Eu andava por uma mata densa e encantada, o som dos pássaros cantando ao longe a deixava mais linda ainda, tinha raios de sol entrando pelas copas das árvores se tornando um momento único. Em meu corpo se encontrava um vestido branco até os pés e esses estavam descalços na grama verde, a minha frente a imagem me fez perder o folego, era uma pequena campina com algumas arvores salteadas e com flores de lavanda, os raios solares deixava o local iluminado e mágico. Andei pelas flores sentindo o sol em minha pele quente e sentindo uma paz imensa que me fez fechar os olhos e receber de bom agrado. Ando pelo local e sinto que o tempo ali não passava, mas nem ligava para isso, só queria aproveitar a paz que ali tinha.

— Minha queria! – escuto uma voz melodiosa e era de uma senhora de meia idade e junto a ela tinha um homem, também de meia idade, e eles me olhavam com carinho.

— Onde estou? – pergunto sem medo, eles me passavam segurança.

— No mundo onde as almas dos lobos guerreiros com suas almas gêmeas ficam depois da morte! – o homem responde.

— Eu morri? – perguntei com uma angustia.

— Ainda não minha pequena guerreira! – a senhora vem para meu lado. – Ainda não chegou sua hora e vai demorar muitas décadas ainda...

— Então... – ia a interrompendo.

— Sua alma está em reconstrução e seu corpo precisa de restauração! – o homem disse.

— Quem são vocês? – perguntei me sentando em uma rocha que tinha por baixo de uma arvore grande e imponente.

— Somos seus Bisavós! – ela responde. – Sou Charllote Swan e ele Thomas Antera!

— Nossa... – apenas disse impactada com a notícia. – Então minha alma está aqui para ser restaurada, mas porquê? Porque não morri?

— Você não pode morrer agora meu anjo. – Thomas coloca a mão em meus ombros. – Você ainda tem que consertar um erro de nossa família, ainda tem que passar pelo ritual de aceitação de nosso povo!

— Então por isso que estou viva ainda?

— Não só por isso, tem outra coisa! – minha bisa fala sorrindo. – Só vai saber quando acordar.

— Vou ficar quanto tempo aqui?

— Em alguns segundos você volta! – Meu bisavô fala. – Avise ao concelho para fazer logo o ritual para integra-la aos Quileutes!

— Mas antes... – ela beija minha cabeça e toda a dor que tinha em minha alma se foi e no lugar só a paz que esse lugar me proporcionava. – ...Vá e seja feliz minha querida! – minha bisa beija minha cabeça e sinto tudo escuro. Sentia minhas costas em algo macio e vozes ao longe, minha mão estava enrolada em algo quente e sabia que era a mão do Nick na minha.

— Volta pra mim meu amor!— escutava sua voz cansada perto de meu ouvido, tentava me mexer e não conseguia. – Eu te amo tanto, não me deixe!

— Ela está viva, ela vai voltar!— escuto Ângela dizer e uma agonia me atinge, queria falar que estava aqui. – Sua alma está em recuperação e precisa desse tempo para voltar bem e sem traumas.

— Mas ela já está assim a muito tempo e nem um sinal de melhora!— ele diz e me assustei por saber que estava em coma por um longo tempo.

— Calma meu amigo! – era a voz de Jasper. – Sinto as emoções dela e posso ter certeza que ela está escutando! – ele solta uma risadinha.

— Vamos comer Nick! – Ângela fala.

— Vou ficar aqui esperando! – ele teima e solto um suspiro. – Bella! – consegui mexer meus dedos da mão. – Está me ouvindo? – aperto sua mão confirmando que escuto. – Bella!? – Mexi novamente minha mão e com muita dificuldade abri meus olhos.

— Nick... – fracamente chamei por ele, meus olhos ardiam com a claridade e tentei me levantar.

— Calma, não levanta! – ele me diz sentando ao meu lado e segurando meus ombros. – Me matou de susto meu amor!

— O que houve? – perguntei olhando em seu rosto, lagrimas escorriam em sua face.

— Você ficou semanas em coma! – ele me responde. – E não se mexia por nada!

— Mas agora estou bem! – passei minha mão em seu rosto, secando suas lagrimas. – Me conte o que aconteceu nesses dias que fiquei apagada!?

— Não muita coisa! – ele disse.

— Lógico, só ficou enfurnado nesse quarto o tempo todo! – Jake entra no quarto.

— Linguarudo! – Nick murmura. Devagar eu me sento na cama e sinto algo na minha barriga.

— O que é isso? – toco o local e sinto uma elevação.

— Então... – Nick enrola pra falar. - ...Você não sabia quando apunhalou sua barriga com o graveto.

— Não sabia o que? – já começo a ficar nervosa.

— Você está gravida minha lobinha! – quando ele disse fiquei em choque.

— O QUE? – rapidamente me sentei ereta e uma vertigem me atingiu. – Não pode ser! – estava em choque e como um estalo comecei a me recordar dos mal estares e também da dificuldade de me transformar. – Então...

— Vamos ter lobinhos! – ele diz emocionado, mas pera ai, ele disse lobinhos?

— Porque disse no plural? – o olho apavorada.

— Teremos dois lobinhos! – o sorriso dele era maior que o do coringa.

— Não acredito! – falei emocionada e uma de minhas mãos fora para minha barriga e sentia ela grande. – Teremos dois bebês!

— A tacada do lobinho foi certeira! – Emmet fala rindo da porta, ali estava ele com a Rosalie. – Dois de uma vez!

— Ainda não acredito! – falei emocionada.

— Teremos dois lobinhos, minha lobinha! – Nick diz me beijando.

— Eu te amo! – falo emocionada e lhe beijo.

— Eu também te amo!