Tudo o que está em jogo escrita por annaoneannatwo


Capítulo 26
Nas prateleiras




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Ochako não se considera grande estrategista, não está em sua natureza observar algo e esboçar todas as ramificações possíveis em uma situação, escolhendo assim as possíveis soluções pra cada uma. Ela é boa de improviso, vai no fluxo de um acontecimento, quase sempre numa maneira “tudo ou nada”. Arriscar-se assim é seu maior trunfo e seu pior descuido por muitas vezes; E por mais que tenha tentado melhorar nisso, ser alguém que se distancia um pouco para olhar além, ela ainda age com ímpeto na maioria das vezes, os resultados são meros frutos de suas escolhas, sejam elas precipitadas ou não.

No momento, porém, ela não sabe exatamente qual é a situação, então não sabe como proceder. O Monoma ostenta em seu rosto um sorriso vitorioso, como se tivesse a certeza irredutível de que nunca, em toda sua vida, errou em algo. Ele alega saber de tudo sobre ela e o Bakugou, mas tudo o quê? O loiro de seu mundo disse que espioná-la e ficar no pé dela seria algo da natureza desse personagem, e mesmo que Ochako quisesse se preocupar mais, foi completamente cativada pelos eventos das rotas anteriores, não sobrando espaço em sua ampla lista de preocupações para um bisbilhoteiro de expressão pretensiosa.

E talvez esse tenha sido um grande erro.

Porque se o Monoma lhe espionou o suficiente para saber de “tudo” sobre ela e o Bakugou, então ele ouviu conversas sobre o jogo, seus movimentos durante as rotas, suas escolhas para conquistar esses personagens e como muitas delas parecem não estar afetando o enredo como deveriam em um otome game. Se o Monoma ouviu suas discussões a respeito disso, então está ciente de que é tudo um jogo e que, tirando ela e o Bakugou, todos os outros aqui são apenas personagens seguindo uma trama. 

Em suas noites mal dormidas de preocupação, Ochako chegou a pensar no que aconteceria caso os pretendentes soubessem de sua própria condição, ela se perguntou se caso não fosse capaz de atender aos requisitos para um final feliz apenas jogando, seria possível apenas chegar em um deles e simplesmente explicar sua situação a fim de conseguir um pouco de empatia e colaboração. Isso foi um pouco depois da rota do Deku, aquela que foi de longe a mais estressante devido ao peso de seu relacionamento com o Deku original e também sua primeira rota. A garota acha que se tivesse sido honesta com ele em relação ao jogo e tudo, teria sido ainda mais desastroso, o garoto de cabelos verdes entraria em crise! O Kirishima também se abalaria no começo e talvez se sentisse traído a ponto de não querer nem olhar mais na cara dela, mas, tendo um bom coração, talvez tentaria ajudá-la depois de um tempo. A Tsu lhe chamaria de louca e pediria que ela nunca mais lhe dirigisse a palavra. Já o Todoroki… é, talvez ele fosse o único que compreenderia sua situação e tentaria facilitar a rota, se julgasse isso possível. Sim, só o Todoroki, porque se o Monoma descobrisse que tudo isso é um jogo, colocaria a boca no trombone.

É exatamente o que ele vai fazer se Ochako não tomar cuidado e checar o quanto ele realmente sabe.

Então, tentando adotar-se de alguma estratégia misturada a improviso desesperado, só lhe resta uma opção:

—  De tudo o quê, Monoma-kun?

Fazer-se de sonsa.

—  Não se faça de sonsa, por favor. —  ele balança a cabeça em desaprovação —   Eu já sei de tudo, vi vocês na biblioteca um par de vezes e mais em outros lugares, vocês nem se esforçam para serem discretos, não é?

Na biblioteca… é, eles com certeza falaram bastante do jogo por lá. Ele sabe!

—  Tudo bem… tudo bem. —  fazer-se de sonsa não funcionou, então é melhor não demonstrar que perdeu a calma —  Você… você deve ter muitas perguntas, Monoma-kun, eu também tenho várias, pode acreditar em mim, mas… se tiver algo em que eu puder ajudar para te situar, eu vou.

