Tudo o que está em jogo escrita por annaoneannatwo


Capítulo 4
NPCs




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793076/chapter/4

Assim como no dia anterior, o Bakugou está recostado sobre uma árvore quando Ochako deixa a escola. Ao avistá-la, o loiro desce e a encara com uma expressão que tanto pode significar “tsk, não falei?” quanto “você é burra pra caralho” ou algo assim. Ela não está super empolgada pra falar com ele, mas sabe que é necessário, até inventou uma desculpinha pra não ter que ir embora com o Kirishima. Ele não pareceu muito feliz, mas ela checou: os 15% de intimidade se mantiveram.

—  Eu, hã… agora eu tenho um telefone. —  ela mostra o aparelho, toda sem graça —  Conversei com minha “assistente”, ela me deu, e também me explicou como funciona. Parece que não tem jeito de eu não n-namorar todos eles se quiser zerar mesmo.

—  Tsk, e por que caralhos você achou que teria? É um joguinho de namoro, Cara de Lua, você só ganha namorando.

—  Bom, sim, mas…

—  A não ser que tenha um final de amizade ou alguma porra assim, mas não é todo jogo que tem isso, e esse aqui tem cara de ser dos mais fulêros.

—  Final de amizade?

—  É, em alguns jogos, quando você consegue pontuação boa com todo mundo, mas não chega ao máximo com ninguém, pode ter um final bem bestinha onde todo mundo é amigo.

—  Oh… —  ela arregala os olhos —  Oh! Isso é ótimo! Será que eu não posso conseguir um desses? 

—  Tsk, e arriscar pegar bad ending? Nem fodendo! Vai jogar direito essa porra! —  ele vocifera, ignorando o olhar feio dela — Vai começar por quem?

—  O-oh, eu… eu não sei, eu… tenho que escolher agora?

Ele suspira de maneira exageradamente dramática.

—  De todos os idiotas, eu tinha que acabar numa porra dessas com uma noob completa, puta que pariu.

—  Nossa, desculpa se eu não sou uma especialista em joguinhos de namoro porque tenho outras coisas a fazer de madrugada ao invés de ficar jogando, tipo dormir e tal. —  ela diz da maneira mais sarcástica possível, adorando observar como o rubor sobe pelas bochechas e orelhas dele.

—  Vai se foder, Cara de Lua! Eu devia deixar você se foder sozinha pra aprender!

—  E por que não faz isso, então, se você quer tanto?

—  Porque você é a protagonista! Se dá alguma merda, o jogo acaba! —  a ideia toma forma em sua cabeça.

—  M-mas… eu posso começar de novo, não?

—  Não sei. Você vai querer pagar pra ver? —  a expressão dela deve ser uma resposta satisfatória —  Então para de graça e decide por quem você vai começar.

—  Bom, eu… —  ela abre a mochila e puxa o livreto de informações sobre o jogo —  ...todas esses personagens têm um equivalente que é alguém que eu conheço, né? Esse ruivo aqui é o Kirishima-kun.

—  Jura, gênio? —  ela resiste à vontade de revirar os olhos, e continua a ler as informações.

—  Esse… “… primeiro ano, tesoureiro do Conselho Estudantil. Prestativo, inteligente e muito dedicado às atividades e à amizade com você. Está sempre sorrindo, mas odeia ser contrariado e subestimado por sua aparência mais delicada.” é o Deku. Q-quer dizer, não “o” Deku, o Deku d-

—  É, é, entendi. Tsk, tava na cara que aquele idiota ia ser o yandere.

—  “Yandere?”

—  Logo você vai entender. Quem mais?

—  Hum… esse aqui… "… terceiro ano, presidente do clube de teatro. Garoto frio e distante de expressão indecifrável, apenas demonstra suas emoções quando está atuando. É bastante direto e até grosseiro por vezes, apenas porque sente necessidade de afastar as pessoas, principalmente aquelas que gosta." 

—  Meio a Meio. 

—  Isso! —  ela quer perguntar como ele reconheceu tão rápido se aparentemente ainda não entrou na escola, o que a faz querer questionar o porquê disso também, mas o Bakugou tá muito focado no livrinho —  Os outros eu não sei… esse aqui… o enfermeiro da escola, é o Hawks-san.

