Je Taimerai Toujours escrita por Dreams of a Blindspot fan


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792757/chapter/2

Eu fiz a consultoria para a CIA, foram três longos dias e agora todo material estava pronto e revisado. Eu evitava tocar nesse assunto com o Reade, ele tinha um ponto de vista diferente do meu e eu não queria ficar insistindo nisso. Hoje eu iria até o escritório, deixaria as informações com Keaton e me livraria logo desse peso.

Deixei a Maya com a Alice, uma garota de 21 anos super bem recomendada para cuidar de crianças, já faziam dois anos que ela nos ajudava. Sempre muito atenciosa, ela cuidava tão bem da minha filha, eu ficava um pouco despreocupada com ela por perto.

     O trajeto para chegar no escritório era bem rápido, mas no meio do caminho recebo um novo endereço, Keaton me mandou uma mensagem dizendo que depois me explicaria o motivo. Segui para esse novo endereço, era um tipo de complexo próximo a área marítima, pelas informações eu logo cheguei a um enorme aglomerado industrial, achei o número do box que o Keaton me deu, na entrada já tinham dois seguranças, percebi mais alguns ao redor do complexo. Eu me aproximo e informo o meu nome, logo eles liberam a minha entrada.  Me dirijo a sala indicada pelos guardas e logo o encontro ao telefone.

— Ei, que lugar é esse? — Lhe pergunto entrando na sala. Ele faz sinal para que eu me sentasse.

— Me desculpa com a mudança de rota repentina, acho que o outro local foi comprometido. — Ele explica.

— Sem problemas! Keaton aqui está todo relatório, eu coloquei algumas informações e observações. Também pontuei algumas estratégias e... — Sou interrompida por ele.

— É um bom caso? — Ele me questiona.

— É um excelente caso! — Lhe afirmo. — Se for bem planejado vocês irão ter êxito.

— E porque você não comanda? — Ele me pergunta sugestivo.

— Eu? Não Keaton! Eu estou fora de campo há mais de quatro anos, desde de que a Maya nasceu eu me dedico apenas para a minha filha.  Eu não queria voltar para algo tão complexo como esse caso, e acho que não daria muito certo.

— Reade? — Ele pergunta já sabendo a resposta.

— É pela Maia! Minha filha é muito nova Keaton, e eu não sei se conseguiria conciliar um trabalho que exigiria tanto de mim.

— Você sabe que consegue fazer isso. Eu conheço você! — Diz ele me incentivando, e no fundo eu sabia que conseguiria.

— Por favor, é melhor deixar as coisas como estão. — Peço, sei como é complicado.

— Tasha, eu vou assumir o caso, mas se você quiser voltar a trás e trabalhar conosco, vamos estar te esperando. — Eu balancei a cabeça em negação, mas  o caso era bom, muito bom. Eu confesso que fiquei bem tentada a aceitar mas me controlei.

— Boa sorte com o caso! Eu preciso ir. — Falo me levantando.

— Keaton? — Uma mulher aparece na porta. Ela é um pouco mais alta do que eu, pele clara e cabelos escuros. Nunca tinha visto ela na agência. — É ela? —  Ela perguntou para ele e eu estranhei completamente, parecia que ela estava me esperando, ou algo do tipo.

— Zapata essa é a Bárbara Havan, ela é a nova diretora da Cia. — Keaton nos apresentou.

— É um prazer finalmente conhecer você agente Zapata, eu ouvi muito falar sobre as suas missões, fiquei tentada a conhecê-la pessoalmente. — Disse ela de forma simpática.

— É um prazer lhe conhecer também Diretora Havan!

— Keaton já lhe fez o convite? Podemos comemorar a sua volta para a agência? 

— Eu já dei a minha resposta, não posso voltar a campo. — Lhe respondi.

— Será que eu posso conversar com você pessoalmente? — Ela me perguntou, não sei quais eram as intenções dela. Pensei que tinha sido bem direta.

— Vou deixar as garotas conversarem. — Disse Keaton saindo da sua sala.

— Olha diretora Havan eu já conversei com o Keaton, não tenho como voltar para a agência. Eu tenho minhas prioridades no momento.

— É só pela sua filha? Ou você não quer entrar em conflito no seu casamento? O vice diretor Reade não concorda com as práticas do nosso departamento, não é?

— Não é por ele! Mas isso não diz respeito a ninguém, só a mim!