Ele estreita os olhos e retorce a boca, não parecia estar esperando por isso. Ótimo, pegá-lo de surpresa pode ser uma boa. Ochako mantém-se ostentando uma expressão serena, tentando passar confiança, vai ser bem pior se fizer algo diferente disso no momento.

—  Você tem várias perguntas? Para quem?

—  Bom, aí é que tá, eu… eu não sei. É o que eu preciso descobrir, e o Bakugou-kun também, por isso nós dois… bom, você sabe.

—  Espera, isso não está fazendo sentido.

—  Eu sei que é complicado, e você deve estar bem confuso, mas não precisa se desesperar, a gente pode dar um jeito de-

—  D-desesperar? Eu? —  ele arregala os olhos e se afasta, como se estivesse profundamente ofendido —  E por que eu estaria desesperado? 

—  P-porque… porque pode ser muita coisa pra assimilar, eu entendo, de verdade, eu-

—  “Muita coisa pra…” HA! —  ele dá uma risada alta e amarga que ecoa pela sala —  O que está insinuando, Uraraka Ochako? Não é possível que você esteja mesmo dizendo que eu estou “desesperado” porque você está namorando o delinquente. Você… Ha! Você está… VOCÊ PERDEU A CABEÇA! —  ele aponta um dedo acusatório para ela.

Calma.

Isso é… Ochako acaba de notar que leu demais a situação e viu muito além, tão além que viu coisa onde não tinha. O Monoma acha que ela e o Bakugou estão namorando? É só isso? Ele não sabe do jogo nem das rotas nem de mais nada? Quem se desesperou à toa foi ela? 

Sua vontade é respirar fundo em alívio e dar risada na cara dele, mas o garoto já está fazendo um escândalo muito maior que o necessário, ridicularizá-lo provavelmente não vai ajudar.

E lá vai ela de volta à estratégia número 1. Fazer-se de sonsa, mas com um quê de provocação.

—  Você é quem perdeu a cabeça me encurralando assim para falar de algo que, segundo você mesmo, não te incomoda.

—  Como é? Mas do que você está falando agora?

—  É só que… se não é algo que você se importa, então por que tá me perguntando sobre isso? —  ela consegue moldar a pergunta com legítima curiosidade, sem parecer que está tentando debochar. E Ochako não está, pelo menos não completamente.

—  Ora, porque… porque é o Bakugou! E você… é você!

—  E o que tem eu?

—  O que tem… o que tem você? —  ele põe as mãos nos quadris como se estivesse indignado, mas a expressão distorcida indica que é uma pergunta para si mesmo, ele não sabe também.

—  Monoma-kun, desculpa, mas eu realmente não entendo porque você tá me perguntando sobre isso. Mas em todo caso, se vai te deixar mais tranquilo ou não, você quem sabe: não, eu não tô namorando o Bakugou-kun.

—  Hum… —  e ele parece acreditar pela forma como seus olhos buscam os dela —  Mas vocês estão com algo em andamento, e pela sua resposta de antes, é algo complicado do qual nem você mesma tem certeza.

—  Bom, é que… —  ela decide não recuar —  e você não ouviu a conversa pra descobrir o que era?

—  Não precisei, a maneira como se olham é mais que o necessário para eu entender do que se trata. Eu tenho um bom olho para mentirosos, Uraraka Ochako, e você não parece estar mentindo sobre não estarem namorando… pelo menos não ainda. —  mas ele não recua de sua posição de sabe-tudo também e, agora que Ochako sabe que ele não tem a menor noção do que está acontecendo de verdade, prefere acabar com essa conversa que vai acabar em círculos se continuar assim.

—  Tá bom, tá bom. E você só quer me alertar pra tomar cuidado porque o Bakugou-kun é perigoso e isso e aquilo, tudo bem. Agradeço o conselho, mas tenho que ir. —  ela diz de maneira enfastiada e se vira para deixar a sala, não conseguindo conter nem a impaciência, nem a frustração por pensar que tem que fazer a rota desse garoto que é, não tem outro jeito de dizer, muito chato.

