Marinette need's help escrita por Miris


Capítulo 2
Sirenes ao fundo


Notas iniciais do capítulo

Rói... Leitores, né?! ♥

Gente, eu fiquei muito passada com a mini-proporção que essa fanfic tomou. Eu queria muito agradecer a todos que lerem, comentaram e favoritaram. Ler suas críticas e elogios me deixou muito — mas, muitoo — feliz. ♥♥♥

Saber que gostaram do tema abordado e como ele foi trabalhado, foi muito importante para mim. Me inspira muito, sério mesmo.

Eu fiquei meio bloqueada, mas não desisti de trazer uma continuação a vocês. O capítulo ficou um pouco grande. Ainda assim, a boa notícia é: terá mais um para fazer o desfecho da história. E, prometo que vou trabalhar muito melhor nele do que fiz com esses dois.

Obrigada pelo carinho e pelo apoio que recebi de vocês — tanto as meninas do Nyah que comentaram e as meninas que favoritaram, quanto a galera do spirit que favoritou e comentou pedindo, carinhosamente, uma continuação.

Amei a experiência, obrigada! ♥♥♥♥♥


~~~~~ ♥ ~~~~~

Gostaria de agradecer a Kori Hime por ter atendido o meu socorro e modificado a configuração "Fic Terminada" para mim.

Muito obrigada à toda equipe de Suporte do Nyah! Fanfiction!
Vocês são incríveis! ♥



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            A melodia estridente de sirenes ambulatórias ecoava pela avenida em frente ao Françoise Dupont. O senhor e a senhora Dupain-Cheng saíram de sua padaria a tempo de assistir os paramédicos invadirem a escola de sua filha, todos bem velozes e nervosos com sua maca retrátil.

            Alguns curiosos que passavam em frente pararam para observar o que acontecia. Dentro do colégio, todos os alunos haviam sido orientados a voltar para suas salas, ficando apenas o Diretor Damocles e a Senhorita Bustier de guarda no banheiro feminino. Os monitores da escola estavam presentes em todas as salas de aula, exigindo que os alunos ficassem sentados e não espiassem pelas cortinas que cobriam as janelas — pedido de Chlóe para que ninguém visse Marinette sendo retirada do prédio.

            No banheiro havia quatro adolescentes sendo que, uma delas estava desmaiada no chão frio, com uma pele tão pálida quanto o próprio piso branco. Enquanto Kyoko puxava Chlóe para longe do corpo inerte de Marinette, Sabrina tinha o apoio afetuoso da professora. A loira estava muito relutante em se afastar de Marinette que parecia estar quase morta.

            Quando os paramédicos saíram com o corpo de Marinette, e com as três amigas logo atrás, Sabine Dupain pode reconhecer a filha sendo levada. O choque e o horror da cena tomou conta de seu corpo, conseguindo apenas gritar o nome do marido e soltar o nome de Marinette enquanto apontava a ambulância.

***

— Então Doutora — Tom estava tão angustiado quanto sua esposa — o que a nossa Marinette tem?

— Fizemos alguns exames e constatamos uma alta taxa de glicose no sangue. Sua filha não tem se alimentado muito bem, está quase sem nenhuma proteína ou vitamina no corpo.

— Nós podemos falar com ela? — Chlóe questionou. Sua voz e seu corpo mostravam toda sua ansiedade com sua tremedeira.

— Creio que não será possível. — A médica informou. — Por conta dessa alta de glicose no sangue, ela entrou em uma espécie de… — A médica procurava as melhores palavras, tanto para se tornar de fácil entendimento, quanto para evitar mais choques. Infelizmente, era impossível. — De um coma hiperglicêmico.

— Ah, meu Deus! — Sabine caiu em lágrimas no marido. — Minha Marinette, não.

— Mas — Chlóe tentava entender e pensar positivo com todas aquelas lágrimas nos olhos — ela vai acordar, não é? — Seus punhos estavam cerrados, tentando achar um pouco de autocontrole sobre si mesma e a situação.

— Um estado de coma varia muito, senhorita Bourgeois. Ela pode acordar em algumas horas. Dias. Semanas. — A cada palavra dita de maneira mais cuidadosa pela médica, mais Chlóe queria desabar. — Não se sabe exatamente como funciona um estado de coma, então é muito difícil prever.

Eu… — A loira parou por um instante. Sua voz era tão pacífica e transbordava mágoas. — Entendo.

— Com licença. — A mulher negra, de belíssimas tranças afro, se distanciou para atender outros pacientes.

            O mundo da família Dupain-Cheng havia desmoronado naquele instante com tal notícia. Como isso poderia ter acontecido com sua amada filha tão de repente assim? Muitas questões rodeavam a cabeça do casal que torciam pela recuperação da menina.

            Sabrina deixou que a família Dupain-Cheng se acalmasse um pouco para que pudesse pensar em como contaria aos responsáveis de Marinette a verdade por trás de toda a situação complicada.

