Ligações escrita por Kah Nanda


Capítulo 3
Partes


Notas iniciais do capítulo

Boa noite. Prontas para curtir e conhecer um pouco mais desse casal? Obrigada a quem tem comentado e interagido com a short, todo dia de publicar um novo capítulo, fico animadíssima e espero que vocês também.
Agora vamos nos aprofundar um pouco mais no contato de Beward?
Mas antes, a recomendação de hoje. Essa é a one que postei no Valentines Day, curtam o encontro e todos seus desdobramentos.
Apreciem Sem Moderação.

Leiam - Interlúdio: https://fanfiction.com.br/historia/787102/Interludio/

Capítulo Postado Em: 13/07/20



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— Seja corajosa Bella. Ele quem ligou nas outras vezes. Agora é com você.

Falei comigo mesma em voz alta, para ver se assim me convenço a ligar para Edward.

Mas falar é fácil, difícil realmente é fazer.

— O que você acha Doug?

Meu gato, como o bom felino que é, mostrou a opinião com um gesto bem pragmático.

— Você tem razão. Mas você é um gato Doug, o instinto de independência e caça reina em você. Não sei se o tenho e estou começando a achar que não.

Ele pulou, sentando comigo no sofá, fazendo carinho entre minhas pernas.

— Obrigada pelo apoio, estou mesmo precisando.

Retribui o gracejo afagando entre suas orelhas.

Edward e eu combinamos de continuar nos falando por ligações até o dia do nosso encontro depois de amanhã, mas desde a ligação feita ontem, durante meu horário de trabalho, não nos falamos mais.

No fim do expediente, quando reencontrei Alice, é claro que estava em polvorosa querendo saber como foi. Sendo assim, não me fiz de rogada em contar, não todos os detalhes, claro, mas a essência do que conversamos.

Especialmente sobre nosso combinado de não procurar descobrir como o outro é fisicamente antes de nos conhecermos pessoalmente e que faremos isso em um encontro.

Como esperava, Alice só não ficou mais empolgada do que eu, mas já começou a projetar vários cenários para nós. Sobre como será o encontro, o que sentiremos ao nos ver pessoalmente e tudo que rolará a partir disso.

Também começou a fazer planos para sairmos em casais, Edward e eu, com Jasper e ela. Programa que sempre quis fazer, mas nunca pôde, já que em boa parte de seu relacionamento com meu irmão, estive solteira e quando namorava, Alice arrumava algum motivo para não conviver muito com meu namorado.

Levantei o ponto sobre estar criando grande expectativa em cima de Edward, que primeiro, nenhuma de nós o conhece pessoalmente e podemos nos decepcionar, especialmente eu e com isso não rolar mais nada.

Depois, ela pode não gostar dele, como aconteceu com meu ex. E ainda podemos não iniciar um relacionamento, afinal de contas, tudo se resume apenas a algumas conversas e um encontro, não é como se estivéssemos programando casamento...

Porém, minha cunhada munida de vários argumentos, refutou os meus, dizendo que sente que dará certo. Não só as coisas entre Edward e eu, mas como ele será o mais novo membro do nosso ciclo de amigos.

Confesso que depois que contei, como ele pareceu se divertir com sua história, a posição em preferência a ele, atingiu o pico.

Pois bem, mas aqui estou, sem saber qual o próximo passo.

Edward e eu conversamos ontem cedo, então não esperava nos falássemos a noite também. Teria sido bom? Obviamente, mas tudo bem.

Ele está em um evento de trabalho, um trabalho importante, não o imagino tendo tempo de sobra para gastar falando comigo. E como dito, já conversamos ontem.

Porém hoje, até o presente momento, não nos falamos.

Durante as horas que passei na escola e não recebi nenhuma ligação, tentei pensar que ele poderia estar ocupado trabalhando. Como ele também pode ter pensado o mesmo sobre mim. Esperando assim, para efetuar a ligação após meu horário livre.

Mas acontece que Edward não sabe meu horário da escola. Segunda-feira, quando conversamos pela primeira vez, lhe contei que tinha acabado de chegar e era verdade, mas não por trabalhar até aquele período sempre e sim porque naquele dia excepcionalmente, cheguei mais tarde por conta de uma reunião com os outros professores.

