Tudo o que está em jogo escrita por annaoneannatwo


Capítulo 30
Na poltrona




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Ochako escolheu uma blusinha amarelo clara e uma calça jeans um tanto justa, ela gostou bastante do que viu no espelho e achou que seria apropriado. O Monoma não falou nada sobre evitar ou dar preferência a certo tipo de roupa, então ela concluiu ser uma boa escolha.

Quando ele a viu, mediu-a de cima a baixo e pareceu satisfeito, como se ela tivesse conseguido cumprir o objetivo de não vir ao encontro vestindo algo ridículo. Não adianta, é o olhar dele que sempre passa impressão de desdém mesmo, talvez nem seja o que ele quer passar, mas é o que parece. De toda forma, o loiro também não deixa nada a desejar no visual, trajando uma camisa azul escura que ressalta o tom de seus olhos, bermudas cáqui e um par de tênis marrom ocre. Além de eterno deboche, a aparência dele sempre transmite muita elegância e confiança também, nesse momento mais que nunca. 

Assim que Ochako o avista, parado no ponto onde combinaram de se encontrar, ela sente o rubor subir por suas bochechas, essa já é a quarta rota, seu terceiro encontro, e ainda é tão enervante quanto foi na primeira vez. Claro, é porque são garotos diferentes também, mas tem muito mais a ver consigo mesma e sua inexperiência nessa área no mundo real. Ochako nunca foi a um encontro, ela sai com seus amigos e se diverte, mas encontro romântico mesmo nunca rolou.

Claro que se imaginou indo a um com o Deku, aqueles pensamentos que ela não se permitia contemplar muito a não ser em noites mal dormidas, nas quais certas fantasias falavam mais alto, mesmo que fossem breves. Talvez ela tenha sonhado estar em um encontro com o Todoroki uma vez, Ochako não se lembra muito bem. 

Seja como for, ela nunca sequer cogitou a hipótese de sustentar uma conversa com o Monoma, que dirá um encontro! A única vez em que interagiu com o verdadeiro foi naquele treino conjunto com a turma B no qual o Deku perdeu o controle da individualidade, ela se lembra de ter capturado o Monoma, e que ele tentou ludibriá-la a responder a ele para que caísse no transe da individualidade copiada do Shinsou, Ochako não é tão burra assim logo não caiu, até hoje ela não sabe se ele estava blefando ou não, mas em todo caso, recorda-se vagamente dele dizendo que ela era esperta. E foi isso, o ápice de sua interação com esse garoto de olhos caídos e voz suave.

Por não saber muito do Monoma , ela não sabe o quanto o desse mundo se assemelha ou se difere do original. Ele com certeza é bem debochado e articulado, tanto para provocar quanto para persuadir, o que parece ser algo que o original também é. Mas esse parece ser um tanto… sensível, reagindo de maneira mais exagerada do que o necessário quando ela diz ou faz algo que ele não estava prevendo ou quando o constrange. Principalmente quando o constrange. Para além disso, ele não parece ser lá muito honesto, gosta de dar seus jeitinhos e diz coisas que não quer realmente dizer. É isso que faz um tsundere? Ochako não sabe, e não tem para quem perguntar.

Não que isso importe, ela vai aceitar todos os conselhos que recebeu sobre seguir jogando por si só e descobrir seu caminho como pode. Se o Bakugou se recusa a falar com ela, não é ela que vai procurá-lo exigindo um pedido de desculpas, seria patético, como este Monoma diria. E provavelmente o original também.

—  Está nervosa?

—  Hum? Não, eu… —  ele a olha incisivamente —  Não muito. —  e ri diante da admissão dela. A risada dele lhe soava bem irritante no começo, agora tem qualquer coisa de charmosa.

—  Eu sou assim tão pouco confiável?

—  Não, é só que você parece gostar de me ver me enrolando e… com vergonha.

—  Está dizendo que eu sou sádico? Que horror, Uraraka Ochako!

—  N-não foi isso que eu falei! —  ela brada, notando como ele parece adorar isso.

