O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 6
Capítulo 5 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

OII FLORES...
DESCULPEM A DEMORA, MAS EM COMPENSAÇÃO TEMOS UM BIG E IMPORTANTE CAPÍTULO, ESPERO QUE COMENTEM E MUITO, BEIJÃO.
VAMOS A LEITURA!



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Capítulo 5

Assim que saímos do estacionamento Edward fez a pergunta crucial, onde ficava a minha casa. Achei que estava preparada, mas não. Imaginei várias possibilidades, entre elas dar o endereço errado, ou parar numa rua próxima, sei lá, mas não conseguia mentir para ele, portanto decidi indicar o caminho verdadeiro, mesmo que isso me levasse sérias complicações com a minha mãe.

- Bella me explica como faço para chegarmos até a sua casa. Ele repetiu acho que pela terceira vez.

- Desculpe Edward, estava distraída! Bem você pega a rodovia principal, depois segue a 110 e vira a primeira direita.

- Ok, então senhorita Swan vamos em frente. Ele falou tentando sorrir, mas esta mera tentativa de humor não chegou aos seus olhos.

Continuei explicando o caminho afinal Edward acabara de se mudar para Forks. O que me deixou curiosa para saber como era sua vida antes de chegar aqui. Ficamos em silêncio por alguns minutos e eu resolvi que era hora de quebrá-lo. Quem sabe assim não conseguia afastar a tristeza pelo fim dos maravilhosos momentos que compartilhamos.

- Edward, posso perguntar uma coisa? Falei meio hesitante.

- Claro Bella, o que você quiser.

- Antes de mudar para Forks, onde vocês moravam?

Ele riu antes de responder.

- Calma Bella, não precisa ficar vermelha por me perguntar algo. Já disse que pode perguntar tudo o que quiser, nunca teremos segredos entendeu? Quero que você saiba tudo sobre mim, os mínimos detalhes, assim como quero conhecer tudo sobre você. Mas voltando a sua pergunta, nós viemos de Londres. Nossa mãe é médica e foi transferida para o Hospital de Forks. Sabe como é, vida de médico é sempre assim, nunca tem local estabelecido. Ela bem que tentou nos convencer a continuar lá, afinal Londres foi o lugar que permanecemos mais tempo, mas na nossa família o mais importante é a união e o amor que nutrimos uns pelos outros, por isso nem discutimos a possibilidade de vivermos separados. Então aqui estamos.

A maneira carinhosa como ele falava da família só me fez admira-lo ainda mais. O mesmo amor que Alice demonstrara hoje na escola, o mesmo orgulho de viver feliz.

A tristeza já ameaçava transpor os muros do meu coração, porém fui mais forte. Não ia chorar novamente por algo que não posso ter que sempre me foi negado.

Paramos no sinal vermelho e Edward me olhou. Acho que ele percebeu minha súbita e breve mudança de humor e eu tentei sorrir um pouco para disfarçar, mas não funcionou.

Ele não falou nada, simplesmente me beijou. Um selinho demorado, em seguida pousou os lábios suavemente na minha testa e o sinal abriu.

Resolvi continuar com as perguntas, assim o manteria falando e as emoções traiçoeiras longe de mim, pelo menos até que chegasse em casa.

- Entendo. Falei surpresa pelo beijo, nem precisa dizer que as minhas bochechas estavam rubras não é?

- E o seu pai, o que ele faz?

Perguntei e na mesma hora me arrependi. Edward mudou de expressão assim que terminei de falar. O silêncio dessa vez não era agradável como nas outras ocasiões, era algo tenso. Suas mãos seguraram o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Ele respirou fundo antes de responder.

- Eu não tenho e nem nunca tive pai, Bella. Ele nos deixou quando a mamãe estava grávida de mim e da Alice, cinco meses depois do nascimento do Emmett. Respondeu num misto de tristeza e ressentimento.

