O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 3
Capítulo 2 - Precisando de Amor


Notas iniciais do capítulo

OLÁ MINHAS FLORES !
MAIS UM CAPÍTULO PRA VCS.
ESSE FOI O MAIS LONGO QUE ESCREVI ATÉ AGORA.E ACHAREM MUITO GRANDE NÃO ME LEVE A MAL, TD ISSO SE DEVE AO FATO DE EU TER QUE EXPLICAR ALGUMAS COISINHAS QUE SERÃO FUNDAMENTAIS PARA O ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA.
BEIIJO
E ATÉ LÁ EMBAXO !



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Precisando de Amor

Capítulo 2

No decorrer da aula, não conversamos mais. Apenas nos olhávamos discretamente, pelo menos eu olhava por debaixo dos olhos. A sua presença me causava um certo constrangimento, mas não era algo ruim. Quando finalmente o sinal tocou anunciando o fim da aula, me apressei em arrumar meus materiais. Se eu continuasse ali com certeza faria alguma besteira.

- Bella. - Ele me chamou a voz rouca, ansiosa.

Parei o que estava fazendo e olhei em sua direção, me arrependendo imediatamente. Não sei o que tinham os seus olhos que me hipnotizavam de uma maneira fantástica.

- Qual a sua próxima aula? 

- Física. Respondi com muita dificuldade.

- Er, eu estava pensando se você se importaria se eu a acompanhasse até a sala?

- Na... não me me importo. Foi tudo que consegui balbuciar.

Levantamos da mesa, ele abrindo caminho para que eu passasse como um perfeito cavalheiro e seguimos para o corredor. Fomos caminhando em silêncio. Nossos braços, quase se roçavam, eu quase podia sentir o calor que emanava do seu corpo. Assim que chegamos à porta, virei para nos despedirmos, mas como sou a pessoa mais descordenada do mundo, diga-se de passagem, acabei tombando nele derrubando todos os meus livros no chão.

- Droga! - Exclamei me abaixando para pega-los, mas ele foi mais rápido, catou tudo do chão e se levantou. Tudo isso aconteceu em menos de 30 segundos, pois quando eu ia me abaixar, nossos rostos ficaram próximos demais. Seus lábios que estavam curvados num sorriso torto irresistível se entreabriram nervosos, e eu pude sentir o delicioso cheiro do seu hálito.

Saindo do meu estado de choque literalmente, levantei e em seguida ele fez o mesmo. Milhões de sensações se apoderavam do meu corpo, sensações até então desconhecidas. Seriam esses os sintomas do primeiro amor? Como era possível se eu o conhecia a menos de vinte e quatro horas? Meu Deus, estou confusa!

Edward pareceu não saber o saber o que dizer ou fazer para sair daquela situação no mínimo embaraçosa. Fiquei olhando para os meus pés (como de costume, sempre que estava constrangida). Meu rosto com certeza estava em brasa, eu podia apostar tudo que tenho nisso.

- Desculpe Bella. -Ele finalmente conseguiu quebrar o silêncio.

Quando ergui um pouco os olhos, Edward estava com um sorriso zombeteiro estampado no rosto. Senhor será que ele podia ficar ainda mais lindo? Ele sabia que mexia comigo, disso eu tinha certeza, para minha completa desgraça ou será que não?

- Desde que nos conhecemos pedidos de desculpas são freqüentes da minha parte não é mesmo?

Até agora não sei como consegui responder.

- Não é só da sua parte, Edward, afinal  também já pronunciei essa palavra mágica com você hoje. - Minhas mãos suavam. Meu nervosismo era tangível.

Ele estendeu as mãos entregando-me os livros que eu aceitei de bom grado, porém sem conseguir pronunciar uma palavra sequer. Como se fosse para terminar com o que restava desse ser humano chamada Bella Swan, Edward beijou levemente o meu rosto saindo em seguida pelo corredor. Quanto a mim? Continuei parada na porta da sala de aula sem reação.