—  Bom… você não estaria totalmente errada, mas acho que isso não é assunto para um primeiro encontro, vamos com calma.

—  Eu não- ugh, eu vou ficar quieta! —  ela cruza os braços e vira a cara pra ele.

—  Por favor, não fique. —  ele ri de novo, dando passadas mais largas para parar na frente dela  —  É sério, não fique. Me incomoda se você fica muito calada.

—  Para de tirar sarro de mim, então.

—  Haha, vou tentar me controlar. Se você não tivesse essas reações ótimas, eu me comportaria bem melhor, juro. 

—  Você nunca vai conquistar ninguém com essa atitude, sabia?

Fica um breve silêncio, e ele a encara, a brisa faz com que os cabelos loiros balancem graciosamente.

—  É, eu sei. —  ele se vira e volta a andar —  Vamos indo? Não podemos nos atrasar.

Oh, será que ele… será que ele sabe que é meio irritante? Ou será que ninguém nunca disse algo assim e o magoou? Ochako puxa o celular e confere a intimidade: 47%. Não caiu nada desde aquele dia na sala de aula com a luminária, e ela sentiu que não precisaria fazer grandes esforços para que o encontro fosse bem sucedido e fizesse a intimidade disparar. Ochako só esqueceu que o garoto tem um talento natural para deixá-la irritada e que… pode ser difícil não esconder a antipatia que tem por certas atitudes dele, o que pode atrapalhar sua missão de se mostrar interessada no rapaz.

Suspirando, ela diz a si mesma que precisa se acalmar. Ele é só um personagem, é a configuração dele falar e agir assim, não pode mudar, Ochako tem que ter paciência e conduzir enquanto se permite ser conduzida, é uma dança relutante, e o mais importante é não pisar muito forte no pé dele.

—  A-atrasar pra quê?

—  Você já vai ver. Vamos.

—  Desculpa, Monoma-kun. —  ela decide dizer quando volta a caminhar lado a lado com ele.

—  Pelo quê?

—  Por… acho que fui impertinente agora pouco.

—  Foi mesmo. —  ele confirma —  É disso que eu gosto em você. Vamos logo.

E pra isso, ela definitivamente não tem resposta, o que parece agradá-lo bastante.

 

***

 

O cheiro de manteiga invade suas narinas e a faz ficar com água na boca, Ochako teve um almoço leve ao lado da mulher que é sua mãe no jogo, com quem anda cozinhando sempre que a oportunidade aparece. A sensação de familiaridade por ela ser mesmo muito parecida com sua mãe tem lhe trazido mais conforto nos últimos dias, e a garota só queria um pouco de paz e descanso dessa loucura toda. Não conseguiu por completo, mas foi bem mais do que poderia não fosse por essa mulher.

—  Deixe-me adivinhar, você gosta de pipoca doce? —  ele pergunta, sacando a carteira do bolso.

—  Bom, sim. Mas gosto de salgada também, e… ei, você vai pagar pra nós dois?

—  Coitadinha, você nunca teve um encontro, não é? —  ele a olha com piedade fingida.

—  E-eu… e você já teve?!

—  Sei mais como funciona do que você, então o que você acha? —  e faz uma cara irritantemente presunçosa. 

E Ochako sente um misto de sensações: raiva por ele não saber do que está falando, já que ela já esteve sim em um encontro nesse mundo —  dois, na verdade —   irritação costumeira sempre que ele faz essa cara e… curiosidade se ele já esteve mesmo em um encontro com uma NPC e como foi. Esse último, porém, é um tanto estranho, e ela prefere não pensar muito a fundo nisso.

—  Eu acho que você não sabe nada sobre mim. —  é o que ela decide responder.

—  Um dos intuitos de um encontro, caso não saiba, é esse mesmo, o de conhecer a pessoa. E tudo bem não saber, não estou julgando sua inexperiência. —  ele diz, com certeza julgando a inexperiência dela —  Eu acho até adorável, se quer saber.