***

            No quarto hospitalar de Marinette, Tikki estava escondida atrás dos equipamentos médicos de última geração que o plano de saúde de Chlóe podia bancar. Havia escapado da bolsinha quando as enfermeiras não estavam olhando e, segurava os brincos de Ladybug em suas pequenas mãozinhas que haviam sido tirados pela médica, que os guardou nas coisas da paciente.

            Tikki deu um beijo na testa de Marinette, como se desejasse melhoras e a olhou de forma preocupada.

“Não se preocupe, eu estarei segura.” — Sussurrou e saiu voando pela pequena abertura da janela, já se encaminhando para a casa de sua portadora, para avisar aos outros Kwamis sobre o estado de Ladybug.

            Lembrou-se que mais cedo, ou mais tarde, deveria ir até o encontro de Plagg e Chat Noir para contar que Ladybug estaria fora das lutas durante um bom tempo. Mas como explicar para Adrien, depois de tudo o que ele fez?

A verdade era que Tikki estava muito ressentida com o modelo e, provavelmente, Plagg também.

***

            Uma semana se passou e cada vez mais Chlóe ficava nervosa, mesmo com as tentativas de Sabrina para acalmá-la ou com Kyoko insistindo para que ficasse bem, pois Marinette iria melhorar logo. Ninguém da sala parecia sentir a falta da menina e, Layla só os ajudava a se esquecerem dela mais ainda, para o descontentamento da filha do prefeito. Quem parecia se preocupar, às vezes, era Adrien que procurava saber de Marinette pela professora, entretanto todos os funcionários do colégio foram expressamente proibidos de falar sobre o estado dela ou qualquer coisa relacionada — ordens diretas do prefeito de Paris, para manter o sigilo e a privacidade aos pais da menina, por decisão de Chlóe.

***

            Enquanto isso, Tikki estava perdida. Às vezes, ia visitar a portadora do Miraculous da joaninha, implorando por uma melhora sua. Por mais incrível que pudesse parecer, Hawk Moth não havia atacado Paris nessa última semana, fazendo Tikki ficar mais aliviada. Mas, a Kwami sabia que estava na hora de ir atrás de Chat Noir e prepará-lo para a falta da joaninha, caso acontecesse um ataque.

            À noite, pode ouvir o senhor e a senhora Dupain-Cheng comentarem sobre o caso de Marinette e o fato dela ainda estra em coma e sem sinal de melhoras. Pediu a ajuda de Wayzz para que pudessem ir até Chat Noir e conversar com ele.

            Em pouco tempo já estavam na metade do caminho da mansão de Adrien Agreste. Olharam a janela do quarto do garoto, que estava com a luz acessa, e esperaram que Nathalie saísse para que pudessem entrar no cômodo.

— Docinho! — Plagg comemorou assim que viu Tikki e Wayzz entrando no quarto pela janela.

— Já falei para não me chamar assim, Plagg. — Tikki disse com sua voz adorável.

— O que a Kwami da Ladybug está fazendo aqui? — Adrien se aproximou sorrindo e fez carinho na Kwami. — Aconteceu alguma coisa?

— Adrien, na verdade, aconteceu sim. — Wayzz começou. — Ladybug está int… — Tikki tampou a boca do Kwami Tartaruga.

— Adrien, a Ladybug está com problemas de saúde, então não sei por quanto tempo ela vai ficar afastada. Viemos aqui para te adiantar sobre a ausência dela.

— Mas se o Hawk Moth atacar, o que eu irei fazer?

— Vamos torcer para que não ataque. — Wayzz disse otimista.

— Mas, temos um plano caso aconteça… — Tikki avisou.

— Ela está bem? — Adrien perguntou.

— Está sim. — Tikki confirmou. — Mas eu estou muito brava com você e, tenho certeza que Ladybug também ficaria se soubesse o que eu sei.

— Eu também já disse com ele que estou bravo. — Plagg interferiu na conversa com um pedaço de queijo na mão.

— Como assim? — Adrien não entendia. — Plagg tem me ignorado faz um bom tempo. Eu fiz algo de errado?

— Eu tenho observado você, Adrien. Desde que, Ladybug precisou se afastar. — Tikki se aproximou dele. — O que você e seus amigos têm feito para aquela garota da sua turma é extremamente errado!

— A Marinette? — O loiro não podia entender. — Ela se afastou de todo mundo, ficou estranha e vive brigando com a Layla.

— E onde está a Marinette agora para você procurar saber a verdade? — Plagg perguntou.

— Eu… — Adrien logo percebeu que não sabia. Fazia cerca de uma semana que não via a azulada e meses que não conversavam direito. O que havia acontecido com a amizade deles? Marinette realmente quis se afastar? De repente, se lembrou de quem se tratava Layla. — Eu não sei. — Finalmente havia percebido.

