A nova vida de uma alma sem lembranças escrita por DaiKenja


Capítulo 61
Capítulo 61 - Dias calmos em Oriohn parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Postagem: 2021/06/26 19:36



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Minha irmã é muito fofa.
Miena disse que eu não me comportei dessa maneira fofa quando eu era novo.
Apesar de ter sido bonitinho, eu não era fofo.
Para mim isso não é nenhuma surpresa, pois eu não era de fato um bebê, apenas uma mente adulta em um corpo recém-nascido.
Mas tudo que Mayina faz é fofo.
Eu estou apaixonado por essa fofura.

Os dias que se passaram, eu já podia fazer exercícios e treinava com a minha espada.
Também treinava as magias novas que eu havia aprendido, tentando melhorá-las ou até encontrar outras utilidades para elas.
Ainda não havia recebido permissão para voltar a caçar, embora eu não quisesse ficar sem trabalhar, foi melhor assim, pois eu pude focar na recuperação do meu físico.
Também pude aproveitar minha irmã e toda sua fofura.

Minha mãe estava bem mais contente.
Ela parecia ter esquecido do fato de que menos de um mês eu havia sido capturado.
Ou então ela apenas havia superado e estava ignorando isso.
Ela também tinha bastante trabalho com Mayina, um trabalho que ela não teve comigo.
Minha irmã chorava frequentemente e minha mãe sempre corria para ver o que estava acontecendo.
Ela passava a maior parte do tempo com Mayina no colo enquanto fazia as coisas de casa com a minha ajuda, mas parecia que era só deixar ela no berço ou com outra pessoa que acontecia alguma coisa e Mayina começava a chorar.
Ou ela havia sujado a fralda, ou ela estava com fome.
Mas Miena sorria sempre que isso acontecia, dizendo que era assim que era para ser um bebê normal.

No terceiro dia após a visita dos soldados imperiais nos informaram da audiência eu já estava apto a caçar novamente.
Meu pai não me deixou caçar, então eu fiquei fazendo exercícios e treinando as magias novas.
Foi quando eu me lembrei daquilo que Mayi havia me dito.
Eu poderia pedir para Umbaku me ensinar uma magia draconiana, pois agora havia a possibilidade de eu poder usá-la.
Também lembrei da carta de Taime reconhecendo meus serviços como guarda de carga.
Enquanto Umbaku estava caçando com o meu pai e meu irmão, eu aproveitei para ler a carta.

~
Por seus serviços prestados como Guarda de Carga prestados entre os dias X e Y do 7º mês de 2029, eu reconheço Dinus como um excelente combatente e excepcional em seus serviços.
Logo nos primeiros combates ele foi capaz de derrotar uma Grande-Harpia com apenas um golpe.
Houve um confronto com Renegados da qual sua participação durante a batalha foi essencial para a vitória.
Mostrou-se bastante ágil em situações de urgência, cuidando com "expertise" dos ferimentos de seus companheiros.
Sempre tratando seu serviço com seriedade e "profissionalismo".
Como testemunha das afirmações aqui escritas está o comerciante Taime de Seti, assim como os integrantes do grupo Adagas de Prata, Louyi Galafar, Kurio Sangue-de-Prata e Myuka de Florádia.
Afirmamos que, apesar de sua idade, ele é bastante hábil com o uso do Arco, Espada e Magias.

Assinaturas:
~

A carta estava escrita sem nenhuma letra compacta, então foi muito fácil de ler.
Havia um carimbo na assinatura de Taime, com o mesmo logo que estava no lacre original do pergaminho.
Haviam palavras que eu não conhecia, então acabei perguntando para minha mãe sobre.
No fim eu fiquei muito feliz do que estava escrito na carta.
Guardei ela com carinho junto a minha primeira espada.
Também aproveitei para solicitar um novo arco, já que o meu estava ficando pequeno.
O artesão de Khuma me perguntou se eu queria um sob encomenda, mas eu experimentei um arco de tamanho adulto e acreditei que eu poderia me acostumar com ele já, então eu troquei meu arco antigo infantil por um arco de adulto.
Os caçadores voltaram no fim da tarde, pouco antes do céu ficar alaranjado com o pôr do sol.
Foi quando eu pedi novamente para Umbaku me ensinar a magia de transmutação.