Desse modo, estou livre há quase uma hora e pelo horário da Pensilvânia, não imagino que Edward ainda esteja em alguma palestra ou tratando de assuntos de trabalho.

Além do que, mal não fará em ser eu a ligar dessa vez.

E caso ele não possa falar agora, ao menos deixaremos algo combinado para mais tarde.

É isso.

— Estou certa, não estou Doug? – O gato ronronou e tomei como um sim. – Pois bem, vou ligar.

Acessei o número de Edward nas últimas chamadas, pois como combinado, não adicionei o contato a minha lista pessoal, fazendo dessa, à única maneira de ligar.

Começou a chamar.

Um toque.

Dois toques.

Três toques.

— Talvez ele esteja longe do celular.

Comentei com Doug.

Quatro toques.

Cinco toques.

— Talvez só não possa atender no momento, não é?

Seis toques.

Sete toques.

— É isso. Ele não atenderá. Posso tentar mais tarde ou ele pode retornar. Existem muitas opções, não é Doug?

Alô.

Fui pega de surpresa pela voz de Edward ao fundo.

— Alô. Oi Edward.

Oi Bella. Desculpe, não vi que era seu número antes de atender.

Ele está ofegante?

— Sem problemas.

— Desculpe pela demora. Não estava próximo ao celular.

— Tudo bem. Se estiver atrapalhando, ligo mais tarde...

— Não, posso falar. Estava malhando e o celular estava na bolsa. Ai quando ouvi o toque, corri para atender.

— Não precisava ter corrido. Eu retornaria depois.

— Não, que bom que o fiz, pois agora estou falando com você.

— Você é galante demais Edward.

— Isso é algo bom ou ruim?

— Vindo de você, é excelente.

— Fico aliviado. — Ficamos em silêncio por um tempo. — Você já está em casa?

— Sim, cheguei tem quase uma hora.

— Ah, se soubesse, teria ligado antes, porém pensei que ainda podia estar na escola e aproveitei o tempo livre para me exercitar um pouco.

— Imaginei que estivesse pensando que só chego mais tarde, por conta do horário que conversamos segunda, mas naquele dia tive uma reunião, por isso cheguei à noite. Meu horário normal de saída é no fim da tarde.

— Anotado.

Percebi que voltou a parecer um pouco mais ofegante.

— Edward, não estou atrapalhando? Realmente posso ligar daqui a pouco, quando terminar os exercícios.

— Não. Só falta finalizar uma série de corrida na esteira. Podemos continuar conversando normalmente. Caso não se importe.

— Eu? Não, imagina. Por que me importaria? Só me preocupo que fique cansado.

— Não, tudo bem. Tenho boa resistência e daqui a pouco termino. Só não quero que pense que não estou te dando à devida atenção, pois você é minha prioridade...

Ai minhas pernas...

Não sou nem eu quem está correndo e mesmo assim, esse homem acabou de amolecê-las completamente.

— Imagina Edward. Podemos continuar a conversar sim. Não estou me sentindo deixada de lado, pelo contrário, me sinto até estimulada.

— Que bom.

— Quer dizer então que você é um cara de academia?

— Para falar a verdade não. Gosto de me exercitar para manter o corpo saudável. Você sabe que jogava basquete no colégio e depois na faculdade, por um tempo. Então sempre me mantive ativo. Hoje em dia, quando possível, marco um joguinho com alguns amigos, quando não, procuro me movimentar de outras formas. Como o hotel que estou oferece academia, resolvi me exercitar um pouco, aquecer os músculos.

— Entendi. Fico feliz em saber que é um cara saudável e que cuida bem da saúde e de si mesmo.

— Obrigado. E você? Algum talento especial para os esportes?

— Ah, não. Sinto decepcioná-lo, nem mesmo participei da equipe de lideres de torcida no colégio. Sou uma negação para atividades físicas. Não me considero sedentária, pois se for para fazer uma caminhada ao ar livre, até que não me incomodo, porém mais do que isso, não consigo. Possuo algumas cicatrizes e histórias do tempo de jovem por conta da minha coordenação motora, não tão primorosa.

