Zest - Pausada (voltamos ainda em 2021) escrita por LadyVênus


Capítulo 11
Nada é o que parece


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é esquisito e eu juro que ele vai fazer sentido quando ler o capítulo seguinte e o próximo. Estamos nos preparando para os capítulos finais.



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Bella se levantou e percebeu que não aguentaria subir dois lances de escadas por alguns dias. Para que não precisasse ser locomovida para cima e cansasse Edward nesse sobre e desce, ela pediu que o quarto de hóspedes fosse arrumado. O confortável móises estava ali, ao lado da cama de solteiro onde Bella estava deitada. Edward reclamou, se arrependera de não ter colocado uma cama de casal ali. Mas a esposa o fez ver que aquele pequeno espaço tinha lá suas vantagens. O calor da conchinha que os dois faziam estava tão gostoso que ele relaxou. Para logo depois acordar para que o pequeno Leo pudesse ser trocado e então amamentado. Nell nem acordou, só duas horas depois.

Tanya ficava boa parte do tempo por ali. Gostava de ajudar os amigos e os bebês eram tão fofos que ela só queria mimá-los até a exaustão. Os empregados davam dicas ao casal, os avós babões viviam fazendo visitas, eles gostavam de estar ali, mas ainda davam o espaço necessário para a nova família. Foi assim pelos seis meses seguintes. Bella e Edward estavam o tempo todo cuidando dos filhos. Raras eram as vezes que um dos dois saíra, para o que chamavam “tomar um ar”, que se transformava em saudade. Eles não sabiam como iriam seguir a vida se a total presença dos filhos em seu dia.

— Não sei do que está falando.

— Edward Cullen.

— O que foi meu amor?

— Mostre o que tem na mão.

— Nada.

— Me mostre que não tem nada mesmo.

— Mas amor...

— Espero que fique feliz dormindo no sofá nessa noite. – Ela cruzou os braços. Os seios ficaram mais altos. Edward olhou e depois fez cara de coitado. Ele ergueu as mãos e em uma delas estavam dois pirulitos. – Está viciando meus filhos em açúcar?

— Nossos filhos.

— Está viciando NOSSOS filhos em açúcar senhor PAI dos meus bebês?

— É só uma pequena coisinha. Uma vez no ano. Não vicia. – Os bebês fizeram barulhos e ergueram as mãos. Bella ergueu uma das sobrancelhas.

— E você sabe o que mais é só uma vez no ano? – Edward negou. – Sexo entre a gente.

Edward caiu embasbacado no sofá. Olhou ao redor enquanto escutava os barulhos que seus filhos faziam. Gritou o nome da babá perto da cozinha e ela parou de lavar as mamadeiras de água e escaldar os brinquedos. Seu nome é Celeste e também foi enfermeira por quase quinze anos. As crianças a adoravam, Bella sentia paz quando sabia que ela estava por perto e Edward ficava aliviado ao saber que seus filhos tinham o melhor para eles. Celeste saberia como agir diante de uma doença e teria o cuidado de guiar os pais no melhor caminho para que mesmo que ela não estivesse por perto, eles saberiam como agir.

Sabendo que agora, Celeste estava ciente que os pais estavam no andar de cima, Edward percebeu que teria que achar um jeito para que Bella o perdoasse. Os dois viviam tendo essas pequenas discussões e apesar de amar as reconciliações, ela demorava um tempo cada vez maior para o perdoar. Era ela quem sempre ficava irritada e ele sempre tinha que se desculpar. Nunca o contrário. Algumas vezes ele a presenteava, nas outras a levava para um piquenique, estes duravam um pouco menos de uma hora pois a esposa sempre se preocupava com a exposição dos filhos ao ar livre, principalmente pela exposição aos paparazzi, que mesmo com a medida jurídica, ainda insistiam em ver por cima dos muros, com uso dos drones. Em breve, segundo Edward, eles cairiam graças ao programa que seria instalado na casa na próxima semana.