— Vamos deixar as formalidades de lado Tasha! Os homens de hoje em dia querem castrar mulheres poderosas, assim como nós, eles sabem que fazemos tudo com excelência. Olha só os meus antecessores? Como eles quase afundaram a Cia, é quase uma vergonha. Tasha nós podemos dominar o mundo, você é incrível no que faz, não deixe que alguém lhe diga o que pode ou não fazer.

— Olha o meu marido me apoia em tudo o que eu faço. Eu não aceitar o trabalho aqui, não tem nada a ver com o meu casamento. — Digo me levantando.

— Tasha vou tentar aceitar isso como verdade, mas pense bem, eu tenho uma cadeira ao lado da minha vazia, e você tem potencial para comandar essa organização junto comigo.

—- Pensei que o Keaton já era o seu vice diretor.

— Nós vamos dominar esse mundo, eu não costumo desistir fácil Tasha. Vou esperar você pensar bem no que eu te falei, sei que você vai fazer a coisa certa.

— Tenha um ótimo dia Bárbara! — Digo saindo da sala, ela continua me encarando como se soubesse tudo o que se passa na minha mente. Eu realmente fiquei tentada, o discurso dela era muito bom, mas não, eu já tinha prometido que não voltaria para lá.

Eu saí daquela sala ainda pasma com tudo o que ouvi, que mulher maluca, mas brilhante. Eu queria ter um pouco dessa astúcia para voltar, porém não queria sacrificar meu casamento, eu sou muito feliz com o que eu tenho e não estou disposta a abrir mão disso.

— Ei Tasha, já vai? — Keaton me alcança no corredor.

— Sim, já vou. Foi um prazer encontrar você.

— O que achou da Havan?

— Ainda não tenho uma opinião sobre ela, mas achei ela muito confiante. Nunca ouvi falar sobre ela!

— Faz alguns meses que ela está trabalhando conosco, tem uma mente brilhante mas é um tanto presunçosa.

— Boa sorte! — Digo me despedindo.

Precisava voltar logo para casa. Passei pelo mercado antes, comprei algumas coisas que estavam faltando, algumas coisas para a Maya, e tive a ideia de fazer algo diferente para essa noite. O Reade adora quando eu faço comidas mexicanas, então decidi cozinhar para ele, nada melhor do que agradar as pessoas que amamos, e eu amava cozinhar para ele.

Antes da Maya nós tínhamos uma rotina, sempre saiamos à noite, íamos a jogos, a alguns shows, mas depois que nos tornamos pais decidimos nos dedicar inteiramente a nossa filha. As vezes quebramos essa rotina e saímos para comemorar quando temos uma data especial, mas hoje eu queria ficar em casa, com ele.

Cheguei em casa já no início da tarde, tentei não deixar a Maya dormir, é um pouco doloroso fazer isso com ela, eu precisava dessa noite só para mim e o Reade, isso pode ter soado um pouco egoísta da minha parte, mas juro que não era.
Tentei adiantar um pouco do jantar, enquanto me divertia com ela. Preparei um jantarzinho com os legumes que ela mais gostava.
Próximo as 20:00 Maya já estava caindo de sono, deixei ela pronta para dormir e fui terminar o jantar, estava com um cheiro incrível. Um bom jantar pede um bom vinho, tudo já estava organizado, tomei um banho rápido, coloquei um vestido simples, mas que marcava todo o meu corpo. Depois que fui mãe eu passei a me preocupar ainda mais com isso, as vezes Reade dizia que eu estava exagerando, que eu não tinha mudado nada, modéstia à parte não tinha realmente mudado nada no meu corpo, mas eu ainda insistia com isso.

Fui até a cozinha me certificar de que estava tudo pronto, ouço a porta abrir e fechar rapidamente, pelos passos eu sabia que era Reade, sinto ele me abraçando por trás, me dando um beijo no pescoço como sempre fez, só que dessa vez ele estendeu um ramalhete de flores pra mim. Droga, será que esqueci alguma data importante?  Pensei , mas não, nós dois tivemos a mesma ideia, surpreender.

— Que flores lindas meu amor! — Falo virando de frente para ele e beijando sua boca, saboreando cada pedaço dela.

— Eu esqueci de alguma data Tash? — Ele fala olhando para o que eu estava cozinhando.

— Não Edie, eu só quis surpreender você. Pelo visto tivemos a mesma ideia. — Falo sorrindo voltando minha atenção para o fogão.