- Desculpe Edward... Eu... Eu não sabia. Me perdoa por ser inconveniente, sei o quanto é difícil falar sobre coisas que nos magoam.

- Tudo bem. Edward suspirou apertando a minha mão que ainda estava entrelaçada á sua.

Depois da minha pergunta estúpida decidi que permanecer calada era a melhor solução. Porém o que me deixou surpresa foi o fato de Edward ter passado por algo tão semelhante ao meu problema. A diferença era que ele tinha a mãe que o amou por dois, que foi pai e mãe ao mesmo tempo, quanto a mim, só restou à banda podre dos genitores, já que meu pai o único que realmente se importara comigo morreu quando eu tinha cinco anos e desde então não conheço o significado da palavra AMOR.

- Ei... Porque se calou? Desistiu de saber tudo sobre mim? Tenho muitas coisas para contar ainda. Edward falou sorrindo torto e não pude deixar de retribuir.

- Na verdade achei melhor me calar antes que faça outra pergunta...

- Nada disso senhorita Swan. A culpa não é sua, você não tinha como saber, além do mais isso não é importante para mim, já deixou de ser há muito tempo. Coisas ruins a gente tranca no armário dos pesadelos e deixa lá esquecido. Minha mãe sempre me falava isso quando tinha um sonho ruim, ou passávamos por alguma situação delicada. Posso te garantir que é um sábio conselho. Agora voltemos às perguntas enquanto ainda tem chance, pois quando chegar a minha vez, não poderá escapar. Ele falou me interrompendo.

Era impressionante a capacidade que Edward tinha para lidar com esse tipo de coisa. Mais uma coisa na lista de qualidades a admirar em Edward Cullen.

- Está bem já que você insiste senhor Cullen. Sorri ante a minha própria brincadeira, acompanhada por ele.

- Senhor Cullen, gostei de como soa na sua voz. Ele falou piscando e com um sorriso lindo estampado no rosto.

- Voltando às perguntas... Usei o mesmo termo que ele há alguns minutos atrás.

- Como quiser madame. Falou.

- Bem, me conta como era sua vida em Londres. Seus amigos, a escola...

- Era uma vida absolutamente normal, como em qualquer lugar. Falou dando de ombros. - Os amigos se resumiam basicamente há algumas pessoas no colégio, já que a grande maioria se mantinha afastados por puro preconceito. Porém os poucos que tínhamos nos bastavam, porque eram sinceros, e é isso o que verdadeiramente conta.

E mais uma vez fiquei intrigada com o que o Edward disse. De que maneira eles sofriam preconceitos? Tudo bem que não nos conhecemos direito, mas pude perceber que são pessoas maravilhosas. Gentis, educadas, amam uns aos outros, sabem ser AMIGOS.

Esse fato do preconceito não saiu da minha cabeça.

- Não entendi bem Edward. Claro que a parte da normalidade sim eu compreendi, mas o fato de vocês terem sido vítimas de preconceito realmente me intrigou. Conte-me, de que maneira isso aconteceu?

- Bem, não sei até que ponto a Allie falou da nossa família, mas acho que ela deve ter contato sobre a Rose e o Jazz. Continuou.

- Sim, sim, ela falou, mas ainda não entendo.

- Quando os pais da Rose e do Jazz morreram naquele acidente a mamãe travou uma verdadeira batalha para ficar com a guarda deles. Pelo fato de ela ser uma mulher separada, para não dizer abandonada, e já ter três filhos, foi muito difícil à batalha judicial. Depois de vencida a mesma, começou a luta contra a sociedade em si. As pessoas tinham dificuldade de aceitar a nossa família, porque éramos filhos de mãe solteira. O preconceito era ainda maior comigo e com a Allie por não termos sido registrados por... por nosso pai. Ele falou a última palavra hesitante, pude perceber.

