a apresentação, e por isso mesmo que o garoto quisesse, se sente mal com a ideia de estar incomodando ao mandar mensagens, por isso acaba apagando todas elas antes de enviar.
— Mas então, queremos saber das fofocas - Joochan tirou o outro de seus devaneios e escorou seus braços na mesa, esbanjando um sorriso curioso. - A gente sabe que você saiu com o Dokyeom, mas e o Jangstar como foi? Tá rolando alguma coisa com algum deles?
— Não está acontecendo nada. Eu e o Jangjun somos apenas vizinhos, e eu e o Dokyeom apenas fomos ao cinema, isso não é nada demais. Mesmo que eu sinta algo, não há motivos para eu acreditar em algo mais.
— Você não deveria afirmar as coisas assim - pontuou Seungkwan. - Do que eu vejo, não é dessa forma que eles vêem você. Claramente tem algo a mais na minha opinião.
Joochan concordou com a fala do amigo e isso deixou o jovem brasileiro pensativo. E se na verdade realmente houvesse algo entre ele e os dois coreanos? Por mais que fosse um sonho ter uma situação de filme dessas acontecendo em sua vida, parecia bom demais para ser verdade. Não conseguia enxergar qualquer motivo para que qualquer um dos dois rapazes tivesse interesse nele.
Totalmente descrente, se limitou a negar as afirmações dos estudantes de gastronomia e encerrar o assunto, afinal já estava na hora de eles saírem e irem para suas aulas. Levaram seus pratos até o ponto de entrega das bandejas no refeitório, pagaram sua refeição no caixa e saíram do ambiente, onde então se despediram e foram cada um na direção das suas respectivas aulas.
Eduardo foi andando a passos rápidos até sua sala devido ao nervosismo que estava por conta dos pensamentos sobre sua vida amorosa. Sentou em uma cadeira qualquer e ficou lá esperando o professor enquanto tentava se acalmar e se livrar destes devaneios que seriam improdutivos agora.
O problema maior agora era suas disciplinas. Acontece que a dificuldade que o garoto tinha com questões do mundo da programação estava se tornando cada vez maior graças a um conjunto de fatores. Primeiramente que o nível de dificuldade das atividades estava gradualmente aumentando, em seguida tinha o fato do conteúdo ser explicado totalmente em coreano, embora os comandos utilizados ainda fossem em inglês, e por último havia o seu coração que se preocupava mais com homens coreanos bonitos do que com as suas notas no final do semestre, fazendo ele se dispersar e ter dificuldades em se concentrar.
Muitas vezes o rapaz se pegava questionando-se sobre sua decisão de curso. Não só tinha dificuldades, como também a dificuldade fazia ele criar cada vez mais desgosto pelo conteúdo. Por mais que ele gostaria de saber programar, não conseguia se enxergar trabalhando com isso, porém também não conseguia se enxergar no futuro fazendo nenhuma outra coisa. No fim escolheu esta graduação por gostar de tecnologias digitais e acabou preso nele tanto por seus pais que não aceitariam uma troca de curso, como à si mesmo que por pura birra se recusaria a admitir derrota e que não consegue dar conta deste assunto.
Porém o que ele poderia fazer? Enquanto se questionava, nem percebeu que o professor já havia entrado na sala e começado a aula, felizmente por mais que estivesse no mundo da lua, sua postura e direção em que olhava faziam um bom disfarce de que ele estava concentrado, mas agora ele nem sequer sabia do que o professor estava falando exatamente.
— E então esse trabalho poderá ser feito em duplas.
A frase do professor despertou-o de seus pensamentos e o fez perceber que ele estava numa enrascada. Ele nem havia entendido o que era o trabalho, e ele seria em duplas? Ele não tinha feito amizade com ninguém do seu curso, e embora uma dupla poderia ser de grande ajuda para ele, o fato de ele estar com dificuldades poderia mais atrapalhar do que ajudar o seu parceiro, o que seria extremamente desagradável.
O professor continuou explicando o trabalho e ele tentou pegar o máximo de informações possíveis afim de entender do que se tratava, mas seu nervosismo sobre como iria fazer já estava o enlouquecendo. Ao fim das explicações o professor falou que estava na hora do intervalo e se retirou da sala. Eduardo apenas suspirou numa mistura de alívio e desespero.
— Você já tem dupla?
A pergunta foi estranhamente perto, o que fez com que Eduardo se virasse e encontrasse um rapaz que não parecia ser coreano sentado atrás dele. Ele levou alguns segundos para processar que a fala havia sido direcionada para ele, mas o choque mesmo foi quando ele se deu conta de que o rapaz havia falado com ele em inglês.
