Je Taimerai Toujours escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 8
Capítulo 8




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Momentos mais cedo naquele dia 

Reade chegou ao escritório bem apressado após deixar Maya na escola, Patterson já esperava por ele para repassarem mais uma vez o plano, uma vez que todos estavam cientes das suas obrigações em campo eles seguiram com o combinado. 
Reade e Patterson estavam em um furgão estacionado mais afastado do local onde iria acontecer a prisão, alguns agentes apaisana davam voltas no quarteirão vigiando todo o perímetro, outros estavam em carros afastados, se houvesse necessidade eles iriam bloquear a passagem. Já Kurt e Jane estavam no restaurante onde Samir tinham marcado com eles, se passariam por vendedores de explosivos, e do escritório do FBI Rich daria todo o suporte necessário e ajudaria Patterson a comandar a missão.

— Equipe Beta como estão as coisas aí fora? — Perguntou Reade observando com um binóculo a área.

— Tudo limpo diretor Reade. — Respondeu um dos agentes.

— Equipe Gama como está o perímetro de vocês?

— Agente Patterson tudo limpo por aqui também. — O responsável pela outra equipe respondeu.

— Certo, fiquem em alerta e qualquer anormalidade avisem. — Pediu Reade.

(...)

— Reade agora é torcer para que ele realmente apareça. — Disse a loira para o chefe que estava ao seu lado monitorando. — Essa fonte é confiável?

— Ele vai aparecer! Pode apostar. — Reade encorajou a loira que a todo tempo monitorava as ruas próximas.

 Coffee Station

— Reade? Patterson? Já estamos posicionados aqui. — Avisou Kurt.

— É tranquilo de mais aqui dentro. — Pontuou Jane.

— Pessoal? Precisam fazer ele confessar algum dos atentados, só assim poderemos invadir e autuá-lo. — Alertou Reade.

— Pode deixar Reade, faremos isso. — Concordou Jane, que estudava minuciosamente cada entrada daquele lugar.

 

     Um pouco distam da li, eu dirigia acima da velocidade permitida assim que sai da minha casa, após Bárbara me comunicar que o FBI estaria planejando prender umas das fontes mais valiosas para a Cia no momento, precisei pensar e agir de forma irracional. Era o meu trabalho e ele precisava ser feito de alguma forma, sabia que eles ficariam bastante irritados na melhor das hipóteses quando descobrissem, mas eu também poderia fazer tudo isso sem ser vista. Já fiz isso em outras vezes, eu só precisava saber onde e quem estava posicionado para medir os meus riscos. 
Após ligar para Bárbara e ela consultar sua fonte pude ter a certeza de que o meu plano estava a prova de falhas. Eu sabia exatamente quem, onde e quantos do FBI estavam em campo. 
 
Meu corpo travou quando soube que o meu antigo time estava em campo, e que eu precisaria de certa forma ir de encontro com o que eles estavam fazendo. Bárbara me mandou fotos do local onde eles estavam posicionamos e eu não seria pega de surpresa. 
 
Um agente da Cia muito bem treinado em casos de fuga dirigia o carro enquanto eu me preparava, estacionamos num local um pouco afastado do campo de visão deles, com base nas informações passadas pela Bárbara eu ativo um programa da Cia, que me daria acessos as câmeras de todo o raio em que estávamos. Vejo que Samir já está se aproximando, era agora ou nunca, sai rapidamente do carro e fui ao encontro dele.

— Samir Mohammed?

— Eu conheço você? — Ele pergunta desconfiado e não para de andar em direção ao café.

— Eu vim ajudar você, se considere com sorte hoje. — Ele me olha intrigado, e só assim ele para. — O FBI está nesse instante posicionado para prendê-lo, a não ser que queira passar o resto da sua vida numa prisão, precisa vim comigo.

— Como eu sei que você não está com eles?

— Você vai precisar seguir os seus instintos, sei que você faz muito isso e sei que tem uma filha chamada Aisha que você precisou esconder de todo mundo, eu posso proteger a sua filha e a mãe dela que você escondeu em Paris.

— Do que você está falando? Quem é você? — Acredito que consegui a sua atenção, sua fisionomia mudou quando falei sobre a sua filha e a sua esposa.

— Eu sou a sua salvação no momento, é pegar ou largar Samir eu não tenho muito tempo.

— Onde está o seu carro? — Ele questionou olhando pra os lados.

