The new she-wolf in La Push escrita por Valentim


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiii...
Vou postar os episódios já prontos um atras do outro, não aguento esperar. Ahh.. E para quem é novo aqui, todas as palavras sublinhadas são um link. kkk
OBS.: Coloquei as lendas Quileutes nas notas finais!
Beijoss



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Acordei em uma cama estranha da minha e me lembrei que desmaiei assim que briguei com o Jake e vi aquele homem me olhando, me sentia estranha ao pensar no tal homem, meu coração acelerava.

— Que bom que acordou! – uma mulher morena estava ao meu lado e em seu rosto tinha uma cicatriz. – Quando te vi nos braços do Sam, fiquei preocupada! - ela disse carinhosa.

— Quanto tempo fiquei desacordada? – me sentei na cama.

— A tarde toda minha querida! – respondeu. – Você está bem?

— Só um pouco tonta!

— Vai ficar bem! - ela pega em minhas mãos. - Deixa me apresentar. Sou Emmily Yong, esposa do Sam!

— Sou Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella!

— Prazer em te conhecer! - ela me abraça e me sinto mais calma.

— O Jake...

— Está preocupado com você! - ela me corta.

— Posso conversar com ele?

— Vou chama-lo! – ela se levanta e sai me deixando sozinha, me levantei devagar e parei em frente a uma pequena janela que dava para a mata. Senti uma mão grande e quente em meu ombro e vi que era do Jake, meu melhor amigo que estava mudado, cabelos cortados, com uma tatuagem em seu ombro e com muitos músculos.

— Porque não me contou Jake? – falei me afastando dele e me virei para a janela. Lagrimas escorriam em meus olhos e não queria que ele me visse assim.

— Não podia Bella!! – disse com uma dor em sua voz que me deu um aperto no peito. – É um segredo da reserva, não posso contar para ninguém!

— Mas como espalham como lendas?

— Para manter a nossa história viva e manter nosso instinto guerreiro! – me responde.

— Eu entendo isso. Mas me magoa saber que não confia a mim esse segredo! - o olhei e ali vi meu amigo de infância, em seguida ele me puxa para um abraço forte e aconchegante

— Hoje à noite tem festa da fogueira, quer ir?

— Tenho que passar em casa me trocar! – falei olhando para ele.

— Não se mudou para a cabana ainda não?

— Só usarei a casa aos finais de semana, Charlie não se sente seguro em me deixa morar sozinha e nem eu me sinto segura ficar sozinha, sendo que sou um imã para confusão! – ele riu.

— Melhor não ficar sozinha mesmo não! - disse beijando minha cabeça.

— Então vou indo! - peguei minha bolsa indo pro carro.

—Até mais tarde então Bella!

Chegando em casa tomei um banho relaxante para me acalmar e pensar no que vi na clareira, lobos gigantes que são rapazes e um deles é meu melhor amigo Jake, pensar em Jake me lembro do moreno que estava com ele com os olhos amendoados de tirar o folego que só de imaginar meu coração acelera e não entendo esse frio na barriga só de imaginar de ver ele. Saí do banheiro e dei de cara com meu pai arrumado no corredor e eu apenas de toalha.

— Te espero lá em baixo filha!

— Você vai na reserva também?

— Vou sim! – ele diz. – Muito tempo que não vou na festa da fogueira.

— Daqui a pouco eu desço! – entro em meu quarto.

Paro em frente ao meu guarda roupas e fiquei pensando no que usar, foi ai que me lembrei de uma blusa de lã preta que minha mãe me deu antes de vir e hoje iria estreá-la, separei ela com uma calça jeans e uma sapatilha, mas assim que fui fechar minha cortina vi que iria chover, imediatamente troquei a sapatilha por uma galocha preta de andar na chuva (roupa). Assim que coloquei minha roupa e fiz uma make mais básica . Depois de pronta peguei meus documentos e as chaves da minha nova caminhonete, a minha antiga deu os últimos suspiros mês passado, com isso, meus pais se juntaram e me deram uma novinha e preta (carro). Meu pai foi no carro da polícia dele e eu na minha caminhonete, se eu quisesse ficar até mais tarde. Estacionei na beira da mata e encontrei Jake encostado em seu pequeno carro.