Ugh, ele é… Ochako não deveria estar corando diante disso, mas ele… a voz dele é tão… e os olhos, ela não gosta de nada disso, mas tem que assumir para si mesma que às vezes o olha de relance e o acha muito… mas muito… atraente. Talvez até mais que o Todoroki…

—  V-você disse que ia se comportar.

—  Eu disse que ia tentar. —  ele parece muito contente, e se vira para a balconista que… nossa, é a primeira NPC que Ochako nota ter um rosto perfeitamente nítido. Não só isso, ela se parece muito com a Kodai da Turma B, será que… será que terá alguma cena importante envolvendo essa balconista? Ochako fica encarando-a e esperando, mas ela segue fazendo tudo meio que no automático, enche o balde de pipoca e entrega a ele, depois os copos de refrigerante e os dá para ela, o rosto tão neutro quanto o da Kodai original, só que ela não diz nada além de “Aproveitem” e volta sua atenção pra frente assim que o Monoma paga —  O que foi?

—  Hã? —  ela continua olhando.

—  Você a conhece?

—  Não, e você?

—  Não? —  ele parece confuso —  O que deu em você? Vamos logo.

Estranho… ela é mesmo só uma NPC como os outros? Pareceu que sim, mas… por que ela tem um rosto tão definido e conhecido, ainda por cima? Ochako fica encucada com isso até entrar na sala com o Monoma. Não está lotado, mas também não está vazio, e mesmo na meia luz, dá pra notar os contornos das feições das pessoas presentes, também muito claros e visíveis, mas mesmo assim, todos continuam agindo como os NPCs que ela sempre vê por aí, só estando ali pra compor cenário.

Mesmo ressabiada, ela se senta onde o loiro indica e observa a enorme tela, e poucos minutos depois, as luzes se apagam para que a tela seja iluminada pela projeção do filme.

Filme esse que… parece um pouco antigo, Ochako não entende muito dessas coisas, mas tem certeza que não é nada feito nessa década, a resolução parece ser um pouco menor, e até as roupas dos personagens não se parecem com trajes mais modernos que se vê nos filmes com ambientações nos dias atuais que costuma assistir com as meninas. O Monoma não comentou nada sobre ser um cinema retrô nem nada, e os cartazes lá fora estão sendo vendidos como LANÇAMENTO, segundo os letreiros.

Vez ou outra, ela tem mesmo a sensação de que não está em um lugar que corresponde aos dias atuais, seu celular é bem mais moderno que o que ela tem no mundo original, mas ainda não é algo super novo, isso sem contar como alguns personagens têm uma visão meio antiquada, menina não pode namorar menina, o homem sempre tem que pagar no encontro, coisas assim. Talvez este jogo seja ambientado em algumas décadas atrás, o que também é curioso, quem sabe seja uma pista.

Ela queria discutir isso com…

Não, Ochako vai descobrir sobre isso sozinha. Ela tem que se virar.

O filme não é ruim, mas ela não está conseguindo prestar muita atenção, as falas sendo ditas não estão sendo assimiladas e suas pálpebras começam a ficar pesadas. Ela não tem dormido tão bem, então um lugar fresquinho com uma cadeira confortável assim acaba sendo muito convidativo para uma soneca. 

Ochako sabe que o Monoma vai chamar atenção dela caso durma. Ele provavelmente ficará bem ofendido por ela ter cochilado durante o filme que ele escolheu, a chamará de inculta e sabe-se lá o que mais, mas quando sua cabeça pende um pouco para o lado e encontra um apoio bem confortável e muito cheiroso, nada disso parece importar.

Aninhando-se um pouco, ela se entrega ao sono.

 

***

—  Ei, acabou. —  uma voz muito suave lhe chama, e ela sente um par de dedos contra sua têmpora.

—  Hã? —  ela abre os olhos lentamente e então se dá conta do que está fazendo. Sua bochecha está pressionada contra o ombro do Monoma! —  O quê? E-eu…? Monoma-kun?!

—  Não faça escândalo, foi você que dormiu no meu ombro.

