O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 17
Capítulo 13 - Olhe pra nós dois ( final)


Notas iniciais do capítulo

Eii flores...
Ai está a segunda parte.
Está meio paradinho, mas é necessário pra esclarecer algumas coisas.
Aaaaaaaaaah, já posso adiantar que temos a aparição de um novo personagem ein?
Sem mais delongas, leiam as notas finais.
*-*



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Capítulo 13 – OLHE PRA NÓS DOIS (Final)

Pov Bella

(...) No capítulo anterior:

O pensamento era mesquinho, eu sei. Mas por ora não tinha alternativa. Além do mais não iria beijá-la nem nada. Somente conversar um pouco, deixá-la mais a vontade, até que me desse o que eu precisava. Nunca pensei que pudesse jogar tão baixo. Não era hora de fraquejar, vamos Edward! Tudo pela Bella, tudo por ela.

- Seu nome é Lauren não é? A garota assentiu.

- Muito prazer, sou Edward Cullen. Estendi a mão para cumprimentá-la e sorri. Aquele mesmo sorriso que a mamãe disse que herdei daquele homem, o mesmo que ela disse não resistir assim que o conheceu. Sabia que isso era errado, mas não pude deixar de achar interessante.

- O que acha de tomarmos algo na lanchonete da escola? Se não tiver outro compromisso é claro.

Pelo largo sorriso que recebi em resposta sabia que tinha dado certo, não demoraria muito e ia saber tudo e mais um pouco do que preciso. E logo, logo estaria com a minha Bella novamente.

- Tudo bem Edward, vamos ver até que ponto seus belos olhos verdes te beneficiam...

Murmurei assim que dei espaço para ela passar à minha frente.

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Mesmo com medo, vi o futuro, me pegar pela mão, e dizer que o que passou, em silêncio, num instante, foi a nossa história de amor...”.

(KLB, Olhe pra nós dois).

Desvencilhar-se do amor fere, porém ser agir com egoísmo, mata! Vai doer agora, mas em algum momento passará.

Não dizem que quando enxergamos verdadeiramente a dor e passamos a aceitá-la como parte de nós mesmos, como a companheira indesejável dessa jornada que chamamos de vida, a sensação de calmaria pós tempestade, é sempre bem vinda, embora não seja esperada e nem passe um borrão na agonia? Anestesia é uma ótima válvula de escape, assim como a abençoada inconsciência...

De uma coisa estou convicta: “Não há felicidade eterna, nem mal que nunca se acabe.”.

O trajeto do hospital até a minha casa não levou muito tempo, felizmente. Assim que o táxi parou, saí rapidamente, não me importando com o protesto do meu braço quebrado. Falei com o motorista e pedi para que esperasse um momento. Não ia demorar muito, entrar em casa e pegar o dinheiro para pagá-lo. Qual não foi a minha surpresa ao ouvi-lo dizer que a corrida já tinha sido paga e ainda fui “obrigada” a aceitar o troco. Pelo menos ainda existem pessoas honestas nesse mundo.

- Obrigada. Murmurei assim que ele me entregou o resto do dinheiro.

- Por nada garota. Agora me deixe ajuda-la a abrir a porta, com esse braço quebrado não será nada fácil girar a maçaneta. Falou sorrindo um pouco. Queria muito retribuir esse gesto, mas estava cansada demais e ele pareceu compreender.

Só então me dei conta de que não estava com as minhas coisas. E agora como ia entrar em casa? Droga Bella, você realmente é uma tola. Pensei alto, derrotada demais, pra me constranger por ter mais uma vez me expressado em voz alta.

- Bem garota. Er... Bella o seu nome né? Agora acho que temos um problema. A não ser que arrombemos a porta, mas então você terá que chamar um chaveiro...