— Eu poderia tentar te ensinar alguma coisa.

— Seria um desafio e tanto.

— Acho que estou disposto a tentar. — Eita. — Terminei aqui, vou seguir para o meu quarto agora.

— Muito bem, já cumpriu o que precisava, merece um descanso.

— Obrigado.

— Você estava sozinho na academia?

— Sim. Quando cheguei tinham algumas pessoas, mas com o passar do tempo fiquei sozinho. Por quê?

— Não, por nada. É só que estamos conversando e pensei agora se tinha mais alguém por perto.

— Não, estava sozinho. Como agora, já estou no elevador, mas não topei com ninguém.

— Entendi.

— E você? Está sozinha?

— Sim. Moro sozinha em um apartamento aqui em Phoenix. Quando mudei, morei um tempo com meu irmão, mas logo ele e Alice começaram a namorar e apesar de ela também ter um lugar para si, achei melhor procurar o meu canto, para lhes dar privacidade e também ter a minha.

— Ah, sim. Entrei no quarto agora. Privacidade 100% novamente.

— Que bom. Mas e você? Quando está aqui em Phoenix, onde mora?

— Também moro sozinho. Apesar dos protestos dos meus pais, porém é como disse. Chega um tempo da vida que necessitamos ter nosso próprio canto, privacidade, a liberdade de ir e vir sem mais preocupações.

— Exatamente.

Doug pulou de repente de volta ao chão e com o movimento, derrubou uma das almofadas.

— Bonito, né? – Ralhei com o gato.

— Perdão?

— Ah, desculpe. Não estava falando com você.

— E posso saber com quem estava?

— Com o Doug.

— Doug?

— Doug, o meu gato.

— Você tem um gato?

— Pela sequência de perguntas, acho que ainda não comentei sobre ele, não é?

— Não. Ainda não tive o prazer de ser informado sobre seu gato.

— Pois bem. Não quero que pense que faço o tipo solteirona com o apartamento cheio de gatos. Mas sim, tenho um gato. Douglas. Doug para os íntimos.

— Que legal. Não pensarei de forma alguma no que disse, apenas que é uma pessoa amorosa com um bichinho.

— Sim, esse é o ponto. Sempre quis um animal de estimação, porém minha mãe nunca deixou que tivesse um, ela não gosta muito da ideia de animais em casa e como a mesma era dela, não     quis impor meu desejo. Mas assim que comecei a morar sozinha, arrumei um companheiro. E Doug e eu, vivemos juntos desde então.

— Imagino que ele seja um ótimo companheiro.

— Ele é sim. Você tem algum animal de estimação?

— Hoje em dia não. Mas durante a infância até a fase adulta, tivemos um cachorro, porém ele já se foi.

— Eu sinto muito. Como era o nome dele?

— Hook. Ele era um Border Collie.

— Devia ser lindo. Meu gato é um Chartreux.

— Tenho que confessar que de nome, não me veem a raça específica na cabeça.

— Tudo bem. A raça dele é daqueles gatos geralmente de pelagem cinza, muito maravilhosos e fofos, com olhos amendoados. Eles não costumam miar muito, são mais de ronronar, então quando ouço um miado do Doug, sei que a coisa é séria.

— Entendi.

— E depois que o Hook faleceu, você ou seus pais, não tiveram mais nenhum bichinho?

— Não. O perdemos bem na época que estava na faculdade e depois passei a morar sozinho, acabei me envolvendo demais com a vida adulta e pensei que ainda não estava pronto para ter um novo animalzinho.

— Sei como é. Mas Edward, tenho que perguntar.

— Pode falar.

— Você teve um cachorro, mas tem algum problema com gatos?

— Não, nenhum. Gosto de todo tipo de animal. E você? Tem uma predileção somente por gatos?

— Não. Doug é um ótimo companheiro, mas não sou avessa à ideia de ainda ter um cachorro um dia.

— Quem sabe no futuro.

— É. Quem sabe.

— Nossa.

— O que foi?

— Se seu gato parecer com esses que vi aqui na internet, é realmente muito bonito, praticamente impossível resistir.

— Não acredito que foi pesquisar na internet.