—  Tsk, esse aí é NPC. —  ele a encara e suspira exasperadamente mais uma vez —  "Non player character", ele não é jogável. Nesses joguinhos, é um personagem que não tá lá pra namorar.

—  Ahhh entendi. Então não tenho que tentar conquistá-lo.

—  Tá decepcionada, Cara de Lua? —  agora é ele quem abusa do deboche.

—  Claro que não! —  ela fecha a cara —  Ele é mais velho que nós.

—  Nesses jogos às vezes tem personagens mais velhos. —  ele dá de ombros.

—  Pois não deveria. —  ela afirma, sentindo-se um tanto angustiada ao pensar se tivesse mesmo que jogar pelo Hawks. Ele é um herói bonito, claro, mas daí pra querer namorar já seria bem esquisito.

—  Tsk, que seja. Eu nem gosto dessas coisas de personagem assim, falou? De velha  já basta a bruxa que tem lá em casa. — é estranho que ele sinta necessidade de se justificar quanto a isso, mas ouvir sobre a mãe dele a lembra de algo.

—  Quer dizer sua mãe? Ela também age com você aqui como age no nosso mundo? Meus pais são bastante idênticos, me dá até medo.

—  Não, não é igual ao mundo original. —  ele informa quase num murmúrio e volta sua atenção ao encarte —  Na capa do jogo tem cinco personagens, tem que achar os outros dois idiotas  pra você jogar.

— Bakugou-kun, você- —  agora ela ficou curiosa sobre como é a vida dele nesse mundo. 

Apesar das loucuras, Ochako ainda tem uma representação de seus pais que é bastante parecida com a real. Ela se lembra vagamente de alguns dos jogos que a Mina e a Tohru curtem apresentarem protagonistas órfãs com passados trágicos ou que não mencionam nada sobre família em momento nenhum. Por mais assustador que esse mundo seja, poderia ser muito pior.

Mas e pro Bakugou, como está sendo?

—  Descobre quem são os outros. Você tem que achar essa garota que não vai com a cara da protagonista e esse moleque sádico que tá no jornal da escola, são os dois que faltam. —  ele a interrompe.

—  Certo… —  ela fica pensativa, olhando-o com preocupação. Mas ou ele não nota ou prefere ignorar, dando-lhe as costas e se afastando pra ir embora —  Te vejo amanhã.

O Bakugou, claro, não responde.

 

***

 

Mais um dia nessa escola em que os alunos passam pelos corredores, mas mal interagem com ela ou mesmo entre eles próprios. Ochako observa a todos com o cenho franzido, mas ninguém a olha com estranhamento por estar fazendo cara feia. Ela tem a impressão de que poderia começar a dançar no meio do corredor e ninguém questionaria.

Querendo testar essa hipótese, ela se lembra do Iida —  que falta ele faz… — e canaliza seus movimentos mais robóticos com os braços, imitando-o como sempre faz quando ele para na porta da classe a fim de alertar os alunos atrasados que a aula está pra começar. São movimentos bobos e descordenados, mas nenhum par de olhos se volta para ela.

—  O que… é isso?

Ochako pula de susto ao se virar e encontrar a Tsu olhando-a atentamente. Fosse sua amiga original, ela inclinaria a cabeça e perguntaria se a morena está se sentindo bem, e ao receber uma resposta positiva, sorriria e diria "Você tem cada uma, Ochako-chan, ribbit."

Essa Tsu, porém, não parece curiosa ou preocupada. Na verdade, ela olha pra Ochako com irritação e… asco?

—  A-ah, Ts- Asui-san, eu só… eu… tava me lembrando de alguns movimentos pro clube de teatro. —  ela inventa brevemente.

—  Certo. Não precisa se justificar pra mim.

—  M-mas… você perguntou, não foi?

Ela arregala os olhos e parece desconcertada, mas apenas por um breve segundo, voltando a ostentar uma expressão impassível.