Ainda sem reação alguma, com meu coração a mil entrei na sala de aula indo lá pro fundo da sala. Eu estava tão surpresa que definitivamente não iria conseguir prestar atenção na aula e se o professor notasse isso não seria uma coisa muito boa. O professor demorou um pouco para chegar na sala e meus pensamentos continuavam toldados com a memória dos lábios dele tocando minha pele, inconscientemente um suspiro ludibriado saiu por meus lábios. Se estava amando Edward ou não, eu ainda não tinha total certeza, agora o que eu estava sentindo nesse exato momento, pelo menos pra mim ainda não existiam explicações plausiveis.  O tempo passou rapidamente enquanto eu pensava em seu rosto, seu hálito gelado contra meu rosto, não só o tempo da aula como de todas as outras, simplesmente sumiram. Eu me lembrava andar pelos corredores para ir para as salas mas, não me lembrava de nenhum dos assuntos discutidos nas aulas, o nome dele era a única coisa em minha cabeça, seu nome e seu rosto. O sinal da última aula acabou de tocar e juntando todos os meu materiais eu sai da sala, andando devagar pelo corredor e olhando para meus pés fui para o refeitório. Estava tão desligada a tudo a minha volta que trombei em alguém.

- Oh, desculpe... E-eu... – quando olhei pra cima percebi que era a segunda vez que a palavra mágica saia da minha boca, seu sorriso torto, maravilhoso brincava em seus lábios mais uma vez.

Sinceramente já perdi as contas de quantas vezes me deslumbrei com Edward Cullen em menos de vinte e quatro horas. Sem contar às vezes em que a palavra “desculpe”, era a que reinava em todos os nossos diálogos. Ela já estava se tornando um hábito, pelo menos pra mim.

Eu nunca me cansaria de olhar em seus olhos verdes, seus lábios cheios e vermelhos, o sorriso mais lindo que faria um anjo de Michelangelo parecer um monstro.

- Acho que já passamos pela parte das desculpas não é mesmo Bella? Perguntou ainda sorrindo, porém com o olhar intenso, abrasador.

- Acho que sim. Falei desviando-me daquelas esmeraldas hipnotizantes.

- O que acha de se sentar comigo e meus irmãos hoje? Como é o nosso primeiro dia de aula e estamos no meio do semestre ficou um pouco mais difícil fazer novas amizades. E como você é a única amiga que conheci nessas poucas horas, seria muito legal se ficasse conosco.

- Posso fazer companhia a vocês sim, mas vou logo avisando que não sou uma das mais populares de Forks High School . Respondi com um pouco de sarcasmo.

Caminhamos em direção a mesa onde seus irmãos e encontravam. De longe avistei quatro pessoas, dois homens e duas mulheres. O primeiro era um garoto alto com músculos enormes, o cabelo curto, olhos verdes, mas não iguais aos de Edward, era de um tom mais claro, puxando mais para o mel do que verde esmeralda. Ele estava abraçando uma loira que mais parecia uma modelo da Victória Secret’s. Seus cabelos loiros pendiam até a cintura com leves ondas, modelando perfeitamente sua face e seus penetrantes olhos azuis. Ao seu lado estava outro garoto que era incrivelmente parecido com ela. A mesma cor de cabelos, os mesmos traços elegantes, a não ser pela cor dos olhos que não eram azuis, e sim completamente castanho claro. Ele parecia ser bem alto também, mas não era forte, tinha um corpo natural, esguio. E sentada no seu colo estava uma baixinha de cabelos curtos espetados, e ela sim tinha os mesmos olhos verdes de Edward, o mesmo formato do rosto, ela parecia uma fada. A única coisa que os diferenciava era o tom de seus cabelos que eram pretos e não cobre.

 Alcançamos a mesa em que eles estavam e todos sorriram animadamente. Tentei fazer o mesmo, mas parece que não deu muito certo. O máximo que consegui foi um simples curvar de lábios.

- Seja bem vinda Bella. Falou a baixinha animadamente. Edward falou muito de você nas últimas horas.

