Je Taimerai Toujours escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 7
Capítulo 7




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    Já era próximo das primeiras horas da madrugada quando eu desci do táxi com a Jane, as luzes da sala ainda estavam acesas, então com certeza Kurt e Reade estavam acordados. Subimos dando algumas gargalhadas das coisas que lembrávamos durante a noite, eu amava esses momentos com as meninas. 
 
Ben e Maya já estavam dormindo profundamente, e os meninos aproveitaram para jogar cartas até que a gente voltasse. Com cuidado Kurt pegou meu afilhado no colo, após nos despedirmos eu me vi sozinha com o meu marido, eu estava pensando e querendo isso desde o momento em que as bebidas começaram a fazer efeito.

— A Maya se comportou? — Pergunto assim que saímos do seu quarto.

— Bastante, como sempre. E você se divertiu baby? — Reade me perguntou enquanto eu largava o meu celular em algum lugar.

— Acho que vou começar a diversão. — Falo sorrindo me aproximando dele. Reade envolve seus braços na minha cintura aproximando ainda mais os nossos corpos enquanto nossas bocas não se desgrudavam.

— Ual! Eu também senti sua falta. — Ele fala distribuindo beijos no meu pescoço enquanto eu tentava controlar a respiração.

— Eu não sei o que tinha naquela batida, mas eu só pensava em chegar em casa tirar a minha roupa e fazer amor com você. — Digo me livrando das bermuda dele enquanto sinto Reade descer o zíper do meu vestido. 
 
Eu estava louca por ele e o meu corpo exigia muito o toque dele, empurro Reade no sofá, me sento no seu colo me sentindo preenchida totalmente por ele. Reade me conhecia em tudo, afinal são sete anos de um relacionamento que me fazia sentir como uma adolescente apaixonada pela primeira vez.

— Eu estava louca por isso amor. — Sussurro no ouvido dele.  — Como te estaba deseando (Como eu estava te desejando).

— Se você soubesse como eu me sinto quando você fala assim.

— É? Muéstrame como te sientes (Me mostre como você se sente). 
 
Sinto Reade repetir os movimentos anteriores com mais força, eu estava completamente entregue a ele, assim como ele estava. Após uma nova onda de prazer invadir o meu corpo, eu me sentia saciada, eu nunca me senti assim com nenhum dos meus antigos relacionamentos. Deixei minha cabeça apoiada no ombro dele quanto o senti relaxar o corpo no sofá, ele também estava exausto.

— Você foi a escolha mais certa que eu fiz na vida Tash. — Ele fala colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Você é o meu tudo, você e a nossa filha.

— Eu jamais pensei ser digna de tanta felicidade, e hoje eu não me imagino sem vocês. — Digo distribuindo alguns beijos no vão do pescoço dele. — Reade vamos tomar um banho?

— Pensei que já estivesse saciada. — Ele brinca me dando um selinho.

— Eu gosto de ganhar sobremesa depois de todas as refeições. — Digo fazendo bico e ganho mais um beijo dele.

— Tudo o que você quiser minha mulher maravilha. 
 
Tomamos um banho juntos, e passamos no quarto da Maya que dormia, após darmos um beijo na nossa filha, deitamos para dormir abraçados, Reade me transmite uma sensação boa de segurança, de paz.

O domingo amanheceu com o clima bem chuvoso e isso nos pegou de surpresa, a Maya tinha pedido para fazer um picnic no parque e alimentar os patinhos, e óbvio que eu e Reade aceitamos. 
Acordei e não o vi na cama, estava fazendo frio então coloquei um casaco e fui até a sala, Maya estava emburrada no sofá assistindo desenho, lhe dei bom dia e a peguei no colo para tentar entender o que estava acontecendo.

— O que foi cariño? Que carinha de choro é essa?

— O papai disse que não vamos para o parque hoje, eu só queria alimentar os patinhos do lago. — Ela falou com uma voz chorosa.

— E onde está o papai?

— Na cozinha. — Ela responde limpando o rosto.

— Maya não vamos porque está chovendo meu amor, vamos em outro dia tudo bem?

— Tudo. — Ela disse se aninhando nos meus braços. — Promete mamãe?

— Prometo! — Digo depositando um beijo nos seus cabelos. —  A mamãe vai até a cozinha ajudar o papai.  
 
Fui até a cozinha e encontro Reade em silêncio preparando o café da manhã, normalmente ele estava cantarolando alguma música do Chris Brown. Algo não estava correto nessa casa.

— Bom dia! — Digo o abraçando por trás e lhe dando um beijo nas costas. — O que aconteceu?

