O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 5
Capítulo 4- Impressões de Alice: O amor está no ar


Notas iniciais do capítulo

Olá flores.
Sei que demorei e muito, mas a minha conta esteve bloqueada por 30 dias e por isso não tenho postado. Desculpem mesmo a demora.
Agora vamos ao que realmente interessa, o capítulo.
Ai está mais um, quero saber o que acharam, até lá embaixo!



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Capítulo 4

Não sei ao certo quanto tempo ficamos abraçados no estacionamento. Aquele contato parecia ser vital demais para ser interrompido. Enquanto a parte maior de mim estava em júbilo, a outra, menor e mais irritante dizia que nenhuma felicidade é eterna. Imediatamente bani esse pensamento, me permitindo ao menos dessa vez ser feliz por completo.

Apesar de estar me sentindo nas nuvens, e de não querer sair da proteção dos braços de Edward, percebi que ali não era exatamente o lugar ideal para permanecermos na nossa bolha particular. Não me contive e suspirei. Edward acabou percebendo minha “exclamação” pouco feliz e se afastou um pouco observando minha expressão resignada.

Seu olhar penetrante invadindo meus sentidos. Havia neles, um misto de insegurança e determinação quando ele finalmente falou.

- O que foi Bella, algo errado? Acha que foi muito precipitado? Eu sei que nos conhecemos hoje, mas pra mim é como se nos conhecêssemos há anos. Quero que saiba, antes de qualquer coisa, que nunca a magoaria. Não sei explicar, mas sinto que tenho que proteger você. Sei que está sofrendo por algo que está fora do meu alcance, algo maior, mas eu nunca, nunca me aproveitaria de um momento de fragilidade. Se a beijei foi porque essa era a minha vontade, não por obrigação ou coisa parecida. – Ele falou tudo rapidamente.

Ouvi tudo claramente, mas parecia um sonho, do qual não queria acordar nunca. Só existia uma palavra pra definir o que sentia naquele momento, felicidade.

Edward me fitava diretamente e era óbvio que ele esperava uma resposta a tudo que tinha acabado de dizer. Mas como poderia responder se nem eu mesma sabia o que falar? Não encontrei palavras, então fiz o que meu coração pedia. Calmamente coloquei meus braços em seus ombros me aproximando, e pousei suavemente meus lábios nos seus. Essa foi à única resposta que eu tinha naquele momento. Palavras não seriam suficientes para responder.

Quando abri os olhos, seu sorriso torto estava a minha espera. Afundei minha cabeça no seu peito, sentindo o cheiro maravilhoso e reconfortante.

Ao que parece ele entendeu que sua preocupação não tinha sentido, mas ainda havia uma pequena ruga no meio da sua testa e imediatamente entendi do que se tratava. Resolvi explicar de uma vez o motivo do suspiro, antes que interpretasse mal novamente.

- Acho melhor sairmos daqui, afinal o estacionamento de uma empresa é um local pouco apropriado para continuarmos assim. Falei procurando não demonstrar o quanto estava chateada por ter que sair da nossa bolha particular.

Edward pareceu compartilhar da mesma opinião que eu, pois quem suspirou dessa vez foi ele. Não pude deixar de rir, afinal descobri uma coisa em comum entre nós.

Afastamos-nos, porém, ele segurou a minha mão entrelaçando nossos dedos enquanto seguíamos em direção ao carro. Como perfeito cavalheiro abriu a porta do passageiro, esperando que me acomodasse, dando a volta sentando ao meu lado. Uma vez dentro do veículo Edward me olhou, não precisávamos falar absolutamente nada, o silêncio era confortável. Demorou um pouco até ele desviar seus olhos verdes esmeralda do meu rosto, o que foi um tremendo alívio, pois com certeza este já estava no mais anormal tom de vermelho. Ele segurou a minha mão, dando a partida no carro com a outra, colocando-o em movimento. E eu fiquei muito feliz por não quebrar o nosso contato, era tão bom me sentir protegida, amada.

Sei que era cedo para todas essas sensações, mas não consegui evitar, uma vez na vida alguém demonstrou se importar verdadeiramente comigo e isso não tem preço. Ainda concentrada em meus pensamentos, ouvi outro suspiro e olhei para Edward.

- Tenho que te levar pra casa. Queria ficar mais um tempo com você, mas deve estar cansada, hoje não foi um dia fácil e imagino que o conforto de um lar é o melhor remédio.