Senti meu rosto enrubescer com a exclamação da fadinha. Então quer dizer que Edward falou de mim com seus irmãos? Ai meu Deus, será que ele sentiu o mesmo que eu? A estranha corrente elétrica que percorria meu corpo toda vez que ele estava perto? Não provavelmente não. Ele com certeza nunca iria se interessar por uma garota sem graça como eu. Tenho certeza que não faço o seu tipo.

Pude observar que pelo jeito embaraçado que Edward se encontrava ao meu lado, que sua irmã estava certa, pelo menos em algum ponto. Todos riram da careta que ele fez para a baixinha, inclusive eu depois de observar sua expressão de “ VOU TE MATAR “. Em resposta a ele, ela mostrou a língua num ato completamente infantil.

- Alice, porque você tem que ser sempre a inconveniente da família Cullen? Ele gemeu.

O sorriso da fadinha aumentou ainda mais.

- Deixa eu te apresentar minha família.

- Estes são...

Edward não pôde continuar porque Alice, sim, este era o nome da fadinha, o interrompeu, pra fazer jus ao cargo de inconveniente da família como ele mesmo dissera.

- Deixa que eu faço as apresentações maninho. Ela falou pulando do colo de Jasper, parando ao meu lado e empurrando Edward para uma das cadeiras para que ele sentasse. Ele a fuzilou com os olhos, mas sentou. Se tem uma coisa que pude observar é que não é sensato discutir com Alice, ela com certeza sempre ganharia.

- Bella, estes são Emmet, Rosalie, Jasper e por último este ser grosso chamado Edward Anthony Cullen, que infelizmente é meu irmão gêmeo. Enquanto ela ia apresentando, cada um simultaneamente veio me cumprimentar. Quem mais me surpreendeu foi o Emmet, o grandão, quase me sufocou com seu abraço de urso. Enquanto Rosalie, Jasper  me deram um beijo no rosto. Quando Edward ia me cumprimentar Alice mais uma vez o barrou, me arrastando pra sentar ao seu lado. Definitivamente aquela baixinha era fogo.

Pela primeira vez me senti feliz ao lado de pessoas que não fossem a Ângela, e a Jéssica. Eu nunca fui da turma das populares, até porque não gostava muito de falar e minhas amigas eram as únicas que me aceitavam como sou. Porém sentada com Edward e seus irmãos senti uma estranha vontade de conversar, rir um pouco. A verdade é eles transmitiam uma sensação tão boa, tão aconchegante, que me passou segurança para abrir a boca e descontrair um pouco.

O sinal tocou anunciando o fim do intervalo. Descobri que eu e Alice teríamos as próximas aulas juntas, o que era muito legal, assim poderíamos nos conhecer mais, não sei porquê mas algo me seríamos grandes amigas. Nos despedimos de todos, e enquanto a Alice se despedia do Jasper com um beijo extravagante demais para um ambiente escolar, igualmente a Rosalie e Emmet, Edward mais uma vez me surpreendeu. Ele me olhou com suas esmeraldas penetrantes, abaixando-se para me dar um beijo no rosto, ou melhor, quase no cantinho da boca. Saindo em seguida sorrindo torto pelo refeitório em diante.

Ouvi a gargalhada ruidosa de Emmett, que imediatamente levou um tapa de Rosalie, os risinhos de Alice e Jasper e o que eu mais temia, a fofoca nada silenciosa do colégio interio.

Segui com Alice até a nossa próxima aula. Quer dizer, meu corpo foi com ela porque a minha alma, eu tinha perdido há poucos minutos atrás. Eu estava deslumbrada, pra não afirmar coisa pior.

Como suspeitava, Alice era uma ótima pessoa, conversamos muito durante a aula, coisa que não era do meu feitio. Ela me contou que sua mãe Esme criou os filhos com muita dificuldade, pois o seu pai a abandonara assim que Emmett nasceu, que a infância deles foi privada de muita coisa, mas o mais importante não lhes faltavam nunca, o amor de mãe. Revelou também que Rosalie e Jasper foram adotados por Esme quando tinham apenas seis anos de vida, quando os pais deles sofreram um acidente de carro fatal. Eles eram como irmãos para Esme por isso ela decidiu cuidar dos dois como se fossem seus filhos, como se tivessem saído de dentro dela.

