Acordei em minha cama na casa do meu pai e ainda estava escuro, apurei minha audição e escutei apenas uma respiração do Nick, olhei para o lado e ele estava todo torto na cadeira de balanço que tem perto da janela, tentei me levantar mas a dor na minha perna ainda persistia e a dor nas minhas costelas também. Acabei soltando um pequeno gemido e o que fez Nick acordar.

            - Está sentindo alguma coisa? – Nick já estava ao meu lado na cama.

            - Só quero ir ao banheiro! – falei fazendo uma careta ao tentar levantar novamente, ele me ajuda.

            - Cuidado! – fui me apoiando com o braço bom e apoiei na minha outra perna.

            - Quando será que já estarei curada? – caminhei me apoiando no Nick.

            - O curandeiro disse que até dois dias já vai está melhor!

            - Eles nos pegaram de jeito! – falei rindo devagar e ele bufa.

            - E ainda acha graça! – me apoio na pia o olhando. – Quase morri quando senti que estava em perigo!

            - Eu sei amor! – lhe abracei. – Mas era a única maneira de sairmos vivas!

            - Poderiam ter fugido e tentado chegar mais próximo da reserva e uivado!

            - Aí a Leah não conheceria o seu imprited! – falei divertida.

            - Você não tem jeito! – ele beija minha cabeça.

Pedi pra ele sair e me deixar usar o banheiro, aproveitei e queria tomar um banho pra relaxar. Entrei debaixo da água quente e fui pensando que tive muita sorte em estar viva e a Leah também, e muito feliz por ela ter achado a sua alma gêmea e quem sabe ela agora melhore seu humor. Passado um tempo no chuveiro, me enrolei na toalha com dificuldade e me apoiando na pia cheguei até a porta do banheiro, devagar caminhei ao meu closet e peguei um vestido larguinho rosê e minha lingerie, o problema era que não iria conseguir me vestir sozinha e teria que chamar o Nick pra me ajudar.

— Amor!? – falei mais alto enquanto ia andado até a cama, não escutei nenhum movimento na casa. – Nick!

— Continua a mais bela! – escutei uma voz a reconhecendo, meu corpo tremeu o que fez meus ferimentos doerem muito, tentei segurar mas acabei gemendo de dor e raiva.

— O que faz aqui? – consegui chegar na minha cama e me sentei, mas mesmo assim não tirei o olho dele.

— Fiquei sabendo do ataque e vim saber como estava! – ele lentamente vem caminhando e fiz sinal para ele parar, meu corpo começava a dar sinais de que queria se transformar.

— MAS NENHUM... – respirei fundo, o que foi meu erro. - ... PASSO!

— Deixa eu te ajudar! – Edward agora estava próximo de mim com a mão estendida.

— Acho que você é surdo! – estava perdendo o controle e assim que ia me levantar, meu pai abre a porta junto com a Ângela.

— O que faz aqui sanguessuga? – Meu pai o encara. – Fora daqui seu parasita!

— Vim conversar com Bella senhor! – ele fez uma cara de bom menino, mas meu pai bufou.

— Tenho certeza que ela não quer falar com você! – meu pai responde.

— Phasmatos Morsinus Pyrox Allum, Phasmatos Morsinus Pyrox Allum , Phasmatos Morsinus Pyrox Allum ... – Ângela nesse momento estava ao meu lado, do nada ela se levanta com as mãos viradas para cima e recitando algo em uma língua estranha, do nada Edward coloca a mão na cabeça e começa a gritar. (N/A: resolvi fazer a Ângela ser a Bonnie de TVD. Amo ela!!!)

— O que está... – ele solta um gemido no meio da frase. – ... fazendo comigo?

— Ela já pediu pra sair! – ela começa a recitar outro feitiço. – Lec Tere Sel Vipre! – e do nada ele é jogado pra fora do meu quarto, era como fosse empurrado por um campo de força. Assim que ele já estava fora, Ângela cai e meu pai a segura. (N/A: usei os feitiços da série The vampire, as que a Bonnie Bennet usa.)

— Você está bem garota? – meu pai pergunta a colocando sentada ao meu lado.

— Ainda sou nova nisso! – ela responde e quando ia falar mais alguma coisa Nick chega esbaforido. (N/A: nem sei se essa palavra existe! Kkkkkkkk)

— Vocês estão bem? – Nick me olha conferindo se eu estava bem.

— Estamos! – falei. – Ângela salvou o dia.

— A irmã nanica do desgramado me distraiu e não reparei que ele estava por perto! – ele rosna de ódio.

— Acho melhor Bella fica na reserva! – meu pai fala. – Lá é mais seguro que aqui. Se o Edward teve a coragem de vir aqui com Nick por perto, imagine quando Bella estiver sozinha?!

— Fico com ela lá! – Ângela fala. – Temos que unir forças, a mente do Edward está perturbada demais e pode fazer algo além de invadir aqui.