— Você é estrangeiro também? - perguntou o brasileiro sem acreditar.
— Não, minha mãe é americana mas meu pai é coreano. Eu te chamei em inglês porque não sabia se você era bom com coreano - o rapaz esclareceu, ele realmente parecia muito um americano.
Uma lágrima quase chegou a escorrer dos olhos de Eduardo naquele momento. Uma luz celestial parecia estar surgindo de trás do rapaz que estava na sua frente. Seria esse um anjo enviado para salvar a vida acadêmica dele? Alguém que poderia explicar a matéria em inglês para ele era tudo que o rapaz precisava no momento. Era uma chance que não poderia ser jogada fora em hipótese alguma.
— Olha eu serei bem sincero com você. Eu tenho muita dificuldade com a matéria, e agora com ela em coreano está ainda pior. Porém se você pudesse me explicar ela em inglês, eu daria meu melhor para te ajudar e não ser um peso morto para você carregar.
Eduardo explicou a situação e fez seu pedido da forma mais formal e educada que conseguiu. Ele observou o outro olhar para o além enquanto refletia sobre a ideia, mas não demorou muito para ele dizer que parecia tranquilo para ele. Duda podia ouvir o som das trombetas dos anjos no seu ouvido nesse momento e ele agradeceu a todas as forças do universo por essa benção.
— A propósito, meu nome é Eduardo, mas pode me chamar de Duda se for mais fácil. Muito prazer.
— Prazer, eu sou Chwe Hansol.
O resto da aula se passou com o professor deixando os alunos já em duplas pensarem nos seus trabalhos. Hansol conseguiu tirar algumas dúvidas primordiais de Eduardo e com isso eles já puderem dividir algumas tarefas do trabalho. Também nesse tempo conseguiram conversar um pouco e descobriram que tinham gostos semelhantes. Ambos assistiam o mesmo anime e também jogavam o mesmo jogo. Duda ficou feliz com tudo isso pois além de ter encontrado um salvador, também acreditou ter feito amizade com alguém que tivesse interesses parecidos e, com isso, não estaria mais sozinho nas aulas.
Mais tarde a aula acabou e ambos se despediram e foram cada um para um lado, não sem antes trocarem contato. Eduardo estava muito mais tranquilo e até um pouco empolgado em comparação a como estava no início da aula. Precisava lembrar de agradecer muito ao Hansol e até descobrir uma forma de recompensar ele por toda a ajuda que ele ainda iria lhe dar.
Nesse momento, o rapaz não sabia o que fazer. Geralmente ele iria encontrar Jangjun para irem juntos para casa, mas como o outro estava sumido ele não sabia se deveria ir atrás dele. Seungkwan e Joochan teriam aula ainda de noite então ficariam pelo prédio do curso de gastronomia. Ele ainda não estava afim de ir para casa então resolveu apenas caminhar e dar uma volta pelo campus, aproveitando que ainda tinha um sol não muito quente e um vento agradável.
Ao chegar perto do centro comunitário da universidade, percebeu que havia uma grande aglomeração de estudantes que pareciam estar bem eufóricos. Resolveu se aproximar para ver do que se tratava pois poderia ser algo interessante. Se deparou então com uma fila que se formava em direção à uma mesa grande onde tinham três pessoas vendendo alguma coisa. Ao olhar para cima viu na parede um grande cartaz com uma espada, revelando ser nada mais nada menos que a venda de ingressos para o musical Excalibur, protagonizado por Lee Seokmin.
Ficou em choque pois não fazia ideia de que as vendas já haviam começado, mas agradeceu por ter descoberto isso a tempo. Aproveitou para já entrar na fila para garantir o seu, e ficou empolgado ao ver a quantidade de pessoas que já estavam comprando seus ingressos. Felizmente a fila avançava bem rápido e logo chegou a sua vez, lembrou-se também de que Jangjun havia pedido para que ele comprasse seu ingresso também, então pediu dois ingressos para a moça que estava no caixa. A garota lhe entregou os ingressos e ainda lhe fez um convite.
— Aqui, muito obrigada! Por favor aguarde um pouco aqui no centro comunitário que o nosso protagonista irá se apresentar para dar um gostinho da peça!
Eduardo ficou super empolgado, isso queria dizer que ele iria ver Dokyeom cantar de novo? Seria incrível. Prontamente o garoto já foi em direção aonde ele avistava um pequeno palco com um microfone e tentou achar um bom lugar de preferência que pudesse ficar perto para observar Seokmin em seus mínimos detalhes. Não demorou muito e o coreano apareceu no palco. O rapaz vestia uma roupa medieval e seu cabelo estava com um penteado diferente, sem falar na maquiagem que trazia algumas sardas. Ele estava simplesmente deslumbrante.
