O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 2
Capítulo 1 - Aula de Biologia


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MEUS AMORES, PRIMEIRO CAPÍTULO. ESPERO QUE ESTEJA DO AGRADO DE VCS. QUALQUER COISA DEIXEM NOS COMENTÁRIOS. DÚVIDAS, OPINIÕES,ENTRE OUTROS.
BEIJOS E ATÉ LÁ EMBAIXO.



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Aula de Biologia

Saí de casa como sempre atrasada em direção ao ponto de ônibus. A estranha sensação ainda não me abandonara, mas eu sentia que pela primeira vez na vida não era algo ruim.

Estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi quando o ônibus passou, ou seja, perdi meu único meio de transporte. Droga. Que bela maneira de começar o dia.

Fui caminhando até a escola, que, diga-se de passagem, não era nada perto, me amaldiçoando mentalmente por ser tão desligada. Além de estar cheia de livros, com uma bolsa, um fichário e uma pasta repleta de arquivos do estágio, ainda teria que caminhar mais de meia hora até o meu destino. Só não fiquei mais chateada, porque a escola era um dos poucos ambientes que eu me sentia bem, de certa forma feliz. Lá eu tinha amigos, apesar de serem poucos, mas eu sabia que eles gostavam de mim sinceramente, não me aturavam, como a minha mãe fazia.

Pensar nela me fez lembrar da discussão de hoje de manhã. Ela estava reclamando que eu não arrumava a casa direito, e nem colocava dinheiro suficiente em casa. Argumentei que eu simplesmente não tinha tempo para grandes arrumações por causa da escola e do trabalho, e dinheiro, bom esse eu não poderia ter mesmo o suficiente para me sustentar, já que apenas estagiava. Sempre me pergunto por que ela me odeia tanto. Não tenho culpa de ter nascido. Ela diz que estraguei sua vida, sua juventude, seus sonhos. Não entendo como uma mãe pode ser tão cruel com o ser que colocou no mundo. Não pude evitar que uma lágrima solitária escapasse por meu rosto. Limpei-a com as costas da mão rapidamente antes que alguém me visse chorando. Tinha que seguir em frente.

Cheguei escola quase 40 minutos atrasada. Como já tinha perdido mais da metade da primeira aula, resolvi sentar em um dos bancos do pátio ler um pouco e quem sabe adiantar o trabalho com os arquivos do escritório. Os minutos se passaram rapidamente e eu corri até minha próxima aula, que seria de biologia. Entrei na sala apressada e sentei na minha mesa de costume. Notei que Ângela ainda não tinha chegado. Perguntei a Jess por ela, e ela me respondeu que a mesma estava doente. Fiquei triste porque minha amiga estava doente e porque hoje teria que sentar sozinha na mesa.

Arrumei o meu material em seguida abrindo a apostila sobre genética, folheando-a a procura do exercício que o Sr.Bert tinha passado na aula anterior.

As meninas que até então estavam em conversa paralela sobre a festa da primavera que aconteceria na semana seguinte, calaram-se instantaneamente. Olhei para trás para tentar entender o motivo desse “milagre”, mas elas estavam olhando para a frente praticamente paralisadas. Segui o olhar delas, e foi então que eu o vi. Um rapaz alto, cabelos acobreados bagunçados naturalmente, um corpo de dar inveja em qualquer modelo, os olhos verdes penetrantes e com o sorriso mais lindo que fez o meu coração bater descompassado. Parei nas profundezas de suas esmeraldas olhando-o com uma coragem até então desconhecida. Por um instante pareceu que ele fez o mesmo e eu me vi preza naquela imensidão de sensações. O professor gesticulou para que ele entrasse e se apresentasse, foi quando saí de meu transe pessoal.

- Bom dia Sr.Bert, me chamo Edward Cullen, sou o novo aluno vindo do Arizona.

Sua voz rouca e aveludada era absolutamente linda. Soava como música aos meus ouvidos.

- Bem Sr.Cullen, seja bem vindo. Pode se dirigir ao lugar que estiver disponível, pelo que posso avaliar não existem muitos.