— Bom dia baby! — Ele me dá um beijo de bom dia. — Você dormiu bem?

— Dormi sim, você não respondeu a minha pergunta. O que houve?

— Já viu como a Maya está triste? Não gosto de decepciona-la. — Ele responde voltando a atenção para o que estava preparando.

— Ei, super homem não foi sua culpa, não tinham como adivinhar que estaria esse temporal lá fora. — Falo na tentativa de anima-lo.

— Eu sei disso! Mas, mesmo assim, ela estava tão empolgada.

— Vocês dois estavam. Mas e se a gente se divertisse aqui em casa mesmo?

— Como assim?

— Que tal acampar na sala? Podemos armar as barracas e contarmos histórias divertidas, eu tenho certeza que ela vai amar.

— Você como sempre tem as melhores ideias.

— Sim, eu tenho! Vou terminar o café da manhã, e você pode ir procurando a barraca de acampamento?

— Tudo bem. — Reade me dá mais um beijo antes de ir procurar as coisas que eu pedi. 
 
Após tomarmos café, decidimos contar para a nossa pequena sobre o “acampamento Maya”, ela ficou eufórica como já esperávamos. Reade e eu montamos a barraca, fechamos as cortinas da sala para deixar o local mais escuro possível. Maya estava saltitante, fiquei feliz que ela tenha aceitado essa ideia, ela nos pediu para contarmos histórias, eu e Reade criamos várias histórias divertidas, comemos algumas besteiras e assistimos a um filme divertido com ela. 
 
Por esses e outros motivos que eu me sinto a pessoa mais sortuda do mundo por tê-los na minha vida, Reade e Maya são a minha maior riqueza e também a minha maior fraqueza. Maya dormia no meu colo enquanto Reade nos admirava em silêncio.

— Vocês duas são o combustível que eu tenho pra acordar todos os dias, eu não sei o que faria sem vocês.

— Nós te amamos de mais! Você é o nosso super-herói Reade. 
 
Trocamos um beijo calmo desfrutando de toda a paz que aquele momento estava nos dando, com eles eu esquecia de qualquer problema lá fora, eles são o meu abrigo.

O nosso finalzinho de domingo foi maravilhoso, Reade pediu pizza já que eu não parava de falar que estava com vontade da minha favorita. Após colocarmos Maya na cama, arrumamos toda a bagunça que fizemos na sala, amanhã teríamos um dia cheio no trabalho e precisávamos descansar.

 

    Após deixar Maya na escola eu segui até o escritório, Reade precisou sair bem mais cedo, eu já estava decidida a dizer não a Bárbara, iria ficar em NY. Logo viria uma outra promoção, Maya era muito pequena para viver no país em que ela não conhece absolutamente ninguém e eu não achava justo pedir para Reade abrir mão da carreira dele para ir comigo. 
 
Chequei o meu e-mail, resolvi algumas pendências enquanto criava coragem de ir até a sala da minha chefe. Ela estava ao telefone, pediu que eu me sentasse enquanto ela terminava de resolver algo importante.

— Bom dia Tasha! Pensou bem na minha proposta?

— Bom dia, pensei sim e já tenho minha resposta.

— Estocolmo é uma oportunidade única, eu sei que é difícil tomar essa decisão mas isso vai alavancar a sua carreira.

— Eu sei Bárbara, eu agradeço muito a confiança mas a minha resposta é não. Eu tenho minha família aqui, não vou abrir mão disso. — Ela me encarava séria como se estivesse tentando absorver todas as informações.

— São os relatórios? — Ela desvia o assunto.

— Sim, todos finalizados. — Bárbara fica em silêncio por alguns minutos enquanto observa as anotações.

— Isso está muito bom! É por isso que você se destaca, tem uma incrível capacidade de resolver as questões por mais complicadas que sejam.

— Muito obrigada por isso. — Eu já estava me levantando quando ela me chamou.

— Zapata? Eu vou ser bem sincera com você, já esperava que você diria não para a viagem, eu compreendo como é difícil.

— Bárbara é mais fácil quando se é sozinha, quando você pode ir para qualquer lugar sem criar raizes, mas, eu tenho algo muito importante para mim, jamais abriria mão. Por nada nesse mundo.

— Eu tenho uma tarefa para você, encare isso como uma nova oportunidade de mostrar quem você é.

— O que seria? — Ela me mostrou a pasta de arquivos.

— Samir Mohammed, nosso informante libanês. Vai nos fornecer onde Bashar al- Assad vai se encontrar com a sua fonte americana para obter as informações.

— Isso o que eles fazem é terrorismo em nível três Bárbara. — Digo ainda encarando as anotações.