— Ah, fiquei curioso. Você informou a raça e olhei.

— Mas eu já tinha feito à descrição dele.

— E foi uma descrição bem precisa, devo admitir. Com isso, só comprovei o quão boa em descrição é.

— Sei...

— Você não ficou chateada que tenha procurado a raça do seu gato na internet, não é?

— Não, só achei engraçado, está tudo bem.

— Menos mal, já que temos o combinado de não pesquisar sobre o outro. Achei que não haveria mal em querer sanar minha curiosidade sobre o Doug.

— E não tem. Mas agora você me deu uma ideia.

— Qual?

— Sei que combinamos de não procurar fotos e vamos nos ver pessoalmente sexta-feira, mas você mesmo acabou de dizer que sou boa de descrição e assim como eu, parece ser uma pessoa curiosa. Então que tal nos descrevermos agora? Não precisa ser nada muito profundo, só questões básicas, o que acha?

— Eu topo. De algum modo, aumentará minha ansiedade em vê-la, mas eu topo.

— Isso. Acho que vai ser legal.

— Eu também.

— Vamos nos descrever direto ou perguntar o que queremos saber no outro?

— Você escolhe.

— Ok, sua posição. Como estou curiosa, quero perguntar sobre você primeiro.

— Pode perguntar, estou à disposição.

— Certo. Você disse que jogava basquete, então imagino que seja um homem alto.

— Acertou. Tenho 1,85 m.

— Uau. Isso é muito.

— Você acha?

— É claro. Para quem tem 1,65 m. 20 cm a mais é muita coisa.

— Obrigado pela resposta. Agora já posso perguntar outra coisa.

Dei risada e ouvi também seu riso ao fundo.

— Tudo bem, pode perguntar algo agora.

— Qual a cor dos seus olhos?

— Castanhos. Apesar...

— Apesar? Vamos lá Bella, seja sincera.

— É que algumas pessoas dizem que não são só castanhos, mas uma cor próxima a chocolate.

— Bella com olhos de chocolate. Gosto disso.

— Não sou eu que digo, mas sexta-feira poderá comprovar por si.

— Mal vejo a hora...

— Mas agora me diga a cor dos seus olhos.

— São verdes.

— Ah, caramba. Você é um cara alto, tem olhos verdes, ex-jogador de basquete, provavelmente fica tão bem de terno, quanto com roupas normais. Isso é um absurdo.

— O que? Por quê?

— Porque você parece ser o pacote completo. Enquanto sou apenas comum.

— Não. Não. Retire o que disse. Pois estou imaginando uma Bella com doces olhos chocolates, de estatura média, mas com um corpo muito agradável de apreciar, já que disse que não é sedentária e gosta de caminhar no parque. Que fica muito bem vestida informalmente em casa, mas também excelente quando está ensinando seus alunos adolescentes. Eu só vejo vantagens aqui.

— Obrigada, você é muito gentil.

— Só disse a verdade. Mas vamos continuar. Descreva seu cabelo.

— Eu gosto do meu cabelo. Tenho que dizer que já usei vários estilos. Já fui ruiva, loira, tive cabelo curto e bem longo. Mas ao natural, como está agora, é castanho, de um tipo de liso, mas ondulado no comprimento. Está com comprimento médio e ganha um brilho diferente no sol.

— Pena que nosso encontro será à noite, pois gostaria muito de vê-lo com o brilho do sol.

— Podemos marcar alguma coisa de dia depois...

— Eu adoraria. E posso falar uma coisa?

— Claro.

— Não tenho dúvida que você fica linda com qualquer cor e corte. E não me importo que a mulher mude seu estilo e visual quantas vezes lhe agradar, mas sinceramente, gosto muito das morenas...

A voz desse homem...

Por essa voz, seria capaz de nunca mais mudar meu cabelo na vida...

Agora foco Bella.

— Obrigada. Mas e você? Que cabelos lhe adornam no momento?

— Como você, costumo mudar o corte, variando entre curto e um pouco mais cumprido, mas quando está longo, os fios costumam tomar vida própria e quase não consigo domá-los sozinho, além do que, tenho a mania de ficar passando a mão em diferentes ocasiões, o que faz com que a tarefa de deixá-lo arrumado torne-se ainda mais difícil.

