A nova vida de uma alma sem lembranças escrita por DaiKenja


Capítulo 17
Capítulo 17 - Os arredores da grande montanha.


Notas iniciais do capítulo

Postagem: 2020/07/21 19:25
Revisão: 2021/05/02 18:37



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Na manhã seguinte, já decidido que não ficaria na cidade, eu decidi perguntar sobre a Mayi para Murio também, mas a resposta foi a mesma que o comerciante.
Pela expressão facial que eles fizeram, essa viajem com a pessoa do reino não parecia ser boa coisa.
Eu criei uma preocupação por ela naquele momento, mas o gerente me animou dizendo que com certeza Mayi iria se virar, pois ela era extremamente inteligente, e provavelmente o reino precisava apenas de alguns serviços dela.
Aproveitei e fiz mais algumas perguntas para minha viagem.

— Qual a cidade mais próxima daqui? - Perguntei ao gerente.
— A próxima cidade fica bem distante para ir caminhando. Existe o "baluarte" de Fargath ao sudoeste daqui e a "aldeia" Marima ao leste de Khuma, mais ao norte existe um grande deserto e é difícil chegar na próxima cidade pelo deserto.
— "Baluarte"? - As palavras que ele usou para baluarte e aldeia eu ainda não havia ouvido, então fiquei com algumas dúvidas.
— Sim, acho que você não aprendeu sobre isso ainda, o baluarte é onde moram os Orcs, é parecido com uma "fortaleza", só que menor, porém maior que um "castelo". - As palavras que ele usou eu também não conhecia, então eu pedi mais detalhes depois. - E aldeia é onde vivem os Elfos da Floresta.
— Elfos da Floresta? Há nomes para cada raça de Elfo? - Até então eu não havia escutado isso de alguém.
— Sim, mas como os Elfos Negros não saem da vila, geralmente eles não aprendem nem ensinam sobre essas coisas. Os nomes, pela ordem que nasceram, são Elfos dos Mares, Elfos dos Céus, Elfos das Florestas, Elfos das Planícies, Elfos das Montanhas e Elfos Negros.
— Eu sou um Elfo Negro?
— Exatamente! - Murio respondeu com um sorriso sincero no rosto.

Eu sou um Elfo Negro.
As palavras que ele usou para mar, céu, floresta, planície e montanha eu já conhecia, então os nomes dessas raças ficaram meio óbvias para mim.
Embora a palavra "negro" eu também já conhecesse, eu não consegui entender a relação.
Mayi não me contou sobre isso quando me disse que existiam 6 raças de Elfos, embora ela não estivesse explicando, apenas disse por cima.
Pela lógica nós deveríamos ser chamados de Elfos do Fogo.
É possível notar que nós temos uma pele mais escura que os homens dessa região.
Será que os Elfos Negros sofrem algum preconceito?
Será que é por isso que eles vivem na vila isolados do restante de todos?

— Tem mais alguma Vila de Elfos Negros por perto? - Não queria perguntar se minha vila era a única do mundo, mas queria tirar essa dúvida que surgiu.
— Eu não diria que é muito perto. Mas no outro lado da montanha tem outra Vila chamada Maali.
— Obrigado pelas informações. - Eu agradeci gentilmente Murio e continuamos conversando sobre a viagem e o trajeto.

Descobri mais tarde que a montanha que a vila fica próxima é na verdade um vulcão inativo.
Por isso que eu sentia frio na cidade de Trucia, pois eu estava acostumado com o calor do solo do vulcão.
Além disso, Murio me explicou que o corpo do Elfo Negro é naturalmente mais acostumado com o calor e menos resistentes ao frio.
Todas as vilas dos Elfos Negros ficam próximos a um vulcão, inativo ou não.
Nossa raça é especialista em vulcões e conseguem viver na proximidade deles sem correr riscos, pois conseguem entender e prever com muita antecedência as atividades vulcânicas e as erupções nunca são um perigo.
Os Elfos da Vila de Khuma não costumava a ensinar seus filhos sobre isso pois o nosso vulcão não entraria mais em erupção.

Eu defini que minha próxima viagem seria para Maali.
Para isso eu poderia ir pela aldeia Marima ou voltando para Khuma.
Conversando com Murio eu cheguei a conclusão que seria interessante conhecer a aldeia e os Elfos da Floresta de lá.
Diferentes de qualquer outro Elfo, os Elfos da Floresta não comiam carne, até mesmo o peixe eles não consumiam.
Eu queria conhecê-los.
Então eu decidi passar mais uma noite em Trucia e viajar para Maali na manhã seguinte.
Naquele dia que entrei mais uma vez na floresta para conseguir algumas plantas e ervas, uma caça também, para que eu pudesse vender e conseguir mais uma noite de estadia na estalagem.
Como eu já tinha entendido um pouco sobre os preços, eu consegui 35 moedas de cobre e acabei almoçando na floresta mesmo.
Voltei para estalagem já no final do dia e comecei a arrumar minha bagagem para viajar novamente.
Planejei que amanheceria o dia seguinte com o pé na estrada.


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Notas finais do capítulo

Caso encontre algum erro gramatical ou de digitação, fique à vontade para me enviar a correção.
Agradeço profundamente qualquer apoio.



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