—  Você sabe que ele mora aqui na escola, não? —  o Monoma pergunta em tom calmo.

—  Hum?

—  Imagino que saiba, já que vocês se encontram na biblioteca. Acredito que é lá que ele dorme. Se não for, então é na enfermaria.

—  Do que está falando, Monoma-kun?

—  Ai ai… quando eu começo a achar que você é esperta, você me prova que não. —  ele cruza os braços —  Seu não-namorado não tem casa, ele vive aqui na escola.

—  E de onde você tirou isso?

—  Observação, minha cara. —  ele puxa seu celular e o estende na direção dela —  Aqui, está vendo? —  é uma foto do prédio da escola, e parece ter sido tirada à noite, é possível ver uma única luz acesa em meio à escuridão, vindo de uma das janelas mais ao alto. Se ela não está enganada, é a luz da enfermaria —  O enfermeiro bate o ponto fielmente às 17 horas, isso pode ser facilmente checado no sistema que fica na sala dos professores, caso esteja pensando que é ele que fica no prédio.

Ochako se lembra do especial de Halloween, foi na rota do Todoroki… ele era um vampiro e se machucou em sua forma de morcego, ela foi tentar encontrar ajuda na enfermaria, e o enfermeiro Hawks estava lá, mas não trajava sua roupa de trabalho, era algo muito mais casual, parecia um pijama, na verdade. Então sim, ela pensa que poderia sim ser ele, mas não dá pra argumentar com o Monoma usando esse fato em específico, considerando que foi algo que aconteceu num evento de Halloween do jogo no qual ele não sabe que faz parte e nem pode saber.

Mas se não for o Hawks, se for mesmo o Bakugou… como assim ele mora na escola? Não dá pra morar numa escola! Alguém teria percebido, e… a família dele daria falta, não? Não tem como isso ser real. 

Ou tem?

Ochako sempre o encontra nas imediações da escola. No especial de Halloween, ele sempre estava no portão assim que ele chegava ao prédio a fim de iniciar mais uma rota. Quando se encontraram longe do colégio, foi no centro de escalada na rota do Kirishima, no show da rota da Tsuyu e na sorveteria ontem, ela não se lembra bem do que ele estava vestindo no dia da escalada, mas deve ter sido a mesma roupa que o viu usando nos outros dois lugares: o uniforme da escola. Será mesmo que…? Mas por que ele não falou nada pra ela?

—  Você… viu algo na biblioteca que… te faça achar que ele dorme lá?

—  Uns livros amontoados atrás da seção de química orgânica. Ninguém se interessa por essa parte, e elas ficam em um canto mais afastado, a bibliotecária é uma pobre coitada que nem deve ter notado.

Pobre coitada ou não, ela não notou porque é o Bakugou, ele só é notado no jogo quando está com Ochako ou tomando atitudes vilanescas. O personagem dele não tem vida própria a não ser que seja através da protagonista.

—  Entendi. —  ela sente um aperto muito grande no coração, querendo muito questionar e duvidar do Monoma, mas não tem porquê.

—  Se não acredita em mim, podemos averiguar.

—  O quê? —  Ochako levanta a cabeça e o olha, ela deve estar fazendo uma expressão muito desoladora, pois o loiro chega a se assustar.

—  V-você me parece um tanto chocada, então talvez queira ver com seus próprios olhos. Você pode fazer isso, e eu… eu sei como.

—  Como?

—  Nós podemos ficar depois da aula. Não hoje, preciso fazer alguns preparativos e conseguir as chaves, mas podemos ficar aqui à noite e checar essa movimentação suspeita.

—  Mas isso é-

—  Errado? Morar na escola também é.

—  Sim… —  é errado, mas não no sentido de o Bakugou estar errado, e sim de esse mundo estar errado —  Acho que sim.

—  E então?

Ochako não entende bem o porquê, mas está magoada. E pessoas magoadas não raciocinam direito, ela constatou isso com a Tsu, não foi?