— Está linda!! - ele disse beijando minha cabeça, sentia falta de seus braços quentes e seu cheiro amadeirado.

— Senti falta do meu sol! - falei e Jake soltou uma risadinha.

— Sou incrível mesmo!! - riu mais ainda quando disse e apenas revirei os olhos.

Olhava em volta e todos estavam espalhados esperando os anciões chegar e parei em frente a fogueira e sentia magia rolar por ali, encarava o fogo que parecia acariciar meu rosto, fechei meus olhos aproveitando o momento de paz.

— Vamos nos sentar! - Jake toca em meu ombro me levando até um tronco. Me sentei nele e Jake aos meus pés encostando nas minhas pernas, ele estava com um prato com mais de cinco cachorro quentes e olhei em volta, estava tudo encantadoramente lindo, o clima era mágico e leve. Meu pai conversava animado com Billy e com o amigo do Jake. Encarava o rapaz e sentia borboletas no estomago e as vezes ele me olhava e soltava um sorriso de lado ENCANTADOR, me fazendo corar violentamente, ele estava com uma camisa de mangas compridas cinza enrolada até o cotovelo e colada ao seu corpo, uma calça jeans escura com uns rasgados no joelho e uma bota masculina, tinha uma barba por fazer que simplesmente o deixa mega sexy, seu cabelo era castanho e todo bagunçado. Simplesmente não conseguia tirar os olhos desse homem. Fui tirada de meus devaneios com Billy chamando todos que iria começar a contar as lendas, que agora sabia que eram verdades. (N/A: Livro "Eclipse", páginas 146 á 154.)
  


