O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 7
Capítulo 6 - Fatos


Notas iniciais do capítulo

Oii Flores...
Não demorei ta vendoo?
Ameii, cada coment do cap passado, espero que esse tenha a mesma aceitação, grande beijo!



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Capítulo 6 - FATOS

No capítulo anterior...

... E então a escuridão me tomou...

Eu estava numa campina, o sol brilhava incessantemente no belo tapete de lírios brancos. Senti a necessidade de tocá-los, e assim o fiz. Eram macios, perfumados como os que o papai costumava me presentear quando criança. Imediatamente senti aquela quase esquecida sensação de paz.

- Bells?

De repente ouvi alguém me chamar. Alguém não, era a voz do meu pai. Fiquei estática.

- Bella minha menina, quantas saudades, não tenha medo princesa. A voz de papai exclamou.

- Papai é você mesmo? Estou sonhando não é? Perguntei olhando ao redor correndo em direção a voz, foi então que o vi. Charlie Swan, meu adorado pai. A única pessoa que me amou de verdade.

- Você não vai dar um abraço no seu velho pai?

Corri mais rápido ao seu encontro. Choquei-me em seus braços abertos como fazia antigamente quando meu pai chegava do trabalho. Sempre o recebia assim, abraçando-o com todas as minhas forças, como se nada no mundo fosse capaz de quebrar esse contato. Nos seus braços me senti segura novamente, como aquela garotinha de seis anos que esperava ansiosa por receber esse carinho todo final de tarde. Ele transbordava amor e era exatamente disso que eu precisava. Não consegui segurar as lágrimas e chorei. Caí aos prantos abraçada a ele, mas não eram lágrimas de tristeza e sim de felicidade por tê-lo novamente comigo.

- Calma meu anjo, não chore. Ele pediu afagando os meus cabelos num gesto de carinho antigo.

- Eu te amo tanto papai. Sinto muito a sua falta. Balbuciei em meio às lágrimas.

- Eu sei meu amor, eu também te amo muito minha filha. Mas agora você tem que ser forte. Há muito porque lutar Bells.

- Não entendo pai. Choraminguei.

Ele me afastou um pouco para poder olhar nos meus olhos enquanto falava.

- Sei que está sofrendo muito, princesa. Está difícil, compreendo perfeitamente. Mas lembre-se sempre: “Não há felicidade eterna, nem mal que nunca se acabe.”.

- Não consigo papai, não tenho mais forças para lutar. Falei em meio às lágrimas.

- É claro que você consegue filha, afinal é uma Swan, e os Swans não desistem nunca. Ou será que já se esqueceu? Perguntou.

- Nunca vou esquecer quem sou papai. Isso foi à única coisa que me restou. Mas estou cansada, tente entender. Todos esses anos sendo maltratada pela mamãe, sem nem ao menos saber o porquê de tanto ódio. Me sinto tão sozinha pai, ninguém se importa comigo, ninguém, absolutamente ninguém me ama. Só tenho o senhor e agora que o encontrei novamente não vou mais me separar de você, você não pode me deixar outra vez, por favor? Solucei.

- Shi... Não chore pequena. Estarei sempre contigo meu amor. Mas você não pode permanecer aqui. Ainda há muito que viver Bella, você será muito feliz ao lado daqueles que te amam de verdade. Tenha fé querida, confie em mim.

Agarrei-me mais a ele. Eu não queria ir embora. Queria ficar com meu pai em qualquer lugar que fosse, o importante era a felicidade que sentia por tê-lo de volta cuidando de mim, como antes.

- Eu sei meu amor, não pense que não compreendo a sua dor. Pois ela é minha também. Mas agora está na hora de você voltar querida. Despedimos-nos aqui, eu te amo muito Bells, seja FORTE por mim, por você e por aqueles que te amam de verdade. Ainda há pessoas boas no mundo meu anjo e você acabou de encontrar algumas dessas raridades, portanto, LUTE, MINHA FILHA, LUTE! E mais importante: SEJA FELIZ!

Papai desvencilhou-se do meu abraço, beijou a minha testa e saiu caminhando...

- Não esqueça EU TE AMO.

- Não vá. Fique papai! Exclamei enquanto ele desaparecia através da névoa espessa.

E então acordei assustada...

Tinha sido tudo tão real, tão vívido!

Assim que abri os olhos dei de cara com um anjo. Ela me fitava com seus grandes olhos verdes, uma expressão tranqüilizadora e imediatamente senti-me em paz. Mas não pude ignorar a terrível dor na cabeça, por reflexo tentei levantar a mão para verificar, foi então que percebi que o meu braço direito estava imobilizado. O movimento me causou mais dor do que o ferimento na cabeça.

- Ai! Protestei.

- Calma querida, não se esforce. Você se machucou. Ela falou pondo carinhosamente meu braço no lugar.

- Como isso aconteceu? Onde estou? Perguntei confusa. Olhando primeiramente ao redor do local percebi que não estava em casa. – Não lembro de ter... Não completei a frase. Imagens da briga entre mamãe e eu vieram a minha mente, e então lembrei. Mamãe me jogara escada abaixo, por isso me machuquei.

Ela deve ter entendido pela minha expressão que eu tinha me lembrado de como tudo ocorreu e resolveu se certificar.

- Bem vamos começar devagar está bem?

- Como disse antes, você se machucou ao cair da escada de sua casa. Está no hospital Central de Forks, e eu Sou a Doutora Esme Cullen. Respondeu.

Não tive outra reação a não ser assentir. O que aumentou o meu desconforto.