Ele terminou de falar ainda olhando para o caminho à frente, e graças a Deus não pôde ver o qual infeliz eu estava por ter de voltar aquele inferno. Edward estava triste, eu podia perceber, mas não mais do que eu. Decidi que não o importunaria mais com minhas lamurias, a barreira estava forte novamente, pelo menos assim esperava.

Pov Alice

Hoje era o nosso primeiro dia na escola nova. Como sempre estava ansiosa pra conhecer novos amigos. Apesar de ser considerada uma pessoa animada... Bem eu não me acho nem um pouco animada, isso é coisa da imaginação das pessoas. Ta, ta, tudo bem, admito, sou um pouco mais um pouquinho só animada, traduzindo: Sou feliz.

Nada poderia estragar essa manhã espetacular a não ser o fato de eu ainda não possuir meu próprio carro. Eu sei que posso estar exagerando e talz, mas só queria um pouco de privacidade, principalmente na hora de me arrumar, o Ed não me deixa em paz com aquele velho mantra de “vamos chegar atrasados, só te dou cinco minutos Allie”... Será que ele não entende que mulheres precisam de tempo? Que a pressa é a inimiga da perfeição? Bem, também poderia pegar carona com a Rose e o Emm, mas esses dois me deixam enjoada com tanto agarramento, isso é constrangedor, então minha única opção é o Ed, porquê o Jazz não gosta de dirigir, argh! O fato é que euzinha aqui Alice Cullen, irmã gêmea desse ser chamado Edward Cullen, não entende como duas pessoas completamente diferentes podem ser irmãos, e pra piorar gêmeos. Como conseguimos compartilhar o mesmo espaço durante nove meses, isso com certeza só se deu por um milagre divino, essa é a única explicação plausível.

Homens são tão injustos! Com exceção do Jazz, ele é perfeito!

Saí de casa em direção ao Volvo, feliz e contente como todas as manhãs. Apesar de hoje ser especial porque era o nosso primeiro dia na escola nova e na cidade de Forks praticamente.

Assim que chegamos no colégio pegamos nossos horários e para minha completa surpresa e desapontamento, teria poucas aulas com o Jazz. Na nossa escola antiga, tínhamos quase todas as aulas juntos, o que não permitia sentir saudades do meu amor. Fiquei um pouco triste e ele logo me confortou.

- Não fica assim amor, serão somente duas aulas sem você, além do mais vou estar pertinho.

Ele falou beijando a pontinha do meu nariz enquanto eu me agarrava nele abraçando forte.

- Eu sei amor, mas é que velhos costumes nunca morrem. Falei tentando recuperar o bom humor.

- Ei, vocês dois, parem de se agarrar e vão pra aula, estão até parecendo o Emm e a Rose.

O Ed falou tentando fazer piada, mas ao mesmo tempo usando seu tom paternal, aquele que ele sempre aplica pra nos advertir ou consolar. Apesar de termos a mesma idade, o considero o meu porto seguro, minha fortaleza. Isso acontece com todos os nossos irmãos, dentre todos nós o Edward é o mais responsável, sempre foi.

Mostrei a língua pra ele, me despedi do Jazz e saí em direção ao prédio de geometria.

Nos encontramos na aula seguinte e ele definitivamente estava estranho. Sabe aquela misteriosa ligação de gêmeos? Pois é, isso é verídico. Quando entrei na sala, o Edward já estava sentado, cheguei atrasada como sempre. Falei com o professor, e o mesmo pediu que me apresentasse a classe, a mesma burocracia de sempre, e fui até o meu irmão. Ele estava com uma cara estranha, ou melhor, eu diria apaixonada, se é que isso é possível se tratando do Edward. Quando digo isso não é que ele seja gay ou coisa parecida, mas meu maninho nunca foi um don juan, teve poucos relacionamentos. O mais duradouro, há exatos seis meses, com a insuportável oxigenada, chamada Tânia Denali. Ainda bem que ele caiu em si e terminou com ela.

Voltando a expressão “estou no paraíso” do meu maninho, resolvi descobrir o motivo dessa carinha feliz.  Sei que se trata de algo bom, mas a curiosidade é um de meus piores defeitos. Sentei ao seu lado, mas ele nem pareceu perceber a minha linda presença.

- Oi maninho! Cumprimentei toda feliz após alguns minutos excluída.

E nem sinal de resposta. Isso já estava me irritando.

A aula começou e nem assim o Ed acordava, então resolvi usar a tática de emergência. Pisei fundo no seu pé com o meu salto agulha 15 cm. Ta, eu sei que foi maldade, principalmente depois do grito que ele deu, o que chamou atenção da sala inteirinha.