—  E-eu, me desculpa, eu… —  ela se ergue, olhando rapidamente a camisa dele em busca de manchas de baba.

—  O filme estava interessante, não?

—  Eu, hã… —  Ochako cora e dá um sorriso sem graça —  Me desculpe.

—  Vamos embora. —  ele suspira, como se estivesse exausto.

Depois de ter dormido durante o filme que ele escolheu, Ochako tem certeza que sua intimidade teria caído, afinal, isso é um ataque não intencional ao ponto mais frágil desse garoto: seu ego. Mas ao conferir, percebeu que a intimidade subiu um pouquinho. Bom… essas coisas de dormir no ombro de alguém podem ser bem românticas, só não deve ser muito confortável para a pessoa que está servindo de apoio, ela tem certeza disso quando o vê rodando os ombros e se esticando assim que eles deixam o cinema, o garoto deve ter se esforçado muito pra ficar parado e não acordá-la, e isso é… ok, é bem fofo, mas deve ter sido incômodo pra ele.

Ochako o acompanha silenciosamente pelas ruas, não sabendo como emendar algum assunto. Eles poderiam falar do filme se ela tivesse ficado acordada o bastante para saber o que de fato aconteceu na história. Ela está com vergonha de ter se apoiado nele tão casualmente, afinal, não tem sentimentos românticos por ele e transitou durante o encontro todo entre responder às provocações do loiro ou corar, não lhe parece ter sido lá muito produtivo.

E ainda assim, é engraçado como ela não está desconfortável ao redor dele, muito pelo contrário. Com todos os pretendentes até aqui, a garota sempre se sentiu pisando em ovos, até mesmo com o Todoroki, que é mais tranquilo do que parece, mas ainda exala uma aura de superioridade que a intimida. Com o Monoma, ela sabe que pode ser tão infantil e boba como ele e não terá grandes problemas, é até divertido pois envolve certa liberdade, chega a ser meio… semelhante a como ela se comporta com o Bakugou, debochando e recebendo uma resposta dura logo em seguida, mas que não é realmente vinda de um lugar de maldade ou ódio.

É, era divertido conversar com o Bakugou, continuaria sendo se ela não tivesse descoberto que ele mentiu.

—  Tem algum lugar que você queira ir? —  ele pergunta, interrompendo seus devaneios —  Se tiver, é melhor que diga. Não vejo sentido em ficar fingindo que está se divertindo em fazer só o que é de meu interesse.

—  Eu não tô fingindo, Monoma-kun. De onde… de onde veio essa ideia?

—  Não sei, será que é dessa sua expressão desolada?

—  Não, eu… eu só tô meio envergonhada por ter dormido durante o filme. Tenho certeza que era até legal, eu queria ter assistido, mas… eu tava bem cansada.

—  Ainda está?

—  Bom… um pouco.

—  Então vamos descansar, ora. —  ele diz como se fosse óbvio, pegando no punho dela e puxando levemente para conduzi-la até uma pequena pracinha que fica a alguns metros dali, Ochako o acompanha sem retrair a mão, surpresa com o toque firme, porém gentil, de dedos alongados e uma mão muito macia —  E então? Você ainda está triste?

—  Não exatamente, mas eu tô um pouco perdida.

—  Ah sim, por conta das respostas que você e o Bakugou estavam buscando. Já disse para você ir atrás delas sozinha.

—  Sim, é o que eu quero fazer, mas… eu não posso só ir atrás assim, não sei por onde começar e… tem coisas que o Bakugou-kun sabe melhor que eu, e… eu preciso dele.

—  Hum… e é só ele que pode te ajudar?

—  Sim… —  ela admite —  Sei que você está louco pra se candidatar já que ir atrás de respostas parece ser sua cara, mas… desculpa, é só o Bakugou-kun que pode me ajudar.

—  Ora, não vá presumindo nada assim, eu nunca disse que iria te ajudar, então não vá me dispensando. —  ele cora e vira a cara, e isso a faz rir.

—  Ai, Monoma-kun… você é engraçado.

