Acordei com uma claridade em meus olhos e sentia uma mão quente segurando a minha. Tentei abrir meus olhos, mas não conseguia me mexer.

— Calma meu amor! – escutei Nick falar, forcei mais meus olhos e o vi preocupado.

— O que aconteceu? – tentem me ajeitar na cama e senti fios em meus braços, ao olhar em volta era um quarto branco. – Onde estamos?

— Rosalie disse que era melhor te trazer para casa dela depois do seu desmaio! – ele agora respira fundo. – Quase morri que preocupação quando não te sentia mais em nossas mentes.

— Morri de medo de... – respirei fundo. - ... dele fazer algo a mais comigo! – chorava e ele me abraça de lado. – Me sentia apavorada presa em meu corpo paralisado e não poder fazer nada... – agora esfregava minha mão em meu outro braço. - ...ele tocando em meu corpo, beijando meu pescoço... – subi minha mãe até meu pescoço e esfregava com força, queria tirar aquela sensação dele me beijado o corpo. - ...faz isso parar! – estava desesperada. As imagens não saiam de minha cabeça e isso me deixava mais agitada.

— Calma meu amor! – ele beija minha cabeça chorando e eu não conseguia me acalmar.

— Faz parar... – ainda me esfregava.

— Calma Isabella! – ele me olha sério e me acalmo na hora. – Meu amor... – ele se deita ao meu lado e me abraça, me agarro ao seu corpo quente e me deixo chorar. - ...Shiii... Acabou... – ficamos assim por um tempo até que sentimos a presença de um vampiro na porta.

— Posso entrar? – Carlisle abre um pouco a porta.

— Pode sim Carlisle! – ele entra assim que Nick dá a permissão.

— Como se sente Bella?

— Me sinto suja! – apenas respondo isso e lagrimas retornam a minha face. – Faz essa sensação parar?! – falei em apenas um sussurro. Eu ainda sentia as mãos frias de Edward em meu corpo e seus lábios pelo meu pescoço. – Não aguento mais sentir isso!

— Tenha calma minha querida! – ele esticou a mão para me tocar e recuei mais nos braços de Nick. – Essa sensação vai passar, apenas está em choque!

— Quando podemos ir embora? – Nick pergunta.

— Estou apenas esperando alguns resultados de exames, assim que sair eu libero Bella pra casa! – ele disse pegando em meu soro. – Vou dar um calmante pra ela agora, e talvez já acorde em sua própria cama!

— Obrigada Dr. Cullen! – Nick agradece e assim que ele fala caiu em um sono profundo.

...

Acordei com uma pequena claridade em meus olhos, os abri e vi que estava em minha cama. Fiquei observando a paisagem pela porta da varanda de meu quarto e sentia a brisa que vinha do mar. As imagens do que aconteceu apareceram como um tiro em minha mente e comecei a chorar baixinho, aquelas imagens eram vivas em mim e ainda sentia na pele as mãos dele. Enxuguei minhas lagrimas e me levantei com cuidado, meu corpo doía muito e sentia uma pequena fraqueza. Segui até ao banheiro e tomei um banho de banheira e comecei a esfregar a esponja de banho por meu corpo e principalmente em meu pescoço, lagrimas escorriam em minha face e depois de um tempo assim deixei minha mente em branco e não queria pensar em nada. Passado horas assim, sai do banho e coloquei um moletom, um tênis e saí de casa. Andei mais pela matinha ao lado da minha casa e foi para uma parte mais deserta da praia, e lá estava lindo, em uma parte parecia que o sol queria sair e iluminar o local. Procurei um tronco e me sentei nele e fiquei olhando o mar quebrando nas rochas logo a frente pensando no que houve comigo e em como Edward poderia ter chegado nesse ponto e ainda Alice, a que se dizia minha amiga, compactuar com uma coisa dessas. Fiquei pensando mais e mais e nem senti alguém se sentar ao meu lado, só senti o fedor de vampiro e reconheci sendo como da Rosalie.

— Sinto muito Bella! – ela apenas fala, deixei algumas lagrimas escorrerem em minha face, me sentindo uma menininha perdida. – Não...

— Você não tem culpa pelo que aconteceu! – a interrompi, cansada deitei minha cabeça em seu ombro. O silencio ali era reconfortante e saber que Rosalie estava ali me ajudando, mesmo que em silencio, me fazia mais feliz. – Agora é só esperar a sensação passar, ainda o sinto em mim... – esfreguei meu pescoço com raiva. - ... ainda o sinto no meu pescoço...

— Sei o que sente! – ela me olha agora. – Só se que vai passar! – e aí ela me abraça.

— Como entrou na reserva? – nos separamos e a olhei curiosa.