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Notas finais do capítulo

”Os Quileutes têm sido poucas pessoas desde o início”, Billy disse: “E ainda somos poucas pessoas, mas nós nunca desaparecemos. Isso é porque sempre houve a mágica em nosso sangue.Não era a mágica de mudar de forma – isso veio depois. Primeiro, nós éramos espíritos guerreiros”. “No começo, a tribo se assentou nesse porto e se transformaram em habilidosos construtores de barco e pescadores. Mas a tribo era pequena, e o porto era rico em peixes. Haviam outros que desejavam as nossas terras, e nós éramos poucos pra enfrenta-los. Uma tribo maior se moveu contra nós, e nós entramos em nossos navios pra escapar deles.
“Kaheleha não foi o primeiro espírito guerreiro, mas nós não lembramos de outras histórias que venham antes dessa. Nós não lembramos de quem foi o primeiro a descobrir esse poder, ou como ele havia sido usado antes dessa crise. Kaheleha foi o primeiro grande Espírito Chefe na nossa história. Nessa emergência, Kaheleha usou a sua magia pra defender as nossas terras. “Ele e todos os seus guerreiros abandonaram o navio – não seus corpos, mas seus espíritos. As suas mulheres cuidaram de seus corpos e das ondas,e os homens levaram seus espíritos de volta ao nosso porto.“Eles não podiam tocar fisicamente a tribo inimiga, mas eles tinham outros meios. As histórias nos contam que eles puderam fazer um vento feroz soprar nos acampamentos inimigos; eles podiam fazer um grande grito no vento que aterrorizou seus inimigos.
As histórias também nos contam que os animais podiam ver os espíritos guerreiros e compreende-los; os animais os licitavam.“Kaheleha levou o seu exército de espíritos e criou o caos entre os intrusos. Essa tribo invasora tinha grandes bandos de cães grandes, furiosos que eles usavam pra puxar seus trenós no norte congelado. Os espíritos guerreiros fizeram com que os cães se virassem contra seus mestres e trouxessem uma poderosa infestação de morcegos das cavernas no penhascos. Eles usaram o vento gritante pra ajudar os cães a confundir os homens. Os cães e os morcegos venceram. Os sobreviventes fugiram, dizendo que o porto era amaldiçoado. Os cachorros correram livres quando os espíritos guerreiros os libertaram. Os Quileute retornaram pra seus corpos e suas esposas, vitoriosos.“As outras tribos vizinhas, os Hoh e os Makah, fizeram acordos com os Quileute. Eles não queriam nada com a nossa magia. Nós vivemos em paz com eles. Quando um inimigo vinha contra nós, os espíritos guerreiros os afastavam. “Gerações se passaram. Então veio o primeiro grande Espírito Chefe, Taha Aki. Ele era conhecido por sua sabedoria, e por ser um homem de paz. As pessoas viviam bem e contentes sob seus cuidados. “Mas haviam um homem, Utlapa, que não estava contente.” “Utlapa era um dos espíritos guerreiros mais fortes do Chefe Taha Aki – um homem poderoso, mas um homem ganancioso também. Ele achava que as pessoas deviam usar sua magia pra expandir suas terras, escravizar os Hoh e os Makah e construir um império. “Agora, quando os guerreiros se transformavam em seus espíritos, eles podiam ouvir os pensamentos uns dos outros. Taha Aki viu o que Utlapa sonhava, e ficou bravo com Utlapa. Utlapa foi ordenado a deixar o povo, e nunca usar o seu espírito de novo. Utlapa era um homem poderoso, mas os guerreiros do chefe eram um número que ele. Ele não teve escolha a não ser ir embora. O furioso excluído se escondeu na floresta nas proximidades, esperando pela chance pra se vingar de seu chefe. “Mesmo em tempo de paz, o Chefe Espírito era vigilante na proteção ao seu povo. Frequentemente ele ia para um lugar secreto, sagrado, nas montanhas. Ele deixava o seu corpo pra trás e andava pelas florestas e pela costa, pra ter certeza de que nenhuma ameaça se aproximava. “Um dia, quando o Chefe Taha Aki saiu pra fazer o seu trabalho, Utlapa o seguiu. No início, Utlapa apenas planejava matar o chefe, mas seu plano tinha suas desvantagens. Com certeza os