—  Que seja. —  e então dá de ombros, passando por ela. Essa garota anda como a Tsu, tem a voz dela, mas é de longe a que menos se assemelha à original na personalidade. Ela anda de maneira mais assertiva também, segurando o celular na mão firmemente e…

—  Que bonitinho seu pingente! —  Ochako nota um penduricalho no aparelho dela: um sapinho verde claro com grandes olhos e bochechas rosadas.

— O quê?

—  O pingente no seu celular! —  ela aponta — Eu tenho, bom… tinha um também, mas o meu era rosinha. —  Ochako diz animadamente, lembrando-se que ganhou um pingente de celular justamente da Tsu. A amiga disse que comprou porque a lembrava muito dela pela cor e pelos olhinhos brilhantes do sapo, a morena o pendurou no celular, que ficou no outro mundo.

—  Você… você gosta de sapos?

—  Ah… claro! —  ela sorri. Verdade seja dita: ela tinha um certo receio de sapos, mas depois que conheceu a Tsu, passou a gostar. Bom, pelo menos os que vêm em estampas de roupas e acessórios, os sapos de verdade ainda são meio… bleargh —  Mas eu gosto mais de rãs, sabe?

A Tsu a encara como se tivesse brotado uma cabeça extra nela. E então… parece esboçar um sorriso, mas não dá pra ter certeza. O sinal toca, e ela dá as costas, retirando-se para a sala de aula, Ochako faz o mesmo, mas não sem antes puxar o celular e confirmar o que já estava imaginando: a Tsu é a “garota que não vai com a cara da protagonista, a princípio.” E dá pra ver que a antipatia é mensurável, está aqui nessa barrinha de intimidade. 

De -20% para -10%.

É um progresso.

A aula transcorre normalmente enquanto ela pensa no último personagem que falta encontrar. Um loiro sádico, repórter do jornal da escola, o encarte o descreve como malicioso e que diz coisas sem pensar para a protagonista por não saber falar direito com ela. Ochako tenta se lembrar se viu algum loiro, mas… e se ele não for loiro? Esse personagem de cabelos castanhos, por exemplo, é o Deku, então pode ser que seja diferente…

Mas…

Não, nesse caso é um loiro mesmo.

Como ela não percebeu antes?

Um loiro sádico e malicioso que fala sem pensar e tem dificuldade em se comunicar… é o Bakugou! É claro! E ele não aparece na sala porque está sempre investigando para o jornal da escola, ou algo do tipo...

Mas se é assim, por que ele não falou de uma vez? Assim ela poderia começar por ele, talvez eles pudessem combinar de estarem apaixonados e terem uma rota a menos pra se preocupar! Considerando que ele parece entender tanto desses jogos, então já deve estar ciente disso, então pra quê complicar? Ela vai fazer o Bakugou se apaixonar e pronto!

Ok… não é bem assim…

A ideia de fazê-lo se apaixonar por ela é… ridícula, tanto que nem dá pra imaginar acontecendo. Ochako sempre o admirou muito, a força, a inteligência, o talento, Bakugou é impressionante não importa de que ângulo se olhe. Eles não conversam muito além do necessário na escola, tendo feito alguns trabalhos em grupo aqui e ali, seria difícil dizer com todas as letras que são amigos, embora ela adoraria socializar mais com ele se o Bakugou desse a oportunidade, o que não acontece muito. O loiro é sempre bastante arredio, talvez a evite por associá-la ao Deku, então com certeza é impossível imaginá-lo apaixonado por ela, mesmo que de mentirinha.

Talvez o Bakugou acabe sendo o mais complicado, segundo a Mina: “os bonitões sádicos de coração de pedra não se entregam tão fácil ao amor.” então talvez ela deva deixá-lo por último? Nesse caso… por quem deveria começar? Ela já tem 15% com o Deku e o Kirishima, tem saldo negativo com a Tsu e nem tem uma barrinha pro Todoroki, então o melhor seria…

—  Ora, mas será que você está mesmo com problemas de audição devido à queda na escada? —  Ochako ergue a cabeça, surpresa por ter alguém falando com ela. É o Monoma, que cruza os braços e dá um sorriso ácido —  Não ouviu o sinal? 

