Natasha - Minha História escrita por blindrepata


Capítulo 3
Capítulo 2 - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Espero que não tenham me xingado!



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Tasha mergulhou no jogo e na bebida aquela noite. Se sentia destruída por dentro. Sentia seu coração despedaçado por Reade estar com alguém e pela falta de coragem de falar sobre como estava se sentindo. As últimas semanas estavam sendo de tortura pra ela. Ela já estava alta quando um homem se aproximou e puxou conversa com ela. No início Tasha deixou que ele se assentasse perto dela, mas com o passar da noite ela começou a achar a conversa dele chata e insistente. A latina tentou se livrar saindo da mesa, mas ele a segurou pelo braço impedindo que ela saísse.

— Tire suas mãos dela! – Tasha escutou uma voz masculina atrás dela. – Não vê que a está incomodando?

— Reade? – Tasha se virou e viu quem estava lá. – O que você está fazendo aqui? Vá embora.

Tasha sentiu raiva por Reade estar ali. Raiva de si mesma por estar ali nessa situação e raiva dele por encontrá-la. Que direito ele achava que tinha em vir até onde ela estava jogando e achar que poderia fazer qualquer coisa.

— Tasha, vamos embora. – Ele ordenou sério.

— Eu não vou a lugar nenhum com você. – Ela negou com raiva.

— Ah você vai sim. – Reade estava furioso. Ele a segurou firme pelo braço a retirando de onde estava e a levando embora.

Ele a levou até o carro, abriu a porta do passageiro e a fez entrar no carro se certificando de que ela colocasse o cinto de segurança.

— Você não tem o direito, Reade! – Tasha disse com raiva assim que ele entrou no carro. – Quem você pensa que é pra atrapalhar minha noite assim?

— Atrapalhar? Tasha, o que eu acabei de ver não parecia nada divertido. Aquele homem não parecia o tipo de homem com quem você deveria sair. Tenho certeza que você nem o conhecia. E no seu estado ele poderia te levar para qualquer lugar e até te fazer mal que você nem se lembraria no outro dia. – Disse mais preocupado que com raiva.

— E qual seria o tipo de homem com quem eu deveria sair? – Esta foi uma pergunta retórica que nem Tasha saberia responder.

Reade estava com muita raiva, ele ligou o carro e dirigiu calado até chegar ao apartamento dela. Tasha também ficou em silêncio durante todo o percurso. Ela se virou para a porta e fechou os olhos sentindo sua cabeça girar devido à quantidade de álcool ingerida.

Reade estacionou o carro e abriu a porta para que Tasha descesse. O rapaz a segurou pelo braço e a ajudou a subir as escadas até seu apartamento. Os dois entraram e Reade a levou até o quarto. Natasha estava tão bêbada que não estava em condiçoes de trocar de roupa, então Reade apenas retirou o casaco e as botas dela e a ajudou a se deitar colocando um cobertor sobre ela.

— Você sabe que não precisa fazer nada disso, Reade. – Disse Tasha sonolenta. – Eu sei me cuidar muito bem.

— Não vamos discutir com você nesse estado. – Disse Reade se preparando para sair do quarto. – Estarei na sala, caso precise de alguma coisa. – Ele já não parecia com raiva dela, na verdade suas últimas palavras estavam cheias de carinho e compaixão.

Tasha não tinha mais forças pra argumentar com ele. Apenas fechou os olhos e deixou que sua cabeça girasse até que conseguiu adormecer.

Reade decidiu esperar até ter certeza de que ela estivesse bem e ele pudesse ir embora. Ele se assentou no sofá da sala dela e ficou observando o ambiente. Reade havia vindo poucas vezes na casa dela e sentia que não era correto ficar ali. Se sentia invadindo o espaço pessoal dela. Mas quando ligou e ela não atendeu ele ficou muito preocupado, pois a vinha observando fazia alguns dias e percebeu que ela não estava bem.

Passados alguns minutos ele voltou ao quarto e percebeu que ela dormia. Ele se aproximou da cama e ajeitou o cobertor sobre ela. – O que você está fazendo consigo mesma, Tasha? – Sussurrou. Reade tocou a bochecha da morena que dormia tranquilamente. Ele sempre a achou uma mulher incrível, forte e linda. Seu coração estava tão apertado por ela, pois ela parecia estar sofrendo, por isso ela estava se destruindo daquela maneira. O rapaz prometeu a si mesmo prestar mais atenção à amiga e estar mais presente pra ela.

Reade saiu do quarto. Apagou as luzes e fechou a porta voltando para seu apartamento.

Tasha acordou pela manhã e se lembrou de flashes da noite anterior. Se lembrava do homem no cassino. Ele fedia a bebida e era nojento. Ela se lembrava de Reade chegando e a levando embora. Tasha se sentia envergonhada por ter sido pega por ele naquela situação. Agora o jeito era tomar um banho e se arrumar para ir ao trabalho. Encarar Reade seria o mais difícil.