- Então crescemos e aprendemos a ignorar as coisas ruins, mas isso não significa que deixamos de ser vítimas delas. E tudo realmente piorou, quando a Allie e o Jazz, o Emm e a Rose finalmente assumiram que se amavam desde crianças e começaram a namorar. Isso sim foi realmente um choque, mas eles não se importavam e nem se importam até hoje. O que realmente é válido é a verdade presente em nossos corações, concorda?

- Sim, concordo plenamente. Respondi encarando o par de esmeraldas que me fitavam intensamente.

- Só acho um absurdo as pessoas terem discriminado a sua família por causa de uma coisa dessas. Meus Deus! Em que século estamos afinal? A sua mãe não cometeu erro algum, pelo contrário, amparou aqueles que ela sempre considerou como filhos na hora que eles mais precisavam. Enquanto ao fato de ser separada, isso não é culpa dela, não foi ela quem quis assim e se fosse, isso não é da conta de ninguém. Que tipo de sociedade vivemos que alimenta a tese de que uma mulher sozinha não tem condições de assumir tal responsabilidade? As pessoas que se afastavam de vocês eu nem comento, porque acho que sou capaz de cometer um ato de violência se encontrasse com um exemplar desses. Ainda bem que a sua mãe foi e é uma mulher forte e transmitiu essa mesma força aos filhos. Falei totalmente indignada e Edward me olhou com um brilho de felicidade e diversão nos olhos.

- Meu Deus Bella, achei que você não ia acabar nunca esse desabafo. Falou aos risos.

- Pára Edward. Não tem graça. Estamos falando de coisas sérias. Você tem que concordar que tudo isso é no mínimo repulsivo. Retruquei.

- Concordo em gênero, número e grau com você meu anjo. Mas como disse antes, isso só nos afetava quando crianças, depois conseguimos lidar muito bem com os ignorantes, a única coisa que não permitimos é que se atrevam a ofender a Dona Esme. Edward falou todo orgulhoso da grande mulher que lhe deu a vida.

Espera. Eu ouvi bem, o Edward se referiu a mim como MEU ANJO? Foi isso mesmo, ou estou ouvindo coisas?

Acho que ele percebeu a minha cara de boba, pois começou a rir de novo e eu não tive outra alternativa a não ser tentar sorrir também.

Assim continuamos a nossa conversa, eu queria saber cada detalhe da vida de Edward Cullen, não era curiosidade e sim necessidade. Quando dei por mim já estávamos entrando na rua onde moro, mais precisamente faltavam três casas até a minha. E esse fato mais uma vez me frustrou.

A idéia de parar antes de casa parecia tão atraente nesse momento.

- Edward, pode me deixar aqui mesmo. Já estamos próximos, além do mais está ficando tarde e a sua mãe deve com certeza está preocupada. Falei tentando esconder o pânico de ser vista pela minha mãe. Se bem que a essa hora ela sempre está na rua com algum dos seus muitos namorados bêbados.

- De jeito nenhum Bella. Prometi que te levaria em casa e é exatamente isso que vou fazer.

- Eu, sei. Já estamos praticamente lá. Não é para tanto. Se você se sentir melhor, pode esperar até eu entrar em casa ok? Tentei mais uma vez argumentar, não estava com um bom pressentimento para ser realista.

Edward parou o carro de repente. Assim que nossos olhos se encontraram vi tristeza neles.

- Me diga Bella, por acaso você também tem vergonha de mim? Ele falou tão baixo e soltando nossas mãos entrelaçadas que se eu não estivesse bem próxima não ouviria.

- Lógico que não Edward. Pelo amor de Deus, como você pode falar um absurdo desses depois de tudo o que conversamos? Acho que já deixei bem clara a minha posição quanto a isso. Nunca mais pense assim ok? Eu te proíbo Edward Cullen. Falei tocando seu rosto com a ponta dos dedos e em seguida não sei de onde tirei coragem e o abracei. Mais uma vez senti aquele perfume reconfortante, que me trazia sensação de paz.

