Lições de Amor escrita por Julie Kress


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Decidi postar uma Short mais leve e fofinha, e aqui estou eu!!!

Ela é bem diferente do estilo que sou acostumada a escrever, então, que fiquem logo avisados.

Teremos uma Jade mais doce, se é que me entendem... Teremos esse lado que é pouco explorado.

Prometo não fugir tanto da essência dos personagens.

A Fic pode até ser clichê, mas prometo não decepcionar.

Vocês vão ficar bem surpresos com o desenrolar ao longo dela.

Boa leitura!!!



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P.O.V's Jade

Meu nome é Jadelyn West e tenho 17 anos, sou de Los Angeles, após o divórcio de meus pais, minha mãe e eu nos mudamos para o Canadá. Cidade nova. Vida nova. Amigos novos. Escola nova. Claro que tudo foi difícil no começo, aos poucos fui aceitando e me adaptando. O que mais eu poderia fazer? Têm males que vem para o bem. A separação dos meus pais foi dolorosa, ainda assim um alívio. E por fim, chega de brigas, sofrimento e humilhações.

Enfim, minha mãe e eu estamos livres do meu pai, ele só nos causava raiva e desgosto. É um homem prepotente, egoísta e rude. Não irá nos fazer falta.

Quando minha mãe me matriculou na Steven F. School, eu não estava nenhum pouco animada. Sofria bullying na minha antiga escola e achei que não seria diferente. Garotas consideradas 'esquisitas' como eu sofrem bullying o tempo todo. Eu era tão atormentada e perseguida por meus antigos colegas.

Riam do meu cabelo escuro com mechas. Das minhas roupas 'sombrias'. Zombavam pelo fato de eu usar muito preto. Eu sempre fui o motivo de piada, a garota estranha, a chacota da turma... Eu só tinha um amigo e tiravam sarro dele por andar comigo.

Cheguei na nova escola e pensei que tudo se repetiria. E para a minha surpresa, não foi o que aconteceu, eu até que fui bem recebida, principalmente por ele... Por meu professor de Literatura.

Foi o Sr. Oliver que me apresentou para a turma. Mesmo eu sendo muito calada e na minha, ele me deixou mais tranquila, à vontade, me encorajou... Sempre gentil e com sorriso fácil. E tão lindo. E não foi só sua beleza que me encantou...

— O que tanto escreve aí, Jay? - Minha melhor amiga, Kristie, tentou espiar.

— É coisa minha, Kris. - Fechei o diário com rapidez.

Nem ela sabe sobre meus sentimentos em relação ao Sr. Oliver. Ninguém pode saber. É um segredo guardado à sete chaves.

— O que foi? - A encarei, ela me olhava desconfiada e depois balançou a cabeça.

— Seu professor favorito chegou. - Sorriu me cutucando.

— Boa tarde, turma! Como estão? - Oh, Deus, aquela voz rouca e levemente aveludada chegou aos meus ouvidos, me arrepiei como sempre acontecia.

Por quê ele têm que causar esse efeito em mim?

— Trouxeram o resumo da obra que passei na quinta-feira? - Olhei rapidamente para ele e desviei o olhar.

Como ele conseguia ser tão lindo?

— Ai, droga, esqueci... - Kristie resmungou baixinho. - Qual era a obra mesmo? - Perguntou para mim.

— De Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray... - Respondi.

— Vou me dar mal na matéria dele, não quero reprovar em Literatura, amiga. - Choramingou.

— Eu te ajudo a estudar para as provas, relaxa. - Sorri para ela.

— Oh, Jade, você é um anjo, sabia? - Me abraçou de lado.

Dividíamos a mesma bancada.

Quando o Sr. Oliver começou a fazer a chamada, o meu coração disparou.

— Jadelyn Christina West. - Chegou no meu nome e meu estômago revirou.

Maldito nervosismo... Levantei sentindo as pernas bambas, já com o meu resumo em mão. Escrevi três folhas. A maioria da turma nem consegue encher uma página.

— Não vai tropeçar e cair, West! - Um engraçadinho lá dos fundos mexeu comigo.

Risadas soaram... Eu tinha levado um belo tombo semana passada, lá no refeitório.

Poucos colegas me zoavam, de vez em quando, menos mal... Na minha antiga escola, os babacas não me deixavam em paz.

Viviam me chamando de Bruxinha.

Por quê ele não podia passar em mesa em mesa recolhendo as atividades? Outros professores faziam isso.