— Contei para o Nichollas e Jake que passei por algo parecido. Aí seu lobinho decidiu que eu seria a melhor pessoa pra te ajudar a passar por isso! – ela disse. – O Sam liberou minha entrada na reserva!

— Obrigada por vir! – falei encostando minha cabeça em seu ombro novamente e ficamos apreciando a vista. Passado um tempo escutamos um uivo e nos viramos, um lobo passa correndo pela gente e nos deixa apavoradas. A pelagem era creme meio cinza, deve ser a Leah, levantamos e depois de segundos ela aparece correndo já vestida.

— Estamos sendo atacados! – ela fala rápido. – Victoria com mais uns 10 recém criados está na mata perto da reserva, vim correndo avisa-las, o Cullen grandão está nos ajudando junto com o loirinho.

— Vamos lá! – falei correndo ao lado delas, forcei meu corpo se transformar e mais uma vez doeu tudo e consegui colocar minhas patas no chão.

Nos lançamos pela mata a toda velocidade e acompanhava o que acontecia pela mente dos meninos, deixei a minha em branco, não queria compartilhar nada com eles. Senti um baque em meu corpo lupino e fui jogada a algumas arvores de distância. Era uma vampira morena e ela vinha me atacar novamente e consegui me esquivar dela, seu ataque era muito obvio e eu sempre me esquivava dela e sem paciência resolvi arrancar sua cabeça em apenas uma mordida. Assim que matei a vampira eu senti um aperto em meu peito e vi pela mante de Jake que Victoria mantinha Nick preso em seus braços em forma humana, ele estava todo machucado.

— Quero que tragam a Isabella aqui! – ela grita com Rosalie. – Sei que ela está por perto e quero que ela veja eu acabar com seu namorado! – ela estava sádica.

— Calma Bella! – sinto Sam falar e ele me deu uma ordem de acalmar, fui obrigada a obedecer. – Ela quer isso...

— Ela vai mata-lo! – resmunguei. – Temos que fazer algo.

— Podemos a encurralar! – Jake fala.

— Eu entro vou até lá e alguém fica a espreita por trás, em um vacilo dela ataquem! – falei traçando uma ideia e fui pensando para eles. Passado alguns segundo eu volto a forma humana e pego a camisa de Seth em sua pata.

— O que me diz? – Victoria aperta mais ele em seus braços. – Quando a lobinha aparece? Quero que ela assista de camarote!

— Me procurando vadia? – vou caminhando em direção a ela.

— Bella... – Rosalie dá um passo em minha direção.

— Não Rose, é entre eu e ela! – me virei pra minha amiga. – Queime o resto dos corpos com os meninos.

— Mas... – ela ia retrucar e apenas a olhei calma, mas por dentro estava morrendo de medo.

— Apareceu a humana sem graça! – Victória me olha louca e aperta mais Nick em seu aperto. Tento dá um passo pra frente e não consigo.

— Trouxe uma surpresinha! – uma mulher entra no local recitando algum feitiço. – Agora vai ver eu matar seu amado...

— Não vai encostar um dedo nele, sua vadia! – tentei me soltar. – Seu problema é comigo!

— Prefiro mata-lo na sua frente e ver seu sofrimento, depois eu vou matá-la... – ela ia falando e foi aí que tive uma ideia, eu não poderia me mover pra frente, mas parece que eu posso me abaixar e foi o que fiz.

— Por favor... – implorava enquanto pegava um graveto no chão e ele era bem grosso.

— Bella... – escuto Nick falar fraco. Atrás de Victória estava Leah com Jake e atrás da Bruxa estava Emmet, apenas esperando a oportunidade.

— Se é meu sangue que quer... – e foi aí que espetei minha barriga com um graveto e foi instantâneo o sangue sair. - ... aqui está meu sangue! – tudo aconteceu em menos de um segundo, Victória solta Nick que grita apavorado com a cena, e ela vem pra cima de mim, Leah e Jake pulam em cima da vampira ruiva e a matam na hora, Emmet em velocidade quebra o pescoço da bruxa. A minha volta era uma bagunça e a dor em minha barriga só aumentava e minha visão estava ficando turva e quando ia cair no chão, sinto braços quentes me segurando.

— Meu amor!! – era Nick, suas feridas no rosto já estavam curadas. – Porque fez isso?

— Não conseguiria vê-lo morrer... – engasguei com meu sangue. - ...não aguentaria vê-lo morrer nas mãos dela e sabendo que era minha culpa.

— Não é sua culpa... – ele agora chorava e com uma força tremenda passo minha mão em seu rosto e vejo que o sujei com meu sangue. – Não consigo sem você! – ele chorava. – ... Não feche os olhos...

— Só quero tirar um sono... – falei fechando meus olhos. – Eu te amo... – nem escutei mais nada em volta e apaguei.