Pov Jonah:
7 de Junho de 2010, segunda. Hoje enquanto eu e Hamilton estávamos dando um rolê de carro(eu estava disfarçado para a galera de Londres não me reconhecer), paramos no Castelo de Buckingham(um dos muitos lugares em Londres que é uma base secreta Lucian) e la esbarramos com uma menina loira, alta e de olhos verdes.

—Ai eu sinto muito.-Disse a garota.

—Nao. Tá tudo bem.-Digo.-Voce não é daqui não?

Ela tinha um sotaque britânico mas um sotaque britânico diferente do sotaque britânico inglês sedoso e exuberante de Ian e Natalie. Era um sotaque engraçado é divertido. Além da voz dela ser bem fina(porque a voz de ambos os Kabra são graves, profundas e roucas).

—Eu sou do Canadá.-Diz ela sorrindo.

—Legal e o que veio fazer aqui?-Pergunta Hamilton.

—Na verdade vim a trabalho. Eu tenho 18 anos. Fui transferida pra cá pra continuar a trabalhar com meus pais na padaria deles e continuar meu curso de Medicina.-Disse ela.

—E qual é o seu nome?-Pergunta Hamilton.

—Cassandra. Cassandra Prince.

—Prazer Cassandra. Ele é o Hamilton Holt e eu sou o Joe Willard.

—Prazer Hamilton e Joe. Mas podem me chamar de Cass. Quantos anos vocês têm?

—Temos dezesset...

—Temos dezenove.-Interrompo Hamilton.-Ele faz curso de Fisioterapia e eu faço de Historia da Arte.

—Que legal. Em que faculdade?-Ela pergunta.

—Na Universidade de Londres.-Respondo.

—Ah eu faço meu curso no Imperial College of Science, Technology and Medicine. Posso perguntar...Voces sao americanos?

—E tão óbvio assim?

—Um pouco. Vocês não tem sotaque britânico e tem essa mania americana de confiarem em quem não devem...

O que ela queria dizer com isso? Ela mostra uma arma encravada com um V6 no meio. Acho que essa parte não era pra aparecer porque ela esconde a arma rapidamente. A gente ouviu também em um walkie talkie que o verdadeiro nome dela era Cheyenne Wyoming. Eu e Hamilton começamos a correr mas ela vinha logo atrás e ela tinha uma coisa em comum com a Natalie Kabra:conseguia correr de salto alto. Nós a despistamos com muito custo.

—Cara é isso que dá tentar dar em cima de uma garota que não conhecemos.-Fala Hamilton.

Aff. As vezes eu esqueço que a única garota que o Hamilton Holt quer impressionar é a Sinead Starling.

—Nao tinha como eu saber que isso ia acontecer.-Rebato de volta.

—Tudo bem. E eu prometo não contar pra Angelle.

Angelle Summers é uma amiga de infância minha. Ela é meio temperamental e briga muito com tudo o que eu faço. Eu não entendo porque. Mas ao contrário de Dan e Natalie que estão sempre brigando quando a Angelle vem brigar comigo eu normalmente concordo com tudo que ela diz, fico calado e esqueço. Eu fico em silêncio. Não que eu gostasse da Angelle(ou ela gostasse de mim) mas se ela ficasse sabendo ela provavelmente iria me dar um baita sermão e contar tudo pra minha mãe. E a última coisa que eu queria era problemas com a minha mãe.

Enfim nós inventamos toda uma mentira(que esperamos que Ian e Natalie não descubram a verdade e acreditem) e voltamos para o Centro de Comando.

—Acho que sabemos quem é Vesper Seis.-Digo.

—E quem é?-Pergunta Amy.

—Uma garota chamada Cheyenne Wyoming.-Hamilton Responde.

—E como sabem disso?-Pergunta Dan.

—Estavamos no Palácio de Buckingham no Museu de arte e aí ela apareceu com um nome falso tentando nos enganar mas não caímos na dela e aí ela começou a nos perseguir e a tentar nos matar. Ouvimos em em walkie talkie que o nome dela é Cheyenne Wyoming e na arma dela tinha um distintivo com "V6".

—Deve ser um dos planos que o Vesper Um mandou ela executar. Matar alguém para diminuir nossas forças. Bom trabalho Hamilton e Jonah. Estamos progredindo.-Disse Sinead.

—Sera que vai ser sempre assim?-Pergunta Natalie.

—Assim como?-Pergunta Ian.

—Eles soltam um refém e tentam matar um de nós?

—Ta dizendo que a culpa é minha Natalie?-Pergunta Nellie.

—Não, não é isso. Só acho estranho tentarem matar alguém daqui logo depois de liberaram um refém. Como se eles quisessem compensar que soltaram alguém. Fazer uma troca.-Fala ela.

O pior é que o raciocínio de Natalie fazia sentido. Eles não soltariam um refém tão fácil assim.

—Voces dois não deveriam estar na escola?-Pergunta Hamilton.

—Deveriamos mas não vamos mais participar das aulas. Falamos que alguns parentes nossos morreram na África e que precisamos de um tempo. Aí com muito custo, o Ronald pagou a diretora e vamos continuar recebendo os deveres de casa e vamos fazer um trabalho enorme e entregar pra ela um dia antes na festa das férias.

—Festa das férias?-Pergunta Amy.

—É tem isso. A gente vai pra lá e eles anunciam nossas notas, anunciam os prêmios de campeonatos acadêmicos, de campeonatos de esportes, de arte e etc. Aí tem uma barraca de faculdades pros alunos mais velhos escolherem sobre o seu futuro e a diretora faz uns discursos chatos e enfim é muito ruim. Não podemos fingir que alguns parentes nossos morreram na Síria?

—Ai ja é demais Natalie. Seria muito absurdo e a diretora não iria acreditar.-Fala Ian.

Bom agora tínhamos a Vesper Seis. Todo mundo saiu do Centro de Comando pra descansar um pouco. Estava todo mundo precisando com certeza...