Hayley Potter e a Pedra Filosofal escrita por Starfall


Capítulo 2
As Cartas de Ninguém


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Não sei se já tem alguém lendo a fic pois o Nyah só atualiza as visualizações diariamente.
Mas aqui está mais um capítulo, estou bem empolgada com essa fic!
Boa leitura!



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Na segunda feira de manhã, Hayley estava muito cansada. Mas levantou e foi para a cozinha, antes de todos, para preparar o café da manhã. Hoje iriam para a cidade comprar o novo uniforme de seu primo para a escola preparatória que ele iria começar quando as férias acabassem. Hayley iria para a escola local, onde continuaria a ser atormentada pelas garotas de sua sala.

         Hayley preparou o café da manhã e já estava arrumando a mesa quando tio Valter se sentou e estendeu a mão, esperando o jornal. Foi quando a menina percebeu que não tinha pego o correio. Praguejou baixinho e correu para a porta, agachando para pegar as cartas antes de abrir a porta e pegar o jornal. Percebeu uma coruja marrom sentada no muro da casa, e abriu um sorriso. Era uma coruja muito bonita.

         Ao entrar na casa, começou a separar o correio. Contas ficavam na mesinha ao lado da porta para serem olhadas quando seu tio quisesse, cartas da sua irmã ou da família e o jornal eram entregues para ele durante o café da manhã. Hayley viu uma carta amarelada, com um símbolo bonito fechando-a, e em baixo estava... seu nome! Para Hayley Potter, o menor quarto a direita da escada. Privet Drive, número 4, Little Whinging, Surrey. Hayley ainda estava parada, olhando para a carta, com as palavras cuidadosamente escritas em cor verde esmeralda. O símbolo era composto de um leão, uma águia, um texugo e uma cobra em volta de uma grande letra H.

         Um gritinho de tia Petúnia, seguido de sua bolsa caindo no chão, fez Hayley parar de encarar a carta e olhar para a tia. Sua expressão estava horrorizada, as mãos cobrindo a boca.

— O que foi, querida? – tio Valter veio correndo da cozinha – O que aconteceu?

— Ela... igual Lilian... – e gemeu, lágrimas escorrendo de seus olhos, ainda olhando horrorizada para a sobrinha

— Deixe-me ver isso, garota! – tio Valter arrancou a carta das mãos de Hayley.

         Logo em seguida, seu tio olhou para a esposa com uma expressão igualmente horrorizada e empurrou Hayley para o quarto, trancando-a lá dentro. Ouviu a porta dos tios fecharem e encostou a orelha na porta, tentando ouvir alguma coisa. Sua tia tinha falado de sua mãe! Isso nunca acontecia, nunca mesmo. Nem mesmo quando a garota perguntava algo. Depois de muito tempo, quase uma hora, tentando escutar algo, Hayley desistiu e sentou-se em sua cama.

Seu quarto era simples. Tinha uma cama, uma cômoda, um guarda roupa e uma mesinha com uma cadeira com o estofado rasgado. Não tinha brinquedos, nem livros, somente o absolutamente necessário. A única coisa que seus tios gastavam dinheiro com a menina eram suas roupas, mas até isso não era para Hayley, se você observasse bem. Sua tia gostava de enfeitar a menina e exibi-la para as amigas, que a admiravam muito por acolher a sobrinha após a trágica morte dos pais. E ainda por cima vesti-la tão bem, e ensinar a garota todas as boas maneiras e os cuidados de uma casa... Sua tia usava a menina para ser bem vista em meio as amigas. Mas Hayley odiava as roupas que a tia escolhia para ela, odiava a cor rosa por ser obrigada a usa-la sempre que saia de casa e sentia-se mais confortável em casa, apesar de não ter permissão de usar as roupas bonitas em casa, somente as roupas antigas de seu primo, que ela mesmo ajustava com um kit de costura que tinha ganhado dos tios no aniversário anterior.

Hayley suspirou e pegou a blusa que estava arrumando, uma blusa cinza enorme de seu primo, e continuou cortando e costurando as mangas para que não cobrissem suas mãos quando a usasse. Já estava terminando a segunda manga da blusa quando a porta foi aberta por um tio Valter furioso.