— Na rua de trás, venha! — Eu seguia de forma apressada queria sair da li o quanto antes. 
 
Seguimos até a rua de trás, mas não sem antes sermos notados, ou melhor ele foi. Eu estava com um sobretudo com capuz não tinham como me notar, mas até chegarmos ao carro houve uma pequena troca de tiros com uma das equipes que estavam disfarçadas, com sorte conseguimos chegar vivos. 
 
Eu sentia meu tornozelo queimar dentro do coturno, estava latejando, impossível controlar a dor que eu estava no momento. O agente deu partida no carro e até chegarmos ao nosso escritório eu tive que aguentar a nossa fonte tagarelar, minha mente só pensava no que iria acontecer futuramente.

— Você não tem cara de FBI, de onde você é chica? — Ele perguntou me analisando de cima a baixo.

— Não tenho cara de FBI? — Soltei um riso sarcástico. — E eu tenho cara de que?

— Você é de alguma agência não permitida em solo americano. Acertei?

— Xeque-mate! — Faço uma expressão de dor após uma curva que o carro fez.

— Você machucou o pé? Posso ver?

— Por acaso você é médico? — Afastei a sua mão.

— Oito anos na zona de guerra, vi muitos soldados abatidos e alguns mutilados.

— Ok! — Me dei por vencida enquanto ele observava o meu tornozelo.

— Foi só uma luxação agente que eu não sei o nome, deveria ir a um hospital.

— Não preciso!

— Então coloque gelo e tente relaxar e descansar por alguns dias.

— Obrigada pela consulta doutor. — Digo retirando meu pé do seu colo.

— Disponha sempre que precisar. — Ele deu um sorriso de lado. 
 
Tive que aguentar todo o caminho o homem tagarelando sobre sua vida na zona de combate, tudo o que eu mais queria era chegar no complexo. Queria repassar esse presente para a Bárbara.

 

Momentos mais cedo

— Agente Reade? Aqui é equipe Beta, temos um problema. — Disse um dos agentes pelo comunicador.

— O que aconteceu? Ouvimos tiros. — Perguntou Patterson.

— Perdemos o Samir.

— Como assim vocês perderam o nosso alvo? — Reade pergunta irritado.

— Alguém apareceu e o levou num carro preto, temos a placa. — Informou o agente. Patterson avisou ao restante e pediu  para que eles recuassem do local, a missão tinha fracassado, eles não tinham mas o alvo.

— Patterson eu quero as filmagens do local. Quero que coloquem o nosso pessoal nisso, analise cada segundo dessa filmagem até encontrar o Samir e quem o levou. Não é possível que isso aconteceu debaixo do nosso nariz. — Se tinha uma coisa de Edgar Reade detestava mais do que tudo era perder.

— Pode deixar, eu já passei a placa do carro para Rich, ele já deve está verificando isso também. — Comentou a loira.

— Vamos pegar Kurt e Jane e sair daqui.

 

Complexo industrial 

Ao chegar no nosso ponto de encontro já vejo Bárbara e alguns agentes  nos esperando, ela está com uma cara ótima, afinal conquistamos mais uma.

 

— Parabéns! Você conseguiu, isso nem me surpreende mais. — Disse ela empolgada. — O que foi isso no seu pé Natasha? Como você se machucou ? — Ela observou a forma como eu andava.

— Acho que foi uma luxação. Ganhei de presente tentando tirar a sua fonte do local. — Digo um pouco irritada pela dor.

— Já disse a ela no carro que ela deveria ir um hospital, como ela não quis o melhor agora é colocar gelo, e principalmente descansar. — Disse Samir que estava querendo até me ajudar a andar.

— Samir? Sou a Bárbara Havan, diretora da Cia. Ela é bem difícil. — Disse ela o cumprimentando.

— Já ouvi falar muito sobre você, diga o seu preço e vamos negociar. — Disse ele sorridente.

— Se não precisam mais dos meus serviços vou tentar encontrar gelo nesse lugar. — Digo me retirando.

— Melhoras agente difícil. — Brincou Samir.

— Se precisar de algo me avise. — Disse Bárbara indo com Samir até o escritório. — O agente Nate vai te ajudar. 
 
Como a minha parte já estava feita, pedi que Nate me levasse para casa, não estava mais aguentando essa dor e com certeza eu precisava achar uma boa desculpa para explicar, não podia simplesmente dizer a Reade “eu machuquei meu pé enquanto atrapalhava a missão da sua equipe.” 
 