espíritos guerreiros iam procura-lo e destruí-lo, e eles podiam persegui-lo mais rápido do que ele podia fugir. Enquanto ele se escondia nas rochas o observava o chefe se seu povo. Utlapa esperou até que ele tivesse certeza de que o chefe havia viajado certa distância com seu ser espírito. “Taha Aki soube o instante em que Utlapa se juntou a ele no mundo dos espíritos, e também soube do plano de assassinato de Utlapa. Ele correu de volta para o seu local secreto, mas mesmo os ventos não foram rápidos o suficiente pra salva-lo. Quando ele retornou, o seu corpo já tinha ido embora. O corpo de Utlapa estava abandonado, mas Utlapa não tinha deixado Taha Aki com uma escolha – ele havia cortado a garganta do seu próprio corpo com as mãos de Taha Aki. “Taha Aki seguiu o seu prórpio corpo pela montanha. Ele gritou com Utlapa, mas Utlapa o ignorou como se ele fosse apenas o vento. “Taha Aki observou com desespero enquanto Utlapa pegava o seu lugar como chefe dos Quileute. Por algumas semanas, Utlapa não fez nada além de se certificar de que todos acreditavam que ele era Taha Aki. Aí as mudanças começaram – a primeira ordem de Utlapa foi que qualquer guerreiro entrasse no mundo dos espíritos. Ele clamou que tinha uma visão do perigo, mas na verdade ele estava com medo. Ele sabia que Taha Aki estaria esperando pela chance de contar a sua história. O próprio Utlapa estava com muito medo de entrar no mundo dos espíritos, sabendo que Taha Aki rapidamente clamaria seu corpo. Então seus sonhos de conquista com um exército de espíritos guerreiros era impossível, e ele teve que se contentar em reinar sobre a tribo. Ele se tornou um fardo – procurando privilégios que Taha Aki nunca havia pedido, se recusando a trabalhar junto dos seus guerreiros, se casando com uma segunda jovem esposa, e depois uma terceira, apesar da esposa de Taha Aki ainda viver – em algum lugar desconhecido da tribo. Taha Aki observou furioso sem poder fazer nada. “Eventualmente, Taha Aki tentou matar seu próprio corpo pra salvar a tribo dos desmandos de Utlapa. Ele trouxe um lobo feroz das montanhas, mas Utlapa se escondeu atrás de seus guerreiros.Quando o lobo matou um jovem que estava protegendo seu falso chefe, Taha Aki sentiu um terrível pesar. Ele ordenou que o lobo fosse embora. “Todas as histórias nos contam que não eram fácil ser um espírito guerreiro. Era mais assustador do que excitante estar fora do seu próprio corpo. Era por isso que eles só usavam sua magia em tempos de necessidade. As viagens solitárias do chefe pra manter guarda eram um fardo e um sacrifício. Ficar sem corpo era desorientador, desconfortável, aterrorizante. Taha Aki esteve longe de seu corpo por tanto tempo que chegou um ponto que ele sentiu agonia. Ele sentiu que estava sentenciado – a nunca cruzar a linha para a terra final onde todos os seus ancestrais esperavam, preso naquele nada torturante pra sempre.“O grande lobo seguiu o espírito de Taha Aki se contorcia e se estorcia em agonia pelas florestas. O lobo era muito grande para a sua espécie, e lindo. Taha Aki de repente ficou com inveja do animal. Pelo menos ele tinha um corpo. Pelo menos ele tinha uma vida. Até a vida como um animal seria melhor do que essa horrível consciência vazia. “E aí Taha Aki teve a idéia que mudou todos nós. Ele pediu ao lobo que dividisse o espaço com ele, pra compartilharem. O lobo permitiu. Taha Aki entrou no corpo do lobo com alívio e gratidão. Não era o seu corpo humano, mas era melhor do que o buraco negro do mundo dos espíritos. “Pra começar, o homem e o lobo voltaram à vila no porto. As pessoas correram com medo, gritando pra que os guerreiros viessem. Os guerreiros correram pra encontrar o lobo com suas lanças. Utlapa, é claro, ficou seguramente escondido. “Taha Aki não atacou seus guerreiros. Ele se afastou lentamente deles, falando com seus olhos e tentando uivar as canções do seu povo. Os guerreiros começaram a notar que o lobo não era um animal qualquer, que havia uma influência espiritual nele. Um guerreiro ancião, uma homem chamado Yut, decidiu desobedecer a ordem do falso chefe e tentar se comunicar com o lobo.