Fiquei estática. Analisei rapidamente a sala e só vi dois lugares disponíveis, o primeiro seria ao meu lado( para meu completo desespero, ou não), e o outro ao lado de Bem na última carteira ao fundo da sala.

Enfiei a cara no livro como que por instinto e esperei para vê-lo passar. Ele caminhou enquanto ao rezava para que fosse se sentar ao fundo, e parou na minha frente com um sorriso torto que derreteria qualquer iceberg.

- Posso me sentar aqui com você? Sua pergunta era tão simples, porém ao ouvi-las meu mundo simplesmente parou. Não consegui olhar para cima, nem pronunciar uma palavra sequer.

- Se não for incomodar é claro. Ele acrescentou após ver que eu não tinha respondido.

- Cla- clã- ro, não é incomodo algum. Eu consegui murmurar por fim quase inaudivelmente sem levantar um milímetro sequer o meu olhar.

Edward se sentou calmamente ao meu lado ainda sorrindo torto. Continuei com a apostila na cara sem ter coragem de olhar para ele, quanto mais falar alguma coisa. Eu podia ouvir com clareza o burburinho das garotas atrás de mim. Todas elas exaltando a beleza dele.

O professou começou a aula como sempre na mesma chatice. Eu odiava biologia, mas a partir de hoje começaria a ter uma pequena simpatia por essa matéria. Ele continuava calado assim como eu. Sempre o olhava de relance e às vezes o pegava me olhando também. O silêncio estava começando a incomodar me fazendo corar violentamente. Foi então que ele o quebrou.

- Olá, sou Edward Cullen, e você como se chama? Perguntou com a voz mais linda do mundo.

- Me chamo Isabella Swan.

Ainda com a cabeça baixa respondi ficando ainda mais vermelha se é que isso é possível.

- È um prazer conhece-la Isabella. Ele falou sorrindo novamente.

Um sorriso involuntário escapou por meus lábios em resposta.

- Posso te perguntar uma coisa Isabella?

- Pode claro. Mas por favor, só Bella, não gosto do meu nome inteiro. Sorri meio sem graça pela afirmação e ao mesmo tempo curiosa com a pergunta que ele iria fazer.

- Bom não sei ao certo, mas me pareceu que você não ficou muito confortável com a minha presença ao seu lado, estou lhe aborrecendo de alguma forma? Ele perguntou num tom mais sério, como quem se desculpa.

- Não é claro que não! Disse um pouco mais alto do que deveria e algumas pessoas pararam para nos olhar curiosamente.

Ele riu do modo como o respondi, e eu rapidamente emendei:

- Desculpe, não me leve a mal, mas geralmente sou uma pessoa muito reservada ( para não dizer, tímida, envergonhada, infeliz e etc), e não é todo dia que alguém me dá ao luxo de me aturar a não ser a minha amiga Ângela que por sinal hoje ficou doente.

Ele deu de ombros, felizmente se conformando com a minha súbita explicação. Até poucos minutos atrás não conseguia responde-lo com coerência, e agora praticamente fiz um monólogo.

- Então Bella, amigos? Ele falou estendendo a sua mão para que pudéssemos selar o começo de nossa amizade.

- Amigos. Respondi apertando-a de leve, o que me fez sentir um leve tremor no corpo, como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo cada terminação nervosa.

Ainda estávamos na nossa bolha particular, quando o Sr, Bert chamou a nossa atenção mais precisamente a dele,fazendo com que eu soltasse a minha mão agilmente colocando-as embaixo da mesa.

- Sr.Cullen, poderia me responder por favor? O professou perguntou impaciente.

Seu olhar deixou o meu de má vontade( ou pelo menos foi isso que eu enxerguei, pode ser que eu esteja vendo coisas, delirando, sei lá.) , virando para a frente para responder.

- Sim senhor. Genética é o ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração.

Falou impecavelmente, me fazendo admirá-lo ainda mais e compreender finalmente a sensação boa ao acordar hoje de manhã. A maravilhosa sensação da chegada de Edward Cullen na minha vida.


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Notas finais do capítulo

AMORES, ESPERO QUE COMENTEM E ME DIGAM SE CONTINUO OU NÃO.BEIJO♥