Ao chegar em casa Maya ainda estava na escola, Alice me ajudou pois sentia que meu tornozelo iria pular fora do meu corpo. Tomei um banho e me deitei um pouco para descansar, ela me trouxe gelo e um comprimido para dor, e logo foi buscar a minha filha na escola enquanto eu tentava relaxar a perna. 
Meu subconsciente dizia que em algumas horas uma tempestade iria desmoronar sobre a minha casa, e não seria nada fácil. Ouço a porta se abrir e passinhos rápidos até o meu quarto.

— Mamãe você está dodói? — Maya se aproximou da minha cama. — Porque tem gelo no seu pé?

— Oi minha princesinha, a mamãe se machucou no trabalho.

— E tá doendo muito mamãe? — Ela passava a mãozinha de forma delicada no meu pé.

— Só um pouquinho, mas a mamãe aguenta filha.

— Vai sarar logo mamãe.

— Porque você não vai trocar a roupa do colégio, podemos ficar aqui na cama assistindo filmes de princesas.

— Vamos! Tarde de cinema. — Ela falou animada.

— Isso, tarde de cinema. — Acabo rindo da empolgação dela. 
 
Passamos a tarde toda ali deitadas vendo filmes, na verdade eu estava me preparando para o que viria, eu conhecia bem o Reade e como ele odiava a forma com que a organização que eu trabalhava. Com certeza ele descobriria mais cedo ou mais tarde.

 

     Rich estava no laboratório revendo as filmagens do local e fazendo algumas anotações, Reade estava bem irritado com o que aconteceu, uma operação perfeitamente bem elaborada que infelizmente eu precisei destruir.

— Rich já temos as imagens de segurança do local? — Patterson perguntou entrando no laboratório apressada. — O Reade está a ponto de um infarto.

— Já estou nessa parte! São muitas coisas até chegarmos no momento em que o Samir desaparece. — Explicou o nerd do laboratório.

— Jane e Kurt estão com a outra equipe procurando o carro, vamos achar o Samir e ver quem está por trás disso tudo. — Disse ela confiante. 
 
Após alguns minutos vendo as filmagens no laboratório algo familiar chamou a atenção do Reade, ele torcia para que fosse apenas a sua mente brincando com ele.

— Rich, volta essa filmagem. — Pediu Reade se aproximando da tela. — Esse carro, é a mesma placa que o agente viu.

— Quem está aí dentro? — Patterson perguntou de forma retórica.

— Ali! — Rich apontou para o monitor. — Tem uma pessoa de sobretudo e capuz, sabia que estava sendo monitorada ou que tinha mais gente no local. Ela evita as câmeras e os locais onde vocês estavam.

— Espera, mostra essa parte novamente Rich. — Falou Reade. — Como eu não pensei nisso? Patterson você tem como passar essa filmagem pelo seu sistema de reconhecimento?

— Claro! Espera, você está suspeitando de alguém?

— Só quero retirar essa opção da minha lista. — Ele falou observando a pessoa de passando no vídeo novamente, o andar era totalmente familiar. 
 
Patterson pediu alguns instantes até que conseguisse analisar através do programador, em alguns instantes saberiam que seria aquela pessoa misteriosa. Ela ficou por mais uma uma hora mexendo no seu sistema, entre códigos e mais códigos logo a loira teve a resposta, foi preciso repassar novamente as informações para que ela tivesse a certeza do que os seus olhos estavam vendo.

— Conseguiu algo? — Reade entrou de surpresa no laboratório.

— Não, ainda nada. — Ela mentiu. — Não estou conseguindo ajustar os códigos, me dá só mais essa noite.

— Patterson? — Reade fez uma pausa tentando entender o que levaria Patterson a mentir. Sabia que ela conseguiria fazer aquilo de olhos fechados. — Eu já sei quem é, mas queria ter a certeza do que os meus olhos estavam vendo.

— Reade você precisava conversar primeiro, entenda é o trabalho dela.

— O trabalho dela é zelar pela população desse país, fizemos um juramento. — Disse o diretor bastante chateado.

— No lugar dela você faria o mesmo. Vamos tentar conversar com ela primeiro.

— No lugar da Tasha eu presaria pelo justo. Quantas vidas esse homem não matou? Ele merece pagar por isso.