— Eu sei, e estou realmente transtornada com o que diz no relatório. Infelizmente aqui na Cia não escolhemos com quem vamos trabalhar. — Creio que não escondi minha cara de indignação.

— O que eu preciso fazer?

— Vai ser a nossa ligação com Samir, leia atentamente as informações do arquivo. Ai tem um pen drive com algumas transcrições de conversas para você ter uma ideia do que falar com ele, o mais importante, precisamos do Samir vivo. — Ela faz uma pausa. — Essa é a nossa única chance de derrubar o governo de Assad, não deixe minha cabeça rolar na mão de ninguém. — O pedido de Bárbara parecia mais um apelo do que uma ordem, eu senti o medo dela.

— Pode deixar, farei o meu melhor.

— Eu sei que vai. Você  terá um encontro com Samir em dois dias, precisa se preparar. 
 
Sai da sala da minha chefe e fui direto para a minha estudar o caso, tinham muitas informações valiosas ali, as coisas que Samir ajudou o governo fazer me causava angústia, quantas vidas inocentes morreram por conta desses conflitos. Ele merecia pagar por isso também, não ganhar anistia por está ajudando a Cia.

 

     O clima no escritório do FBI já começou a ficar pesado bem cedo, Patterson tinha convocado todo o time para atualiza-los das últimas informações sobre o caso do refugiado fugitivo. Eles estavam nessa há semanas, os passos dele estavam sendo monitorados a cada segundo.

— Esse é Samir Mohammed nosso procurado, e esse é Samir passando pelo JFK ontem à tarde. Minha suspeita é que ele vá se encontrar com alguém em solo americano, precisamos pega-lo antes que ele organize um novo atentados.

— Acha que ele veio aqui por isso? — Questionou Kurt.

— Samir só contrata quando ele conhece a mão de obra pessoalmente. Ele pensou que mudar o corte de cabelo e as roupas o fariam passar despercebido, os créditos de hoje vai para o Rich que conseguiu achar o nosso cara. — Explicou a loira.

— Isso mesmo grandes escoteiros. — Rich falou com humor. — Samir acessou um site na dark web para contratar alguém que soubesse manusear bem ácido cianídrico, ele vai atracar novamente. Consegui rastrear isso, e como eu tenho cadastrado todos vocês nessa plataforma com nomes falsos.

— Espera aí, todos nós estamos aí? — Perguntou Reade.

— Sim chefe! Todos nós estamos, nunca sabemos quando vamos precisar. E esse dia chegou, Kurt e Jane vocês foram os contratados, Samir quer encontrar vocês amanhã à tarde.

— Eu já tenho um plano. — Explicou a loira — Vocês vão encontrar com ele amanhã à tarde, façam ele confessar pelo menos um dos casos, e eu e o Reade estaremos ouvindo tudo e daremos voz de prisão. 
 
Patterson alinhou as informações com o restante do time, enquanto Reade estudava atentamente o local, iriam fazer tudo muito rápido. Surpreender e pegar Samir, o levariam para interrogatório no sioc e o fariam confessar todos os crimes, inclusive os que foram feitos em solo americano.

 

Já era noite quando Reade foi para casa, eu já tinha avisado que tinha pego a Maya no colégio e já estávamos  em casa, mas Reade estava muito nervoso e principalmente tenso com toda essa missão, Samir era totalmente perigoso e imprevisível, Reade não queria colocar ninguém em risco, mas confiava totalmente em Jane e Kurt, sabia o quão bom eram os seus agentes. 
 
O agente estava lendo os relatórios feitos sobre o libanês, e uma onda de revolta invadiu o corpo dele, ele queria está ali para interrogá-lo, queria pressiona-lo até que ele confessasse e garantir que ele pagasse por tudo. 
 
     Eu já estava preparando o jantar, Maya estava me ajudando, e nos divertíamos bastante enquanto a minha garotinha cantarolava as músicas que tinha aprendido na escola.

— Hey chica, me passa o sal. — Pedi a Maya que rodopiava na cozinha.

— Mama o que você está fazendo? O cheiro está muito bom. — Disse ela ficando na ponta dos pés.

— Os burritos. — Falo e ela faz uma careta fofa.

— O animalzinho? — Maya me perguntou com inocência me fazendo gargalhar.

— Não filha, não é o animalzinho, é uma massa bem mais fina que as panquecas com recheios salgados, já está na hora da senhorita começar a apreciar comidas mexicanas. — Coloquei um pouco do recheio na boca da minha filha. — Gostou?

— Isso tá muito gostoso mama! Não sabia que você cozinhava tão bem.

— Como é dona Maya? — Eu fingi ofensa.

