Like It Is escrita por nyssua


Capítulo 3
Positividade de Fachada


Notas iniciais do capítulo

quem aí tem história pronta no docs, mas tem preguiça de att, me add

Ô Sol, perdoa a enrolação, mas você sabe que eu durmo, leso e mosco bastante né amiga, obrigada por me entender kkkkkkkkkk

Boa leituraaaaa!



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Tranquilidade, paz, educação, sorrisos, cores.

Muita positividade se compararmos aos capítulos anteriores? Nunca poderia concordar mais. Mas preciso avisar: é fachada.

Tranquilidade no rosto para ninguém perguntar se ela estava bem. Pacificidade sempre que alguém arruma alguma treta ou briga, mas só para não acabar em surto e despejando coisas sobre pessoas que nada tinham a ver com seus problemas. Educação porque era o princípio básico para as pessoas se sentirem a vontade de compartilhar os próprios problemas e esquecerem dos dela. Sorrisos porque havia uma máscara e reputação a serem mantidas.

E cores; muitas cores. Qualquer pessoa poderia resumir Sakura Haruno em uma única palavra: cores.

Por natureza, olhos verdes demais. Por escolha, cabelos rosas demais. E também por escolha, roupas, sapatos e unhas: coloridos demais.

Sakura é uma artista. Ela desenha, faz designs, escreve como ninguém; transpassa vida através da arte, e todos que olham sentem com intensidade. Naquela mesma sexta, ela visitaria uma agência, exporia algumas artes e tentaria um job diferente, mas definitivamente muito importante para a carreira dela.

Os cabelos retocados e escovados pareciam terem sido feitos em um salão de beleza, perfeitamente alinhados. Tomara que ela não precisasse contar para ninguém que retocou o cabelo aos prantos no dia anterior e que na verdade, a vontade era arrancar fio por fio da cabeça, não cuidar deles.

A maquiagem era coisa de profissional, sim. Mas tinha o objetivo de esconder as olheiras, por motivos óbvios: não se orgulhava delas. Não estavam ali porque ela trabalhou até tarde. O motivo era problemático, e as pessoas sempre achavam que era culpa dela: o término.

Particularmente, ainda bem que houve um término.

As pessoas constantemente achavam que Sasori se livrara de uma garotinha problema, mimada e possessiva. Mas ninguém nunca via o quanto ele provocava isso nela.

Ele tinha muitas amizades, mas Sakura não podia ser tão próxima de pessoas como ele era das amigas. Sasori sentia tanto ciúme que não podia ser medido, e de que outra forma a menina poderia reagir, se não reproduzindo o sentimento possessivo dele talvez até em dobro, sendo que ela via comportamentos exagerados dele com relação as amigas, que ele nunca via nela com ninguém?

Se diz hétero, e questionava a pansexualidade da rosada com frequência. Sempre jogava pedras nela dizendo que ela não sentia atração por qualquer opção ou gênero, que era só safadeza incubada. E quando ela postava alguma coisa nas redes sociais sobre pride, as pessoas a sua volta — inclusive o encosto ruivo que atendia por namorado — diziam que era muito feio uma moça comprometida fazer aquilo.

Sasori inclusive fazia chantagem emocional em todas as vezes, questionando se ele não era suficiente para ela — eu responderia que nem um pouco — e Sakura Coração Mole Haruno cedia, apagando posts e fazendo bolinhos para que o Akasuna se sentisse melhor.

Ah, por favor... pense duas vezes antes de dizer que ela é trouxa. Você já dependeu emocionalmente de alguém? É um inferno. Sakura não sentia que era capaz de viver sozinha, tinha medo da solidão e mesmo com todas as merdas, o coração dela batia inexplicavelmente forte pelo ruivo.