- Agora me diga, como se chama?

- Isabella. Isabella Swan doutora.

-Ótimo. Posso te chamar de Bella? Perguntou.

- Sim.

-Ok Bella... Continuou.

- Você se lembrou de como tudo aconteceu?

Mais uma vez teria que mentir. Acontecesse o que acontecesse Renee era minha mãe. Não posso fazer mal a ela, não consigo apesar de tudo o que ela me disse, de tudo o que me causou.

- Não... Fiz uma pausa. Não me lembro doutora. Murmurei baixinho.

- Entendo meu bem. Vou lhe explicar ok? Mas antes me diga como se sente. Alguma dor? Vertigem, ou outro mal-estar?

- Me sinto bem doutora, a não ser uma pequena dor na cabeça. Deve ser por causa da pancada não é mesmo?

- É sim querida, você se machucou gravemente, teve um traumatismo craniano e fraturou a mão esquerda. Mas já está tudo bem não se preocupe, e logo, logo ficará totalmente recuperada. Falou tranqüilizando-me.

- Meu Deus, foi tão grave assim? Falei assustada.

- Infelizmente sim, porém como disse antes está tudo sob controle. Nesse momento sua única preocupação é descansar, certo?

- Certo. Assenti

- Ótimo!

- Há mais alguma coisa que queira me perguntar Bella?

Hesitei. Na verdade havia várias coisas que eu queria saber, mas não se estava pronta para ouvir as respostas.

- Pode perguntar o que quiser filha. Ela mais uma vez me assegurou.

O tom extremamente maternal estava presente em cada palavra da Doutora Esme. Se ela tinha filhos, esses com certeza são as pessoas mais amadas desse mundo. Queria que tivesse sido assim comigo, mas infelizmente não foi possível.

- E então? Perguntou-me.

Saí de meus devaneios ao ouvir sua voz.

Essa era a minha deixa, afinal queria entender como vim parar aqui. A última coisa que me lembro, foram das palavras cruéis da mamãe, e depois do encontro, sonho, seja lá o que for com o papai.

- Como... Como cheguei até o hospital? Questionei.

- Certo. Vou te contar tudo desde o exato momento que chegou aqui ok?

- Por favor, eu gostaria muito. Respondi.

- Bella, você deu entrada aqui no hospital há exatamente três dias. Pelo que sua mãe nos informou, você aparentemente caiu da escada de casa o que causou os seus ferimentos. Ao chegar do trabalho, ela a encontrou desacordada no andar de baixo e com um corte profundo na cabeça, o que diagnosticamos como traumatismo craniano, tivemos que operá-la imediatamente, para evitar maiores complicações. Desde então temos cuidado de você, fazendo o melhor possível.

Espera. Segundo a mamãe eu caí da escada acidentalmente e ela me encontrou quando chegava do trabalho? Trabalho? Pelo amor de Deus! Como ela podia ser tão cínica?

Pela minha cara de espanto a Doutora deve ter percebido o meu choque. Não estava assustada com os fatos em si, mas com a capacidade de mentir da minha mãe. Foi então que lembrei das palavras do meu pai, “SEJA FORTE” e foi com elas em mente que consegui me controlar.

- Está tudo bem querida? Sente algo? Ela quis saber levantando da cadeira imediatamente e me examinando.

- Estou bem doutora, não se preocupe.

Ela assentiu e sentou novamente ao pé da cama.

- Agora que finalmente a princesa acordou, e já conversamos acho que está na hora da senhorita descansar. Ainda está muito debilitada, não é bom abusar. Ela falou sorrindo, levantou e delicadamente depositou um beijo na minha testa machucada.

Aquele simples gesto aqueceu meu coração. Essa mulher realmente é um anjo.

- Mais tarde volto pra ver como está, tudo bem? Se pudesse ficaria aqui te fazendo companhia, mas não posso, tenho outros pacientes pra cuidar. Sempre que tiver um tempinho volto pra te ver, filha.

- Muito obrigada, por tudo Doutora. A senhora é realmente um anjo.

Ela sorriu em resposta cruzando o quarto.

Enquanto ela ia em direção a porta, outra coisa me ocorreu.

- Doutora? Chamei. – Onde está a minha mãe?

- Sim, claro querida. Esqueci de falar. Infelizmente ela não pôde permanecer aqui até você acordar, houve um chamado urgente no trabalho e teve que viajar. Mas não sem antes que nós a garantíssemos que você não corria mais risco de vida, mesmo assim ela disse que volta na sexta, para poder levá-la para casa. Tentarei entrar em contato com ela para avisar de seu progresso. Explicou-me suavemente.

Assim que ela terminou de falar seu celular tocou.

- Entendo. Foi à única coisa que consegui responder.

- Não fique triste Bella, você não está só. Desculpe-me, mas agora realmente tenho que ir. Até logo.

- Até. Respondi automaticamente.

- Alô, ah, oi filha. Atendeu ao telefone. -E então conversou com o seu irmão? Estou bastante preocupada... Falou saindo porta afora.

Encostei-me mais aos travesseiros sentindo-me completamente vazia.

Não há mais dúvidas: Renee Swan definitivamente era um monstro.

(...) CONTINUA.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃOOO?
COMENTEM, COMENTEM, COMENTEM!
SE ATÉ AMANHÃ TIVERMOS A MESMA QUANTIDADE DE COMENTS DO CAP ANTERIOR POSTO O CAP EXTRA, O QUE ACHAM?
BEIJOOO!
*-*