“Assim que Yut cruzou para o mundo espiritual, Taha Aki saiu do lobo – o animal esperou pacientemente pelo seu retorno – pra falar com ele. Yut compreendeu a verdade em um instante, e deu as boas vindas ao lar a seu chefe. “A essa hora, Utlapa veio ver se o lobo havia sido derrotado. Quando ele viu Yut caído sem vida no chão, cercado por guerreiros protetores, ele se deu conta do que estava acontecendo. Ele pegou sua faca e correu pra matar Yut antes que ele pudesse retornar ao seu corpo. “Traidor’, ele gritou, e os guerreiros não sabiam o que fazer. O Chefe havia proibido viagens espirituais, e era a decisão do chefe como punir aqueles que desobedecessem. “Yut pulou de volta para o seu corpo, mas Utlapa estava com a faca em seu pescoço em com uma mão em sua boca. O corpo de Taha Aki era forte, e Yut era fraco com a idade. Yut nem sequer pôde dizer uma palavra pra alertar os outros antes que Utlapa o silenciasse pra sempre. “Taha Aki observou enquanto o espírito de Yut ia embora para as terras finais das quais Taha Aki havia sido barrado pra sempre. Ele sentiu uma grande raiva, mais poderosa do que qualquer coisa que ele já havia sentido. Ele entrou no lobo novamente, com a intenção de rasgar a garganta de Utlapa. Mas, enquanto ele se juntava ao lobo, uma grande mágica aconteceu. “A raiva de Taha Aki era a raiva de um homem. O amor que ele tinha pelo seu povo e o ódio que ele sentia pelo seu opressor era vasto demais para o corpo do lobo, humano demais. O lobo estremeceu, e – ante os olhos dos guerreiros chocados e de Utlapa – ele se transformou em homem. “O novo homem não se parecia com o corpo de Taha Aki. Ele era muito mais glorioso. Ele era uma interpretação fresca do espírito de Taha Aki. Os guerreiros reconheceram ele imediatamente, no entanto, pois eles conheciam o espírito de Taha Aki. “Utlapa tentou correr, mas Taha Aki tinha a força de um lobo em seu novo corpo. Ele agarrou o ladrão e arrancou o espírito dele antes que ele pudesse pular do corpo roubado. “As pessoas ficaram muito felizes quando se deram conta do que estava acontecendo. Taha Aki rapidamente arrumou as coisas, trabalhando novamente com o seu povo e devolvendo as jovens esposas às suas famílias. A única mudança que ele não desfez foi a proibição das viagens espirituais. Ele sabia que isso era muito perigoso, agora que a idéia de roubar uma vida estava por ali. Os espíritos guerreiros já não existiam. “Desse ponto em diante, Taha Aki eram mais do que apenas um lobo ou um homem. Eles chamavam ele, Taha Aki, de o Grande Lobo. Ele liderou a tribo por muitos, muitos anos, pois ele não envelhecia. Quando o perigo ameaçava, ele reassumia seu eu lobo pra lutar ou assustar o inimigo. As pessoas viviam em paz. Taha Aki foi pai de muitos filhos, e alguns deles descobriram que, depois que eles atingiam a maturidade, eles também podiam se transformar em lobos. Os lobos eram todos diferentes, porque eles eram espíritos lobos e refletiam o que o homem era por dentro.” “Alguns dos filhos se tornaram guerreiros com Taha Aki, e não mais envelheceram. Os outros, que não gostaram da transformação, se recusaram a se juntar ao bando de homens lobos. Esses começaram a envelhecer novamente, e a tribo descobriu que os homens lobo podiam envelhecer como qualquer outra pessoa, se desistissem de seus espíritos guerreiros. Taha Aki viveu o tempo de vida de três homens. Ele havia se casado com uma terceira esposa depois da morte das duas primeiras, e encontrou nela a sua verdadeira esposa espiritual. Apesar dele ter amado as outras, essa era algo mais. Ele decidiu desistir de seu espírito lobo pra morrer quando ela morreu.“Foi assim que a mágica veio até nós, mas esse não é o fim da história...”