Ao chegar perto do microfone ele deu um belo sorriso e começou a acenar para todos que estavam lá, ouvia-se alguns gritos de comemoração. Dokyeom foi passando seus olhos pela plateia enquanto acenava e pode perceber um ponto roxo que automaticamente reconheceu ser Eduardo e acenou com mais vontade. O brasileiro percebeu o ato e ficou super feliz.
Logo então Seokmin se ajeitou em frente ao microfone e se apresentou.
— Boa tarde, aqui é Lee Seokmin, também conhecido como Dokyeom, e farei o personagem do Rei Arthur na peça do clube de teatro, intitulada Excalibur. Agradeço a todos que estão aqui hoje e espero poder ver todos vocês também no dia da peça. Agora eu irei apresentar uma das canções que faz parte do musical, espero que gostem!
As caixas de som que estavam dispostas no palco logo atrás do ator começaram a emitir uma música, e Dokyeom fechou os olhos e respirou fundo. Quando ele abriu os olhos imediatamente começou a cantar e Eduardo pôde perceber que não era apenas ele que estava maravilhado. Era totalmente diferente do dia no karaokê. Naquela noite, Lee Seokmin cantava músicas calmas e românticas que traziam a tona toda a doçura de sua voz e acalmava o coração. Porém agora, numa batida mais forte e com clima de uma aventura épica, a voz dele era forte e determinada, máscula e marcante, simplesmente única.
O coração de Eduardo palpitava cada vez mais frenético a medida que a música ia avançando e a voz de Dokyeom percorria por todo seu corpo. Ao mesmo tempo que lhe intrigava e lhe causava impacto, ele se sentia nas nuvens e plenamente leve e tranquilo, relaxado como estivera na primeira vez que a ouviu. Seu único desejo era que pudesse conhecer todas as facetas da voz de Lee Seokmin e quais diferentes sensações elas lhe causariam.
Enfim a música cessou e deu lugar a uma enxurrada de aplausos e gritos eufóricos, incluindo os do brasileiro que foram muito bem recebidos aos olhos do ator que prestava atenção nele em cima do palco. O jovem em trajes medievais então agradeceu novamente a todos que prestigiaram esse momento e convidou novamente para que fossem assistir ao musical que aconteceria na próxima semana. Seguido disso ele então se retirou do palco, ao mesmo tempo que a platéia começava a se dispersar.
Eduardo não sabia o que fazer agora, mas queria a todo custo falar com Seokmin e elogiar sua apresentação. Ele observou que o rapaz havia se direcionado até uma sala, que provavelmente estavam utilizando como um camarim. Decidiu então se aproximar dela e ficar esperando para que o rapaz saísse da sala.
— Com licença, posso ajudar em alguma coisa?
O jovem se assustou com uma garota que o chamou pois não estava muito focado, para não dizer que estava no mundo da lua imaginando o que diria para seu amigo. Ele observou bem a garota e percebeu que era a mesma com quem ele havia comprado o ingresso, então provavelmente ela fazia parte do clube de teatro também.
— Eu estava esperando que eu pudesse conversar com o Lee Seokmin quando ele saísse, se não for incômodo - Respondeu o garoto levemente tímido pelos seus motivos.
— Lamento, mas não podemos abrir para fãs conversarem com ele no momento, ainda temos que organizar o local aqui e guardar nossos equipamentos. Vamos ter uma sessão de autógrafos com ele depois da peça, então você poderá interagir com ele no dia.
Ele ficou sem palavras. Fã? Era isso que a garota havia pensado que ele era? O rapaz ficou tão sem reação que tentava balbuciar alguma resposta, mas não sabia o que e nem como explicar. Nesta hora, a porta da sala se abriu e Seokmin saiu acompanhado de outro rapaz. Eduardo e a garota olharam para ele porém com olhares bem diferentes. Enquanto a guria mandava que o outro ficasse quieto com o seu olhar, Eduardo simplesmente mostrava que estava perdido e não sabia o que fazer. Dokyeom olhou para os dois e de repente arregalou os olhos e abriu a boca como se tivesse percebido algo horrível.
— Não acredito!! Schneider?? Eu havia esquecido de você! - o ator falava de forma escandalosa, em um inglês de muito baixo nível, enquanto se dirigia até o jovem de cabelos roxos. - Me desculpe galera, mas esse é um calouro no meu curso e o professor havia me pedido para que eu apresentasse a faculdade para ele, se importam se eu não ajudar vocês a guardarem as coisas?