- Tudo bem. Mas então me explica porque você não quer que eu te deixe na porta de casa. Já sei. Você é comprometida é isso? Tem um namorado e não quer magoá-lo? Olha Bella se for isso realmente me desculpe pelo que houve hoje à tarde, prometo que não vai se repetir, não quero estragar sua felicidade. Ele falou se desvencilhando facilmente do meu abraço e olhando pela janela.

Senhor, ele tinha entendido tudo errado. Céus tinha que esclarecer isso de uma vez por todas, porém não podia dar detalhes que levassem a minha fatídica vida familiar.

- Edward, você compreendeu tudo errado. Falei esperando ele me olhar novamente o que não aconteceu. Foi ai que eu vi que ia ser mais difícil do que realmente imaginei.

- Não precisa explicar Bella. A culpa foi minha.

Mais uma vez tomei coragem para agir. Peguei sua mão direita conseguindo assim que ele me olhasse, esperava que meus olhos fossem o bastante para transparecer e ilustrar a verdade das minhas palavras.

- Edward, de uma vez por todas. Eu não sou comprometida e nem tenho um namorado. Não há ninguém a quem eu tenha medo de magoar. Entendeu? E só pra você ter certeza liga esse carro porque está ficando tarde e eu realmente estou muito cansada pra andar alguns metros até em casa. Brinquei para tranqüilizá-lo.

Sorri ao ver seu rosto se iluminar e depois uma pequena ruguinha formar-se entre suas sobrancelhas perfeitas.

O carro voltou a andar alguns metros e estávamos exatamente na porta da minha residência.

- Essa parte sim, mas então porque exatamente você se incomodou de eu te deixar na frente de casa? Por acaso seu cachorro é valente? Não tenho medo de cães. (TÁ VENDO SÓ JACOB? MomentozuaçãomodoOFF) Falou tentando fazer piada, então vi que seu bom humor estava voltando.

Suspirei. A parte da verdade era só que eu podia oferecer nesse momento.

- Bem, é complicado. Comecei.

- Acho que eu posso entender. Ele continuou.

- O problema é que a minha mãe é um pouco... Como eu posso definir... Ciumenta. Por causa disso as vezes ela pode ser um pouco rude com as pessoas, além do mais para ela você é um estranho e aquela velha conversa de “ Não fale com estranhos...” ainda é válida aqui em casa.

E lá vou eu novamente enfeitando a história para disfarçar a vergonha de ser humilhada e odiada pela própria mãe.

- Tudo bem Bella. Se todo o problema é porque sua mãe e eu não nos conhecemos podemos resolver isso imediatamente.

- Não! Gritei.

- Quer dizer, isso não será problema, até porque não iria adiantar muita coisa. Falei olhando para as janelas. Acho que a mamãe não está em casa, todas as luzes estão apagadas. Um outro dia quem sabe? Agora acho melhor eu ir. Tivemos um dia agitado e realmente estou muito cansada, imagino que você também.

- Ok Bella, já entendi. Mas saiba que eu tenho certeza que há mais nessa história do que você está preparada para me contar. Sou paciente, sei esperar. Só não esqueça de que estarei sempre pronto a ouvir, certo meu anjo?

Assenti e sorri ao me dar contar de que era a segunda vez em menos de meia hora que ele me chamava de anjo. E isso com certeza me faria ter bons sonhos, assim como o nosso tempo juntos, os beijos, o carinho, o amor que recebi nos braços de Edward.

Ele me abraçou permitindo assim que seu magnífico cheiro penetrasse nos meus sentidos, como uma doce recordação dos nossos momentos. Afastou-me um pouco só para selar nossos lábios num beijo carinhoso, daqueles que aquecem corpo e alma. Quando acabou, procurei por seus olhos verdes hipnotizantes e me perdi ali.