—  Hã? Ah, sim. Obrigada, Monoma-kun. —  ela se move para levantar, mas é impedida por ele, que se senta em sua carteira e se inclina na direção dela. Ochako não gosta disso e fecha a cara pra ele, que mantém o sorriso.

—  Eu tenho algumas perguntas para você, sobre o incidente naquele dia. 

—  Eu caí na escada, bati a cabeça e desmaiei.

—  Dessa parte eu sei, fui eu que te resgatei, afinal. —  ele dá uma risada — Então que tal mostrar um pouco de gratidão e me dizer quem te empurrou?

—  O-o quê? —  ela franze o cenho, como ele… como ele sabe?

—  Eu tenho certeza que por mais avoada que você seja, não pode ter caído sozinha, não do jeito que te encontrei. Alguém te empurrou, você não viu quem foi?

—  Não, eu… eu não vi, p-porque não foi ninguém! Eu só caí e tropecei, Monoma-kun, é isso!

—  Por que está protegendo essa pessoa? Ela te ameaçou de alguma forma para que você não fale?

—  Não é nada disso, de onde você-

—  Você foi vista conversando com o Bakugou Katsuki na saída da escola dois dias seguidos, há relatos de que você também perguntou por ele na enfermaria quando acordou, tem certeza que ele não disse nada que possa ter te pressionado a não falar?

—  Não falar sobre… peraí, Monoma-kun, você tá insinuando que o Bakugou-kun me empurrou?

—  Suas palavras, não minhas. Mas então? Foi isso? Não precisa ter medo, se ele te fez algum mal, é um favor para todos que isso se torne conhecimento de todo mundo e-

—  Ok, senhor abutre, sai do pé dela! —  uma voz feminina ressoa pela sala e o Monoma é afastado de sua carteira por uma garota de cabelos curtos e roxos, que o olha feio.

—  Kyoka-chan? —  Ochako fica surpresa ao se deparar com um rosto tão familiar, porém... um pouco diferente, é a Kyoka, mas ela não tem seus plugues pendendo de suas orelhas. No lugar deles, um par de alargadores ornamentam seus lóbulos. Combina com ela, mas... ainda é meio estranho.

—  Eu mesma. O que foi? Achou que eu não ia voltar mais, então já tava esquecendo de mim? —  ela sorri — Como está, Ochako? O loiro tá te incomodando?

—  Ora, por favor, eu só estou fazendo meu trabalho de jornalista. A senhorita não deve saber pois não para na escola, mas sua amiga sem cérebro aí foi atacada nas escadas há dois dias.

—  O quê? É sério isso?

—  Sim… quer dizer, não! Eu só caí na escada, o Monoma-kun aí só está chegando às próprias conclusões.

—  Como é? Está dizendo que estou tentando inventar isso? —  ele a olha com desprezo — Muito cuidado com o que fala, eu sou um repórter sério, sei o que vi. Você foi empurrada e vem agindo estranho desde então.

—  Você é repórter? —  ela pergunta, inclinando a cabeça. 

—  Está duvidando de mim agora? Qual o seu problema? —  a expressão dele está gélida e sinistra, Ochako se lembra do Monoma original ser do tipo debochado, ele nunca parece sério em suas provocações e comentários, esse loiro é um tanto diferente…

… e  é um repórter. Será que…? Mas se for, como fica o Bakugou?

—  Posso saber o que está havendo? —  outra voz feminina se manifesta. E Ochako se depara com a Momo de braços cruzados, parada à porta e… usando óculos? Nossa, ficou tão bom nela —  Monoma-san?

—  Por que sempre presumem que o problema sou eu? —  ele suspira.

—  Porque todo mundo te conhece. —  a Kyoka responde.

— Tsk, francamente. —  o loiro cruza os braços, olhando-a brevemente —  Nós ainda não terminamos. — e se retira, passando pela YaoMomo sem esconder o quanto está contrariado.

—  Obrigada por vir tão rápido, Momo. —  a Kyoka diz, guardando o celular — Se eu não boto medo nele, a vice-presidente com certeza bota.