Fiz as minhas contas mentalmente. Eu ainda possuía algum dinheiro escondido. Porque se fosse deixado a vista minha mãe o pegava, como sempre acontecia, por isso passei a guardar uma parte, pra alguma emergência e parece que chegou a hora de utiliza-lo. Mas por outro lado eu ainda precisaria de remédios entre outras coisas. Deus o que eu faria? Pelo visto não tinha outra solução, portanto...

- Tudo bem moço, pode arrombar. Depois chamo alguém para consertar. Falei resignadamente.

- Tem certeza? Não pode ficar na casa de algum parente, até alguém chegar em casa e abrir a porta? Seria o mais sensato a fazer. E é bem melhor do que permanecer mesmo que por pouco tempo com a porta destrancada, é perigoso...

- Eu... Suspirei. - Eu não tenho ninguém. Moro com a minha... Mãe... E, atualmente ela está viajando a trabalho. Respondi hesitante.

- Ok Bella. Só espera um pouco. Vou trancar as portas do carro. Afinal nunca se sabe né?

Assenti em resposta.

Eu estava realmente cansada. Tudo o que mais queria era o refúgio da minha cama. O cansaço emocional era mil vezes pior do que o físico, que ameaçava me derrubar a qualquer momento. A idéia de cair na inconsciência nunca me pareceu tão tentadora.

- Pronto Bella.  Anunciou assim que voltou. - Você está com uma cara péssima, deve estar cansada mesmo.

- Não imagina o quanto. Pensei, e alto mais uma vez.

- Imagino. Vamos andar logo com isso né? Assim você pode descansar. Agora se afaste daí.

Imediatamente fiz o que ele pedia. Caminhei devagar até a calçada e me encostei no carro.

- Tem certeza? Isso vai fazer um estrago e tanto garota. Falou alto.

Balancei a cabeça afirmativamente e ele suspirou.

- Tudo bem, vamos lá. Respondeu e automaticamente deu alguns passos para trás.

- Bella! Ouvi alguém me chamar.

Olhei em direção a voz e avistei a Sra. Webber. Ah, não! Eu tinha sido totalmente mal-educada com mesma há pouco. Acho que ela percebeu a minha vergonha e sorriu carinhosamente enquanto se aproximava de onde eu estava.

- Como pretendia entrar em casa? Perguntou. – Você saiu tão rápido que não pude entrar suas coisas minha linda. Embora preferisse que ficasse comigo durante esses dias. Não me sinto bem sabendo que estará aqui sozinha. Mas se é a sua vontade, só posso respeitá-la. Sei que não está sendo fácil.

Não consegui encara-la então continuei olhando para os meus próprios pés.

- Desculpe. Foi só o que consegui responder.

- Tudo bem querida. Só quero pedir que me deixe te ajudar. Não é por pena, mas sim porque gosto muito de você, como se fosse minha filha.

- Obrigada... Por tudo. É muito bom saber que existem pessoas que gostam da gente, mesmo que as mais importantes não nos dêem valor. Respondi sem pensar. Será que falei demais? Droga Bella!

- Entendo perfeitamente. Respondeu.

- Entende? Perguntei assustada.

- Ei Bella, continuo ou não? Perguntou o homem. A essa altura que eu vim perceber que sequer sabia o nome dele.

- Continuar com o que Bella? A Sra. Webber perguntou ao meu lado, franzindo o cenho.

- Er... Como eu estava sem a chave, resolvi arrombar a porta. Falei baixinho.

- Oh! Pôs a mão na boca. – Não é mais necessário senhor, trouxe as coisas da Bella e nela estão as chaves, muito obrigada. Falou olhando diretamente pra ele.

- Ainda bem senhora, estava imaginando o tamanho do estrago. Agora que meus serviços secundários não são mais necessários, vou indo.

Enquanto falava, ele se aproximava de nós.

- Bem Bella, foi um prazer. Nos vemos qualquer dia desses sim?

- Hum... Mais uma vez obrigada... Moço. Agradeci.

- Ei... Acho que esqueci de me apresentar. Meu nome é Jacob. Jake para os amigos. Portanto de hoje em diante nada mais de “moço”. Falou e riu abertamente.