Aquela conversa toda me fez ficar triste, quando dei por mim uma lágrima escorria por minha face.

- O que foi Bella? Falei alguma coisa que te aborreceu? Se fiz algo me desculpa por favor? Não chora ! Ela falava tão rápido que nem sei como consegui juntar as palavras.

Consegui abafar o choro e a mágoa que tentavam me dominar.

Alice me abraçou transmitindo toda a sua cumplicidade. Mas para mim era mais do que isso, era amizade, irmandade. Disso eu tinha absoluta certeza.

Quando olhamos a redor da sala percebemos que já não havia ninguém. A aula terminou que nem nos demos conta. Reunimos nossas coisas e fomos em direção ao estacionamento do colégio. A fadinha não me largava, desde o momento fatídico do choro, continuou andando com os braços ao meu redor, sorrindo gentilmente. Assim que chegamos pude ver a sua família reunida em frente a dois carros que diga-se de passagem eram dignos de um astro de cinema. Encostado no Volvo prata estava Edward, meu milagre pessoal, ao seu lado estavam os outros sentados no capô de uma BMW vermelha.

Edward sorriu torto ao me ver, mas quando nos aproximamos, sua expressão mudou completamente. O sorriso maravilhoso deu lugar a uma máscara de dor. Ele olhou para Alice, questionando-a numa conversa silenciosa. Ao invés de ela lhe mostrar a língua como antes, ela apenas deu de ombros. Ele veio até nós, segurando meu rosto em suas mãos, me abraçando protetoramente. Correspondi da mesma maneira, não sei por que,mas eu ansiava pela proteção dos seus braços, necessitava da segurança que emanava dele.

- Vem, vou te levar para casa agora.

- Não! Respondi rápido demais, num tom um pouco alto, beirando o histerismo.

Então rapidamente consertei.

- Não posso ir para casa porque tenho que trabalhar. Falei me desvencilhando dos seus braços, indo em direção ao ponto de ônibus. Antes mesmo que eu tivesse chance de protestar, ele estava me puxando de volta, indo em direção ao Volvo, abrindo a porta do passageiro.

- Já disse que vou te levar. Disse que com a voz um pouco autoritária.

- Mas Edward... Ele me cortou no meio da frase.

- Vou te levar e não estou pondo isso em negociação Bella.

- Se eu fosse você entrava logo Bellinha, senão o senhor mandão pode até bater em você. Tinha que ser Emmett para fazer piada em hora errada. Percebi então que essa era sua especialidade na família Cullen.

- Edward ainda segurava a porta pra mim, logo não tive outra alternativa. Além do mais estava aturdida demais para discutir.

- Ele entrou no carro, saindo do estacionamento rapidamente.

- Qual é o seu horário de trabalho Bella? Perguntou hesitante.

- Pego as 13:30 h e saio as 19:30. Falei automaticamente, estava vagando em meus próprios pensamentos, na minha tristeza, no meu infinito particular.

- Senti o carro estacionar com uma parada brusca. Quando dei por mim estávamos numa rua em que não havia muito movimento.

- Edward, já disse que tenho que tra ... Não consegui terminar a frase, por que tudo o que eu tinha aprisionado dentro de mim veio à tona. Comecei a chorar descontroladamente.

Ele não me perguntou nada, só me puxou para seus braços, encostando a minha cabeça em seu peito, me aninhando como se fosse uma criança indefesa, por que era exatamente assim que me sentia. Uma criança, precisando de colo, precisando desesperadamente de amor.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO MEUS AMORES, ESPERO OS COMENTÁRIOS COM AS SUAS OPINIÕES. TOMARA QUE EU NÃO OS DECPCIONE. BEIJÃO