— Ótima ideia! – Nick concorda.

— Então te levo em casa pra pegar as suas coisas Ângela! – meu pai fala.

— Levo Bella para a cabana, nos encontramos lá! – Nick diz.

— Mas primeiro... – me levanto com a ajuda da minha amiga. - ...Amiga, me ajude a colocar essa roupa. Ainda não consigo levantar meus braços!

— Te ajudo! – assim meu pai e Nick saíram do quarto. – Amiga, fiquei muito preocupada com você!

— Não foi nada! – reclamei quando ela passou o vestido pela minha cabeça. – Apenas ossos do oficio!

— Doidinha! – ela ri quando falei e a abracei assim que já estava com o vestido. Nick subiu quando eu o chamei e fomos para a minha caminhonete, meu pai foi levar a Ângela em casa para pegar suas coisas e irem pra reserva.

— Edward já está enchendo com essa insistência! – falei depois de um tempo. O silencio no carro era reconfortante, mas a tensão ainda era palpável.

— Ele está fora de controle, ele e a tal anã! – ele aperta o volante, com cuidado coloco minha mão em sua perna tentando o acalmar.

— Eles estão fora de controle! – respirei fundo. – Quase me transformei no meu quarto, e a dor em minhas feridas estavam me matando de dor.

— Se você se transformasse, ia piorar sua situação! – ele estava nervoso. – O que já está curando, iria se quebrar novamente.

— Ângela salvou a pátria hoje! – ri lembrando da minha amiga recitando os feitiços

— Fico mais calma com ela lá com você! – ele diz me olhando. – Sam quer uma reunião de emergência, acho que é para definir as rondas, agora irão se intensificar para a sua proteção.

— Dentro de dois dias já estarei ótima pra ajudar! – falei, minha loba estava louca pra sair, depois desse encontro com o Edward foi mais complicado.

— Só pode se transformar dentro de uma semana, pode está curada dentro de dois dias, mas a calcificação ainda vai está rolando.

— Poxinha! – fiz um bico. – Minha loba vai ficar incomodada por ficar tanto tempo presa.

— Sei como é, mas é para o bem das duas! – ele diz pegando minha mão e a beijando. O caminho foi devagar e sereno, depois da nossa conversa. Chegando na cabana, fui retirada do carro no colo por Nick e me aproveitei, lhe dei um beijo quente e agarrei seus cabelos. Ele foi andando até a casa e abriu a porta, ele se senta no sofá e continuo em seu colo beijando intensamente ele. Nesse momento não queria pensar em mais nada, só queria aproveitar meu namorado. O beijo foi ficando mais intenso e ele ia me apertando delicadamente mais em seus braços, a falta de ar foi reclamada pelos dois mas não queríamos parar, Nick foi descendo os beijos por meus pescoço e foi até a minha clavícula, eu só sabia suspirar alto, paramos quando escutamos a viatura do meu pai encostando em frente de casa. Devagar, fui me sentando no sofá e Nick se levanta pra pegar água e assim que ele se virou, meu pai e Ângela entram em casa.

— Entregue! – meu pai para perto de mim. – Como está?

— Melhorando! – falei recebendo em seguida um beijo na cabeça. – O lado bom de ser loba, fator de cura acelerado.

— Mas cuidado mesmo assim! – ele diz. – Agora vou indo! Amanhã tenho que ir cedo pra delegacia.

— Cuidado pai! – me despedi dele. Nick chega na sala e me entrega um copo de água com um comprimido de dor e ao longe escutamos um uivo, reconheci sendo do Jake.

— Estão me esperando para a reunião! – ele me beija ternamente. – Cuidado vocês duas!

— Pode deixa! – falei.

— Eu cuido da sua lobinha! – Ângela dá uns tapinha no ombro do meu namorado.

— Conto com isso bruxinha! – ele fala e sai.

— Bem gato esse seu namorado! – Ângela se joga do meu lado. – Ele tem mais amigos iguais assim?! – ri dela balançando as sobrancelhas.

— Espera para ver o bando! – ri da cara que ela fez.

— Estou no paraíso! – ela coloca a cabeça para trás e começa a se abanar.

— O que acha de irmos visitar a Leah? – queria ver se ela estava bem. A situação dela era pior que a minha.

— Amanhã de manhã vamos! Hoje já está tarde e amanhã vai está melhor! – ela me olha alisando minha perna machucada. – Te ajudo a subir para o quarto!

— Vamos! – fomos devagar para o quarto e nos trocamos, colocamos pijamas e nos jogamos na cama exaustas.

— Até amanhã amiga! – ela beija meu rosto.

— Até amiga! – lhe retribuo o beijo e acabamos dormindo abraçadas. Primeira vez que dormíamos assim e me senti bem com a minha melhor amiga comigo.