"Essa foi a história dos espíritos guerreiros", o Velho Quil começou num voz de tenor. "Essa é a história do sacrifício da terceira esposa." "Muitos anos depois de Taha Aki ter desistido de seu espírito lobo, quando ele já era um homem velho, um problema começou ao norte, com os Makah. Várias mulheres jovens da tribo deles havia desaparecido, e eles colocaram a culpa nos lobos das redondezas, a quem eles temiam e desconfiavam. Os homens-lobo ainda podiam ouvir os pensamentos uns dos outros enquanto em sua forma de lobo, assim como seus ancestrais haviam feito enquanto estavam na forma de espíritos. Eles sabiam que nenhum em seu grupo era o culpado. Taha Aki tentou pacificar o chefe de Makah, mas havia medo demais. Taha Aki não queria ter uma guerra em suas mãos. Ele já não era um guerreiro pra liderar seu povo. Ele encarregou seu filho lobo mais velho, Taha Wi, de encontrar o verdadeiro culpado antes que as hostilidades começassem."Taha Wi liderou os outro cinco lobos em seu bando em uma procura pelas montanhas, procurando por alguma evidência sobre o desaparecimento das Makah. Eles se depararam com uma coisa que eles nunca haviam visto antes - um cheiro doce, estranho na floresta que queimava seus narizes a ponto de doer." "Eles não sabiam que criatura podia ter deixado aquele cheiro, mas eles o seguiram", O Velho Quil continuou. Sua voz tremendo não era tão majestosa como a de Billy, mas havia um estranho tom de urgência penetrante nela. "Eles acharam traços fracos de cheiro humano, e de sangue humano, pela trilha. Eles estavam certos de que esse era o inimigo que eles estavam procurando. "A jornada deles os levou pra tão longe ao norte que Taha Wi mandou metade do bando, os mais novos, devolta pra o porto pra avisar Taha Aki. "Taha Wi e seus dois irmãos não retornaram. "Os irmãos mais novos procuraram pelos seus ancestrais, mas só encontraram silêncio. Taha Aki lamentou por seus filhos. Ele desejava vingar a morte dos filhos, mas ele já era velho." "Eles foi ao chefe de Makah ainda com as roupas da manhã e o contou o que havia acontecido. O chefe de Makah acreditou em seu pesar, e as tensões acabaram entre as tribos. "Um ano depois, duas donzelas de Makah desapareceram de suas casas na mesma noite. Os Makah chamaram os lobos Quileute imediatamente, que encontraram o mesmo fedor doce em todo lugar no vilarejo dos Makah. Os lobos foram caçar de novo. "Apenas um retornou. Ele era Yaha Uta, o filho mais velho da terceira esposa de Taha Aki, e o mais novo no bando. Ele trouxe algo consigo que nunca havia sido antes pelos Quileute - um cadáver estranho, frio de pedra, que ele carregava aos pedaços. Todos aqueles que tinham o sangue de Taha Aki, até mesmo aqueles que não eram lobos, podiam sentir o cheiro forte da criatura morta. Esse era o inimigo dos Makah. "Yaha Uta descreveu o que havia acontecido: ele e seus irmãos haviam encontrado a criatura, que se parecia com um homem mas era duro como um pedra de granito, com duas filhas de Makah. Uma garota ja estava morta, branca e sem sangue no chão. A outra estava nos braços da criatura, a boca dele em seu pescoço. Ela podia estar viva quando eles chegaram na cena odiosa, mas a criatura rapidamente quebrou seu pescoço e jogou seu corpo sem vida no chão enquanto eles se aproximavam. Seus lábios brancos estavam cobertos com o sangue dela, e seus olhos brilhavam vermelhos. "Yaha Uta descreveu a força feroz e a velocidade da criatura. Um de seus irmãos rapidamente se tornou uma vítima quando subestimou aquela força. A criatura o partiu como se fosse um boneco. Yaha Uta e seus irmãos foram mais cautelosos. Eles trabalharam juntos, chegando nas criaturas pelos seus lados, manobrando-a. Eles tiveram que atingir o limite de sua força e de sua velocidade de lobo, coisa que eles jamais haviam testado antes. A criatura era dura como pedra e fria como gelo. Eles descobriram que seus dentes podiam machucá-lo. Eles começaram a rasgar a criatura em pequenos pedaços enquanto lutavam com ela. "Mas a criatura aprendeu com velocidade, a logo estava compativel com as manobras deles. Ele pôs as mãos no irmão de Yaha