Lições de Amor escrita por Julie Kress


Capítulo 2
Professor favorito: O pedido...


Notas iniciais do capítulo

Hey, galerinha!!!

Fiquei tão animada e motivada com os comentários de vocês!!!

Aqui está um capítulo quentinho saindo direto do forno!!!

Boa leitura!!!

P.S.: Apesar do lado doce, nossa morena têm outras facetas hehe



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No dia seguinte...

P.O.V Da Jade

O dia estava nublado, minha mãe já havia saído para o trabalho. Ela trabalhava como recepcionista num hotel, seus turnos duravam 12 horas. A mãe de Kristie nos deu uma carona, se não fosse pela senhora Maxwell, eu teria que ir de ônibus. Nada contra o transporte escolar, eu apenas não gostava muito de andar num automóvel rodeada de gente.

As pessoas sempre me olham aonde quer que eu vá, minhas roupas escuras e minha pele pálida chamam atenção. Além das minhas unhas sempre pintadas de preto, e a cor dos meus olhos também é chamativa. Não gosto de ser encarada por muitos estranhos ao mesmo tempo.

— Tchau, mãe! - Kris acenou.

— Obrigada pela carona, Sra. Maxwell. - Agradeci.

— Boa aula, tchau, meninas! - Sua mãe sorriu se despedindo e deu partida.

Kristie têm uma família bem legal, pais maneiros e dois irmãos mais novos, e ela é uma garota de sorte. Além de ser muito bonita, é uma menina muito querida por todos.

Agora eu só tenho a minha mãe, ela passa a metade do dia trabalhando. Melinda Davis é uma mulher incrível, tenho orgulho de ser sua filha. Tudo que carrego do meu pai é o seu sobrenome, todos dizem que herdei a beleza da minha mãe.

Jessen West nunca foi um bom pai, nem mesmo quando eu era pequena. Ele queria um filho homem e sempre jogou isso na minha cara.

Meu pai sempre foi um cara arrogante e tudo isso só piorou com o tempo. Ele humilhava e só vivia brigando com a minha mãe. As coisas desandaram quando ele começou a beber, chegava tarde em casa e minha mãe tinha a certeza de que meu pai a traía...

As brigas se tornaram constantes, até que ela resolveu dar um basta antes que tudo piorasse. Pediu o divórcio, e assim que a papelada foi assinada, nos mudamos para o Canadá, uma amiga dela havia lhe indicado para o hotel em que trabalhava, porque precisavam de uma nova recepcionista.

Nunca fui muito próxima da família do meu pai. Eles não eram tão unidos, havia muito conflitos entre eles, a única pessoa da qual eu fui próxima, foi o meu avô e ele acabou falecendo quando eu tinha 15 anos.

Meus parentes maternos não são de Los Angeles, e sim de Chicago. Meus avós já faleceram e eu nem cheguei a conhecê-los. Minha mãe têm um irmão e ele mora com a família no Colorado, só conheci meu tio e meus primos por vídeo-chamada, já faz 20 anos que minha mãe não se reencontra com ele.

Ela se mudou para Los Angeles com 18 anos, conheceu meu pai e segundo ela, foi amor à primeira vista. Ele tinha 21 anos na época, foram colegas de trabalho, ambos estagiando numa empresa, no ramo de logística.

Aos 19 anos, ela engravidou. Meu pai não ficou tão contente com a notícia, eles acabaram se casando no cartório 2 anos depois do meu nascimento.

Ainda lembro que aos 5 anos, eu pedia para ele me levar para brincar no parquinho e Jessen apenas fingia não me ouvir ou às vezes me mandava brincar lá fora sozinha.

Até hoje não entendo porque ele nunca conseguiu me amar. Ele sempre me evitava e eu via todos os pais indo na escolinha no Dia dos Pais para a festinha, menos o meu...

— Jade? - Kristie me deu uma cutucada, me tirando dos meus pensamentos. - Está tudo bem? - Me olhou preocupada.

— Uhum... - Forcei um sorriso, ignorando o ardor em meus olhos, eu estava segurando as lágrimas.

Todas as lembranças em relação ao meu pai eram dolorosas.

[...]

— Quêm você gostaria que te levasse ao baile? - Perguntou durante a aula de História.

— Quêm disse que vou ao baile? - A olhei.

— Como assim você não vai? É o baile de Primavera! Todo mundo gosta de bailes de Primavera - Disse como se realmente fosse algo incrível.

Revirei os olhos, eu não dava a mínima para aquela baboseira.

— Por favor, vai com o Douglas, ele gosta de você. - Disse manhosa.

— O Douglas cheira à bolinhas de queijo, eca! - Fiz careta.

— Então, vai com Charlie. Ele é muito gatinho. - Sorriu.

— É muito músculo, pouco cérebro. - Sorri, debochada.

— Não seja tão fria, Jay. Tenha compaixão. - Fez bico.

— Eu tenho cara de quem gosta de se produzir toda para uma porcaria de baile, Kris? - Indaguei.

— Me fala com quem quer ir, eu consigo qualquer gatinho para você. - Tentou me bajular.

— Não, valeu. Vou maratonar alguns Clássicos de Terror em casa na noite do baile. - Falei.

— Meu Deus, amiga. Você é foda, e não é no bom sentido da palavra. Você costuma ser fofa quando está atualizando o seu Blog e...

— Shhh, fale baixo. Ninguém aqui além de você sabe que tenho um Blog. - Cochichei.

— Têm falado com o seu amigo lá de L.A? - Perguntou mudando de assunto.

Terminei de copiar os tópicos do assunto anotados no quadro e a olhei.