Quando chegou todos estavam se reunindo no laboratório para combinarem as coordenadas do próximo caso. Tasha e Reade apenas se olharam rápido, pois a morena desviou os olhos para a tela do computador na tentativa de desviar sua atenção.

O caso do dia era sobre alguns cilindros de gases explosivos que foram roubados do depósito da Bradley Dinamics. Kurt e Jane foram em um carro e Tasha e Reade em outro logo atrás. Ambos estavam calados e Tasha torcia para que ele não tocasse no assunto.

Com a ajuda de Patterson através dos comunicadores eles conseguiram localizar os cilindros em um porto e prender os ladrões que preparavam os mesmos para embarque para a Ásia.

Voltando ao SIOC Tasha estava mais tranquila após um caso bem sucedido e quase se esqueceu do acontecido na noite anterior. Porém a morena estava em sua mesa finalizando o relatório quando Reade se aproximou.

— Podemos conversar? – O rapaz perguntou.

— Claro. – Tasha falou sem se virar pra ele. – Aqui mesmo? – Ela perguntou.

— Não. – Ele respondeu. – Eu prefiro ir pra algum outro lugar.

— Tá bom. – Ela disse se levantando.

Os dois foram em silêncio até o café que ficava na esquina. Apesar do horário ser de movimento havia poucas pessoas no local. Eles se assentaram em uma mesa em um canto e pediram um expresso para Tasha e um chá para Reade. Tasha não havia falado nada desde que saíram do SIOC.

— Desde quando? – Reade falou quebrando a tensão que havia se instalado.

Tasha bebeu um gole do seu café e levantou os olhos o encarando por um instante antes de dizer. – Dessa vez. – Ela respirou fundo. – Algumas semanas. – Deu de ombros.

— Isso já aconteceu antes? – Reade quis saber.

Tasha tinha medo de confessar suas fraquezas. Mas talvez ele fosse a pessoa mais indicada pra isso. Ele era seu amigo há mais de um ano e eles conversavam sobre tantas coisas. Ela sentia que podia confiar nele.

— Quando eu trabalhava no NYPD... – Então ela contou. Tudo. Desde o início. Desde a morte de Andy. Falou como fora duro pra ela perder seu parceiro. Como fora difícil se recompor. E lhe contou que só conseguiu se reerguer quando entrou para o FBI e encontrou uma nova equipe.

— Tasha... – Reade não falava desde que ela começara a lhe contar. – Eu. Eu não sei o que dizer. Por que você nunca me disse nada? Eu poderia te ajudar.

— Olha Reade, eu nem queria te falar nada. Eu nem sei porque estou te contando. Nunca falei porque não acho certo descarregar meus problemas em cima de você. – Tasha enxugou uma lágima insistente que caiu de seu olho.

— E como isso foi acontecer novamente?

— Eu não sei. Ultimamente estava me sentindo sozinha e comecei a sair novamente para bares e quando percebi já estava jogando novamente. Eu sei que é errado. Estou destruindo minha vida, arriscando perder minha carreira. – Ela confessou desesperada. – Eu estou disposta a mudar. Peguei o contato de um grupo e amanhã irei a uma reunião. Também pedi ao rapaz encarregado das apostas para levantar minha dívida. Estou disposta a negociar. – Tasha tinha noção do valor, mas não tinha certeza.

— Você faz certo em tomar essas atitudes. – Reade falou. – Você é uma mulher incrível e merece um futuro incrível tanto no FBI quanto na sua vida pessoal.

— Não tenho tanta certeza. – A latina disse com tristeza. – Mas estou disposta a mudar. Eu me odeio por tudo o que estou fazendo. Você não imagina o quanto me sinto envergonhada tendo essa conversa com você. Mas se você não tivesse chegado ontem eu nem sei o que poderia ter acontecido comigo.

— Ei. Olha pra mim. – Reade que estava de frente pra ela na pequena mesa levantou o queixo da morena com delicadeza fazendo com que ela olhasse pra ele. Tasha estremeceu com o contato. Ela só conseguiu mergulhar nos olhos castanhos do amigo. – Eu estou aqui. Eu estarei sempre aqui para o que você precisar.

— Obrigada. – Tasha murmurou sentindo mais lágrimas molharem seu rosto.

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Tasha não sentia orgulho em lembrar dessa parte da sua vida, mas ainda assim, mesmo essas lembranças dolorosas lhe traziam uma sensação agridoce. Reade a ajudou de tantas formar, esteve presente de tantas maneiras. E naquela época ela sentia que nunca conseguiria retribuir completamente tudo o que ele havia feito por ela. Lembrar dos dois nessa época trazia memórias de um tempo findo, porém maravilhoso que viveram.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem.
Me deixem saber o que estão achando da história!



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