— A Layla sempre foi uma mentirosa e, dessa vez, você caiu muito fácil nas mentiras dela. — Tikki contou. — Pensa bem no que fez, a Ladybug ficaria decepcionada se soubesse que o Chat Noir, super-herói de Paris, abandonou a própria amiga. — Tikki colocou a mãozinha no ombro do garoto, que suspirava pesadamente. — Eu te trago notícias dela. — Despediu-se e foi embora com Wayzz.

— Eu avisei. — Plagg disse e saiu para comer seu queijo Camembert.

***

            Mais uma semana havia se passado, e Marinette ainda não havia acordado do coma. Desta vez, as meninas e a família haviam sido chamadas no hospital pela médica por “uma novidade que precisava ser contada”. Sabine e Tom ficaram horrorizados quando descobriram que Marinette tinha machucados por seu corpo: arranhões e hematomas, como se ela se jogasse nas coisas para se machucar.

            Para os responsáveis, a situação só parecia piorar a cada momento. As coisas ficaram mais assustadoras para eles quando a enfermeira disse que tais ferimentos poderiam ser por conta de uma ansiedade ou depressão que a garota estava tentando esconder de todos.

— Mudança drástica no apetite, excesso de sono, surtos de violência e raiva, choro descontrolado, tremedeiras e uma espécie de paralisia. Isso me parece um Transtorno Misto Ansioso Depressivo. — A médica informou. — Claro, não sou psicóloga para diagnosticar isso, mas minha mãe é.

— Desculpe doutora, mas o que é um Transtorno Misto? — Sabine questionou.

— De uma forma bem simples senhora Sabine, é quando um paciente tem sintomas de ansiedade e depressão ao mesmo tempo, sem a predominância nítida de um ou outro sintoma. Muitas vezes, pode levar a uma Síndrome do Pânico.

— E como se trata isso? — Tom questionou, sem saber o que fazer.

— Atendimentos psicológicos ajudam muito. É a profissional quem vai dizer o que a paciente precisa. Normalmente, sessões de terapia junto à prática de esportes ajuda muito. Dependendo do caso, é necessário que a psicóloga peça comparecimento ao psiquiatra para que tome remédios específicos para o caso.

— Obrigada, Doutora. — Sabrina agradeceu.

            Todos saíram da sala da médica desolados com as supostas “novidades”. Ainda não tinham ideia de quando Marinette iria acordar e, se ela iria acordar. A preocupação os assombrava vinte e quatro horas por dia, sem descanso.

            Foi aí que Sabrina decidiu que estava na hora de acabar com todo esse tormento e avisou a Chlóe e Kyoko que agiria. As três concordaram e pediram para acompanhar o casal até a padaria, pois precisavam conversar urgentemente com eles.

            Uma vez lá, Tom fechou a padaria e todos foram para a sala do apartamento dos padeiros, onde pai e filha costumavam a jogar videogames. Sabine cortou um pedaço de torta doce para todos e serviu com suco, para que pudessem se sentar e conversarem tranquilamente.

— Nós precisamos contar uma coisa. — Kyoko começou, séria. Enquanto isso, Tikki ouvia tudo lá de cima, atentamente.

— Tudo isso só está acontecendo por conta de uma garota ridícula chamada Layla Rossi. — Chlóe confessou.

— Desde que Layla chegou à nossa escola, ela mente sobre tudo para ter atenção e popularidade. Mas a Marinette começou a perceber que ela sempre estava inventando coisas sobre tudo, ela sabia diferenciar a verdade da mentira. — Sabrina contou. — Por um tempo, todos acharam que Marinette só estava com ciúmes da garota nova, inclusive nós achávamos isso também. A Kyoko também nunca confiou em Layla. Não demorou em que eu e Chlóe começássemos a perceber os padrões de mentira também. Mas, as coisas foram piorando, e ela acusava a Mari das coisas e… — Sabrina suspirou. — A Marinette se afastou completamente e sua saúde foi piorando.

            “Percebemos que as coisas começaram a ficar ruins quando a Marinette, um dia, simplesmente parou de desmentir a Layla e se afastar. Aos poucos, fomos notando mudanças nela: em sua personalidade, presença, roupas, vaidade. E notávamos que ela só queria dormir e ficar sozinha e, que a Layla só se aproximava dela sozinha e, sempre que saia, Marinette estava chorando e com raiva.”

            “Aos poucos, todos os amigos da Marinette começaram a esquecer de ela por boatos que Layla inventou. Ela foi sugando a atenção e tratando a Marinette como ruim e invisível. Eu e Chlóe começamos a perceber um pouco tarde, mas ela nunca se abria com a gente e não parecia disposta a aceitar nossa ajuda.”

            Os relatos de acontecimentos de Kyoko, Chlóe e Sabrina continuaram por mais quarenta minutos, deixando os pais de Marinette totalmente perplexos e perdidos.