— Você não vai sair desse quarto até as aulas começarem, garota! – ele esbravejou, o rosto gordo vermelho – essa foi sua última palhaçada!

— Aquela carta era minha! – Hayley disse, com uma coragem que nunca tinha sentido na vida – Eu quero ler!

— Aquilo era... era uma carta de ninguém! – gritou o tio como resposta – Você não vai ler nada! E por me responder, vai ficar sem almoço.

— Mas...

— Mas nada, menina malcriada! – gritou de novo – Se continuar vai ficar sem a janta também!

Hayley não respondeu mais nada, já sabendo que ficaria com muita fome pois não tinha tido tempo de comer seu café da manhã antes de tudo dar errado. Observou seu tio fechando a porta com uma força desnecessária e a trancando. Ela deitou-se na cama, abraçando o travesseiro e chorando. Naquele momento, queria mais do que qualquer coisa não ter que morar com seus tios. A única vez que a menina tinha tentado pedir ajuda, alguns anos atrás, para a amiga de sua tia, Madeleine, ela riu da garota e contou para sua tia. A tia prometeu que era uma fase da sobrinha, que estava entendendo que seus pais tinham morrido de forma trágica e não estava conseguindo entender isso, e disse que a levaria para um terapeuta. Ela não a levou a um terapeuta, e a menina ainda ficou a semana inteira sem jantar.

A garota acabou adormecendo, acordando com a porta sendo aberta, um prato sendo deixado na cômoda, e logo em seguida a porta sendo trancada novamente. Suspirou, sentando-se na cama e esfregando os olhos. Foi até a cômoda e viu que era somente um prato de sopa, uma fatia de pão e um copo de água. Levou a comida cuidadosamente para sua mesinha e a comeu devagar, sabendo que teria que sair escondida do quarto de noite para comer mais alguma coisa.

Quando terminou sua comida, deixou tudo cuidadosamente na cômoda e pegou seu lápis, que curiosamente nunca diminuía de tamanho ou acabava, e empurrou o guarda roupa para o lado, com bastante dificuldade. O segredo mais bem guardado de Hayley eram seus desenhos escondidos nas paredes do quarto, e as folhas escondidas sob uma tábua do piso. Era sua grande paixão, o desenho, mas sabia que se seus tios descobrissem seriam todos apagados ou rasgados, os Dursley não apoiavam a imaginação. Algo perigoso, diziam, principalmente para ela. Começou a desenhar a coruja que tinha visto naquela manhã, um animal tão lindo que tinha sido gravado em sua memória. Quando a luz do dia sumiu e foi substituída pela luz amarelada da lâmpada na rua, a garota estava terminando o desenho. Empurrou o guarda roupa para o lugar, escondendo seus preciosos desenhos e guardou o lápis que nunca acabava em baixo da tábua solta.

Parou e tentou ouvir os barulhos da casa, encontrando o silêncio absoluto. Olhou para seu relógio e viu que já se passava de meia noite, o que lhe deixou mais tranquila para escapar até a cozinha e pegar um pouco de comida e uma garrafinha de água. Hayley saiu cuidadosamente do quarto, sem dificuldades pois ela sempre conseguia abrir a porta, mesmo quando sabia que tio Valter tinha trancado. Ela não entendia como isso era possível mas não se importava, na verdade, sendo grata pelo jeito de escapar do quarto quando todos dormiam para conseguir comida quando era privada disso.

Hayley sabia exatamente em que parte o piso da casa rangia, e foi na ponta dos pés até a cozinha, pegando um pacote de bolachas, uma barrinha de chocolate e uma garrafa de água. Subiu o mais rápido possível até seu quarto e fechou a porta silenciosamente, ouvindo a tranca voltando ao lugar assim que estava segura dentro de seu quarto. Balançou a cabeça, sabendo que isso não era algo normal, e que se algum dia seus tios descobrissem, ela estaria muito encrencada.

Hayley comeu metade do pacote de biscoitos e um quadradinho do chocolate, guardando-os em baixo de uma outra tábua de piso solta. Deu um gole na água e a guardou também, colocando a tábua no lugar e indo até a cômoda pegar a preciosa foto de seus pais. Deitou na cama, abraçada com a foto, e adormeceu.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado.
Comentem sobre o que estão achando, e até logo!



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