A garota claramente não havia acreditado em nenhuma palavra que Seokmin dissera, porém suspirou e falou que não iria se estressar com isso e simplesmente se retirou junto do outro rapaz, deixando Eduardo e Seokmin sozinhos, um sem entender nada e o outro olhando sério para o lado esperando os outros dois saírem de vista, para então cair na gargalhada, que o outro gostou muito de ter ouvido.
— Me desculpe, eu não sabia o que dizer - Explicou o coreano.
— Que tal… a verdade?
— Mas isso não teria graça alguma - disse dando uma risadinha. - E também não iria me dar a oportunidade de sair com você.
Ouvir isso deixou o estrangeiro constrangido, mas ele ficou feliz. Então ambos saíram andando juntos, sem nenhum rumo específico e o silêncio se instaurou entre os dois. Eduardo tinha tantas coisas que gostaria de dizer, mas de repente as palavras não vinham até sua boca e ele estava nervoso, um enorme branco percorria sua mente.
— Fiquei bem feliz de você ter ido me assistir, e ainda mais que você ficou esperando para falar comigo - Dokyeom quebrou o silêncio.
— Eu não fazia ideia de que teria uma apresentação sua, mas ainda bem que eu estive lá. Você podia ter me avisado!
— Desculpa, tinha muita coisa acontecendo, não tive nem tempo de pensar em convidar as pessoas. Talvez se tivesse recebido mensagem sua eu lembraria…
— Eu não mandei mensagem justamente porque achei que você estava ocupado! - Eduardo respondeu dando uma risadinha nervosa, que o outro acompanhou. - E eu também estava bem ocupado até.
— A faculdade não dá descanso nunca né. Mas eu acho incrível o que você faz, parece tão difícil. Eu nunca conseguiria fazer algo com computadores.
Uma inquietação surgiu no coração de Eduardo. Dokyeom estava claramente lhe elogiando, mas não parecia certo recebê-lo. Pois o garoto sabia que também não conseguia fazer essas coisas. Então ele na verdade não fazia nada de incrível para ser notado.
— Na verdade, eu tenho muita dificuldade também. Eu nem sei porque eu escolhi esse curso mais - disse isso olhando para baixo, sem graça. - Você gosta muito de teatro e canto não é? Porque não escolheu fazer graduação nisso ao invés de Artes Visuais?
Chegaram em um local mais afastado do campus, onde tinha muita vegetação e podia se observar bem a natureza e as estrelas que começavam a aparecer no céu que escurecia aos poucos. Dokyeom se sentou diretamente na grama, ignorando os banquinhos que haviam por perto, e Eduardo resolveu acompanhar.
— Bom… Também vemos sobre artes cênicas no meu curso, e de fato acho que eu gosto muito mais dessa parte do que a parte da pintura. Inclusive eu comecei a desenhar só depois de ter entrado no curso - ao dizer isso Eduardo se surpreendeu, pois achava suas obras de muita qualidade para alguém que desenhava a tão pouco tempo. - Eu apenas… Sentia que eu não queria me limitar a fazer apenas uma coisa, queria saber fazer várias e só então decidir qual eu gostava mais, em qual eu podia mostrar mais o meu potencial.
Potencial. Talvez fosse essa a palavra que atormentaria o brasileiro pelos próximos meses. Ele também gostaria de descobrir onde seu potencial se destacava mais, mas ele nem sequer sabia dizer qual era o seu potencial no momento.
— Uau… Você é mesmo incrível. Acho que aquela sua colega estava certa - ao dizer isso o coreano olhou em dúvida para o outro. - Eu realmente sou seu fã.
O ator começou a rir claramente constrangido, mas agradeceu o elogio.
— Aliás, de onde saiu o apelido Dokyeom? Você usou ele até no palco.
— Acho que meu nome artístico? - Respondeu dando uma risadinha. - Eu pensei nele quando comecei a desenhar e entrei no clube de teatro. E quando fui ver ele havia pegado e muita gente me chamava assim.
Eduardo impressionado bateu palmas, o que deixou o outro envergonhado e os dois riram. E assim os dois ficaram naquele canto, conversando por horas até que chegasse o horário que eles seriam forçados a se despedir e ir embora. O jovem de cabelos roxos havia esquecido totalmente os seus problemas, tudo graças a energia positiva que sentia vindo do coreano. Ele estava tranquilo e finalmente em paz, e podia sentir que o outro estava muito bem também.
Naquele momento, Eduardo sentiu que a vida lhe dera um presente muito especial. Ele não sabia se ia resolver seus problemas com a computação, e não sabia se realmente uma vida amorosa lhe esperava. Mas graças a tudo que ele construiu em sua trajetória acadêmica, ele estava aqui nesse exato instante, desfrutando de uma experiência única e maravilhosa. E ele era extremamente grato por isso.


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