—  E-eu… por que… eu não me acho engraçado.

—  Mas você é. Não no sentido de ser uma piada, calma lá, mas você é… você é divertido.

—  Bom, e-eu… você fica melhor rindo do que com aquela cara triste, então que seja. Mas é irritante.

—  Eu sou irritante?

—  Não, não você. Isso de… isso de ter algo que você quer descobrir e não poder por si mesma. Eu… eu acho que entendo.

—  Entende?

—  É, eu… sinto que… não, esqueça.

—  O quê? Ah não, por favor, fala!

—  Você irá rir.

—  Não vou! Eu prometo! E… e mesmo se eu rir, por que você se importaria? —  ela ergue uma sobrancelha, sabendo que esse tipo de provocação irá funcionar.

—  Hum… —  ele resmunga, e então desvia o olhar —  Eu tenho essa sensação constante de que há algo estranho no mundo. Algo que… não sou capaz de controlar, e que às vezes parece tomar conta de mim, é como se… minhas escolhas nem sempre fossem tomadas por mim, mas por esse algo que é muito maior que eu, e… não importa o quanto eu procure, não consigo achar de onde vem ou porque me afeta tanto. Entende?

Ela entende bem até demais, não porque acontece o mesmo com ela, mas porque sabe exatamente do que se trata esse “algo”. Quer dizer, Ochako não sabe precisamente como funciona, mas sabe que, por ser um personagem, o Monoma está preso ao jogo e sua história, ele faz e diz coisas que sejam pertinentes dentro dessa história, e nem sempre é o que ele quer fazer. Ela sente muito por ele, e até se admira, pois o loiro estar ciente disso mostra que ele é muito mais perspicaz que os outros pretendentes, Ochako adoraria ajudá-lo, mas… ela nem sabe se pode falar pra ele sobre o jogo.

—  Bom, isso é… isso não é meio que a vida? Digo, a gente tem liberdade pra fazer nossas escolhas, mas toda escolha que a gente faz é baseado em algo que achamos importante pra um certo momento, e… escolher algo sempre significa que a gente tá abrindo mão de outra coisa ao mesmo tempo, então… até que ponto cada escolha que a gente faz não é influenciada por algo maior que a gente? —  o garoto fica encarando-a —  O que eu falei não fez o menor sentido, né?

— Não, e é chocante como eu consegui entender. Isso é… isso é verdade. É como se… é como se estivéssemos presos a algo que nos delimita e nos impede de ver além de certas coisas. —  ele não sabe o quanto está certo —  Então… é por isso que eu sinto toda essa… gana de saber de tudo o tempo todo?

—  Acho que sim… e sabe, eu acho maravilhoso ter curiosidade, mas… não sei se devemos ficar ansiosos por conta de coisas que estão fora do nosso controle. —  ela sorri, segurando no ombro dele.

—  Sim, é perda de tempo. —  ele suspira e se apoia nos braços contra o banco —  Quem diria que um dia eu teria uma conversa toda contemplativa da natureza humana com uma cabeça de vento como você?

—  Sim, as coisas são meio imprevisíveis, então você não precisa estar sempre a par de tudo o tempo todo, e eu vou ignorar que você me chamou de cabeça de vento.

—  Hahaha, é verdade. As coisas são meio imprevisíveis… o que é bom, na verdade. Eu não gosto do que é previsível. —  ele olha para ela, apoiando-se no ombro e sorrindo —  Acho que é por isso que gosto de estar perto de você.

E novamente, ela não tem resposta. Ochako fica apenas ali admirando os cabelos dele ao vento leve do fim de tarde e pensando que é uma pena não conseguir se apaixonar de verdade por esse garoto.

Uma pena mesmo.


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Notas finais do capítulo

E é isso aí hdhdhjks, no próximo capítulo fechamos mais uma rota e já começamos a nos aquecer para o fim da fic, meu plano é encerrá-la no capítulo 40 ou um pouco menos, então já fiquem avisades jkjdskkls

Beijos e obrigada por ler! Boa semana!



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