As luzes multicoloridas refletiam sobre o rosto das centenas de pessoas que estavam ali, no rosto do garoto de óculos a luz azul era a que mais combinava com o seu semblante. Tomou um gole de seja lá o que havia no seu copo e suspirou, não conhecia as músicas que estavam tocando e era difícil se distrair assim. Pegou seu celular e releu a última mensagem que havia recebido do seu namorado.

“Se cuide hoje, beba muita água e qualquer coisa me liga ♥”

Ele sabia que para Seokmin a ideia do namorado ir para uma festa sozinho era preocupante, afinal querendo ou não os coreanos eram mais conservadores, então mesmo o brasileiro afirmando diversas vezes que no seu país isso era perfeitamente normal, o outro não podia deixar ficar desconfortável. Porém o ator acabou cedendo pois sabia que havia sido uma semana muito complicada para seu companheiro e talvez uma festa ajudasse a esquecer os problemas, e já que ele não poderia acompanhar devido a ter um compromisso com seus pais, ao menos tentaria se tranquilizar sabendo que seus amigos estavam lá para cuidar dele.
Acontece que Eduardo já havia perdido seus amigos de vista há um bom tempo, alguns foram comprar bebida e não voltaram, outros foram dançar na pista, outros foram atrás de alguém para beijar. Sentia alguns olhares estranhos direcionados a si, porém não tinha como isso abalar ele mais do que ele já estava abalado. Desde o inicio não viu sentido nos ciúmes de Dokyeom quanto a ele ir numa boate sem ele, não é como se fosse aparecer outra pessoa que tivesse interesse pelo brasileiro, uma vez que ele era uma combo de características que eram consideradas não atraentes na Coreia do Sul. Não era telepata, porém já conseguia deduzir o que as pessoas pensavam quando olhavam para ele não só naquele local como principalmente na universidade.

“É ele o namorado do Lee Seokmin? Feio desse jeito?”

“Ele é tão gordo e feio, Seokmin merecia um namorado mais bonito.”

“Ele devia voltar pro seu país e ficar com alguém mais do seu nível.”

Sim, ele havia se tornado alvo de ódio desde que as notícias se espalharam. Alguns cometários não se limitavam a mente das pessoas como também tinham voz, já que a maioria não media palavras na hora de dar sua opinião nas páginas da internet.
Tudo começou com a página de fofocas que revelou com base nas vozes das cabeças dos responsáveis que Dokyeom estaria namorando seu par romântico na peça de teatro. Não demorou muito e o estudante das artes ficou sabendo também da notícia falsa e prontamente a desmentiu, falando que não só era mentira, como ele é gay e tinha um namorado. Eduardo ficou muito feliz na hora, eles ainda nem haviam tido tempo para conversar sobre o quão exposto seria a relação deles, mas ser assumido dessa forma tranquilizava o rapaz, pena que essa segurança durou pouco.
Não demorou muito para os investigadores de plantão começarem a teorizar e descobrir quem era o namorado de Seokmin, e parece que ninguém gostou quando descobriram a verdade. Além de diversos comentários maldosos que leu na internet, começou a sentir olhares e sussurros ao seu redor o tempo inteiro. Seungkwan e Joochan tentavam amenizar a situação com assuntos aleatórios mas era muito difícil ignorar.
— Aí está você! — Eduardo saiu dos seus pensamentos ao ouvir a voz conhecida, era Luiz. — Por que você veio para o segundo andar?
— Eu me perdi e achei que pela vista de cima eu conseguiria encontrar vocês. Além disso tem menos pessoas para ficarem me encarando.
— Entendi… — por mais que a situação já perdurasse por alguns dias, ainda era difícil pensar no que falar para o amigo. — O Joochan tá se pegando com o Jibeom, quando o Seungkwan souber vai pirar!
— Chocado?! Eu ainda acho muito irônico um aluno de Gastronomia pegar intoxicação alimentar da própria comida — os dois riram. — E você, não vai ir atrás do Bomin?