Foram anos vivendo um relacionamento onde todos achavam que ela era a louca, que ele tinha razão em parecer distante às vezes, como poderia suportar alguém como ela? E essas pessoas não sabiam da missa a metade. Ele controlava as roupas dela, sabia que a garota amava cores e mesmo assim a controlava a ponto de fazê-la vestir coisas menos chamativas e vibrantes.

E para evitar brigas o que ela fazia? Isso mesmo, cedia. Ela amava cortar e pintar o cabelo. Porém ele vinha com aquele papo de que ela não era mais uma menina, e deveria se portar com maturidade. Acha que ela continuava cedendo? Certíssimo. Ele tinha a audácia de dizer que conhecia várias outras mulheres menos malucas que Sakura, que quando se cansasse dela, teria incontáveis opções. Até no trabalho dela, ele queria se meter, sempre se achando o guru artístico e sem ter um pingo de sensibilidade. Quando ele juntou as malas e saiu pela porta, ela ficou mal, muito mal.

Cortou o cabelo, pintou de rosa, redecorou o apartamento, porém redescobrir-se no meio da bagunça que Sasori deixou estava se provando uma tarefa doída.

E por onde ia e encontrava conhecidos, sentia-se um alien: eram narizes torcidos, cenhos franzidos e lábios crispados. E quando resolviam perguntar por ele? Pelo inferno... não deviam.

Porém naquele dia ela tinha decidido conquistar o mundo. Contudo… Sasori estragou tudo de novo.

Chegou na agência, e uma outra garota — muito bonita, alta, magra, de cabelos sedosos e vestida como uma socialite — estava no saguão falando ao celular. Pôde escutar quando ela disse sobre a comemoração de um ano de namoro e como queria que tudo fosse perfeito.

Sakura suspirou com saudosismo, lembrando-se de quando se esforçava para fazer comemorações sobre o tempo de namoro com Sasori e o ruivo escapava como sabonete molhado, sempre dizendo que não se importava com essas coisas.

Ela foi chamada para uma sala lateral, onde a apresentação seria. Falou com propriedade sobre as próprias visões e convicções para produção de conteúdos visuais e saiu da sala com uma respostas imediata e positiva. Quase saiu saltitando, mas se controlou para parecer madura e séria.

Saiu pelas portas do local como uma verdadeira campeã, e então sua postura caiu totalmente quando vislumbrou Sasori beijando a garota perfeita do saguão e abrindo a porta do carro para que ela entrasse.

Ele nunca a beijou com tanta paixão em público, e muito menos abria portas para ela.

No caminho para casa Sakura não conseguia pensar em mais nada além de: ela nunca havia sido boa o suficiente, e isso doía como uma faca cortando seu peito. Além de quê, a garota havia dito “um ano”. Há um ano, Sasori deixava o apartamento de Sakura sem nem ao menos olhar para trás.

A pose de moralista dele, não era real. Nada havia sido real e Sakura estava quebrada demais para fazer qualquer coisa. Se pudesse desenhar aquele momento, a arte seria um borrão de cores frias, cinzentas e sem vida. 

Quando entrou no elevador ela apenas queria passar despercebida por todos, mas o rapaz educado do terceiro andar entrou tão cabisbaixo na caixa de metal que ela se sentiu pior ainda. Em dias normais, ela colocaria a mão em seu ombro e perguntaria se estava tudo bem, mas ela não tinha condições disso. E ainda apostava que o motivo dele era bem mais plausível do que o dela. Contudo não poderia lutar contra a dor que sentia.

Ali, no cantinho, encolhida e quase se tornando parte do metal do elevador, Sakura não queria ser notada. Mas tudo parecia estar contra ela de repente, e foi imediatamente percebida quando fungou chateada. Os momentos que seguiram foram aliviadores, ela precisava assumir. Chorou como uma criança ou como alguém que não queria aceitar o luto. E talvez ela fosse as duas.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu gostaria de pegar Naruto, Ino e Sakura, colocar no colo e proteger do mundo...
E VOU FAZER ISSO!

Até a próxima pexual

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