— Meu Deus, que menina horrível! — Sabine estava muito assustada.

— Essa garota acabou com a vida da nossa Marinette. Precisamos fazer alguma coisa! — Tom estava nervoso.

— Esse é o problema. — Kyoko comentou. — Layla é uma grande mentirosa, consegue manipular a todos com suas mentiras fajutas.

— Precisamos de provas contra ela. Provas às quais ela não possa desmentir. — Sabrina completou.

— E é por isso que queremos sua ajuda. — Chlóe falou. — Queremos permissão para procurar no quarto da Marinette qualquer pista ou prova que possa vir a incriminar a Layla e provar que a Marinette foi vítima de Bullying e perseguição de uma mentirosa ridícula. — Sabine e Tom se entreolharam em dúvida, mas o desespero em salvar sua filha era maior ainda. Queriam que a justiça fosse feita.

— Vocês podem procurar no quarto dela, meninas. Espero que achem alguma coisa. — Sabine permitiu. Suas olheiras já estavam bem grandes e a preocupação a fez perder quatro quilos muito rapidamente. Ela também não teria forças para olhar o quarto da filha, era muito dor para uma mãe só. — Só peço que não invadam a privacidade da nossa Marinette.

— Não se preocupe Senhora Dupain-Cheng. Nós sempre iremos respeitar a integridade e privacidade da Marinette. — Kyoko jurou.

            Dois dias se passaram desde a permissão dada pela mãe de Marinette e, duas semanas desde a internação e coma da menina. O trio investigativo ainda não haviam tido coragem de fazer o que era preciso: vasculhar o quarto da garota até encontrar pistas ou provas.

Por outro lado, Tikki e os outros já haviam agido. A Kwami da Ladybug pegou o “Diário da Heroína” da portadora e o escondeu, junto a Caixa, dentro do caixote rosa que ficava na varanda da azulada. Sabia que ali estaria protegido e, ninguém o encontraria facilmente. Era coberto, seguro, secreto e servia perfeitamente no quesito tamanho.

***

            O terceiro dia desde a permissão chegou e, finalmente, as meninas decidiram fazer o que precisavam: vasculhar o quarto. Chlóe e Sabrina esperavam Kyoko no pátio, enquanto observavam sua turma ao redor de Layla. A megera, entretanto, estava de olho no trio fazia semanas, desde o episódio do banheiro.

— Kyoko! — Sabrina acenou e chamou a atenção da japonesa, que se aproximou com seu pequeno meio sorriso.

— Olá, meninas. Bom dia. — A japonesa cumprimentou em seu habitual tom frio. — Estão prontas?

— Sim. — Chlóe foi direta, mas suspirou pesado em seguida. — Eu não faço ideia se vamos conseguir.

— Acalme-se Chlóe, nós acharemos algo. — Sabrina a consolou enquanto a loira olhava a cena um pouco adiante e grunhia de raiva.

— Será que eu não posso, simplesmente, dar um tapa na cara dessa garota ridícula? — Chlóe perguntou com bastante raiva. Já estava saindo do sério.

— Vamos logo. Quanto mais cedo chegarmos, mais tempo para procurarmos e acharmos! — Kyoko dizia confiante para tentar tirar o foco da loira na italiana mentirosa.

            O trio se dirigiu para a saída da escola chamando a atenção de Layla e, consequentemente, de Adrien. Havia passado algum tempo pensando no que os Kwamis haviam dito e, começou a reparar novamente nas mentiras da novata. Tomado por coragem, Adrien ignora o grupinho e corre para alcançar as três garotas.

            Uma vez fora do colégio, apenas pode alcançar o trio quando estavam quase perto do sinal de pedestres. Adrien supôs que as meninas estavam indo à casa de Marinette, pois era logo do outro lado da rua.

— KYOKO! — Gritou para a garota de cabelo azul. As três esperaram o modelo Agreste chegar perto.

— Oi, Adrien. — Chlóe foi seca, o que não era normal de sua parte.

— Vocês vão ver a Marinette? — Disse quando pode recuperar o seu fôlego. O silêncio e os olhares cumplices reinaram na conversa. Por dois minutos, elas ficaram em silêncio. — Olha, eu sei que tem alguma coisa errada. E eu sei que a Layla mentiu o tempo todo. A Marinette é minha amiga também e eu quero me desculpar. — Adrien se explicou e as meninas olharam Chlóe, que estava de braços cruzados o analisando.

— Ele está sendo sincero. — A loira confirmou, após um suspiro pesado e descruzar de braços.

— Certo. — Sabrina concordou. — Vai ter que vir com a gente. — Sem mais nenhuma pergunta, o modelo as seguiu em silêncio.