— Eu não sei como chegar nele, vi várias pessoas tentando e ele dispensou todas. Além do mais, agora eu acabei ficando com outro cara e estou me sentindo sujo!
Eles riram e tomaram mais um gole de suas bebidas, talvez fosse por estar abalado emocionalmente, mas Eduardo estava se sentindo bem mais bêbado do que costumava ficar com a quantidade de álcool que havia consumido. Ou talvez a festa estivesse tão entediante que ele havia bebido mais do que lembrava na tentativa de afastar o tédio.
Nesse instante, a música que estava tocando acabou e ocorreu aquele um segundo de silêncio entre uma música e outra. Quando a batida da nova faixa começou, Eduardo notou que conhecia aquela e automaticamente se animou, quando ele olhou para Luiz, percebeu que ele também sabia qual era, e os dois automaticamente pularam e gritaram.
— É Silver Adult!
Sem perder tempo, os dois saíram correndo e desceram as escadas, indo em direção a pista de dança central. Já no caminho estavam gritando e cantando a música enquanto dançavam com movimentos leves. Chegando no centro da pista, os dois soltaram a franga totalmente, dançando e cantando a música que os dois adoravam. Duda conseguia sentir olhares estranhos, mas dessa vez sabia que era porque não conseguiam imaginar alguém como ele não tendo vergonha de se expor dessa forma. Porém nesse momento, o garoto simplesmente não se importava mais com os olhares dos outros, e pareca que suas preocupações haviam se transportado para outra dimensão permitindo que ele conseguisse apenas aproveitar o momento.
Assim que a música acabou, os dois amigos sorriram um para o outro e se abraçaram. Luiz abriu os olhos e ficou empolgado ao avistar um conhecido. Cutucou Eduardo e apontou para que ele olhasse para a mesma direção, revelando que Jangjun estava se aproximando. Então ele se aproximou do ouvido do amigo e revelou uma bomba.
— Eu não comentei antes, mas eu vi ele rejeitando várias pessoas e dizendo que estava te procurando!
Eduardo corou e arregalou os olhos, se afastando do amigo que estava rindo. Luiz fez um joinha para o outro e se despediu, sumindo no meio da multidão e deixando o rapaz sozinho com o grande astro do basquete que estava prestes a chegar. Eduardo respirou fundo para tentar acalmar seu coração que estava começando a acelerar.
— Oi sumido! — Jangjun sorria todo bobo por finalmente ter encontrado quem estava procurando, ainda mais por ter visto o rapaz sorrindo e se divertindo. Sabia que aquela semana estava sendo puxada para ele. — Então é desse tipo de música que você gosta? Eu sei que tem um cara bem bonitão nesse grupo.
— Você deve estar falando do Changjun! Ele é tudo de bom! Até parece uma versão mais velha de você.
— Então eu sou tudo de bom também? — Jangjun coloca a mão no peito fingindo estar comovido, o que arranca uma risada do brasileiro que dá um tapinha no ombro dele. O coreano presta atenção na música que esta tocando e reconhece ela. — Essa eu conheço, vamos dançar ela também!
O Jangstar pega a mão do brasileiro e começa a dançar de um lado para o outro sorrindo, enquanto Duda um pouco envergonhado tenta acompanhar o embalo do atleta que estava se divertindo muito. Eduardo ao mesmo tempo que estava curtindo o momento por dentro tentava mandar seu coração se acalmar. Afinal mesmo que ele tivesse sentimentos por Jangjun, agora ele tinha um namorado então não podia mais se sentir assim. Ele estava aproveitando essa dança como se fossem apenas bons amigos curtindo uma festa, algo super comum em seu país.
A música acabou e os dois pararam para recuperar o fôlego, Jangjun abriu um grande e lindo sorriso que deixou Eduardo corado, mas retribuiu. Ficaram alguns segundos apenas se olhando enquanto uma nova música começava a tocar, embora eles nem conseguiam prestar atenção nela.