— Porque o papai cozinha mais, e sempre faz o nosso café.

— Você sempre puxando o saco do seu pai não é? Isso não muda aqui em casa.

— Eu amo você também mama mais linda do mundo. Ele é o meu super herói e você é minha super heroína. — A garota se aproximou agarrando nas minhas pernas, a coloquei no colo enquanto as trocávamos beijinhos e eu fazia cócegas nela.

Reade chegou e ficou admirando aquela cena muito fofa, era ali que todos os problemas do mundo evaporavam e só existia nós duas apenas.

— Como estão as meninas da minha vida?

— Papai!!! — A garotinha pulou no colo de Reade.

— Minha princesinha, se comportou na escola?

— Sempre! A mamãe tá cozinhando e tá muito bom.

— Hmm burritos? Isso é muito bom! Como você está amor? — Reade me cumprimentou com um beijo.

— Foi tranquilo, e você? Parece tenso, está tudo bem?

— Um caso lá no trabalho, complicado. Um terrorista...

— A Maya tá aqui Reade! — Lhe repreendeu. — Divisão igreja e estado, lembra? Decidimos não falar dos nossos assuntos de trabalho.

— Me desculpe. Vou colocar a mesa, Maya você me ajuda?

— Sim papai. 
 
Maya saiu saltitante para ajudar Reade enquanto eu terminava o jantar. A mesa estava pronta e o jantar servido, o clima era de descontração entre nós três, Maya estava animada com os preparativos do aniversário. Ela tinha escolhido o tema da Moana para comemorar mais um ano.

— Pai eu quero um barco na minha festa! — Maya falou fazendo enquanto eu e Reade nos olhamos surpresos, eu quase me entalei com isso.

— Um barco Maya? — Reade estranhou o pedido.

— Sim, igual o que a Moana usa papai. — A nossa garotinha falou com muita tranquilidade.

— Filha não temos espaço para um barco. — Falei vendo a cara de frustração dela. — Pode ser outra coisa?

— Pai? Por favorzinho. — Ela ignorou totalmente o que eu falei e pediu com aqueles olhinhos de jaboticaba. Tornando ainda mais difícil negar aquele pedido.

— Tash? É só um barco. — Reade tentou apelar.

— E depois esse barco vai parar onde Edgar?

— Pode servir de decoração, ficaria no quarto dela. — Interviu Reade.

— Eu não estou acreditando que você quer colocar um barco no quarto da Maya. Edgar Reade! — Eu estava incrédula.

— Eu vou conversar com a mamãe Maya. — Ele cochichou no ouvido da garotinha provocando um sorriso doce nela. 
 
Continuamos discutindo sobre outros assuntos, após o jantar Reade cuidou da louça enquanto eu cuidava da Maya e colocava ela para dormir, Reade se aproximou de nós dando um beijo na filha e logo nós dois estávamos a sós no nosso quarto onde dormíamos de forma tranquila.

 

No dia seguinte estávamos tomando café da manhã, eu ria de algo divertido que a Maya contava quando meu celular tocou, tentei ignorar algumas vezes, detestava quando me ligavam no momento que eu estava em casa com a minha família.

— Preciso atender, é a Bárbara.

— Parece urgente! — Reade comentou e eu apenas confirmei com a cabeça e sai.

• Oi Bárbara, aconteceu algo?

• Zapata, parece que vamos perder o nosso informante. — Ela fala bastante preocupada ao telefone.

• Calma, eu estou indo até aí. — Falo encerramos a ligação.

Peguei minha bolsa e me despedi de Maya e Reade, expliquei que tinha um assunto sério para resolver de trabalho. Dirigi o mais rápido possível até o escritório, era o meu caso e eu não podia deixá-lo assim. Encontrei Bárbara que andava de um lado para o outro na sala de conferências.

— Estou aqui, agora me explica o que aconteceu?

— Minhas fontes no FBI informaram que eles vão pegá-lo hoje.

— Você tem fontes no FBI? — Pergunto preocupada.

— Temos fontes em todos os lugares. Precisamos fazer algo ou a minha cabeça vai rolar na próxima reunião.

— Calma! Eu tenho um plano, já sei como fazer. — Respiro fundo, isso não podia acontecer. Pela primeira vez eu estava do lado oposto dos meus amigos. — Deixa um carro disponível para a fulga e um para levar a nossa fonte para um local seguro. 
 
Expliquei a Bárbara como iria funcionar e ela me deu carta branca para executar o plano, em menos de quatro horas eu estava seguindo com Samir para um local seguro, um pouco machucada e querendo muito chegar em casa onde eu iria avaliar o tamanho do estrago feito.


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