Ah, a YaoMomo é vice-presidente aqui também… Ochako sorri, e então se lembra das descrições de duas personagens femininas no encarte. Uma garota rebelde e direta que trabalha como guitarrista em uma banda, então costuma se ausentar bastante da escola, e a vice-presidente do colégio, uma menina séria e responsável, ambas são amigas da protagonista e estão sempre protegendo-a, embora achem que ela deveria se impor mais.

—  Você deveria se impor mais, Uraraka. —  a YaoMomo diz, como prova disso — Se está incomodada, é só dizer.

—  A não ser que você não esteja incomodada.

—  Eu… eu só não entendi porque ele tava tão empenhado em tentar culpar o Bakugou-kun pelo meu acidente na escada.

—  O Bakugou-san? —  a garota de cabelos pretos a olha com preocupação —  Ele fez algo a você que eu deveria estar ciente?

—  Não, claro que não. —  Ochako responde assertivamente —  O Bakugou-kun pode ser, hã… difícil, mas ele não é nenhum monstro.

—  Eu não teria tanta certeza… ele não foi expulso do time por quase quebrar a perna do Kirishima-kun?

—  Foi?

—  Ué, você não sabe? Você e o Kirishima-kun são tão amigos, ele te contou, não?

—  Mas…

—  E há também o fato de que ele agrediu o Midoriya-san. Esse posso confirmar pois fui testemunha. —  a YaoMomo afirma — Ora, e você também, Uraraka-san, foi você que protegeu o Midoriya-san, afinal.

—  Foi? —  Ochako nem consegue tentar manter uma façada neutra e fingir que sabe do que elas estão falando. A ideia de um Bakugou violento é… é inimaginável! Uma coisa é ele estar sempre gritando insultos e ameaças vazias, mas agredir de fato? Mesmo nesse mundo onde as coisas parecem mais ou menos iguais às vezes, isso é impensável, e o Bakugou que ela conhece jamais faria isso.

—  Ochako, você tá bem mesmo? 

—  Sim, eu… eu só… acho que preciso comer. Não tô com a cabeça no lugar porque tô com fome. —  ela dá um sorriso bobo. Parece algo que uma protagonista desses joguinhos diria, não parece? 

—  Ai ai, como sempre… —  a Kyoka balança a cabeça e põe as mãos nos quadris, olhando-a afetuosamente. É, com certeza é algo que a protagonista diria —  Vem, bora arranjar alguma coisa pra você comer.

Mas Ochako não está com fome. Na verdade, por mais que tenha simpatizado com essas versões da YaoMomo e da Jirou tanto quanto adora as verdadeiras, ela gostaria de ficar sozinha agora para poder raciocinar e ler aquele bendito encarte de novo.

O tal loiro sádico é realmente loiro, como ela pensou, pois é o Monoma. A ideia de ter que agradá-lo para… conquistá-lo romanticamente não faz nenhum favor a seu apetite, e essa nem é a pior parte.

A pior parte vem quando ela mais uma vez encontra o Bakugou na saída da escola, Ochako o observa, ainda não acreditando e tentando imaginar em qual mundo ele poderia ser alguém que levantaria suspeitas de machucá-la por qualquer razão, ou por razão nenhuma.

—  Eu, hã… descobri. A garota que não gosta da protagonista é a Tsu-chan, e o loiro sádico é o Monoma-kun.

—  Tsk. Que merda, hein?

Ochako concorda, ainda olhando-o.

—  Eu… por um momento, eu pensei que fosse você o loiro sádico. —  ele não parece surpreso e fecha a cara — Mas não é, né?

— Demorou, mas você sacou quem eu sou nessa merda, pelo jeito. —  Bakugou dá de ombros, desviando o olhar.

—  Uhum. —  Ochako pega o encarte mais uma vez, e aponta para um personagem de cabelos pretos e olhos azuis escuros, ela nem havia dado muita atenção pois a descrição é minúscula: “garoto problema da escola. Não frequenta as aulas e tem prazer em perseguir a protagonista e alguns de seus amigos.” —  Você é o vilão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, olá! Caso alguém esteja acompanhando e curtindo essa história, peço desculpas desde já, não sei se conseguirei atualizá-la na semana que vem por uma série de questões envolvendo meu tempo, mas pretendo retomar o mais cedo que conseguir.
Obrigada



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tudo o que está em jogo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.