Codex de um soldado anonimo escrita por PEREGRINO SILENCIOSO


Capítulo 11
Capítulo 11




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Já no dia seguinte perto do meio-dia eu fuiz o meu Check-Out no Hostel, paguei tudo em dinheiro, pois não é restreável. Coloquei as minhas coisas no carro, me depedi de todos e de alguma forma (que eu não sei explicar) eu sabia que não seria a última vez que eu veria o Mexicano Diego em meu caminho e que eu teria que tomar muito cuidado com ele. Antes de voltar pro esconderijo, passei pelo Bureau pra falar com o Haythan (Águia Jovem em Árabe) sobre os dois Alvos (o Pumba e o Tucano).

— Boa Tarde, Irmão! Pelo que eu soube andou ocupado, fez um bom trabalho e foi bem criativo.

— Boa Tarde para você tamém! Eu realmente andei ocupado. Eu prefiro esgotar outros métodos antes de usar a Lâmina Oculta neles e também não quero comprometer a Irmandade. Eu somente a usarei em últimos casos ou quando não houver outra opção.

— Entendo. Vamos as informações que você me pediu anteriormente sobre o seus ex-companheiros de Forças Especiais, o Tucano e o Pumba. * Haythan passando o relatório*

— Obrigado pelas informações, Irmão.

— Sempre que precisar é só vir aqui que eu te darei as informações.

Descobri que o PUMBA havia morrido em combate logo depois que eu fui preso, foi enterrado com todas as honras e enterrado em um cemitério dos civis, tive vontade de vomitar. Já sei o que vou fazer... (é tão bão quando se tem idéias tão luminosas, certo?) Vou “brincar” de terrorista (não foi o que me acusaram? Então... agora serei um!), vou fazer BOOOOMMMMMMM!!!!!!!! HEHEHEHEHEHEHE.... To até imaginando a cena, vai ser realmente bem divertido. Fazia muito tempo que eu não explodia nada e ninguém. Em meu esconderijo tem bastante material pra construir uma bomba, não precisa ser muito sofisticada, uma simples está bom. No caminho de volta pro esconderijo comprei o que faltava pra contruir a bomba caseira, foi de modo discreto e tudo em dinheiro (ainda faço alguns serviços como Assassino de Aluguel). Já no esconderijo me sentei na bancada e fiquei construindo-a, não tive pressa, pois sei que devo colocar a dosagem de cada coisa corretamente, senão vai o meu esconderijo e eu pelos ares causando muitos estragos. Ao terminar coloquei delicadamente ao lado. Peguei o relatório que Haythan me forneceu sobre o Tucano. Lí o dossiê com calma e de modo metódico, fiquei sabendo que o Filho da Puta virou o chefão do Quartel, então foi por isso que ele queria desde o começo? Ele se envolveu na conspiração, só pra subir de cargo e de vida, além de foder com a minha vida como BODE ESPIATÓRIO... MALDITO! Esse vou aterrorizar primeiro e deixar-lo morrer por último.

Eu estava levando muito a sério essa história de vingança, precisava de uma relaxada, fazia SÉCULOS que eu não tinha ido mais pro cinema e comer um pacotão de pipocas. Talvés umas voltas na Cidade pra ver tudo o que havia mudado na minha ausência. Mal não vai fazer.

OBS: Neste Códex não colocarei datas/horas ou qualquer outra especificação de tempo como coloquei nos Códex anteriores ou qualquer outro detalhe que me comprometa.