Uta. Yaha Uta encontrou uma abertura em seu pescoço, e atacou. Os dentes dele arrancaram a cabeça da criatura, mas as mãos continuaram apertando o seu irmão. "Yaha Uta rasgou a criatura em pedaços irreconhecíveis, rasgando os pedaços numa tentativa desesperada de salvar seu irmão. Ele estava atrasado, mas, no final, a criatura foi destruída. "Ou assim eles pensaram. Yaha Uta espalhou os pedaços para os anciões examinarem. Uma mão destroçada estava ao lado de um pedaço do braço de granito da criatura. Dois pedaços se tocaram quando os anciões os uniram com pontos, e a mão foi em direção ao braço, tentanto se unir novamente. "Aterrorizados, os anciões tocaram fogo no que restou. Uma grande nuvem de fumaça forte, vil, poluiu o ar. Quando ja não haviam nada além das cinzas, eles separeram as cinzas em pequenos sacos e os separou a grandes espaços uns dos outros - uns no oceano, alguns na floresta, alguns nas cavernas dos penhascos. Taha Aki usava um dos saquinhos em seu pescoço, pra que ele pudesse ser avisado se um dia a criatura tentasse se juntar de novo". O Velho Quil pausou e olhou pra Billy. Billy puxou uma fita de couro do seu pescoço. Preso na ponta havia um velho saquinho, escurecido com o tempo. Algumas pessoas ofegaram. Eu posso ter sido uma delas. "Eles o chamaram de O Frio, O Bebedor de Sangue, e viveram com medo de que ele não estivesse sozinho. Eles só tinham mais um lobo protetor, o jovem Yaha Uta. "Eles não tiveram que esperar muito. A criatura tinha uma parceira, outra bebedora de sangue, que veio até os Quileute em busca de vingança. "As histórias dizem que A Mulher Fria era a coisa mais linda que os olhos humanos já haviam visto. Ela parecia com a deusa do alvorecer quando entrou na vila naquela manhã; o sol estava brilhando pelo menos dessa vez, e ele cintilava na pele branca dela e iluminava seu cabelo loiro que chegava nos joelhos." "O rosto dela era mágico em sua beleza, os olhos eram pretos em seu rosto. Alguns caíram de joelhos pra adorá-la. "Ela perguntou alguma coisa em uma voz alta, penetrante, em uma linguagem que ninguém nuncatinha ouvido. As pessoas ficaram abobalhadas, sem saber o que dizê-las. Não havia ninguém com o sangue de Taha Aki entre as testemunhas a não ser um garotinho. Ele se apertou a sua mãe e gritou que o cheiro estava machucando o nariz dele. Um dos anciões, que estava a caminho do conselho, ouviu o garoto e se deu conta do que havia chegado pra eles. Ele gritou pra que as pessoas corressem. Ela o matou primeiro. "Haviam vinte testemunhas da chegada da Mulher Fria. Dois sobreviveram, apenas porque ela ficou destraída com o sangue, e parou pra saciar sua sede. Eles correram pra Taha Aki, que estava no conselho com os outros anciões, seus filhos, e sua terceira esposa. "Yaha Uta se transformou em seu espírito lobo assim que ele ouviu as notícias. Ele foi sozinho combater a bebedora de sangue. Taha Aki, e sua terceira esposa, e seus anciões seguiram ele. "No inicio eles não conseguiram encontrar a criatura, só as evidências de seu ataque. Corpos estavam quebrados, alguns completamente sem sangue, espalhados pela estrada por onde ela havia aparecido. Aí eles ouviram os gritos e correram para o porto. "Vários Quileute haviam corrido para os navios para se refugiarem. Ela nadou atrás deles como um tubarão, e quebrou o casco do navio deles com sua incrível força. Quando o navio afundou, ela agarrou aqueles que tentaram fugir a nado, e quebrou eles também. "Ela viu o grande lobo na costa, e esqueceu dos nadadores flutuando. Ela nadou tão rápido que se transformou num vulto, pingando e gloriosa, ela veio ficar de pé na frente de Yaha Uta. Ela apontou para ele uma vez com seu dedo branco e fez outra pergunta incompreensível. Yaha Uta esperou. "Foi uma luta apertada. Ela não era tão boa lutadora quanto o seu parceiro havia sido. Mas Yaha Uta estava sozinho - não havia ninguém pra distraí-la da fúria com ele. "Quando Yaha Uta perdeu, Taha Aki gritou em desafio. Ele tropeçou