            Quando entraram na padaria, o senhor e a senhora Dupain-Cheng sorriram ao ver as meninas, que logo explicaram que Adrien agora estava ajudando. Ele era confiável e queria o bem da azulada. Plagg aproveitou que todos estavam distraídos e saiu por trás da camisa branca de Adrien, seguindo para o segundo andar para ver Tikki.

— Ele veio ajudar, para se redimir. — O Kwami de Chat Noir avisou.

— Isso é maravilhoso, Plagg. — Tikki comemorou.

            As três, em companhia de Adrien, subiram até o apartamento dos pais de Marinette enquanto tentavam esperar o momento ideal para contar a verdade ao menino. Uma vez na sala, as meninas se olharam e decidiram soltar de uma vez o que aconteceu.

— Onde está a Marinette? — Adrien perguntava preocupado. — Ela está bem? O que aconteceu?

— Por conta de várias coisas que Layla fez para a Marinette, ela desenvolveu depressão e ansiedade. E, por não estar se alimentando bem teve uma alta de glicose e entrou em uma espécie de coma hiperglicêmico. — Kyoko soltou todas as informações de uma só vez.

— E eu sou um dos causadores disso? — Adrien estava horrorizado e estagnado.

— Sim. — A japonesa confirmou sem dó, fazendo o menino se remoer de culpa por dentro. Seu coração estava apertado e doía muito. Não podia acreditar que havia causado tanta dor a sua primeira amiga de verdade. — Estamos aqui para procurar pistas, vamos. — Kyoko liderou as meninas e Adrien para o quarto de Marinette.

            Todos pararam logo após o alçapão para observar o quarto abandonado da menina. Chlóe e Sabrina começaram a lembrar de quando a ruiva invadiu o quarto da azulada para procurar o diário dela, na época da candidatura para presidente de turma. Adrien disse que esteve ali com Marinette para treinar para o torneio de videogame da escola e, que foi ali que ganhou o seu talismã da sorte da menina. Já Kyoko, disse que foi naquele quarto que Marinette a manteve quente e alimentada, após ter fugido de casa numa tempestade por brigar com sua mãe.

            Os quatro sentiam seus corações aquecidos pelo carinho da menina, por mais que ela não estivesse presente. Todo o seu quarto era uma parte importante de si que trazia calma e afeto.

— Vamos começar. — Kyoko avisou com a voz um pouco mais amena, o oposto de seu normal.

            Todos colocaram suas bolsas no divã da amiga e olharam ao redor, procurando ideias e pistas de pôr onde deveriam começar. Adrien seguiu para a mesinha de computador enquanto se lembrava de todos os momentos com a azulada.

— A Marinette tinha um diário. — Sabrina lembrou. — Ele ficava dentro de uma espécie de cofrinho na forma de meio círculo. Era rosa de bolinhas brancas, eu acho.

— Sim, eu me lembro dele. — Chlóe sorriu animada. — Vamos procurar por ele. A Marinette costumava deixar ele na mesa porque tem cadeado.

— Mas não temos a chave. — Adrien lembrou, desanimado.

— Eu arrebento o cadeado. — Kyoko voltou ao seu tom de voz. — Sem problema algum.

            E durante uma hora e meia, os quatro procuraram de forma respeitosa por todo o quarto de Marinette. Kyoko subiu para onde a cama de Marinette ficava e começou a olhar embaixo dos travesseiros e cobertas, procurando alguma coisa. A japonesa sentou-se na cama da amiga com um longo suspiro. Olhou para o nicho acima da cama e se deparou com vários livros e um caderno.

— “O que é isso?” — Murmurou ao pegar o caderno diferente do comum. Nele, havia um pequeno cadeado prateado. Seria esse o diário da menina? Kyoko estava curiosa. — Acho que encontrei alguma coisa. — Avisou e desceu as escadas, se deparando com todos a sua espera, próximos à escada.

— O que é? — Adrien perguntou.

— Um caderno com cadeado, bem camuflado com os livros do nicho dela.

— Esse era o diário? — Adrien perguntou olhando as meninas.

— Não, era diferente. — Sabrina confessou.

— Mas ela pode ter mudado, porque o outro acabou. — Chlóe sugeriu. — Arrebenta o cadeado, Kyoko. — A japonesa segurou o pequeno objeto em uma mão e apoio o caderno em outra, logo os puxando para lados opostos de uma só vez, resultando em uma quebra.

— Pronto. — Entregou para Sabrina o cadeado que colocou em cima da mesa branca da azulada. A japonesa abriu o caderno e, na terceira folha de deparou com escritos. — Diário Escolar. — Leu em voz alta. — Ano de 2019. Dona: Marinette Dupain-Cheng. — Kyoko olhou para sua equipe. — Encontramos.

— Vamos lá para baixo, acho que os pais dela vão querer ouvir. — Adrien sugeriu e todos seguiram para baixo com suas bolsas.

            Quando contaram que haviam achado um diário escolar, os responsáveis da azulada ficaram contentes e esperançosos. Tom e Sabine separaram biscoitos de chocolate e croissant de chocolate com suco, para que fosse feita a leitura do diário de Marinette.

