Natasha - Minha História escrita por blindrepata


Capítulo 9
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Voltei pessoal! Chuva de capítulos esses dias. Espero que curtam!



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Natasha terminava de arruma Luca para entregá-lo aos pais. O garoto estava animado para ir embora, mas também parecia muito cansado, pois os dois tiveram um dia intenso, as brincadeiras, os passeios, se divertiram muito e agora era hora de deixá-lo ir. A avó tinha certeza que sentiria falta dele, pois sabia que demoraria a reencontrá-lo, devido a seu trabalho que recomeçaria no dia seguinte.

Esses dias ao lado do neto fizeram despertar nela lembranças de tempos passados. E tinha um daqueles momentos em que a dor, o sofrimento e o desejo se misturaram e alguns limites foram excedidos.

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Aquele dia foi tenso. Tasha ficou preocupada o dia todo. Ligou para Reade várias vezes, deixou vários recados em sua caixa postal, mas não obteve resposta. Ela até mesmo passou pela casa do amigo pela manhã antes de ir para o trabalho, mas não havia ninguém. Ela sabia disso, pois desativou o alarme e entrou. A cama estava feita e sem sinais de que ele passara a noite ali, o que a fez se preocupar ainda mais.

Ela precisou ir para o trabalho. Não poderia passar o dia todo procurando Reade. Sabia que não era sua babá, mas na situação em que ele se encontrava precisava de alguém ao seu lado, para mostrar o que fazer e não deixar que se desviasse do caminho. Poxa, ela o amava! E Reade era seu melhor amigo e ela precisava dele. Tasha se permitiu ir até o banheiro e chorar antes de sair para o campo. Ela só esperava que ninguém percebesse. A morena não gostava de parecer fraca, principalmente para sua equipe. Secou seu rosto e saiu.

O caso era complicado, envolvia crianças adotivas. Havia muitas pontas soltas por todos os lados. Um garota de dezesseis anos se atirou da janela do segundo andar da casa onde moravam. Tirar a própria vida. Algo que as pessoas geralmente querem proteger. Demoraram para obter respostas, levou o dia todo. Reade não saía de sua cabeça. Tasha sentiu medo por ele. Tinha medo de perdê-lo para o mundo sombrio. Ela não suportaria, precisava resgatá-lo.

Ligou pra ele novamente antes de ir embora. Ele atendeu. Oh céus! Como ela ficou aliviada. Ele parecia estar bem afinal, apesar que sua voz dizia o contrário. Ela sabia que precisava vê-lo, se certificar de que estava realmente bem. E ele pediu que ela fosse até lá, disse que precisava dela.

— Oi. – Reade tinha hematomas em todo o rosto e estava muito abatido. Tasha não queria perguntar o que acontecera. Ela não perguntaria, só queria estar ali com ele.

— Oi. – Ele a cumprimentou com a voz fraca. – Obrigado por vir. – Ele disse enquanto entravam no apartamento.

— Obrigada por me retornar. – Ela não contaria a ele o quão aflita ficou o dia todo. Ela não contaria que passara ali pela manhã e que entrara em seu espaço sem permissão.

Ele a puxou para ele e a abraçou. Como era bom estar com ele novamente. O abraço dele era apertado e quente. Seus braços eram fortes e a envolveram trazendo pra ela o calor do corpo dele. Ela o amava muito e não faria perguntas. Apenas queria estar com ele.

Eles se soltaram do abraço e Reade pegou a fita. Aquela mesma fita que ela retirou do videocassete do porão da casa de Jones. – Você tem certeza? – Ela sabia o quanto deve ter sido doloroso pra ele tomar essa decisão. E ainda a chamou para estar com ele nesse momento.

— Não. Mas o que eu tenho feito não está funcionando. – Era verdade que o envolvimento de Reade com drogras foi consequência de todas as descobertas que ele fez nos últimos meses. Esse era um fantasma do qual ele precisava se libertar. E ela passaria por isso com ele se ele quisesse. – Estou cansado de fingir que está tudo bem. Preciso saber o que aconteceu para poder seguir com a minha vida.

— Reade, o que aconteceu nunca mudará a pessoa que você é. – Tasha disse enquanto ele se assentava a seu lado no sofá. – Você é o homem que escolheu ser. Um agente do FBI que luta por justiça. Um amigo incrível que sempre esteve ao meu lado. – Ela o olhava tão profundamente que pode tê-lo comovido mesmo nessa difícil situação.

Reade apenas balançou a cabeça concordando com ela. O rapaz pegou o controle que estava sobre a mesinha de centro e ligou o vídeo. Tasha segurou sua mão e entrelaçou os dedos nos dele. Ele tremia e ela o segurou com firmeza. Aqueles minutos foram de tortura. Talvez alguns dos piores momentos que eles passaram juntos em todo o tempo que se conheciam. Mas ela esteve firme ao lado dele. Os olhos paralisados na tela, assim como ele. Era difícil acreditar que existiam no mundo pessoas cruéis como Jones. Capazes de se aproveitar de crianças inocentes. Várias crianças. Em seu tempo na polícia e no FBI ela já havia visto muitas coisas, mas nada tão perto dela dessa forma. Aquilo foi cruél, foi horrível.