Um flash de luz na direção dos dois brilha muito forte e chama sua atenção, fazendo os dois olharem na direção que havia vindo, se deparando com duas garotas segurando os celulares e com um olhar apavorado. Elas guardam os dispositivos e começam a sair da multidão. Eduardo ficou um pouco confuso com o que havia acabado de acontecer, mas Jangjun fechou a cara e ficou sério de uma forma que Eduardo nunca tinha visto. O mais velho começou a andar na direção que as garotas haviam sumido e o brasileiro lhe acompanhou tentando entender a situação.
Foram encontrar as garotas na parte externa da balada, que pareciam estar tentando se esconder em algum canto, quando elas viram Jangjun se aproximando pareciam aterrorizadas, até Duda estava apreensivo com o olhar intimidador do atleta.
— Deletem essas fotos agora. — Jangjun falou num tom imperativo sem desviar o olhar uma única vez das garotas.
— Não sei do que você está falando — uma das garotas disse sem conseguir esconder o nervosismo.
— Vocês sabem muito bem do que estou falando. Deletem agora mesmo e esvaziem as lixeiras dos seus celulares e me mostrem vocês fazendo todos os passos. E se eu ficar sabendo que vocês enviaram para qualquer pessoa a coisa vai ficar feia pro lado de vocês.
As duas garotas engoliram em seco e começaram a fazer tudo de acordo com as ordens de Jangjun. Só então Eduardo entendeu o que estava acontecendo, era mais uma vez as “fãs” de Seokmin querendo prejudicar o relacionamento dele. Na Coréia você estar namorando e sair com outras pessoas era mal visto, ainda mais quando a outra pessoa era outra celebridade do campus. O escândalo poderia ser ainda pior do que já estava sendo nos últimos dias, e considerando que Jangjun não se dava muito bem com Dokyeom, a chance de virar uma catástrofe era enorme.
Porém Eduardo ficou muito grato do atleta ter percebido tudo isso e agido para lhe ajudar. Mesmo não gostando do seu namorado, ele ainda se importou em proteger a relação dos dois. Abriu um leve sorriso enquanto olhava para as costas de Jangjun que estava monitorando cada ação das garotas até elas terminarem de limpar tudo que fosse suspeito dos seus aparelhos. Logo após terminarem de apagar as fotos, as garotas começam a ir embora claramente frustradas e emburradas, ao cruzar com Eduardo no caminho, elas fazem uma cara de desgosto e uma delas não mediu as palavras.
— Lee Seokmin merece coisa muito melhor do que alguém feio e gordo que nem você — a garota vocifera antes de dar as costas e sumir de vista.
O brasileiro morde os lábios inferiores e fica calado, sem coragem de responder ou se defender. No fundo, aquelas palavras lhe afetavam pois em algum local dentro da sua cabeça, ele também concordava com aquilo. Seokmin era lindo e repleto de qualidades que faziam o garoto se sentir extremamente sortudo de ter ele ao seu lado, porém era exatamente esse o problema. Parecia apenas sorte, não que ele realmente merecia estar vivendo isso. Ele ainda não conseguia acreditar ou entender como alguém como Dokyeom poderia sentir algo por ele, tampouco entendia o que o outro enxergava em si, ele possuía alguma característica que pudesse ser considerada atraente? Com esses pensamentos a mil na sua cabeça, nem reparou quando seu rosto já estava todo molhado com as lágrimas que escorriam de seus olhos.
— Viu como eu lidei de uma forma incrível com aquelas galinhas? Nem eu sabia que podia ser sério desse jeito — Jangjun foi todo confiante em direção a Duda, mas mudou de expressão quando percebeu o estado do amigo. — Ei ei ei, o que foi? Não fica assim, não dê ouvidos para o que elas falaram.