Olhei novamente para a janela da sala e pude ver uma luz se acender. Imediatamente o medo me envolveu, porém a tristeza era maior. Em compensação essa era a minha deixa para entrar em casa de uma vez.

- Eu tenho que ir. Falei não conseguindo controlar a tristeza na minha voz. Ao mesmo tempo em que ia abrindo a porta do carro.

- Eu sei. Mas amanhã venho te buscar as sete, pode ser?

- Edward, não sei. Realmente é complicado. Além do mais estou acostumada a ir de ônibus e não quero incomodar.

- Não aceitarei um NÃO como resposta moçinha e não será incomodo algum. Não é seguro uma garota linda como você andar de ônibus. (AII, MOMENTO EDWARD, SUPER PROTETOR ON).

Não pude deixar de revirar os olhos com essa.

- Eu ando de ônibus diariamente e estou viva Edward. Realmente não há perigo. O único mal que pode acontecer é alguém derrubar os seus livros, ou dormir no seu ombro pela manhã.

- Pois então. Não quero os seus livros no chão, e muito menos algum engraçadinho dormindo no seu ombro, portanto não se fala mais nisso. E se não quiser que te pegue aqui te espero no ponto de ônibus, melhor assim?

Sem saída, só pude assentir.

- Ótimo!

Não sei como, mas Edward acabou saindo primeiro para abri-la para mim como perfeito cavalheiro. Aceitei a gentileza e já ia me despedir, mas o barulho de porta sendo destrancada chamou minha atenção. Ambos olhamos na direção da casa e lá estava ela.

- Tchau Edward, até amanhã. Foi muita gentileza sua me trazer até em casa. Obrigada mais uma vez. Despedi-me o mais formal possível.

Ele pareceu entender a minha reação, pois nada falou, mas surpreendeu-me ao me dar um abraço forte e encorajador.

- Ora, ora, Isabella. Agora sim compreendo a razão de não ter comparecido ao trabalho hoje. O seu chefe telefonou preocupado e a senhorita se divertindo por ai. Deixe-me ver de perto quem é a vítima da vez. Renee falou despejando toda a sua crueldade.

Soltei-me rapidamente do abraço de Edward e fui ao seu encontro dela antes que o show começasse ali mesmo.

- Fiquei onde está. Porque a pressa? Não vai me apresentar seu novo “amigo”? Falou me fazendo congelar no lugar nos alcançando.

Edward me olhou e eu supliquei com os olhos que me perdoasse de todo essa humilhação.

- Não será necessário que Bella faça as apresentações senhora. Meu nome é Edward Cullen, sou amigo de Bella, muito prazer. Falou estendendo a mão cumprimentando-a educadamente.

- O prazer é meu Edward, mas garanto que Isabella tem muito mais prazer do eu não é moçinha? Falou exalando malícia.

Mas Edward não se deixou levar e continuou normalmente.

- Senhora se me permite...

- Oh! Senhora não, por favor, esse termo envelhece. Renee é mais saudável.

- Bom Renee, como eu dia dizendo, a Bella passou mal no colégio, por isso não pode comparecer na hora ao trabalho. Mas nós fomos até lá e falamos com o seu chefe e tudo já foi devidamente esclarecido.

- Tenho certeza que sim.

- Mas uma coisa te aviso, não queira encobrir as irresponsabilidades desta garota. Isabella parece ser um anjo, mas é só a aparência mesmo. Aposto que até mesmo esse mal-estar não passou de mais de um dos seus fingimentos, portanto muito cuidado.

- Mamãe, para com isso.

- Cale a boca sua vadia. Quem você pensa que é pra me dar ordens ein?

- Já tinha te avisado Isabella, mais um de seus espetáculos eu não ia tolerar. E o pior é que você ainda envolveu esse pobre rapaz. Desde que nasceu só me traz problemas, só me faz passar vergonha.