— Reade... — Ela se virou mais já era tarde de mais. 
 
 Reade saiu bastante irritado do escritório ignorando totalmente as três vezes que Patterson o chamou. Ele chegou em casa e abriu a porta apressadamente, passando pela Alice que informou que eu e a Maya estávamos no quarto e ela já estava de saída. 
 
Ao abrir a porta ele se depara com Maya dormindo e comigo fazendo carinho nos cachinhos da nossa filha enquanto assistia a um programa de culinária qualquer.

— Machucou o pé? — Ele aponta com dedo sem tirar os olhos de mim.

— Sim, foi no escritório. — Percebo que a respiração dele fica alterada. — Está tudo bem?

— E porque você não me ligou? Deveríamos ir a um médico.

— Não precisa, foi só uma simples luxação. — Respondo levantando um pouco da cama.

— Você caiu no escritório? Como isso aconteceu? — Reade estava fazendo perguntas de mais para o momento.

— Não, apenas me desequilibrei.

— Para de mentir Tasha! — Ele diz num tom elevado. — Eu vi o vídeo de segurança, achou que um capuz iria fazer com que você passasse despercebida? Eu reconheceria você até no escuro. — Respiro firme e tento manter a calma, afinal eu já fiz não tinha como voltar atrás.

— Vamos conversar lá na sala, a Maya está dormindo e eu não quero acorda-la. — Vou com dificuldades até a sala.

— Quer ajuda? 

— Não precisa! — Me sentei no sofá e ele continuou em pé me encarando. Não era possível que estava acontecendo de novo. — Reade, me escuta...

— Tasha se você for negar é melhor parar, temos as filmagens. Você sabe o que aquele homem fez? Ele orquestrou ataques terroristas no próprio país, ataques em escolas, sabe quantas criança inocentes morreram por conta dele? Crianças da idade da nossa filha! — Meu corpo travou e um nó se instaurou na minha garganta. — Como você é capaz de admitir essas coisas?

— Reade era o meu trabalho, o Samir é um peixe pequeno para o que queremos, ele é só o começo. Depois ele vai receber o que merece.

— Depois quando ele matar mais quatro dezenas de crianças? Pensou nisso? Pensou na nossa filha? E se ele faz o mesmo aqui em NY?

— Infelizmente no meu trabalho eu não faço só coisas boas, você já sabe disso.

— Em poucas vezes senti tanta raiva do que você faz. Porque não nos avisou? Estávamos a meses nessa operação.

— E você me falaria não é? É melhor rever o seu pessoal.

— Não reconheço mais a mulher com quem eu me casei. — Meus olhos ardiam ao ouvir aquilo.

— Certo senhor certinho, dono da razão absoluta eu sempre faço o caos no mundo não é?

— Natasha onde está a sua paixão pelo que é certo? Você não era assim, onde você se perdeu?

— Ah Reade, me poupe! Não vai fazer discurso a essa hora, era o meu trabalho, você deveria respeitar.

— Se o seu trabalho não fosse soltar um assassino eu respeitaria. Você não pensou nas consequências, no que isso iria afetar no futuro das pessoas, na nossa filha. — Ele bufou, se continuarmos assim vamos achar nos machucando.

— Para de jogar a Maya no meio dessa confusão, seja o adulto pelo menos uma vez. — Pedi já perdendo a paciência.

— Não dá pra confiar que você mudou, não dá! Você nunca vai parar de apostar as vida das pessoas?

— Como é que é? — Digo elevando o tom de voz. — Você é muito egotista.

— Eu egotista? Ah, por favor Tasha. Desde de quando você pensa em alguém além de você?

— Eu abri mão de uma promoção na agência, abri mão da minha carreira por conta da nossa família. Eu deixei de ir para Estocolmo porque não queria separar você da Maya, só que agora eu vejo que deveria ter ido, depois daríamos um jeito nessa bagunça que estamos vivendo.

— Deveria ter ido para onde você quisesse, você não foi porque não quis, o caminho estava livre. Só não coloca a minha filha no meio da sua bagunça.

— Você é um idiota mesmo, eu sacrifiquei a minha carreira por conta da nossa família e você vem falar essas coisas. — Digo indo para o meu quarto totalmente irritada.

— O que você está fazendo? — Reade vem atrás de mim.

— Não consegue enxergar também? Estou indo embora, não dá mais. Não vou ficar no mesmo teto que você.

Continua...


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