Não pude deixar de sorrir de volta, mesmo que tenha saído mais parecido com uma careta.

- Ok Jacob, obrigada... Por tudo.

- Sem problemas. Agora realmente preciso ir. Boa tarde minhas caras damas. Falou e fez uma reverência meio esquisita no final, arrancando de nós duas outro riso. E dessa vez o meu não saiu tão ruim assim, porque logo em seguida Jacob comentou:

- Agora sim Bella. Você deveria sorrir mais, fica muito bonita assim, sorrindo.

Nem preciso dizer que corei até a raiz dos cabelos né?

- Já entendi, sem elogios. O rubor no seu rosto já respondeu por você. Tchau gente, até mais. Falou entrando no carro, enquanto desencostávamos do próprio.

- Tchau. Falamos juntas e ele partiu. Não sem antes piscar pra mim em sinal de cumplicidade que sinceramente não entendi nem um pouco.

- Bem querida, aqui estão as suas coisas. E as chaves também. Vamos entrar não é bom ficar exposta a esse frio, você acabou de ter alta e não queremos complicar as coisas não é?

- A senhora tem razão. Respondi.

Fomos novamente em direção a casa e eu hesitei antes de abrir a porta, acho que ela percebeu isso, porque me olhou solidária para em seguida me abraçar meio de lado, já que não podia ser um abraço completo por causa do meu braço quebrado.

- Já disse e repito, você não está sozinha Bella. E digo mais, não sinta pena de si mesma, isso só piora as coisas meu anjo.

Tomei coragem e finalmente abri a porta. A casa estava com o aspecto de sempre, tudo no seu devido lugar, ou seja, absolutamente “normal”. Se as lembranças daquela noite não voltassem como fantasmas pra me perseguir.

- Vamos Bella, você precisa se deitar. Enquanto isso eu preparo algo para o almoço, apesar de já estarmos no início da tarde. Quer ajuda para subir até o seu quarto?

Só então eu notei que ainda estava parada no meio da sala e me obriguei a reagir.

“Seja forte Bella, você consegue.” E repetindo isso mentalmente que consegui votar do “transe”.

- Hã... Sim, acho que vou deitar um pouco, meu braço ainda dói. Mas a senhora não precisa se incomodar, assim que eu descansar um pouco faço algo pra comer. Além do mais não sei se temos...

Ela me interrompeu.

- Nada disso mocinha, disse e ia cuidar e você e vou fazer isso. Enquanto a mantimentos, tomei a liberdade de passar no mercado, não sabia se tinha algo aqui já que sua mãe teve que sair às pressas, mas enfim. Suba e descanse um pouco, assim que o almoço estiver pronto, eu aviso.

- Obrigada... Por tudo. A abracei de novo e fui em direção as escadas que levavam ao andar de cima. Enquanto a via indo até a cozinha.

Assim que botei o pé no primeiro degrau, tive um calafrio. Foi exatamente ali que fiquei caída, foi ali, que ouvi e tive as piores revelações da minha vida. Teimosamente uma lágrima escorreu por meu rosto. Observei o seu trajeto e ela caiu exatamente aos meus pés. Fiquei olhando até que ela secasse, como se assim eu pudesse secar a minha dor também. Sei que era impossível, que não seria fácil, mas eu tinha que conseguir, por mim, por meu querido pai, a única pessoa que me amou verdadeiramente.

Continuei subindo enquanto as lembranças dolorosas voltavam com força total, assim como as inevitáveis lágrimas. Porém essas lágrimas tinham um significado a mais, elas eram de libertação. Finalmente eu estava aceitando tudo àquilo que nunca quis enxergar. Tudo que meus olhos sempre fingiram não ver. Toda a ilusão, a névoa estava se dissipando. Por isso suportava mais esse tormento, porque dessa vez eu sei que ele teria fim. Dessa vez, sabia do que e com quem estava lutando, mesmo que essa batalha já estivesse perdida. Mas a guerra é longa. Longa o bastante pra me fortalecer.