- Algum problema Sr. Cullen? Perguntou o Sr. Paul professor de Artes.

- Não senhor, só bati o joelho na carteira. Ele respondeu me fuzilando com os olhos.

- Você pode, por favor, me explicar porque fez isso Alice?

O Ed falou baixo e pausadamente, com um olhar ameaçador.

- Horas maninho, é simples. Isso foi por você me ignorar literalmente e me deixar falando sozinha, acha pouco?

- Você estava falando comigo? Mas eu não... Fez uma pausa. – Eu realmente não ouvi. Mas de qualquer maneira não precisava pisar no meu pé com essa arma que você chama de sapato.

- Não fala mal do meu sapato! Sabe quanto custou? Sabe quantas e quantas meninas sonham em andar com uma maravilha dessas nos pés? Portanto não fala do que não sabe.

- Ok Allie, a senhorita venceu.

- Eu sempre venço.

Falei triunfante, mas ainda não tinha esquecido o meu real propósito para usar de violência com o meu salto agulha. E lá vou eu começar o interrogatório, de forma sutil, é claro.

- Ed, no que estava tão concentrado que não percebeu a minha presença aqui? Perguntei fingindo desinteresse.

- Não estava pensando nada demais Alice. Será que não se pode ficar em paz um segundo?

Ele falou nervosinho demais. Ai tem coisa.

- Se não é nada demais porque tanto nervosismo? Custa compartilhar? Ou está esquecendo que compartilhamos tudo, inclusive o mesmo útero?

- Já disse que não é nada importante. Mas já que insiste vou te contar. Conheci uma garota na aula de biologia, e ela chamou a minha atenção, só isso. Satisfeita?

Lógico que eu não estava satisfeita, não vivo sem detalhes. Acho que pela minha expressão incrédula ele deduziu isso e resolveu contar a verdade.

- Ponto pra você Allie. Tinha esquecido que me conhece tão bem quanto eu mesmo. Mas vou logo adiantando, não espere adrenalina e nem e considere um lunático ok?

Agora sim estamos chegando há algum lugar. Assenti pra ele começar a explicar.

- Hoje na aula de biologia aconteceu uma coisa estranha. Achei que seria como uma aula qualquer, mesmos assuntos, professores, meninas cochichando, olhares raivosos por parte dos garotos e etc, e foi assim que me enganei profundamente. Quando passei pela porta e o professor praticamente me obrigou a me apresentar, enquanto todos me olhavam percebi uma garota solitária, com um semblante triste sentada um pouco a frente na sala de aula e por coincidência ou não, o único lugar vazio era ao seu lado. Consequentemente fiquei ansioso, como nunca me senti antes. Sentei ao seu lado e a mesma continuava de cabeça baixa, observando de perto constatei sua tristeza, fragilidade. Mas ao mesmo tempo, vi força, determinação, em seus olhos quando estes se cruzaram com os meus. De imediato uma vontade súbita de protegê-la se apossou de mim, criando raízes, foi inevitável.

A princípio pensei estar incomodando-a, mas a mesma negou. Me apresentei e conversamos um pouco durante a aula, e ela ainda continuava arredia...

O Ed continuou me contando tudo o que houve. Meu Deus, como podem acontecer tantas coisas em duas horinhas? Isso só pode ser destino. Mas ele ainda não me disse o nome da garota.

- È maninho, realmente estou impressionada. Pelo que você me falou acho que deve seguir seu coração e ir em frente. Quem sabe não está diante da sua alma gêmea ein?

- Allie, para de gozar da minha cara. Estou falando muito sério.

- Não estou brincando Edward, mas se você não acredita em amor a primeira vista, porque está com essa cara de bobo da corte? Além do mais ainda não me disse o nome da minha futura cunhadinha.

- Você é impossível anã de jardim. E o nome dela é Isabella, mas como ela mesma me corrigiu, Bella.

- Agora sim estamos chegando a algum lugar.

Vou te ajudar Edward. Em breve teremos o último solteiro da família amarrado. Não se preocupa, deixe tudo em minhas mãos.

- Alice não se atreva a cometer nenhuma de suas loucuras ok?

Ele falou revirando os olhos enquanto euzinha aqui mostrei a língua mais uma vez.

A aula terminou e íamos em direção ao refeitório encontrar nossos irmãos. Porém o Ed disse que nos encontrava depois, porque ia ao banheiro. Claro que eu sabia que era uma desculpa para encontrar a Bella, por isso deixei passar. Afinal também estava curiosa para conhecê-la, minha futura cunhadinha.