para a frente e se transformou em um lobo ansião, com pêlo branco. O lobo era velho, mas esse era o Espírito Homem de Taha Aki, e sua raiva o tornou forte. A luta recomeçou. "A terceira esposa de Taha Aki havia acabado de ver seu filho morrer diante de seus olhos. Agora o seu marido lutava, e ela não tinha esperanças de que ele pudesse vencer. Ela havia ouvido cada palavra que a vítima havia dito no conselho. Ela havia ouvido a história da primeira vitória de Yaha Uta, e ela sabia que a distração de seus irmãos haviam salvado ele. "A terceira pegou uma faca do cinto de um dos filhos que estava ao seu lado. Eles eram todos filhos jovens, ainda não eram homens, e ela sabia que eles morreriam quando o seu marido falhasse.
"A terceira esposa correu em direção à Mulher Fria com a adaga erguida. A Mulher Fria sorriu, pouco destraída da sua luta com o lobo velho. Ela não tinha medo de uma mulher humana fraca e nem da faca que não causaria nenhum arranhão em sua pele, e ela estava prestes a dar o golpe de misericórdia em Taha Aki.
"E aí, a terceira esposa fez algo que A Mulher Fria não estava esperando. Ela caiu de joelhos aos pés da bebedora de sangue e enfiou a faca em seu próprio coração. "O sangue escorreu pelos dedos da terceira esposa e espirrou na Mulher Fria. A bebedora de sangue não pôde resistir à luxuria do sangue fresco que estava deixando o corpo da terceira esposa. Instintivamente, ela se virou para a mulher que estava morrendo, por um segundo inteiramente consumida pelo sangue. "Os dentes de Taha Aki se fecharam no pescoço dela. "Aquele não foi o fim da batalha, mas agora, Taha Aki não estava mais sozinho. Vendo a mãe deles morrer, dois filhos mais novos sentiram tanta raiva que se lançaram para a frente como seus espíritos lobos, apesar de ainda não serem homens. Com seu pai, eles exterminaram a criatura. "Taha Aki nunca se reuniu à tribo. Ele nunca se transformou em homem de novo." "Ele deitou por um dia ao lado do corpo da terceira esposa, rosnando toda vez que alguém tentava encostar nela, e aí ele foi para a floresta e nunca mais retornou. "Problemas com os frios eram raros e aconteciam de vez em quando.
Os filhos de Taha Aki guardaram a tribo até que seus filhos fossem velhos o suficiente pra ficarem em seu lugar. Nunca houveram mais de três lobos de cada vez. Era o suficiente. Ocasionalmente um bebedor de sangue aparecia por essas terras, mas eles eram pegos de surpresa, sem esperar os lobos. De vez em quando um lobo morria, mas eles nunca foram dezimados de novo como da primeira vez. Eles haviam aprendido como lutar com os frios, e eles passaram o conhecimento de lobo pra lobo, de mente de lobo pra mente de lobo, de espírito pra espírito, de pai pra filho. "O tempo passou, e os descendentes de Taha Aki já não se transformavam mais em lobos quando atingiam a idade adulta. Só muito raramente, se um frio estava por perto, os lobos retornavam, e o bando continuava pequeno. "Um grupo maior chegou, e os seus próprios bisavôs se prepararam pra lutar contra eles. Mas o líder falou com Ephraim Black como se fosse um homem, e prometeu não machucar os Quileute. Os seus estranhos olhos amarelos davam alguma espécie de prova do que ele dizia sobre eles não serem iguais aos outros bebedores de sangue. Os lobisomens estavam em menor número; não havia necessidade dos frio pedirem um acordo sendo que eles podiam ter vencido a batalha. Ephraim aceitou. Eles cumpriram com a sua parte, apesar de que a presença deles tendia a puxar outros."E o número deles forçou o bando a atingir um número que a tribo nunca havia visto", o Velho Quil disse, e por um momento em seus olhos pretos, afundados nas rugas e na pele dobrada ao redor deles, pareceram parar em mim. "Exceto, é claro, no tempo de Taha Aki", ele disse, e então suspirou. "E então os filhos da nossa tribo carregam novamente o fardo e dividem o sacrifício que seus ante passados suportaram antes deles.”



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