E então finalmente eu estava no meu refúgio feliz. Era ali onde tudo acontecia. Era ali onde meu conto de fadas virava realidade. Onde eu sonhava com o meu príncipe. Com o dia em que ele viria me resgatar, não precisava estar em um magnífico cavalo branco, para mim só eram necessários os braços abertos, para que eu pudesse me encaixar ali, na segurança deles, e nunca, nunca mais me sentir só.

Sorri amargamente.

Que ironia Isabella. Você finalmente realizou seu sonho. Encontrou o seu príncipe, viveu um conto de fadas por alguns minutos e logo depois o perdeu. Como sempre perde tudo aquilo que ama. Claro que seria assim, como a Renee mesmo diz: “Tudo ao seu redor se desfaz Bella”. E é mais pura verdade.

Outro riso, dessa vez de escárnio.

- Pelo menos você viveu o conto de fadas, por pouco tempo, mas viveu e isso tem que bastar! Pensei alto.

Pensar. Isso era algo que não me permitir fazer desde que o vi hoje cedo. Se eu pensasse acabaria com a minha vida e a dele. Simplesmente porque nunca consigo pensar somente com a razão, isso pode ser meio contraditório, mas é a mais pura verdade. Porém nesse momento, as barreiras que pus a minha volta estão ruindo, ou melhor, já se foram, assim que lembrei do Edward.

Vê-lo me olhar daquela forma doeu mais do que imaginei. Por isso fiz aquela cena toda, para que ele visse de uma vez por todas o que eu tinha me tornado. Não só fisicamente, mas a dor que me rasga por dentro. A mágoa, que me acompanha a todo instante. Que eu não sou e nem nunca serei capaz de fazê-lo sorrir, de fazê-lo feliz, embora seja isso o que mais quero na minha vida.

Ao mesmo tempo, eu queria que fosse ao contrário. No fundo, no fundo tive esperanças de que ele mais uma vez viesse e me abraçasse. Que dissesse que estava tudo bem, como antes, que me beijasse pra que meu mundo voltasse ao eixos,  e eu finalmente me sentisse segura como naquela tarde.

Mas não. Ele não o fez, e foi melhor assim.

Quando diziam que se amamos alguém o deixamos livre para que possa encontrar a própria felicidade, mesmo que esta não seja ao nosso lado, não pensei que doeria tanto. Deixar Edward partir, foi como me destroçar em minúsculos pedaços. Pedaços esses que não podem ser colados jamais. Sei que nunca amei antes, mas também sei que nunca me senti assim com e por ninguém. E isso me faz ter certeza de que é sim amor. Mas infelizmente não posso vivê-lo. Perder-me nessa magia é tudo o que mais quero e é exatamente por isso que luto com todas as minhas forças. A pior batalha é aquela que lutamos contra nós mesmos. Aprendi isso a duras penas.

E mais lágrimas escorreram naquela tarde, enquanto me enroscava como uma bola e me fechava para o mundo, caindo assim não tão recente e bem vinda inconsciência.

“E se algum dia, me encontrar não vire o seu olhar, pra disfarçar, o medo e a dor...”


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Notas finais do capítulo

Bem meus amores...
Perguntei a opinião de vocês sobre a entrada do Jacob na história e as opnião foram bem divididas, ou seja, fiquei quase na mesma, uahsuahsahsuhashas.

Então decidi que ele entra na história, mas não será como nas outras histórias que ele é mau e talz. Só posso dizer que ele entra pra sacudir um pouco, mas isso não significa que a Bella vai se interessar pro ele, ok?

Bem já falei demais.
Espero a opinião de vocês nos coments.
Ei meninas, que tal uma recomendação?

As duas primeiras que eu receber depois desse post terão personagens na fic.Fora outras coisinhas mais que eu estou pensando...
Beiijoo!