—  Vou te passar meu número pra você me dar os detalhes do que a gente vai ter que fazer.

 

***

 

A garota de marias-chiquinhas cor de rosa lhe observa se despedir do garoto loiro e passar pelo portão da escola, não contendo um sorriso de satisfação.

—  Viu? Eu disse que ia dar tudo certo.

—  Tô impressionado, achei que a Uraraka-chan não ia dar ouvidos ao Monoma-kun por ele ser tão chato. O garoto precisava ser desse jeito mesmo?

—  Bom, não achei nas memórias dela alguém que se encaixasse no perfil exato, e como ela não tem muita intimidade com o tal Monoma original, amplifiquei as características mais marcantes. Mas ele é bonito, bem apessoado, dá pra perdoar, não dá?

—  Se a senhora diz… não acho que ela está tão interessada em passar tempo com o Monoma-kun, ela só parece estar preocupada com o outro garoto.

—  Vai passar assim que ela entender a posição dele nesse jogo.

—  Será mesmo? 

—  Ah sim, porque uma verdade leva à outra, e assim que ela descobrir mais sobre o vilão, vai entender porque ele é um vilão e vai se afastar dele, e o equilíbrio do jogo vai ser restabelecido.

—  Tomara mesmo! As porcentagens não estão mais batendo, se continuar assim, vão começar a aparecer bugs! Além do mais… a senhora está exausta, não está?

—  Isso não importa… —  ela tensiona os ombros.

—  Talvez não agora, mas se ela continuar a quebrar o jogo assim… sabe-se lá o que pode acontecer…

—  E você adoraria isso, não é?

—  De maneira nenhuma, Otoge-sama. Se a senhora sofre, eu sofro também. —  ele se aproxima e ajeita a gravata do terninho de marinheiro dela.

—  Sei…

—  Haha, a aparência desse tal de Hawks não desperta muita confiança, não é? Deve ser o sorriso ou esse delineado nos olhos. —  o enfermeiro aperta seu próprio rosto —  Mas acredite em mim, eu quero que esse jogo acabe bem tanto quanto a senhora, Otoge-sama.

—  Vai acabar, ela vai seguir a história que eu criei só pra ela, nem que seja à força.

—  Ah, cuidado aí, a senhora não pode-

—  Não posso interferir diretamente nas escolhas dela, é, é um dos muitos defeitos da minha individualidade, mas… tenho como conduzi-la no caminho certo. E eu vou.

—  Torço para que sim. —  ele sorri, rodando os ombros e fazendo uma leve cara de incômodo, abandonando a expressão assim que a pega olhando-o novamente.

***

 

Prever as possíveis ramificações e como agir de acordo com cada uma. Esse não é bem o estilo dela. No primeiro ano, quando lutou com o Bakugou no Festival Esportivo, Ochako elaborou seu plano e apostou tudo nele, não contando com a possibilidade do loiro simplesmente explodir as pedras todas. Quando enfrentou a Toga, ela se protegeu de seus golpes e chegou a imobilizá-la, sequer cogitando que a garota teria opiniões a partilhar e perguntas a fazer, o que lhe deixou desestabilizada. Ochako pende sempre para o improviso, mas agora precisa estudar as ramificações do que pretende fazer essa noite junto do Monoma: invadir a escola para investigar a situação do Bakugou.

Ela não está com medo de ser pega, é a protagonista do jogo, nada de muito ruim pode acontecer, e a ideia aqui deve ser se aproximar do Monoma para aumentar a intimidade, —  que cresceu quase meteoricamente depois que ela concordou em fazer isso com ele: 43% —  a garota nunca nem viu o diretor ou diretora dessa escola, não deve ser alguém relevante pra trama, então não é alguém com quem ela precise se preocupar caso seja pega. Provavelmente não vai mesmo.

Então o foco deve ser no Monoma. Seguir o plano dele, fazer tudo que ele quer sem discutir e ver como é o método de flerte dele, a ideia não lhe agrada muito, mas é o que tem que ser feito para que ela possa saber qual é a do Bakugou, afinal. E o que acontece se Ochako constatar que o garoto não tem lar, não tem nada?