— Onde está a Maya? A casa está silenciosa de mais.

— Ela acabou de dormir, então não faça tanto barulho.

— O que você está aprontando Natasha? — Ele me pergunta sugestivamente.

— Eu? Nada! — Lhe respondo mordendo o lábio inferior, disfarçando meu sorriso malicioso.

— Vou tomar banho! — Ele diz saindo na cozinha.

Rapidamente eu termino de arrumar a mesa para o jantar, coloco uma música baixa para quebrar um pouco do silêncio enquanto espero Reade terminar o banho. Ele passa no quarto da Maya e cuidadosamente lhe dá um beijo de boa noite, esse era um dos muitos hábitos que ele tinha.

     O jantar foi bem mais além do que eu imaginei, estávamos presos um no outro, durante o jantar evitamos tocar no assunto trabalho, falamos apenas sobre nós dois, sobre nossa filha e sobre alguns planos futuros. A comida estava incrível, foi bastante elogiada por Reade, cuidamos da louça e em seguida fomos para o nosso quarto, estava louca para me entregar pra ele.

    Os beijos dele tinham o poder de me aquecer em fração de segundos, tiramos cada peça de roupa um do outro, eu impaciente todo discuti com os botões da calça que ele estava usando, rapidamente sinto Reade beijar meu pescoço, colocando meu cabelo de um único lado.

— Você é realmente incrível. — Ele sussurra no meu ouvido.

— Eu quero tanto você, Edie você não tem ideia do quanto eu esperei por esse momento.

— Foi mesmo? — Os beijos dele descem pelo meu pescoço.

— Eu quero sentir você... — Falo isso lhe empurrando para cama, acho que o vinho tinha tido um efeito muito rápido.

Ele me ajuda a sentar sobre ele, apoiando minhas mãos em seu ombro nosso movimento se inicia lento, mas ganha velocidade conforme os minutos se passam, entre toques e beijos me sinto desmanchar sobre ele. Minha boca deseja a dele, assim como o meu corpo deseja ainda mais o seu toque.
Invertemos as posições, dessa forma estou deitada na cama, e ele distribui beijos em cada parte do meu corpo, sinto seus dedos frenéticos dentro de mim ganhando um ritmo mais acelerado, meu coração tbm estava assim... eu sinto que vou gritar, mas não posso, acabo abafando o som mordendo o lençol. Ele sorri em satisfação, eu retribuo o sorriso, começo a fitar a sua boca, seu abdômen, e uma nova rodada acontece, céus o que deu em mim essa noite? Eu estava sedenta por ele.

     Estávamos exaustos, suados, tentando controlar nossas descompassadas respirações. Após um banho, coloco a camisa dele e me deito ao seu lado, Reade me abraça, enquanto olha nos meus olhos.

—!Eu tenho sorte de ser casado com uma mulher incrível como você, não falo só sobre o sexo, falo de como você enfrenta tudo. — Ele tira uma mecha do meu cabelo do rosto. — Você é uma leoa lá fora e uma loba aqui no nosso quarto.

Sorriu com esse comentário, e início um beijo doce, calmo, transbordando todo amor e carinho que eu tinha. Eu também me sentia sortuda por tê-lo como meu amante, meu melhor amigo e com certeza o meu amor. Prometemos que não brigaríamos mais por nada que fosse relacionado a trabalho, eu também não me envolveria com nada referente a Cia.

Fui olhar a Maya e torci para que ela tivesse uma noite de sono longa para que pudéssemos dormir também, ela entendeu isso, mas no dia seguinte ela acordou bem cedo.


     Era sábado de manhã, acordamos duas vezes essa madrugada com a nossa filha que não queria dormir, com muito custo e quase clareando o dia ela pegou no sono entre a gente, hoje é a folga do Reade, ele foi o primeiro a acordar, sinto o cheiro da sua comida e meu estômago revira de fome, me viro para o lado Maya está me olhando, aqueles apaixonantes olhinhos de jaboticaba iguais ao do pai.

— Dormiu bem mocinha? — Pergunto dando um beijo no seu rosto.

— Dormi mamãe, será que eu posso dormir sempre aqui? — Ela pergunta com aquela voz doce.

— Minha princesa, você tem o seu quarto e sua cama quentinha assim como eu  e o seu papai temos a nossa. Você precisa dormir na sua.