— Sinto muito Dinus, mas apenas dragões podem usar essa magia. - Ele respondeu prontamente, como da última vez que pedi.
— Sim, eu me lembro disso, mas Mayi me pediu para testar, pois ela identificou que eu gerei afinidade com magia draconiana de alguma maneira. - Eu respondi.
— Gerou afinidade? Isso é possível? - O dragão ficou confuso. - Bom, acho que podemos tentar, o máximo que acontecerá será você não conseguir.
— Muito obrigado. - Eu respondi com um sorriso.
— Mas eu preciso te informar antes que, se você conseguir usar, o processo de transformação costuma ser um pouco... - Ele respirou um pouco antes de concluir. - Doloroso.
— Entendo. Tudo bem. - Eu confirmei.
— O primeiro passo é visualizar o formato que você deseja ficar, ele deve estar claro em sua mente... - Umbaku começou a explicar.

Então Umbaku escreveu no chão as palavras do encantamento para aquela magia.
Até então eu não sabia que ele também podia ler e escrever.
Agora eu poderia mandar cartas para casa que ele poderia lê-las para meus pais.
De qualquer jeito, a magia era um pouco difícil de conjurar e levei um tempo para encantar as palavras no ritmo correto, enquanto imaginava o corpo do meu irmão mais velho.
Quando eu consegui eu comecei a sentir meu corpo se mover por dentro.
Era uma sensação muito ruim e dava um pouco de mal estar.
Então tudo começou a doer e um clarão tomou conta do meu corpo.
A dor era muito intensa, parecia que todos os ossos do meu corpo estavam se quebrando em várias partes, várias vezes e se repetindo.
Era horrível.
Quando o clarão passou, eu percebi que estava mais alto.

Por fim eu fiquei muito enjoado e sentido muita tontura.
Era extremamente difícil me adaptar com o meu corpo transmutado.
Umbaku sorriu, disse que aquilo era incrível e que nenhum outro ser de Oriohn jamais havia conseguido usar uma magia draconiana antes.
Quando expliquei o que estava sentindo, ele me disse que era normal e que eu sempre sentiria essas dores, mas era possível se acostumar com o corpo transmutado sem problemas.
Todo dragão passava por essa experiência horrorosa? Que triste.
Eu nunca mais queria passar por aquilo.
Deve ser por isso que os dragões conseguem continuar lutando mesmo quando estão severamente machucados, eles estão muito mais acostumados com a dor.
Infelizmente, como tudo o que eu senti foi dores, eu não descobri como usar a magia sem encantamentos.

Depois disso, Umbaku me ensinou um curto encantamento para reverter a transmutação.
A dor aconteceu tudo novamente.
Essa magia era péssima e consumia uma quantidade enorme das minhas reservas mágicas, mas eu descobri que eu poderia usar magias draconianas.
Foi uma experiência tão ruim que eu acabei me esquecendo de perguntar se havia outra magia para eu aprender.
Nada doía depois de acabar a transformação, mas a sensação ruim continuava.
Eu só não queria passar por aquilo novamente tão cedo.
Então nós fomos comer alguma coisa.
No dia seguinte eu voltei a caçar.
Meu tempo em casa eu aproveitava para passar com a minha irmã.
Logo eu voltaria para Vegúrlia e ficaria muito tempo sem vê-la, então decidi aproveitar ao máximo meu tempo aqui para curtir aquela bebê fofa.
Quando menos percebi já havia chegado o dia da viagem para a audiência.


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Notas finais do capítulo

Caso encontre algum erro gramatical ou de digitação, fique à vontade para me enviar a correção.
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