Lições de Amor escrita por Julie Kress


Capítulo 14
Passado que condena a todos nós


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!!!

O primeiro Flashback da Fic.

Agora saberão um pouquinho da Jade e do André.

Boa leitura!!!



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Flashback on:

P.O.V Da Jade

— Que saco, mãe! Pare de pegar no meu pé, a galera já está me esperando! André vai me dar uma carona, hoje vamos comemorar o aniversário do Jacob. Não tenho hora pra voltar! - Avisei vestindo uma jaqueta por cima do Cropped.

— Filha, seu pai não vai gostar de saber, você sabe como ele é, esses jovens não têm juízo, a maioria já foi parar no reformatório. - Me alertou preocupada.

— O papai não precisa saber, ele está viajando. Vai contar para ele? Se contar, eu não vou te perdoar! - Passei por ela e abri a porta.

— Jade, por favor, filha, você não era assim... - Disse angustiada.

— As pessoas mudam, mãe! Tchau! - Fui embora batendo a porta.

Eu tinha acabado de completar 16 anos, só queria curtir com a galerinha da minha idade. Minha mãe vivia se preocupando. Meu pai era rígido, controlador demais.

André não demorou, estacionou o Volvo e abriu a porta de carona.

— David e Ronan vão levar as bebidas, Chris e Grace arranjaram uns baseados do bom. - Avisou.

— Não vou experimentar esses bagulhos. - Eu ri.

— Nem eu, se eu beber muito, você dirige. - Avisou.

— Mas é claro. - Concordei.

Fomos para a festa do nosso amigo, Jacob estava fazendo 17 anos. Ele tinha conseguido organizar a festa num balcão desocupado. Ficava num lugar isolado. O som alto tocava estridente.

Cerca de 50 jovens estavam ali.

Dançando, curtindo, bebendo e se agarrando pelos cantos.

O balcão não era tão grande, bebi e dancei muito com minhas amigas. Nossos amigos começaram a compartilhar os baseados.

André e eu decidimos ir lá para fora, para termos nossa própria festinha particular.

A gente se pegava de vez em quando.

Fomos para o escurinho, no vagão do balcão, uma espécie de beco. Harris arriou a calça e a cueca, me abaixei e comecei o boquete.

Já não era mais virgem, perdi minha virgindade no começo daquele ano.

André tinha sido o meu primeiro...

Eu gostava dele. Estava me apaixonando por meu melhor amigo.

— Chega! - Afastou minha cabeça. - Levanta e se apoia na parede, fica de costas. - Pediu.

Ele apertou meus seios por cima do meu Cropped. Desceu as mãos firmes e grandes por minha barriga, ergueu minha saia de couro, eu usava botas de salto. A saia era curta.

— Empina. - Desceu minha calcinha rendada.

Ouvi a embalagem laminada sendo rasgada. Afastei as coxas e comecei a me tocar. Esperei ele se proteger.

— Gosta quando te pego de jeito, não é? - Mordiscou meu lóbulo.

— Gosto. - Estava extremamente excitada.

André encaixou nossos corpos e me possuiu ali mesmo sem nenhuma delicadeza. Quanto mais eu gemia numa mistura de dor e prazer, mais ele metia fundo, com força e eu adorava.

[...]

Foi então que a alegria virou medo, o medo virou desespero. Acabaram com a festa. Policiais invadiram o galpão. Estavam bravos, pegaram o pessoal se drogaram

Gritos. Correria. Armas de choque foram usadas.

Nos enfiamos no Volvo quando as coisas ficaram feias. Pisei fundo no acelerador. Nos tirei dali antes que mais viaturas chegassem.

A estrada era estreita, estava mal iluminada. Os faróis do carro iluminavam o caminho tortuoso.

Quando fiz a curva, perdi o controle do volante. O Volvo se chocou com uma caminhonete batendo na parte traseira.

Lembro da grande batida, o forte impacto e da minha visão se tornando turva.

Apaguei.

Acordei no hospital horas depois, com a cabeça enfaixada, dores por todo o corpo e com arranhões pelo rosto. Minha mãe chorava compulsivamente na cadeira ao lado da cama.

— Cadê o André, mãe? - Minha voz saiu arrastada.

Ele era a minha maior preocupação.

— Ainda está inconsciente. Teve uma fratura no braço direito, graças a Deus vocês estavam com cinto de segurança. Ele vai ficar bem, só está com um corte feio na testa. - Explicou.