— Eu também.

— Você também o que?

— Desculpe. Eu também tenho a mania de passar a mão no cabelo. O faço às vezes sem nem perceber, o que em determinados casos, como quando estou com ele em algum penteado, fica mais difícil controlar.

— Mais um ponto comum entre nós.

— Sim. Porém você não me disse a cor e como está o corte.

— É mesmo. Então, sinceramente não sei explicar. Posso dizer que é castanho claro? Médio? Meio loiro? Algo como cobre? Uma junção de tudo? E está meio termo, nem tão curto ou longo.

— Um homem alto, de olhos verdes e cabelos cor de cobre. Obrigada rapaz que informou dois números errados.

— Uma linda morena com olhos de chocolate e a estatura ideal. Amanhã mesmo procurarei o rapaz e lhe agradecerei pessoalmente pelo feito.

— Ele realmente merece um obrigado.

— E o terá. — Ficamos em silêncio por alguns instantes. — Escute Bella, diga se por acaso passar dos limites.

— Tudo bem.

— Certo. Gostaria que dissesse agora a parte do seu corpo que mais gosta. Só que não a que informa geralmente quando perguntando. Quero saber a parte real, que pense em algo físico. Você já é uma mulher atraente por tudo que descobri até aqui, por sua personalidade como todo, mas já estabelecemos o clima de flerte, então agora quero saber algo mais, para ficar imaginando e ansiando descobrir na sexta-feira.

— E você falará sua parte favorita também?

— Mas é claro. Tudo entre nós é mútuo.

— Ok.

Pensei por um tempo, dando uma olhada no meu corpo sentado no sofá.

Minhas pernas. — Declarei convicta.

— Ótimo. Descreva-as e porque gosta delas.

— Apesar da minha estatura, tenho pernas longas. E com o tempo, algumas cicatrizes que obtive na infância desapareceram. Elas também parecem firmes, talvez seja por conta de ficar muitas horas em pé dando aula. Gosto quando visto algo que as deixa à mostra, mas também quando uso calças. Acho que combinam quando estou de tênis e outros calçados baixos, porém ficam ainda mais bonitas quando coloco salto alto. É isso.

— Nossa Bella, você é uma mulher muito linda. E não direi que deve ser. Mesmo ainda não a conhecendo pessoalmente para comprovar com meus próprios olhos, sei que é.

— Obrigada.

— Não tem que agradecer. Apenas expus um fato. Agora é minha vez de falar?

— Com certeza. Estou curiosa.

— Deixe-me ver. Podem ser meus braços. Assim como suas pernas, são firmes, consideravelmente fortes e me ajudam em muitas coisas. — Sorri. — Mas acho que gosto muito também do meu maxilar. Acredito que componha bem meu rosto. Consigo passar opiniões e sentimentos através deles. Entende o que quero dizer?

— Sim, consigo entender e imaginar.

— É isso. Desculpe não fazer uma descrição tão boa quanto a sua, sendo que propus a ideia.

— Não tem problema, minha imaginação fez bem o trabalho dela.

— Fico feliz.

— Mal vejo a hora de te conhecer pessoalmente Edward.

— Eu também Bella. Eu também.

— Edward?

— Sim.

— Já que estamos nos aprofundando mais em nós mesmos. Sabe algo importante que ainda não sabemos um do outro?

— O que?

— Nossas idades e aniversários.

— É verdade. Acredito que por conta de toda a conversa, imaginamos apenas que temos idades próximas e com isso, o questionamento não surgiu.

— Será? Não tem medo de estar conversando com uma mulher de 50 anos?

— Ok, agora estou assustado. Se fosse uma de 40, poderia pensar no fetiche de me relacionar com uma mulher um pouco mais velha, porém de 50, acredito que minha mãe não aceitaria muito bem, já que a dita cuja, teria uma idade mais próxima a dela, do que a minha.

Rimos juntos.

— Eu sou uma professora de história Edward. Que mora sozinha com seu gato. Você devia temer que tivesse mais de 50 anos.