O coreano não esperou o outro reagir e se aproximou, envolvendo-o num abraço caloroso. Duda afundou o rosto no peito de Jangjun que começou a afagar seu cabelo roxo com a mão delicadamente, respeitando o momento e não falando mais nada até que o brasileiro se acalmasse. Depois de chorar mais um pouco, Eduardo levantou o rosto e olhou, ainda com os olhos marejados, para o atleta que lhe encarava com um olhar sério porém gentil, que lhe trazia conforto e fazia-o se sentir seguro em seus braços, seu coração acelerou um pouco ao perceber que estavam com os rostos perto demais.
— Me desculpa por reagir assim, tem sido uma semana complicada…
— Você não tem que se desculpar por isso, essa gente doida que tem que criar vergonha na cara e parar de abrir a boca pra falar merda para os outros como se as pessoas não tivessem sentimentos — Respondeu firme mas com carinho para que o outro tivesse confiança de que seus sentimentos eram válidos.
— É que não é como se elas estivessem erradas. Eu não vejo motivo algum para o Seokmin gostar de mim. Não sou bonito, nem interessante, nem uma celebridade da universidade. Bom, agora eu até que sou, mas não de forma positiva. Só sei que quanto mais eu penso nisso, mais parece que tudo foi apenas sorte e não vai durar, logo ele vai se cansar de mim e não vamos mais namorar. Eu não iria julgá-lo por isso, acharia compreensível ele não me querer mais, mas espero que ao menos possamos continuar sendo amigos.
Ao ouvir a confissão e os lamentos do menor, o mais velho se irritou e afastou um pouco seu corpo do de Eduardo, em seguida com suas duas mãos segurou o rosto do mais novo pelos dois lados, acomodando suas bochechas nas palmas de suas mãos e levantou o seu rosto para que os olhos castanhos e marejados do brasileiro pudessem encarar os olhos pretos e sérios do coreano.
— Nunca mais diga que você não é suficiente para alguém gostar de você. Você é a pessoa mais especial que eu já conheci e tenho o prazer de ter na minha vida. Você é doce, gentil, carinhoso, além de engraçado, sendo a melhor companhia que tenho todos os dias. Além disso você é super corajoso de viajar para o outro lado do mundo e se arriscar em viver uma vida totalmente nova e diferente de tudo que você conhecia. Você é alguém que eu admiro muito e sou grato de ter você em minha vida, cada um desses detalhes faz você ser super fofo e adorável, e são todos esses motivos que fazem eu ser perdidamente apaixonado por você! Você é insubstituível para mim!
Os dois ficaram em completo silêncio se encarando por alguns segundos, mergulhando na profundidade dos olhos do outro e se esquecendo de tudo que havia ao redor. Depois de um tempo a ficha de Jangjun caiu e ele se tocou de tudo que havia dito, engasgando na própria saliva e começando a tossir, causando risadas no brasileiro.
— Bom, quer dizer. Isso é o que eu acho que o Seokmin diria para você nesse momento. Não é como se eu sentisse essas coisas por você, afinal você é um rapaz comprometido e seria muito impróprio de minha parte eu tentar flertar com você sabendo disso, já que você é um estimado amigo e eu valorizo suas escolhas.
Jangjun responde todo atrapalhado tentando usar uma linguagem séria e muito mais elegante do que ele costuma usar, gerando ainda mais risadas no outro. Eduardo tinha entendido que aquilo de fato era uma declaração, e que então seus sentimentos por Jangjun também eram correspondidos, mas talvez por conta do álcool em seu corpo ele não estava conseguindo levar a situação com a seriedade que deveria. Em partes seus risos também estavam sendo para esconder sua indecisão no momento, pois não sabia como prosseguir depois dessa informação, afinal gostava de Jangjun mas também gostava de Seokmin, e agora eles estavam juntos. Não era certo ele fazer qualquer coisa, mas uma parte de si queria sentir os braços de Jangjun ao redor de seu corpo mais uma vez.