            5 de Setembro de 2019, quinta-feira.

            Hoje foi a primeira quinta-feira do ano letivo e, mais uma vez, Layla voltou para a escola e para nossa sala. Suas mentiras estão piores que as de antes e todos parecem acreditar nela. ()

            () No banheiro ela me jogou no chão e com uma tesoura cortou uma pequena mecha do fundo do meu cabelo. Disse que, se eu a incomodasse mais, não perderia apenas uma mecha. Como ninguém vê isso? ()

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            15 de Outubro de 2019, terça-feira.

            Tive minha primeira briga séria com a Alya e, infelizmente, não foi sobre séries ou ideias diferentes. Foi por causa de Layla. Ela inventou para Alya que eu havia a ameaçado com uma tesoura para que ficasse longe dos meus amigos. ()

            Ela veio me ver na hora do almoço, quando estava sozinha na biblioteca para pegar um livro que a professora me pediu. Eu consegui gravar o que ela disse e como me ameaçou. Alya não quis ouvir, disse que não perderia tempo com isso ()

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            17 de Outubro de 2019, quinta-feira.

            Layla continuou com suas mentiras. Dessa vez a Senhorita Bustier se lembrou do tal “acordo” que grandes líderes mundiais iriam assinar para combater a poluição. Fiquei muito contente, pensando em como ela contornaria a situação. Infelizmente, Layla inventou que só seria anunciado no ano seguinte, para proteger os “líderes” e o acordo. ()

            Eu não entendo como ninguém desconfia dela. É tudo “perfeito” e “fácil demais”. Ninguém se questiona porque Layla não tem UM atestado médico na escola que comprovem suas várias “doenças”? () É realmente estúpido! ()

[]

— Ela gravou? — Tom perguntou a Kyoko. — Quantos mais ela gravou?

— Se ela tiver marcado no Diário, podemos descobrir. — Chlóe comemorou.

            Rapidamente, Kyoko começou a folhear os dias em que Marinette escrevia o diário a procura de marcações que indicavam que ela havia gravado a conversa. De setembro até dezembro conseguiu marcar alguns, mas a partir do final de janeiro em diante, quase todos os dias que escrevia, havia marcações de “conversa gravada”. Coincidentemente, era a partir de dezembro em diante que Marinette estava cada vez mais deprimida e afastada de todos.

— Tem muitas conversas gravadas, podemos ver as mais ameaçadoras e ruins e usar contra ela. — Adrien concluiu. — A Marinette conta no Diário o que a Layla fala, só precisamos dos áudios e vamos levar até o Diretor.

— Não. — Tom se levantou bem sério. — Não levaremos apenas até o Diretor, vamos levar a polícia e aos responsáveis da garota.

— Vamos fazer uma denúncia à polícia e abrir um processo contra a Layla e suas difamações, e agressões. Temos muitas provas. — Sabrina disse. — Meu pai é policial, ele entende muito bem disso. Vai saber direcionar vocês para bons advogados.

— E nem precisam se preocupar, eu faço questão de ajudar com os custos do advogado. — Chlóe avisou. — Papai tem um ótimo advogado que vai saber o que fazer.

— E nós somos testemunhas. — Kyoko lembrou. — Talvez considerem o que sabemos.

— Onde será que estão as gravações? — Adrien lembrou. — No celular?

— O celular dela está na bolsinha dela, está tudo no hospital. Nós nos esquecemos de pegar com toda essa confusão. — Sabine contou esperançosa.

— Pelo tempo, ele deve estar descarregado. — Kyoko lembrou. — Acredito que se pegarmos ele agora, antes do anoitecer vamos conseguir ouvir os áudios da Marinette.

            Chlóe ligou para seu mordomo e pediu para que ele se encaminhasse ao hospital e pegasse as coisas de Marinette. Enquanto isso, o senhor e a senhora Dupain-Cheng ligaram para a médica e avisaram sobre a visita de Jean para pegar a bolsa da menina internada. Após uma hora e meia, o mordomo de Chlóe estava na porta da sala com a bolsinha.

            Sabrina foi carregar o celular de Marinette enquanto todos procuravam uma ocupação para que se mantivessem distraídos até o celular estar pronto para o uso. Tentaram alguns jogos para passar o tempo mais rápido, que ajudaram bem.

— Você tem certeza disso, Jean? — A voz de Chlóe quebrou o silencioso jogo de cartas. — Ótimo. É bom saber disso. — A loira ouviu seu mordomo falar mais algumas coisas. — Coitada dessa mulher, não faz ideia da cobra-criada que tem. Bem, obrigada Jean. — Chlóe desligou o celular.

— Está tudo bem? — Adrien perguntou.

— Pedi para o Jean procurar saber da mãe da Layla quando ele trouxe o celular da Marinette.