Edward entrou no quarto e parou de repente. Bella estava sentada na cama deles e ele percebeu que ela estava triste, mais triste do que açúcar na boca de duas crianças de seis meses poderia deixar. Era até estranho, mas Bella sempre ficava assim quando ela e Edward brigavam, como se fosse o estopim para que ele desistisse dela. Ela vivia em constante medo de que ele desistisse, se cansasse dela e da vida de família de comercial de margarina. Então toda a carga quase sempre romântica sobre a maternidade a deixava além de muito feliz, insegura. Não tinha nem o mesmo corpo de antes, tudo em seu corpo a deixava desanimada.

Por isso estava na cama. Sentada e nua. Não para seduzir Edward, mas para se apaixonar de novo por ela, mesmo com os pequenos detalhes que a faziam diferente agora.

Quando viu Edward na porta, Bella ficou envergonhada. Se cobriu com o roupão branco e olhou para qualquer lugar, menos para os olhos do marido. Edward entrou de vez no quarto e trancou a porta. Antes, escutou a música que deixava as crianças distraídas. O pagamento de Celeste poderia aumentar cada vez mais nos próximos dias. Ele se aproximou da esposa e ela olhou para ele pela primeira vez ali. Edward acariciou os cabelos dela e abaixou um pouco para beijá-la na testa. A tensão não sumiu, só diminuiu.

Ele a abraçou e a ergueu para que conseguisse tornar o abraço ainda mais aconchegante. Ela gemeu com o aperto, principalmente nos seios que ainda estavam cheios de leite. Ele se afastou um pouco e suspirou. Ela ainda precisava de toda a prova.

— Acho que estou ficando calvo. – Ele disse. Bella riu e se afastou para olhar o cabelo dele.

— Não está não.

— Você vai me amar mesmo assim? Se eu ficar feio?

— Mas isso é impossível.

— É possível sim amor. Lembra daquela espinha, bem em cima do umbigo?

— Aquela espinha? – Ela ficou um pouco enojada, bem pouco.

— É. Sabe, aquilo fez parte de mim. E você cuidou e ficamos cada vez mais perto, justo quando eu me sentia mais...menos perfeito para você. – Ela riu um pouco.

— Você é perfeito para mim?

— Sim. Assim como você é perfeita para mim. E nada. Nada no seu corpo deixa você menos perfeita. Eu te amo muito e se as manchinhas, marcas, cicatrizes e qualquer outra pequena imperfeição só te deixa mais e mais perfeita para mim. – Ele abriu o roupão e mesmo que ela tenha tido a vontade de correr até o banheiro e se trancar, Bella gostava de ser mimada por ele. Usava as palavras para fazer ela enlouquecer de amor - mais amor - por ele.

— O que está fazendo? – Ela perguntou quando a mão dele tocou sua barriga, a pequena gordurinha que ela não conseguia se desfazer.

— Nossos filhos estavam aqui. – Ele massageou ali. - Seu corpo é só a criação mais perfeita que Deus fez.

— A palavra “perfeita” foi a mais dita por aqui.

— É a palavra perfeita para uma mulher perfeita.

— Mesmo assim vai dormir no sofá. Seus filhos não precisam de todo esse tipo de açúcar, Edward. Precisa aprender que faz mal.

— Fala como se fosse veneno.

— Ok, se sabe tanto sobre o que bebês precisam, então você vai explicar para o dentista sobre as cáries, ao pediatra sobre toda o açúcar no sangue e toda a dor de barriga que eles vão sentir e todas as fraldas extras que trocaremos. – Ela se exaltou de novo.

— Você não pode estar brava por isso.

— Tem razão.

— Então me diz. Eu não sei o que você quer.

— Eu quero um tempo.

— Tempo para quê?

— De você.


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Notas finais do capítulo

Tá doido? Sim, mas olha, vai fazer mais sentido em breve.



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