— Obrigado por me dizer seus sentimentos — o menor avançou e abraçou novamente o atleta, sentindo o cheiro forte de bebida nas roupas do mesmo. — Você realmente pensa tudo isso de mim?
— Bom… — Jangjun ficou desconfortável sem saber qual caminho tomar, mas agora que estava na chuva, o melhor era se molhar de uma vez. — Sim, eu penso tudo isso de você e ainda mais. Cada dia que nós passamos juntos eu gosto ainda mais de você. Eu, o grande Jangstar, sou totalmente caidinho por você.
Eduardo encarou o atleta, que estava super nervoso e envergonhado. Ele nunca havia visto o rapaz dessa forma, tão vulnerável e aberto sobre seus sentimentos. Ao mesmo tempo, a sinceridade de Jangjun fez com que o brasileiro se sentisse tão bem consigo mesmo, tão feliz, confiante, tão desejável, ele simplesmente acreditava em cada palavra do amigo, sem espaço para dúvidas e inseguranças, como ele sentia com Dokyeom.
O garoto tinha certeza que era uma péssima decisão, e que com certeza amanhã ele iria surtar consigo mesmo por ter tomado essa atitude, mas apenas deixou seu corpo se mover sozinho e quando percebeu seus lábios já estavam colados nos lábios do coreano. Jangjun demorou alguns segundos para entender a situação, não estava esperando esse movimento, porém não se afastou em nenhum momento e logo já estava correspondendo o beijo do menor. Ele concordava que não deveria apoiar esse beijo, e que ele provavelmente iria se meter em encrencas no outro dia por estar fazendo isso, porém ele ansiava por esse beijo a tanto tempo que era incapaz de resistir.
Se separaram para recuperar o fôlego e Jangjun abriu o sorriso mais brilhante que Eduardo já havia visto, o atleta parecia uma criança que acabara de ganhar um algodão doce e um balão de gás hélio no parque de diversões. E quando o garoto viu esse sorriso, sabia que não conseguiria resistir a nenhuma outra coisa que poderia acontecer em seguida, seu corpo já havia se entregado completamente à Lee Jangjun.
— Você… Quer ir lá para casa?
Ao ouvir o convite, o brasileiro não pensou duas vezes. Na verdade, já era tarde demais para pensar nas suas atitudes mesmo. Ele segurou as mãos do maior e deu um sorriso tímido, em seguida acenando em concordância. O maior sorriu de volta e os dois se direcionaram até a saída com as mãos dadas, pediram um táxi e logo estavam entrando no apartamento bagunçado do mais velho.
Jangjun guiou Eduardo até seu quarto, ao chegar lá deitou o mais novo em sua cama e subiu por cima do mesmo, iniciando um beijo profundo. Sem separar o beijo, o atleta começou a desabotoar a própria camisa e a removê-la. Em seguida direcionou sua mão à beirada da camiseta do menor, e quando foi tentar levantá-la foi interrompido, tendo o beijo encerrado junto. O jogador de basquete olhou confuso para o outro, que estava evidentemente envergonhado, sem conseguir olhar nos olhos do maior e direcionando sua visão para a escultura grega que era o seu corpo.
— Eu… nunca fiz isso antes. E tenho medo do que você vai achar do meu corpo…
Jangjun deu um sorriso sereno, se aproximou e deu um selinho longo e caloroso no outro. Encarou novamente os olhos de Eduardo e neles se aprofundou, transmitindo todos os seus sentimentos através do olhar. E assim Duda entendeu que não precisava ter medo e nem inseguranças, pois Jangjun tinha um interesse genuíno em si que ia além de qualquer aparência e questão estética, e não havia motivos para temer. Eduardo criou coragem ele mesmo puxou sua blusa, a removendo por completo, olhando novamente nos olhos do outro que estava feliz por ele. Os braços do menor entrelaçaram o pescoço do coreano que estava por cima e lhe puxaram para um novo beijo, que deu início a uma longa e calorosa noite.