— E o que descobriu? — Foi à vez da Kyoko.

— A mãe da Layla é apenas secretária do prédio da Embaixada, ela não é nada de verdade. E o pai abandonou elas quando a mãe dela ainda estava grávida, eu acho. Ou seja, até ele sabia do monstro que a filha seria. — Chlóe soltou. — A mãe dela é um amor de pessoa, doce e inocente. Por isso a filha a faz de besta.

— Sinto muito por ela, mas nós temos que acabar com a Layla. — Kyoko foi sincera.

— O celular carregou! — Sabrina avisou afobada.

— Ótimo! — Adrien comemorou.

            Sabrina trouxe o aparelho telefônico para o meio da sala, enquanto ia ligando ele. Todos estavam loucos para saber de toda a verdade e das provas que incriminariam Layla Rossi de uma vez por toda — além de fazer muitos ex-amigos da azulada se sentirem extremamente culpados por cederem a Layla.

— Temos um problema — Sabrina contou — não temos a senha. — Todos pararam para se entreolharem.

— Eu tenho. — Kyoko se lembrou. — No dia da Corrida por Paris, Marinette me passou a senha do celular dela para fazermos a prova de confiança. — A japonesa pegou o aparelho e, com muita concentração foi, aos pouquinhos, montando o desenho como a amiga já havia ensinado ela.

— Que memória de elefante, Kyoko. — Chlóe soltou e a japonesa a olhou sem entender.

— Ela quis te elogiar. — Adrien disse e riu junto de Sabrina. — É o jeito dela.

— Obrigada, Chlóe. Você também é… Graciosa como um cisne. — Mais risadas dos presentes.

— Consegui. — Kyoko entregou o aparelho para Sabrina, mas Adrien o pegou primeiro e correu para o Menu do celular, encontrando um aplicativo de gravação de voz.

— Acho que é isso. — Avisou o loiro, selecionando a última gravação de Marinette, feita há cerca de dois meses.

            Cada palavra dura e ofensiva de Layla deixava todos os presentes horrorizados. O susto veio quando ouviram um som de queda e gemidos de dor da dona do celular.

“Qual o problema, mestiça nojenta? Eu machuquei você?” — A ofensa preconceituosa seguia de risadas de Layla. — “Eu devia era te jogar da escada de uma só vez, mas achei que seria mais divertido ver você bater nela e se machucar. E, adivinha? Eu estava certa.” — Mais risadas.

            Marinette não respondia, apenas parecia tentar se levantar, mas a dor era maior. Seu silêncio não incomodava tanto quanto seus gemidos chorosos e dolorosos. Eles não podiam presenciar a cena, mas ouvi-la deixava seus corações mais aflitos do que qualquer coisa. A sensação se assemelhava a ouvir seu melhor-amigo sendo torturando enquanto você está preso com uma venda nos olhos. A sensação que passa é que de tudo aquilo que está acontecendo, parece pior em você.

— Eu me lembro desse dia… — Chlóe avisou, quando Adrien pausou a gravação. Era tudo absurdo demais e ninguém mais tinha coração de ouvir. — Eu e Sabrina a encontramos caída na escada, olhando para o nada. — Sabrina concordou.

— Até perguntamos se estava tudo bem e ela falou que caiu da escada. Pediu ajuda para levantar. Quando nós puxamos a Marinette, pensamos que ela ia morrer. Ela gemeu e começou a chorar na hora. Disse que estava tudo bem e que ia para a sala, nem deixou a gente ajudar.

— Ela ficou mancando por uns três dias inteiros. Tudo machucava ela. — Chlóe lembrou.

— Teve um dia — Adrien começou a se lembrar de uma coisa — que saí de sala para ir ao banheiro e, eu a vi escondida na sala dos armários. Ela estava com a blusa meio levantada na cintura e tinha uma marca roxa enorme. Parecia bem inflamada. Ela estava passando pomada, uma com a tampa roxa e vidro branco. — Adrien parecia entender tudo. — Quando eu me aproximei, ela desceu a camisa de uma vez, tentando fingir que estava tudo bem. Mas, eu vi que estava doendo muito. Ela fechou o armário e saiu andando depressa, andando meio torto para o banheiro.

— Pomada anti-inflamatória. — Kyoko suspirou, sabendo de qual medicamento o loiro falava. — Ela havia me perguntado se a que eu usava nos meus pós-treinos era boa. Eu disse que sim e dei uma para ela, eu estava com duas no armário e uma na bolsa, então não ia fazer falta. Ela até me trouxe doces da padaria no dia seguinte, me agradecendo.

— Eu mal via a minha filha, depois da escola. Ela se trancava no quarto para estudar. — Sabine confessou.

— Pensei que ela estava assim por uma conversa que tive com ela há muito tempo. Por ela sempre estar atrasada e nas aulas erradas. Eu não sabia o que estava acontecendo, ela sempre sorria e dizia que estava tudo bem. — Tom, o pai de Marinette, confessou. Um silêncio se instalou no ambiente.