Fiquei mais aliviada.

— Fizeram o exame toxicológico. Vocês estavam alcoólizados. Causaram um prejuízo enorme na caminhonete de um casal humilde. Eles só sofreram alguns arranhões e escoriações leves por conta da batida. Graças a Deus nada de grave aconteceu. - Contou.

Tive alta no dia seguinte, André passou mais um dia internado.

Quando meu pai chegou dois dias depois, ficou sabendo de tudo. A polícia recomendou nossos pais a nos mandarem para o reformatório. Encontraram garrafas vazias no carro do meu amigo e baseados no galpão.

Meu pai me deu uma surra tão grande, até os vizinhos ouviram meus gritos. Minha mãe apenas chorava num canto sem poder fazer nada. Ela tinha medo dele.

— Filha minha não é vagabunda, muito menos arruaceira... Pegar no volante bêbada, onde já se viu? Vocês podiam ter matado alguém! - Estava furioso.

A fivela do cinto acertou minhas costas. Gritei aos prantos.

— Chega, Jessen! Chega! Ela vai aprender, vai servir de lição. - Minha mãe se colocou entre nós.

— A culpa é sua, Belinda! - A empurrou. - Ele catou minhas roupas. - Agora se vista! - Jogou minhas vestes.

Eu estava apenas de calcinha e sutiã, toda dolorida.

— Sua filha é uma vadia, deve ter puxado para alguém da sua família. Têm camisinhas, lubrificante e vibradores nas coisas dela. Também achei cigarros. Pegue tudo e jogue fora, eu não criei filha para me dar tanto desgosto! - Disse enojado.

— Preferia que você não fosse meu pai! - Cuspi as palavras com raiva.

Ele humilhava e maltratava a minha mãe. Traía ela. E vivia me tratando com grosseria. Descontando em mim.

Jessen West sempre jogou na minha cara que queria um filho homem.

— Saia do quarto, Belinda! - Ordenou.

Ela se apavorou. Ele a empurrou para fora e trancou a porta.

— Você vai se arrepender, sua ingrata! - Esticou o cinto.

A surra recomeçou. Minha mãe batia na porta e implorava.

Era tudo doloroso e humilhante demais.

Estava apenas de peças íntimas na frente do meu próprio pai, ele parecia ter o prazer de me machucar.

Fui mandada para o reformatório no dia seguinte. O mesmo aconteceu com o Harris. Os pais dele não eram tão rígidos, mas estavam chateados.

Flashback off:

[...]

Tempos atuais...

P.O.V Da Jade

André: Pensei que fôssemos amigos, você não respondeu mais os meus e-mails. Tô te vendo online agora, Jay fala comigo. Sinto sua falta.

Não paravam de chegar mensagens no WC.

André: É por causa da Tori?

Decidi responder de uma vez por todas.

Jade: Não, esquece aquele assunto... E daí que costuma esconder coisas importantes de mim? Não importa mais, já passou... Fiquei chateada porque você não me contou, sei que não me deve satisfação, mas sempre fomos amigos...

Mensagem enviada.

André: Sinto muito, Jay. Me desculpa... Se quer saber, Tori e eu estamos dando um tempo.

Por aquela eu com certeza não esperava.

Jade: O que foi? Por acaso se cansou da patricinha?

Sim... Eu não suportava aquela garota.

André: Que tal uma chamada de vídeo agora?

Até que não seria uma má ideia, eu estava morrendo de saudades dele.

Jade: Claro. Acho uma boa ideia.

Concordei e ele não perdeu tempo, desligou o Chat de mensagens e o ícone azul começou a acender. Aceitei a chamada de vídeo.

— E aí, Jay? - Ele estava no quarto, o violão inseparável se encontrava ao lado da cama.

— Oi. É bom te ver. - Sorri.

— Digo o mesmo. Você mudou de visual de novo? Gostei... Apesar de... Me lembra a West de 16 anos. - Recordou.

Quando saí do reformatório, mudei bastante. Parei de usar a maquiagem escura, joguei fora meus esmaltes pretos. Queimei todas as minhas roupas indecentes, me tornei outra pessoa.

Fiz novas amizades. Comecei a me dedicar aos meus estudos.

Ele também saiu um novo André do reformatório que era mais rígido, parou de andar com a galera arruaceira, arrumou um emprego e começou a fazer aulas de violão aos finais de semana.