Na prática, nada acontece, é só uma informação sobre o papel que foi designado a ele nesse jogo, e ela nem deveria se interessar por isso. Mas não é assim tão simples, porque o Bakugou pode ser só um vilão sem história no jogo, mas é alguém como ela na realidade. Uma pessoa com seus próprios sentimentos, medos, vontades, expectativas e decepções, e mesmo que reaja de maneira muito diferente do que ela reagiria na mesma situação, Ochako ainda acha que não deve estar sendo fácil pra ele. E sendo assim, ela precisa saber porque ele não confiou nela e lhe contou sobre isso.

Não que ele tenha a obrigação, mas sendo os dois os únicos que têm noção do que está acontecendo, ele deveria confiar mais nela, tanto quanto ela confia nele. É chato quando o Bakugou quer impor sua visão do jogo pra ela, quando briga e diz que Ochako está pondo tudo a perder, mas mesmo assim, ela confia nele, tanto que revelou suas inseguranças quanto a tudo isso mais de uma vez, e ele podia fazer o mesmo. Isolá-la assim não é bom, e ela quer muito que o Monoma esteja errado e não seja nada disso.

Mesmo que isso seja parte do evento da rota dele, descobrir algo assim desse tipo, quando o Bakugou poderia ter simplesmente explicado a situação, é realmente frustrante. Por isso, mesmo que não saiba quais são as ramificações do que irá fazer, ela precisa tomar uma atitude antes. Só uma.

Ele aparece por entre as prateleiras como fez das outras vezes em que se encontraram na biblioteca. Ochako não sabe onde fica a seção de química orgânica que o Monoma mencionou, mas tem certeza que não é tão próxima de onde o Bakugou aparece.

—  Que foi? Deu merda com o idiota?

—  Não, tá tudo indo bem, por enquanto. Eu só… passei pra te dar isso. —  ela estende um pãozinho na direção dele, do mesmo tipo que ele deu pra ela da outra vez, ainda na rota do Kirishima.

—  Tsk, e pra quê?

—  Bom, eu nunca… agradeci por aquele que você me deu e, sei lá, nunca te vejo no refeitório, então achei que você podia não estar comendo direito.

—  E um pãozinho desses ia resolver esse problema? —  ele diz isso, mas aceita, adicionando à lista de preocupações dela a alimentação dele.

—  Ei, Bakugou-kun... 

—  Que foi?

—  Eu tava pensando… a gente se encontra por aqui na escola mesmo pra conversar sobre o jogo e tudo, e sei lá, isso pode gerar alguns burburinhos com alguns personagens, então… será que a gente não pode se encontrar em outro lugar na próxima?

—  Tipo onde?

—  Ah, não sei… eu ia falar na minha casa, mas o Kirishima-kun é meu vizinho, já passei da rota dele, mas acho que… ainda poderia dar algum problema, então… talvez na sua casa?

—  Nem fodendo.

—  Por que não?

—  Porque não, Cara de Lua.

Porque ele não tem casa, ela pensa consigo mesma.

—  Sua… sua família nesse mundo poderia encrencar?

—  Não, e quem liga se eu tivesse uma família que encrenca? Foda-se isso.

—  Ah, então sua família aqui é bem tranquila?

—  Que te interessa isso? Eu sou o vilão, Uraraka, para de querer se meter onde não foi chamada e foca na rota do merdinha.

Bom… ela tentou. Ochako abriu espaço para ele, mas o Bakugou se recusa a usar esse espaço, e só a faz ter mais certeza que toda essa vontade de afastá-la é  para que ela não descubra a verdade sobre o fato de ele realmente não ter ninguém nesse mundo.

O que não é de todo real, afinal, o Bakugou tem a ela. E Ochako fará tudo que puder para ajudá-lo, isso não muda independente das ramificações possíveis.


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Notas finais do capítulo

Oi oi! Espero que estejam curtindo a história!

Beijos e boa semana!



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