O vídeo acabou e havia apenas uma tela azul, mas nenhum dos dois encontrou forças para desligar. Estavam paralisados há quinze minutos, maos entrelaçadas, lágrimas escorrendo em seus rostos. Após os momentos de transe Tasha pegou o controle remoto e desligou o aparelho.

 Ela se ajoelhou no sofá ao lado de Reade e ficou bem perto dele. Com as pontas dos dedos secou as lágrimas que escorriam no rosto do amigo. Tasha o beijou demoradamente no rosto e fechou os olhos para aproveitar a proximidade. Eles estavam muito perto e suas respirações se misturavam. A morena se afastou por um momento e o olhou nos olhos, ela não sabia o que via, se era dor, tristeza, ou o que mais, então ela encostou os lábios nos dele, muito levemente e passou as mãos em volta de seu pescoço. Ela se afastou novamente e o olhou à procura de uma reação e sentiu Reade a segurando pela cintura e a puxando para mais perto. Eles estavam de frente um para o outro, seus corpos encostados e seus lábios se uniram novamente, dessa vez colidiram com força e seus corpos procuravam ficar ainda mais perto, mais juntos. Tasha levou a mão por baixo da camiseta de Reade, pois queria sentir o calor de sua pele e ele se apressou em tirar a camiseta. Então ela tocou o peito dele, como quis fazer tantas vezes, tocou com as mãos inteiras enquanto as bocas estavam unidas e suas línguas se encontravam.

Nenhum dos dois tinha perfeita ciência do que faziam, apenas não queriam parar. Palavras não foram preciso, apenas toques, beijos e olhares. O que estavam fazendo era mais uma maneira de descarregar suas frustrações do que um ato de amor. Tasha o beijou no pescoço e aspirou seu cheiro, sabonete, perfume e loção pós-barba se misturavam e era agradável. Reade deixou que ela o tocasse e beijasse seu corpo, mas ele também queria senti-la e desabotoou a blusa da morena a deixando apenas com o sutiã preto. O rapaz colocou a mão sobre o sutião e ela gemeu baixo diante do toque, ela queria mais, queria a boca dele em seu corpo e Reade parecendo entender ao pedido lhe retirou o sutiã e levou a boca em seus seios. O rapaz alternava toques com a mão e com a boca em ambos os seios da morena que se contorcia em seu colo.

Reade se levantou com Tasha em seu colo e a carregou para sua cama. Os dois conversavam com o olhar. Os pedidos silenciosos pairavam no ambiente. As respirações descompassadas, os beijos ardentes. Ambos estavam nus e Tasha posicionou seu corpo sobre o de Reade e beijou o corpo do rapaz. A boca da mulher parou em seu peito e traçou o caminho entre um peito e outro dando leves mordidas em seus mamilos despertando gemidos no rapaz. Quando sua boca o alcançou no abdomem Reade estava sedento e não aguentaria esperar muito. Ele a puxou para cima dele e a beijou com força com um impulso trocando seus corpos de lugar. Tasha enlaçou as pernas no quadril do rapaz e o sentiu a preencher devagar. Ela prendeu a respiração até o sentir completamente. Nem em seus maiores sonhos Tasha imaginaria a intensidade desse momento. Seus corpos estavam sincronizados.

Em um desespero por controle Tasha o fez se deitar e ficou por cima dele. Ela trabalhava sobre ele e em poucos minutos se sentiu estremecer e soltou um gemido alto de satisfação. Reade respondeu à altura e também se entregou. A morena desabou sobre ele enquanto esperavam que suas respirações se acalmassem. Ninguém explicaria o que acontecia naquela noite. Apenas dois amigos que precisavam um do outro como nunca antes. Eram apenas os dois se consolando e se acalmando.

Tudo o que vinha acontecendo era de uma intensidade louca e eles encontraram esse conforto um no outro. Tudo o que Reade passou os levara até ali. Até aquela noite. Apenas dois amigos que se entregaram e agora dormiam abraçados. E não importava o que acontecesse a partir desse momento, uma coisa era certa, nenhum dos dois jamais se arrependeria do que fizeram.

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Tasha terminou de tomar um banho e desceu para a sala. Ele a esperava com o jantar pronto. O homem chegou pouco antes de Miguel buscar Luca.  Ela sentiu muitas saudades. Foram vários dias longe um do outro. Ela o abraçou de costas e ele se virou a puxando para ele e lhe dando um beijo intenso.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e deixem seu feedback caso queiram!
Até mais!!!



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