— Aqui está, professor! - Minhas mãos tremiam um pouco.

Seus olhos escuros me fitaram. Abaixei o olhar.

— Que resumo grande, meus parabéns, gosto de ver o seu desempenho, Srta. West. - Elogiou.

— Amo escrever. - Minha voz soou baixa. - Adoro Literatura. - Ele sorriu e senti minhas bochechas arderem.

— Muito bem, continue assim. - Sorriu novamente e que sorriso perfeito.

Me virei lhe dando as costas e voltei para o meu lugar o mais depressa possível.

— O que foi aquilo, Jay? - Minha amiga cochichou assim que sentei.

— O q-quê? - Droga. A olhei preocupada.

— Impressão minha ou você sempre fica nervosa perto do bonitão? - Indagou abrindo um sorrisinho.

— Como? Que é isso, Kristie? Eu não, deve ser impressão sua... - Neguei.

— Você está vermelhinha. Que fofa! - Fez bico.

— Para com isso, sua doida, ele está olhando para nós... - Alertei.

— Ele não pode nos ouvir. E aí? Hum? Não vai dizer para mim? - Me cutucou.

— Droga, Kris, não me faça ficar com raiva de você... - Avisei.

— Está bem, está bem... Me desculpe, não precisa ficar nervorsinha. - Finalmente ela ia me deixar em paz, por enquanto, ela sabia como ser insistente...

[...]

— Já estão dispensados, até a próxima quinta, espero que me tragam as atividades semana que vem, teremos um teste. Vai valer a metade da prova, estudem. Não gosto de ficar dando notas vermelhas, é uma pena que nem todos se esforcem na minha matéria! - Sr. Oliver falou enquanto apagava a lousa.

Seus movimentos precisos prendiam a minha atenção. Até isto, me fazia querer olhá-lo, num simples ato de apagar as letras caprichadas na lausa. Ele era alto, magro e se vestia bem. O cabelo preto até quase a altura dos ombros fazia um belo contraste com sua pele morena, os olhos castanhos-escuros e seu sorriso de tirar o fôlego, o faziam parecer como um príncipe saído direto de um conto de fadas.

Albert Oliver era o professor mais legal e o cara mais incrível que tive o prazer de conhecer. Uma pena que tinha 25 anos, um sonho impossível, ele jamais iria olhar para mim com outros olhos...

Até seu nome era diferente, especial. Albert soava bem. Mas quase todos os chamavam de Beck.

Suspirei triste, era apenas uma paixão não retribuída. O tipo de amor platônico, e eu era o tipo de garota sonhadora e iludida.

Quando dei por mim, a sala de aula já tinha se esvaziado. Sobrando só eu e o Sr. Oliver que organizava a sua mesa e guardava seu material na bolsa-carteira.

Me apressei pegando minha bolsa e o livro.

— West, você não me entregou o resumo todo. Acho que isto não faz parte. - Ergueu a folha. - Não sabia que escrevia poemas. É lindo. - Veio na minha direção.

O quê? Poema? Oh, meu Deus... Isso não pode estar acontecendo.

— P-poema? - Gaguejei.

— Sim. 'Querido, professor...'. — Repondeu com calma. - Toma, você escreve muito bem. É talentosa. - Elogiou me entregando.

Ele tinha lido. Ah, não... Ele não podia ter lido. Como pude me descuidar e dar uma mancada daquelas?

— O-obrigada. - Apertei o papel contra o peito, mortificada de vergonha.

— Deveria soltar o cabelo, ficaria mais bonita com ele solto. - Sorriu tocando meu cabelo preso num rabo-de-cavalo desleixado.

Seu toque me fez estremecer.

Eu tenho cabelos pretos e são ondulados, um pouco volumosos. Minha melhor amiga sempre elogia meus olhos azuis-acinzentados e minha pele clarinha. Ela é loira-morango e têm olhos cor de mel.

O professor sorriu para mim e foi embora. Nem sei se ele havia se despedido, eu estava tão embasbacada, sem reação... Ele leu o poema que fiz pensando nele.

Desdobrei a folha e passei os olhos por minhas letras curvadas. Foi quando avistei sua caligrafia impecável lá embaixo.

 "Você também é uma aluna especial e muito querida, Jadelyn."

Meu coração disparou e eu sorri... Ele ao menos havia gostado do poema.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Gostaram da ideia???

Vão acompanhar???

Favoritem também, é muito importante. Bjs



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