Lições de Amor escrita por Julie Kress


Capítulo 10
Os Clássicos são os melhores


Notas iniciais do capítulo

Hey, meus amores!!!

Cadê os fanáticos por Bade???

Aqui está mais um capítulo de LDA.

Boa leitura a todos!!!



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P.O.V Da Jade

— Está entregue. - Sr. Oliver abriu a porta do Nissan.

Sorri com seu pequeno gesto de mais puro cavalherismo. Saí do seu carro, sorte minha era não ter vizinhas fofoqueiras. Em L.A, era o que mais tinha, sempre havia alguma senhora intrometida na sacada, sem ter o que fazer, por isso viviam de olho na vida alheia.

Ele passou a mão pelo cabelo, minhas mãos coçavam, sempre tive vontade de tocar seu cabelo que parecia muito macio. Uma pena que eu não podia. O jeito era ter que me conformar.

— Obrigada pela carona. - Agradeci por sua gentileza.

Sr. Oliver estava ali parado em minha frente, a postura relaxada. Era alguns centímetros mais alto, um homem magro, esguio. Muito atraente, passei o trajeto todo sentindo o aroma de seu perfume dentro do carro, o que havia me deixado entorpecida.

— Disponha, Jadelyn. - Sorriu enfiando as mãos nos bolsos.

A hora da despedida tinha chegado, eu não sabia o que fazer.

— Se me permite dizer, você está linda. Seu novo visual combina com você. - Foi um elogio simples, sincero.

— Obrigada. - Claro que me senti radiante.

Embora o nervosismo estivesse presente, eu tentava ao máximo agir naturalmente.

— Te acompanho até a porta. - Se ofereceu.

Assenti indo na frente para abrir o portão, minha chave estava na bolsa, era a cópia, é claro que minha mãe estava acordada, com certeza assistindo TV no quarto dela.

Paramos na pequena varanda, era uma noite tranquila, normal. Eu vivia num bairro simples, com uma boa vizinhança, morando numa casa confortável.

Mamãe e eu éramos felizes.

— Até amanhã, Jadelyn. - Já se afastava após me deixar até a porta.

— Até. Tenha uma boa noite, professor. - Sorri feito boba quando ele já estava perto do portão.

Deu uma rápida olhada para trás antes de acenar e seguir para o carro.

Entrei em casa ainda sorrindo, sentindo as famosas borboletas no estômago.

[...]

No dia seguinte...

Steven F. School, Segunda-feira, às 10:43min...

— Odeio números. Odeio mais ainda esses cálculos idiotas. Por quê matemática tem que ferrar com a vida da gente? - Kris sacudiu a apostila de atividades, frustrada.

— Peça ajuda para o seu namorado, ele é bom em matemática, o que é um milagre... - Falei juntando minhas coisas.

— Ainda não estamos namorando. - Fez bico.

— Se você diz, preciso ir, o Sr. Oliver já deve estar me aguardando. - Falei.

— Vai lá, danadinha. Eu sei o que tá rolando, sou loira, mas não sou lerda! - Me deu uma piscadela.

Olhei para ela desconcertada.

— O quê? - Perguntei tentando parecer normal.

Comecei a ficar nervosa. Era mesmo tão evidente?

— Vai logo, Jay. Você não pode deixar o Sr. Bonitão esperando. - Riu me empurrando para fora da sala.

Ela realmente sabia? Desde quando Kristie sabia?

À caminho da sala dele, fui com a cabeça à mil, as palavras da minha amiga não saiam da minha mente... Ela sabia o que estava rolando. Sobre os meus sentimentos. Por mais que Kris fosse de confiança, eu não podia deixar de me preocupar.

A porta já se encontrava destrancada, apenas girei a maçaneta e empurrei, adentrei à sala bem organizada, exceto pela mesa com duas pilhas de atividades para serem corrigidas.

Albert Oliver estava diante do notebook, parecia concentrado, só ergueu o olhar quando ouviu meus passos, me aproximei preparada para começar com o meu expediente como auxiliar.

Senti meu celular vibrar no bolso.

Peguei o aparelho, a calça jeans abandonada por meses em meu guarda-roupa ainda servia em mim. Um tanto apertada, que me deixava sexy na opinião de Kris.

— Com licença. Rapidinho, professor. - Falei já desbloqueando a tela.

Ele apenas assentiu e pegou a garrafa térmica, sobre a bandeja de plástico havia duas canecas de porcelanato.

"Você pode conversar agora?"

Era o meu amigo virtual.

"É muito urgente? Estou no colégio, no meu expediente como auxiliar."

Digitei rapidamente e enviei.

"Certo, mais tarde conversamos se você puder. Bjs"

Mr. Mistery ficou offline e aquilo me deixou um pouco preocupada.

— Tudo bem? - Sr. Oliver servia o café numa caneca vermelha.

— Sim. - Forcei um sorriso.

Sentei deixando minha bolsa sobre a cadeira vazia ao meu lado.

— Obrigada. Café é tudo. - Falei quando ele me entregou a caneca marrom.