A essa altura as lagrimas já caiam silenciosamente dos meus olhos. Já estava acostumada a ser humilhada e pisoteada pela mamãe, mas hoje foi demais.

A única reação que tive foi sair correndo dali sem olhar para trás. Entrei em casa desesperada, os soluços dominando meu corpo, o choro pranto rompendo sem dó as barreiras. Segui para o meu quarto, bati a porta e escorreguei na mesma até o chão.

Pouco tempo depois, ouvi o barulho do carro saindo e a porta da frente sendo fechada. Ouvi os passos de Renee subindo a escada e automaticamente meu corpo se retesou. O terror estava só começando.

- Abra a porta sua vagabunda. Vamos se não abrir sabe que vou derrubar não é Isabella?

- O que você pensou ein? Que ia trazer aquele garoto idiota aqui e tudo seria resolvido? Continuou. Já mostrei pra ele o tipo de garota que você é, uma vadiazinha sem valor. Esse com certeza foi embora pra nunca mais voltar. Amanhã na escola todos saberão que espécie pertence à magnífica Isabella Marie Swan. Isso não é ótimo?

- Pare mamãe, por favor, não continue. Implorei, mas sabia que era em vão.

- Parar? Por quê? Dê-me um bom motivo filhinha!

Abri a porta do quarto com toda a raiva e sofrimento reprimidos, ameaçando aflorar a qualquer momento. Durante anos, e anos, sempre ouvi e aceitei todos os tipos de violência que minha mãe cometida comigo. Procurava sempre relevar e seguir adiante, mas hoje ela foi longe demais.

- Por que mamãe? Por que me odeia tanto? Explica Renee Swan, o que eu te fiz? Gritei desesperada.

- Não ouse gritar comigo vadia. Já esqueceu o que acontece quando me irrita além do necessário?

- Eu grito, simplesmente porque não agüento mais! Sempre fiz de tudo para agradá-la e o que eu ganho em troca? NADA, ABSOLUTAMENTE NADA. Você só sabe me humilhar, maltratar, menosprezar, explorar. O que eu sou para você? Não responda mamãe, eu já sei muito bem. SOU APENAS A CAUSA DO SEU SUSTENTO! É ISSO MESMO, NÃO PASSO DE UM OBJETO! SE BEM QUE OS OBJETOS SÃO BEM TRATADOS AQUI, AO CONTRÁRIO DE MIM. Depois que cresci a sua “renda” cresceu também com o MEU TRABALHO, MEU! Trabalho esse que tive que conseguir para comer e me vestir já que a gorda pensão que o papai deixou você torra com homens e bebida. Infelizmente mamãe eu a amo e tudo o que suportei e esperei até hoje, foi porque tinha esperança de um dia você me amar nem que fosse um décimo do que eu a amo. Desabafei completamente, chorando.

- Responda mamãe, o que eu te fiz para merecer isso? RESPONDA DROGA!

De repente ouvi um estalo alto e forte. Só depois me dei conta da fonte do barulho. A ardência na face e o sangue brotando por meus lábios não foi nada comparado ao choque.

Acordei do transe arrastada pelos cabelos jogada escada abaixo, a última coisa que senti foi um frio intenso, enquanto ouvia as seguintes palavras:

- Agora eu te respondo com muito prazer Isabella. Sabe o que foi que você me fez? Sabe por que você merece tudo de ruim nesse mundo? Simples e unicamente porque eu cometi o erro de deixar VOCÊ NASCER.

E então a escuridão me tomou...

(...) CONTINUA.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO AMOORES...
ESPERO A OPINIÃO DE VC'S,QUEREM QUE CONTINUE?
AH OUTRA COISA, FIQUEI TRISTE PQ OS COMENTÁRIOS CAÍRAM, O QUE HOUVE? POR FAVOR FALEM PRA QUE EU POSSA CONSERTAR DE ALGUMA MANEIRA OK?
GRANDE BEIJO E ATÉ BREVE!
*-*