— Não. A meu ver é uma jovem mulher. Pode ter mais de 30 anos, pode até ser mais velha do que eu, não veria problema nisso. Mas não acredito que seja tão mais velha assim.

— Está bem. Não sou uma jovem senhora de 50 anos. Mas e você? Devo acreditar que um homem jovem, já assumiu o posto de gerência em uma grande filial de empresa de telecomunicações? Será que você não é o senhor por aqui?

— É uma boa pergunta. O que acha?

— Pior que acho que é novo também. Você é muito inteligente e esforçado, acredito que conseguiu o cargo por méritos próprios. E tem também o fato da sua... – Me calei.

— Da minha? O que ia dizer Bella?

— Nada, deixa para lá.

— Não. Já comprovamos que sou curioso, não me deixe na expectativa, por favor.

— Ok. Ia falar da sua voz. Desde a primeira vez que conversamos, ainda na primeira ligação do engano, tenho que confessar que fui mais gentil, porque me encantei pela sua voz. Seu timbre é... Só não imagino que pertença a um senhor.

— Você também tem uma linda voz Bella. Não direi que já a imaginei como minha professora de história, informando todos aqueles temas que não conseguia entender, mas que com essa voz, com certeza me impressionaria. Mas se perguntar, também não poderei negar.

— Edward.

— Desculpe, sou só um homem, afinal de contas.

— Tudo bem. Mas então? Qual sua verdadeira idade?

— Tenho 31 anos e você?

— Um pouco menos. 28 anos.

— Acha que nossas idades combinam?

— Acho que podemos dar um jeito de descobrir. Seu aniversário está próximo?

— 20 de junho. E o seu?

— 13 de setembro.

— Teremos tempo para ver se combinamos até lá.

— Teremos sim...

A expectativa de ainda estar em contato com Edward até a data dos nossos aniversários é animadora.

Será que conseguiremos?

— Bella?

— Sim?

— Estou amando nosso papo, como sempre. Mas receio ter que desligar. Voltei da academia e ainda não tomei nem meu banho.

— Oh, claro. Sem problemas. Pode ir. Acabei te alugando e tomando seu tempo, mas como sempre, nem percebi as horas passarem.

— Sempre sinto o mesmo quando conversamos. Falamos novamente amanhã?

— Sim. Esperarei ansiosa.

— Eu também. Tenha uma boa noite Bella.

— Você também e um bom banho?

Realmente soou como uma pergunta?

— Obrigado. Até amanhã.

— Até.

— Beijos.

Estou sorrindo de novo como uma adolescente.

— Beijos, tchau.

— Tchau.

Desligamos.

— Ah, meu Deus.

Pulei do sofá, assustando Doug que estava dormindo em sua caminha próximo ao outro sofá.

— Desculpe querido, é que estou verdadeiramente empolgada.

O gato bufou, voltando a dormir.

— Sei que não está ligando muito para isso, mas é porque você ainda não conhece o Edward, ele é...

Como descrevê-lo?

Sinto-me sem palavras no momento para fazê-lo.

Só o que sei, é que a cada nova ligação, me sinto ainda mais atraída, conectada, de certo modo, ligada a ele.

Tomara que o amanhã chegue logo, para nos falarmos de novo.

Tomara que sexta-feira finalmente chegue, para nos conhecermos frente a frente.

Tomara...

CONTINUA.


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Notas finais do capítulo

N/A: Então meninas, continuam curtindo o flerte como a Bella e eu? Porque estamos muito animadas por aqui, mas quero saber o que vocês estão achando de tudo.
Hoje nossa menina tomou a iniciativa de ligar para o boy e o pegou terminando de malhar, já imaginaram isso? E como nos contatos anteriores, continuaram a se conhecer, dessa vez, aprofundando um pouco mais no flerte, que tal? Espero que continuem animadas a expectativa do que está por vir...
Agora é com vocês. Comentem, se estão curtindo, se esperam ver mais coisas acontecendo, se estão ansiosas para o encontro, deixem as opiniões. Passem na one recomendada lá em cima, pois a mesma ganhará um bônus muito em breve. Sigam-me no twitter: @KNRobsten. Espero vê-las nos comentários e até dia 19/07, com o próximo capítulo.
~Kiss K Nanda.



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