— Quando… — Sabrina começou a falar com uma voz baixa e triste, após alguns longos segundos. — A Layla chamou ela de “mestiça nojenta”, — a ruiva repetiu com culpa — isso é xenofobia, não é?

— É, sim. — Kyoko disse cabisbaixa.

— O que é xenofobia? — Chlóe perguntou.

— É um preconceito. — Adrien começou a explicar. — É o nome ao sentimento de hostilidade e ódio contra pessoas estrangeiras e pelo o que vem do país delas. Seja a cultura, hábitos, religiões ou raça. — O loiro olhou a Chlóe. — Marinette é metade chinesa, então quando a Layla chamou ela de… — Adrien engoliu. — Daquilo que a Layla disse, ela estava mostrando ter nojo, aversão aos chineses. Tratando eles como inferiores ou… Nojentos. — Adrien engolia seco e tinha medo de cada palavra que colocava para fora. Sabine chorava silenciosamente, sendo consolada pelo marido.

— Que… — A loira mal sabia o que falar, mas sua expressão de aterrorizada já dizia tudo por si. — Ridículo!

“Mestiço” já não é uma boa palavra para ser usada hoje em dia. Normalmente, é colocada em falas bem preconceituosas. Estereótipos ruins. — Kyoko concluiu para a loira. — Não é bem vista.

Eu… Acho que entendo. — Chlóe disse sem graça.

            O clima pesado se manteve por mais um tempo, até que todos tivessem coragem de ouvir mais áudios. Cada áudio novo era uma facada no coração de cada um dos envolvidos na questão do bullying da Marinette — que acabou evoluindo para uma questão xenofóbica e agressiva em todos os seus fatores.

            Naquela noite, cada um voltou para sua casa sem saber como prosseguir. As meninas e Adrien estavam horrorizados com tudo o que a azulada teve que aguentar e manter em segredo durante meses, sem ter com quem desabafar. O Agreste contou tudo para Plagg sobre o que haviam descoberto naquele dia e o Kwami estava mais horrorizado ainda.

            A manhã chegou e já era sexta-feira. A verdade era que nenhum dos quatro havia conseguido pregar o olho na noite anterior, então ficaram conversando em um grupo de um famoso aplicativo de mensagens. Cada um falando sobre como se sentiam sobre aquilo e como as coisas poderiam ter sido diferentes. Até mesmo haviam contado a Adrien sobre os hematomas no corpo da azulada e explicado melhor sobre o Transtorno Misto que Marinette havia adquirido.

            Enquanto isso, Tom e Sabine Dupain-Cheng passaram a noite chorando e se culpando por não terem notado os sinais e não terem protegido sua doce menina das ameaças e agressões de Layla Rossi. Após muitos choros e conversas, eles descobriram que não havia maneira de proteger sua amada filha de todas as maldades do mundo, apenas ensiná-la a se defender e se cuidar.

            De manhã, as meninas se encontraram com Adrien logo na entrada do Colégio. Nenhum deles sentia a mínima vontade entrar lá dentro e encarar todas aquelas pessoas, principalmente, Layla. Sentiam uma forte sensação de dormência e desânimo em si.

— Será que era assim que a Marinette se sentia todos os dias? — Chlóe perguntou.

— Se for, ela foi muito forte. Por que eu não aguentaria essa sensação todos os dias. — Adrien confessou com um semblante totalmente exausto. — É horrível!

— Eu mal tive vontade de sair da cama hoje. — Kyoko confessou.

— Descobrir a verdade mexeu com a gente num nível muito… — Sabrina parou. — Eu nem sequer tenho palavras. — Sua voz estava como a de seus companheiros, arrastada e cansada.

— Olha, a nojenta chegando ali. — Chlóe avistou Layla Rossi chegando.

— Nem acredito que vou ter que aguentar ela o dia todo. — Adrien suspirou, cansado.

— É importante mantermos as aparências como antes. — Kyoko avisou.

— Layla não sabe que está prestes a cair do salto. — Chlóe sorriu. — Mal sabe que o reinado dela está com os dias contados.

— Vamos agir como se não soubéssemos de nada. — Sabrina pediu.

— Dessa forma, o tombo dela vai ser muito mais prazeroso de se assistir. — Kyoko disse com sua voz habitual, assustando seus amigos. — Ela vai pagar por ter feito tudo aquilo a minha amiga. — A japonesa poderia ser bem possessiva e protetora com suas amizades, principalmente, se envolvia Marinette.

— Então, vamos agir. — Chlóe sorriu, concordando com Kyoko e dando medo em Adrien e Sabrina.

***


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do novo capítulo.

Fico no aguardo do feedback de vocês! ♥♥



♥ Varanda da Marinette:

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