Amadurecemos bastante.

Quando minha mãe e eu nos mudamos, cheguei no Canadá sendo uma boa e obediente filha, uma aluna exemplar e foi assim que Kristie me conheceu.

Conheceu a nova Jadelyn West.

A garota arrogante, rebelde e inconseqüente havia ficado no passado.

— Só o visual. - Fitei minhas unhas pintadas de preto. - Não sou mais a mesma e nem você. - Afirmei.

— Graças a Deus! - Sorriu.

O Harris frequentava a igreja e fazia parte do Coral.

— O que aconteceu com a Vareta ambulante? - Mudei de assunto.

— Jade! - Me repreendeu.

— Eu quis dizer Tori. - Sorri cínica. - Por quê estão dando um tempo? - Perguntei.

— Ela é grudenta e ciumenta demais. - Respondeu.

— Oh... Ela queria te colocar uma coleira com a plaquinha Tenho Dona? — Zombei.

Ele revirou os olhos e passou a mão pelos dreads.

— E você? Ainda é à fim do professor de Literatura? - Bem na lata.

— Shh... Minha mãe tá em casa, ela pode ouvir! - Alertei.

— Foi mal aí. - Riu.

— Ele vai me levar para ver uma banda que é cover da Roxette, acredita? - Eu estava animada.

— Já transaram? - Arregalou os olhos.

— Não! - Exclamei. - Shh... - Olhei para a porta.

— Coloca os fones. - Pediu.

Apanhei meus fones, as alças da minha blusinha desceram por meus ombros. O Chat estava logado no meu notebook.

— Uau! - Olhou para o meu busto.

— Ei! - Arrumei minha blusa.

André riu e nem disfarçou.

— Sinto falta de você. — Disparou.

Estaria mentindo se negasse que ele não mexia mais comigo...

— Velhos tempos. - Apenas sorri.

— Tá saindo com alguém? - Estava curioso.

— Saí com um carinha. Ele é legal. - Contei.

— Transaram? - Quis saber.

— Harris! - Exclamei.

— Ué, você está mudada mesmo, tímida demais... - Riu.

— Eu não... Você sabe. Já faz um bom tempo. - Esclareci.

— Compra um vibrador. - Ele estava segurando o riso. - Você está enferrujada. Isso não é bom. - Comentou.

— O problema é meu! - Rebati.

— Mas podemos resolver juntos. - Sugeriu dando um sorrisinho sacana.

— Meu Deus... Você tá saidinho demais. - Comecei a rir.

— Eu mudei, mas continuo sendo homem, tenho meus desejos. Como se você não tivesse vontade de se aliviar. - Provocou.

Ele tinha razão.

— E como vamos resolver meu problema? - O encarei.

— Comece tirando a roupa. - A sugestão era tentadora demais.

— Vou fazer pelos velhos tempos. - Meu sangue já pulsava em minhas veias.

[...]

— E aí? Aproveitou? Tá relaxada? - Ajeitou a bermuda.

— Você nem imagina o quanto... - Meu corpo estava quente e trêmulo.

Havíamos acabado de fazer... Céus, foi uma deliciosa loucura.

— Nem precisa me agradecer. - Sorriu convencido.

— Preciso de um banho agora. Sério mesmo, foi ótimo. Mas...

— Relaxa, Jay. Nada mais de provocações. Você precisava disso, eu também. Vou me ocupar agora. - Falou com calma.

— Está bem. Tchau. - Me despedi.

— Tchau, Jay! - Chamada de vídeo encerrada.

Fechei meu notebook.

Ainda nua da cintura para baixo, me joguei na cama. O coração acelerado.

Por quê não com meu melhor amigo?

Levantei e tirei minha blusinha, peguei uma toalha limpa e fui tomar banho.

Eu não me sentia culpada, nada de arrependimentos.

Meu corpo precisava mesmo daquele alívio. Era tudo que eu podia ter no momento. O que eu mais queria era o Sr. Oliver me dando prazer.


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Notas finais do capítulo

Chocados???

O que acharam da velha Jade???

E sobre o André? Ambos viviam uma vida loka hehehe

Gente, Jay não é tão santinha como imaginam...

Só digo uma coisa:

Não se preocupem com o Harris. Ele não será empecilho para Bade...

Até o próximo. Bjs



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