— Ele anda um pouco ocupado, está estudando para um teste muito importante. - Expliquei.

— Você ainda gosta dele? - Sussurrou.

— Claro! Ele é meu amigo! - Respondi.

— Não dessa forma e não adianta negar. - Kristie sabia como ser inconveniente.

— A professora está olhando para nós. - Falei entre dentes.

Encerramos a conversa e voltamos a prestar atenção na aula.

[...]

— EI, SENTEM AQUI, GATINHAS! EU PAGO UM REFRIGERANTE PARA VOCÊS! - Kyler Martin, o capitão do time de Hóquei nos chamou.

Ele estava sentado com os amigos idiotas.

Minha amiga me olhou com aqueles enormes olhos cor de mel brilhantes e abriu um sorrisão.

— Vamos lá? - Segurou meu braço.

— Não! De jeito nenhum! - Me recusei.

— Por favor, não seja sempre uma estraga prazeres. - Implorou.

— Não, Kristie. Esse cara é um imbecil, nenhum deles presta. São todos bombadinhos e acéfalos! - Cruzei os braços.

— Não seja tão má, amiga. Não custa nada. Por favor, por mim! - Fez aquela carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

— Está bem... - Acabei cedendo. - Vamos logo, antes que eu mude de ideia. - Resmunguei.

Minutos depois...

— Qual é a sua, gata? - Ronnie Parkinson me encarou.

— A minha o quê? - O fitei, séria.

— Essas roupas que não valorizam o seu corpo. Esse cabelo sempre amarrado. Nunca vi outra garota que só usa esmalte preto. Você é meio gótica. - Deu uma risadinha.

— E se eu for? É da sua conta? Pelo menos eu tenho cérebro e bom gosto para muitas coisas, você só têm um rostinho de modelo e músculos, não sou eu que faço aulas de reforço escondida... - O retruquei.

Seus amigos riram. O Parkinson amarrou a cara e Kris se remexeu ao meu lado, incomodada.

— Vou quebrar a cara do viadinho que falou que estou fazendo aulas de reforço. - Resmungou.

— Boa sorte, mas acho que você nunca vai descobrir. - Comi um pouco da minha sobremesa de chocolate.

— A gente vai hoje à noite no Taki Tuki, vocês tão a fim de ir com a gente? - Foi Tyler quem convidou.

Taki Tuki era o único fliperama/bar que permitia entrada de menores de idade. Pelo que fiquei sabendo, lá vendia o melhor café gelado da cidade.

Minha amiga me olhou esperançosa.

— Tenho um compromisso. - Não era bem uma mentira, combinei de conversar com meu melhor amigo de L.A pelo Vídeo-chat que usávamos e depois eu ainda tinha o Blog para atualizar.

— Eu topo. Não tenho nenhum compromisso. - A loira-morango estava caidinha pelo capitão.

— Combinado. Me passa o seu número e a gente acerta tudo mais tarde. - Ele sacou o celular.

Kristie sorriu feliz da vida, pensei até que ela fosse dar pulinhos.

Apenas revirei os olhos e voltei a degustar a minha sobremesa.

[...]

— Srta. West? - Ouvi aquela voz tão familiar me chamar.

Eu estava diante do meu armário, guardando alguns livros.

O Sr. Oliver veio em minha direção, carregando algumas pastas que continha atividades e deveres de casa. Ele era alto, devia ter pelo menos 1,80 de altura. Seu cabelo mediano estava preso num coque casual e ele costumava sempre usar camisas escuras de mangas compridas e suéteres com calças jeans casuais, e sapatos bem polidos.

Ele também usava cachecóis e lenços no bolso da frente na altura do peito.

— Você têm um minutinho? - Perguntou me alcançando.

— Sim... Claro. - Assenti.

Ele é com certeza o meu professor favorito. Não só por ensinar a minha matéria predileta. Albert Oliver é um cara muito legal e inteligente, suas aulas são bem dinâmicas e interessantes.

Eu meio que estou sentindo uma quedinha por ele.

Meu antigo professor de Literatura era entediante.

— Conversei com o diretor e expliquei que precisava de uma ajudinha com a correção das minhas lições. Esse ano está muito puxado para todos, estou dando aula para quatro turmas além das aulas extras. Ele disse que eu deveria solicitar um aluno para me auxiliar, e como você é a melhor aluna indicada por outros professores, e suas notas são impecáveis na minha matéria, gostaria de saber se poderia me auxiliar nas aulas vagas. Além de pontos extras, isso vai ser ótimo em seu currículo escolar. E claro, eu posso pagar, é só me dizer o valor. - Ele falou tudo de forma clara e serena, naquele sotaque canadense.

— Não precisa me pagar, professor. Eu aceito ajudar o senhor. Eu já estava pensando em me inscrever nas atividades extras para dar aulas de reforço, esse ano eles estão convocando os alunos, além dos professores estagiários. - Falei.

— Muito obrigado, Srta. West. Eu sabia que podia contar com você. - Ele sorriu, agradecido.

— Disponha, professor. - Retribuí o sorriso.

— Depois me passa o seu horário para eu saber quais dias você têm aulas vagas. - Pediu.

— Está bem. Tenho aula em 5 minutos. Até mais, professor. - Me despedi e ele assentiu, e acenou antes de seguir para a próxima aula dele.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Curtiram esse capítulo???

Estão gostando da Kristie???

Ao longo dos capítulos, saberão mais sobre a nossa morena favorita.

O que acharam da ideia sobre ela auxiliar o professor Oliver nas aulas vagas???

Sobre o pai da Jade, nossa... Sei nem o que falar.

Até o próximo. Bjs



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