— Tá bom mamãe! — Ela me responde não tão contente com a resposta. Sorriu do seu biquinho, afasto os cabelos cacheados dela do rosto e lhe dou um beijo na ponta do nariz.

— Que tal a gente ir até a cozinha ver o que o papai está aprontando? — Ela me responde acenando com a cabeça sorrindo.

Fizemos a nossa higiene matinal, e a Maya toda independente insiste que sabe escovar os dentinhos sozinha, eu confiro tudo lhe ajudando. Ela era muito esperta comparada as crianças da idade dela, ela já iria completar cinco anos. Fomos até a cozinha e encontramos a mesa posta, Reade fez as panquecas que eu e a Maya adorávamos, tinha a geleia favorita dela, cookies com gotas de chocolate e algumas frutas, além de suco e café  não poderia faltar o chá de Reade, era sagrado.

Maya corre em sua direção abraçando suas pernas, logo ele a coloca no braço e os dois brincavam um com o outro, me aproximo dos dois.

— Posso me divertir também ou tenho que ficar só olhando? — Pergunto animada fazendo cócegas nela.

— Maya vamos deixar a mamãe brincar? — Ele pergunta fazendo cócegas nela que se joga para os meus braços.
Dou um beijo em Reade, e vejo Maya colocando as mãozinhas nos olhos e sorrindo, ela sempre faz isso quando vê que estamos nos beijando.

— Você acordou inspirado hoje! — Falo olhando a mesa posta.

— Um café da manhã para as minhas meninas. Vamos comer? Estou com fome. — Ele fala nos levando até a mesa.

Após a refeição, cuido da louça enquanto Reade e Maya brincam na sala, e logo me junto a eles. Estavam brincando com uma cozinha de brinquedo que ela ganhou no Natal, presente da Jane e do Kurt.

— Tash, Weller nos chamou para uma social na casa dele hoje, tudo bem para você?

— E a Maya? Sabe que não gosto de deixar ela sozinha para sair à noite para me divertir.

— Vamos levá-la, ela pode se divertir com o Ben, poderíamos ligar para a Alice, se ela não tiver nada marcado ela fica com as crianças enquanto nos divertimos, ela ama ficar com eles. — Reade sugere e eu concordo com ele.

Benjamin Weller era mais novo que Maya apenas um ano, ele é nosso afilhado, criamos os dois como irmãos, e é lindo a forma como eles se tratam, mesmo pequenos um cuida do outro, sempre dividem o lanche e a bagunça. Os dois juntos descarregam toda a nossa energia, mas é sempre muito gratificante para mim e para a Jane ver os dois se divertindo.

Ligo para Jane, conversamos um pouco sobre as crianças, combino com ela a história da Alice ir até lá hoje a noite e ela topa de cara, resolvemos algumas coisas para o jantar, e me divirto quando ouço o Ben obrigando o pai a brincar de cavalinho com ele. O Kurt e a Jane são pais incríveis, mas o Ben está sempre testando eles, para a minha felicidade como madrinha, damos boas risadas ouvindo os sufocos da Jane, compartilhamos muito sobre a maternidade.
Após alguns minutos no telefone, faço uma enorme lista de supermercado para Reade, ele também levaria o carro para oficina, enquanto isso eu teria um dia cheio em casa.

     As roupas estavam na máquina, a casa estava arrumada, só me restava brincar com a Maya, sempre fiz questão desses laços com ela. 
Eu tive uma infância muito difícil, não tínhamos brinquedos e nem a atenção dos nossos pais, eu e meus dois irmãos fomos para a rua muito cedo, fruto do vício do meu pai e da falta de cuidado da minha mãe. Eu fazia como podia para cuidar dos meus irmãos, e até a minha vó nos encontrar e nos levar para morar com ela eu fiz coisas que não me orgulho até hoje. Hoje somos adultos realizados na vida graças a minha vó, sinto muito a falta dela, ela se foi poucos meses após o meu casamento.

Volto minha atenção para minha filha, montamos a casinha de bonecas enquanto víamos um filme de princesas, era incrível como eu tinha aprendido o nome de quase todas elas.
Somos interrompidas pelo toque da campainha, vou até lá, possível deve ser Reade com as compras.

— Você? O que faz na minha casa? Como encontrou meu endereço? — Olho assustada para ela parada na minha porta.

— Posso entrar Tasha? — Ela pergunta dando um passo à frente.

Continua....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Je Taimerai Toujours" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.