— Temos 55 minutos hoje. Espero que esteja animada para corrigir as atividades do 1° ano. - Me empurrou uma das pilhas.

— O que temos para hoje? - Perguntei.

— E O Vento Levou. - Respondeu com certo divertimento.

— Ótimo. Eu adoro esse clássico. - Fui sincera.

[...]

— Sério que você nunca viu o filme? - Me encarou abismado.

— Não mesmo. - Neguei. - Bem que o senhor poderia trazer sua coleção de filmes clássicos para assistirmos em sala de aula, nem todo mundo aqui têm um bom gosto como o senhor. - Eu disse terminando de corrigir mais uma atividade.

— Você também têm bom gosto, temos mais uma coisa em comum. Nem todos pensam como você, Srta. West, eu adoraria compartilhar isso com meus alunos, mas sei que ninguém além de você iria prestar atenção, seria até perda de tempo, e não posso desperdiçar minhas aulas e como você sabe, já estamos no novo semestre, os testes estão se aproximando. - Ele tinha razão.

— Que pena. Eu adoraria assistir. - Eu disse deixando escapar um suspiro.

Como o próprio havia comentado durante as aulas, ele tinha uma ampla coleção de filmes clássicos, incluindo uma coletânia de DVD's sobre filmes das décadas passadas. Ele era fã do Charlie Chaplin.

— Tem planos para hoje à noite? - Perguntou meio hesitante.

— Não. - Respondi.

— Podemos assistir um dos filmes, com a permissão dos seus pais é claro, eu mesmo posso conversar com sua mãe, não conheço o seu pai e...

— Somos só eu e minha mãe, ela não vai se opôr. Na minha casa ou na sua? - Céus, por quê eu tinha que me empolgar?

Ele piscou um tanto desconcertado. Sorriu sem jeito.

— Me sentiria mais à vontade em casa, mas como você sabe que isso pode...

— Ninguém precisa saber. - Sussurrei.

— Você sabe que é... Anti-ético, certo? - Baixou a voz.

— Não vamos fazer nada de errado. - Não era mesmo?

— Peça para sua mãe, então. Não quero ter problemas. - Cedeu.

— Não se preocupe, fica tranquilo, professor. - Sorri confiante.

No fundo, aquilo também me preocupava.

Iríamos apenas assistir um filme. Com a permissão da minha mãe, é claro. Fazer as coisas às escondidas seria de fato errado, então, era melhor fazer da maneira certa... Fora do colégio, o Oliver passava a ser apenas um cara como qualquer um.

E claro, por mais errado que ainda fosse, eu não conseguia parar de pensar nele... Droga de paixão platônica.

[...]

— Jade, como posso confiar que não vai acontecer nada se eu nem o conheço direito? - Minha mãe estava séria, com a expressão de mãe preocupada.

— Só vamos ver um filme, mãe. Pode ligar para ele e confirmar, eu não te pediria se não fosse importante. Eu confio no Sr. Oliver, ele jamais se aproveitaria da situação. A senhora sabe que ele é o professor que eu mais gosto, por favor, mãe. - Pedi.

— Filha, se alguém do colégio ficar sabendo, esse homem vai ter problemas, não só ele, as pessoas vão falar de você, até pode ser expulsa e ele, demitido. - Me alertou.

— Você acha que ele não se preocupa? Por isso sugeriu que falasse com ele para confirmar, ninguém mais precisa ficar sabendo. - Falei.

Ela ponderou e até que relaxou a postura, e me encarou já com a decisão tomada.

— Está bem. Vou dar um voto de confiança, qualquer coisa me ligue. Jade, só não faça eu me arrepender disso pelo amor de Deus. - Meio que implorou.

— Certo, você é a melhor. Não vai acontecer nada, eu juro. - Abracei ela.

— Me liga, hein? Se ele tentar algo, você sabe o que tem que fazer...

— Não vamos precisar denunciar ninguém, mãe. - A interrompi.

— Assim espero, querida. Quando o filme acabar me manda uma mensagem para que eu possa ir te buscar, assim ficarei mais tranquila. - Me entregou o dinheiro para eu pegar um táxi.

Eu já sabia o endereço dele. Oliver havia me informado mais cedo.

Me despedi da minha mãe, eu sabia que ela iria deixar. Saí para a varanda ligando para um taxista conhecido, mamãe não gostava de me emprestar o carro.

Eu mal conseguia acreditar que iria ter uma sessão de filme com o meu professor de Literatura. Fiquei aguardando o táxi ansiosa, contando os minutos.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando de Jade e Beck descubrindo coisas em comum?

De literatura até clássicos de cinema...

Sobre a sessão de filmes na casa dele, loucura ou muita loucura beirando ao perigo?

Se bem que a mãe dela deu permissão, então né...

Agora já sabem que o Oliver não é o novo amigo virtual da Jade.

Afinal de contas, o que o MM queria conversar com ela?

A partir dos próximos capítulos teremos muito mais interação entre eles. As coisas já estão começando a fluir, tenham calma.

Ansiosos pelo próximo? Bjs



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