Sei que essa coisa de pressentimento parece coisa de louco, mas tenho a sensação de que finalmente o Edward vai ser feliz como merece.

Encontrei todos sentados em uma mesa mais afastada no refeitório. Beijei longa e apaixonadamente o meu amorzinho e sentei no seu colo. Estávamos conversando sobre banalidades quando vi o Ed vindo em nossa direção acompanhado por uma garota. Aparentemente ela era comum, mas olhando bem tinha uma beleza peculiar. Assim que chegou até nós, sorriu timidamente, enquanto eu abri o meu melhor sorriso, lógico. Seus cabelos eram castanhos avermelhados e os olhos de um chocolate profundo, pena que apesar de serem belos olhos eram tristes. Bom estava na hora de dar um empurrãozinho.

- Seja bem vinda Bella. Falei animadamente, com cara de cúmplice. Edward falou muito de você nas últimas horas.

Assim que terminei a vi corar timidamente, enquanto meu irmão me lançava seu melhor olhar ameaçador, aquele tipo: VOU TE MATAR ALICE CULLEN. Ri internamente, porque isso demonstrava que ele estava tão envergonhado quanto ela. E mais uma vez mostrei a língua pra ele. Isso já está virando hábito no dia de hoje.

- Alice, porque você tem que ser sempre a inconveniente da família Cullen? Ele gemeu e meu sorriso aumentou ainda mais.

- Deixa eu te apresentar a minha família. Falei começando o meu plano: Como amarrar Edward Cullen.

Comecei as apresentações, e puxei a Bellinha pra sentar comigo. Sei que o Jazz não vai ficar chateado.

Continuamos conversando até que o intervalo terminou. E o melhor de tudo é que a minha próxima aula será a mesma da minha cunhadinha. Aí sim, ia por meu plano em prática. Se bem que pelo que pude observar esse romance já está mais do que garantido.

Despedi-me de todos e segui com a Bella para a sala. Fomos conversando amenidades e percebi o seu comportamento um pouco arredio. Mas isso logo, logo irá mudar. Sei que seremos mais que amigas, seremos irmãs.

Decidi que já era hora de começar a pôr o plano em prática. Contei para Bella tudo sobre a nossa família sem esconder os mínimos detalhes, afinal ela será a próxima a ingressar na nossa enorme e aconchegante teia.

Perdi a noção do tempo e quando percebi a aula já tinha terminado. Mas o que mais me surpreendeu não foi esse pequeno detalhe e sim uma lágrima solitária que escorria silenciosamente da face de Bella. Fiquei em pânico, não sei o que falei pra ter causado tal reação, mas de uma coisa tive certeza, essa garota carrega uma grande mágoa.

- O que foi Bella? Falei alguma coisa que te aborreceu? Se fiz algo me desculpa, por favor, Não chora!

Eu falava tão rápido que nem sei como conseguir juntar as palavras.

Ela parou de chorar e eu a abracei, pois era a única coisa que poderia ser feita naquele

momento.

Saímos ainda abraçadas em direção ao estacionamento e sinceramente eu estava muito preocupada com Bella que ainda permanecia no mais absoluto silêncio. Avistamos o Ed encostado no seu carro. Aii que raiva daquele Volvo idiota reluzente! Ta, gente eu sei que é muito egoísmo pensar nisso em momentos desses, mas não pude resistir. Assim que ele nos viu sorriu torto ( até nisso ele me invejou, aff!), mas quando nos aproximamos logo, logo o mesmo sorriso se desfez dando lugar a uma expressão que eu conhecia muito bem: Modo irritado Edward Anthony Cullen ON.

Eu apenas dei de ombros, afinal não sabia o que tinha desencadeado essa tristeza na Bella.

Ele segurou o seu rosto e olhou dentro dos seus olhos, para em seguida a abraçar ternamente, o que ela rapidamente correspondeu como se precisasse desse pequeno gesto para sobreviver.

Percebi que já era hora de sair de cena e fui em direção a BMW onde estavam os outros, mas sem deixar de observa-los. Edward a levou em direção ao carro, vi que tentou protestar quanto ao jeito exageradamente protetor do meu maninho, mas no fim cedeu. Claro, não sem antes passar por mais uma das brincadeiras inconvenientes do meu irmão idiota: EMMETT CULLEN. 

Ainda vou descobrir o que tanto atormenta a minha irmãzinha, e depois disso ela será muito feliz, palavra de ALICE CULLEN.


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Notas finais do capítulo

Então flores?Comentem, comentem e comentem!Preciso muito saber a opinião de vocês e mais uma vez desculpem a demora, beijão!