Peguei o carro, fui até o cinema onde tava tendo um filme interessante que poderia me ajudar na minha missão. Comprei um enorme pacote de pipocas mistas (doce e salgada), duas garrafas de refrigerante, durante a sessão eu rachei os beiços de tanto rir das pessoas que gritava de medo das cenas do filme e não era comédia. Fazia muito tempo que eu não dava risadas, desde a morte do meu companheiro. Quando a sessão terminou já havia acabado o meu pacote de pipocas e uma das garrafas de refrigerante, o outro ainda estava cheio. Tive vontade de mijar. Naquele momento eu não tava com fome, fui olhar as vitrines pra ver as tendências da moda (não era exatamente uma das minhas preocupações em querer ficar na moda), mas como dizem: olhar não tira pedaço. Tô quase me sentindo “normal”, como eu era antes de que a minha vida virasse de ponta cabeça. Além do mais ver as coisas sozinho não tem nem um pouco de divertido. Passou várias garotas por mim que ficaram me olhando com bastante interesse, até que algumas delas tiveram coragem de virem falar comigo (eu não sou bonito – não com essas cicatrizes todas no rosto – mas não sei o que elas viram em mim) e todas elas eram muito GATAS e gostosas com uns pernão de lamber os beiços, uivar que nem um maluco... Eu nem havia percebido o quanto eu chamava a atenção da mulherada agora do que o “meu EU ANTERIOR”. Fiquei até bem acanhado com as propostas delas pra mim e eu não tava mais acostumado a ser galanteado por mulheres bonitas. Quem era o mais tímido da turma era o meu companheiro na qual vou colocar outro codinome nele, que vou chamar-lo de ELIZEU. Eu era o mais falante, galanteador, marrento na qual sempre dei muitos problemas pra chefia, mas eu era um amigo leal, honrado. Até hoje a minha lealdade nunca havia sido questionada, eu tinha uma certa “Reputação”. Em quanto que eu estava olhando as vitrines, perdido em pensamentos, não havia percebido que eu estava sendo seguido, só percebi quando eu olhei no reflexo de uma vitrine. Não podia simplismente assassinar alguém em pleno shopping empinhado de pessoas inocentes, fiquei mais atento ao meu perseguidor. Adivinhem quem é que estava me seguindo pelo shopping? Não conseguiram adivinhar? Vou dar logo a resposta: O Mexicano Diego. Pronto falei.

— Coincidência que nos encontramos aqui, Frank. * Falou o Mexicano Diego se aproximando e fazendo cumprimentos*

— Pois é. O que você está fazendo aqui?

— Passeando um pouco, distraindo a cabeça dos estudos e do trabalho, e você?

— O mesmo que você... * Respondi com um sorrisinho falso no rosto*

— O que você tem feito desde que saiu do Hostel?

— Nada de interessante, só encontrei um lugar pra morar definitivamente, somente isso. Tenho que ir, amanhã tenho uns assuntos pra resolver bem cedo.

— Quase na véspera de natal, Frank?

— É... Ainda trabalho. Tchau!

— Tchau!

Finjo que eu ia embora, dei a volta pro outro lado despistando ele, fiquei de tocaia longe só pra ver até onde ele iria, vamos “brincar” de gato e rato? Senti aquela energia da caçada novamente em meu sangue que me deixou turbinado, o meu cérebro trocou de sintonia pros meus Instintos de caçador (pra mudar de sintonia de novo demora pra caraio). O Mexicano Diego conhece bem pouco a minha Pick-up, coloquei um gorro na minha careca (tá frio pra caralho, logo seria o INFERNO GELADO) e natal. Já sei quando eu vou explodir a bomba: bem no dia de Natal, será o meu “presente” de natal pro Pumba por ter sido tão SACANA! Como eu to MALÉFICO!!!!!! Hehehehehehehehe. Continuo seguindo o Mexicano Diego de carro, anotei a placa pras futuras averiguações (nunca se sabe o dia de amanhã), eu havia trocado a placa do meu carro por uma fria caso ele tenha anotado a placa como eu. Ele voltou pro Hostel. Até já sei como vou ficar de olho nele, vou colocar um rastreador no carro, além de saber aonde ele está. 

Vou poder dar uma olhadela mais detalhada no Códex dele (eu não gosto de envolver a Irmandade nos meus rolos).

Depois de todas as verificações voltei para o esconderijo, acho melhor dizer “Casa”. Sei lá fica meio estranho eu dizer essa palavra do que esconderijo, porque basicamente eu nunca tive uma casa ou lar... Com uns “amigos” que me deviam uns favores, consegui alguns rastreadores. Sabe como é que é, é hora de cobrar esses favores, certo? Eles levaram um susto do caraio quando me viram ao entregar a mercadoria no lugar escolhido por mim. Eles também acharam que eu tinha morrido de verdade. Dei um sorrisinho de canto de boca quando comentaram entre si.

Eu estou emendando um serviço atrás do outro pra manter a minha cabeça de cima ocupada, e não a debaixo. Como está chegando o natal, nem sei se vou comemorar ou comprar alguma coisa pra dar de presente pra alguém (como se eu tivesse pra quem dar, certo?), se eu tivesse o novo endereço da Dona Cida, eu poderia mandar o presente pra ela, na qual foi como uma MÃE que eu NUNCA tive (acho que já escrevi isso). Coloco a Pick-up na garagem dos fundos do prédio, tranco tudo após entrar, logo entro no chuveiro pra esquentar o corpo que ta GELADO (não vou dizer congelado senão não estaria mais vivo). Tô me sentindo um PINGUIM... Hehehehehehehehehehehehe. Por mim podia ser verão o ano inteiro. Preciso colocar um aquecedor no esconderijo pra não passar frio durante o inverno. Lembrar disso mais tarde.


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