O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 16
Capítulo 13 - Olhe pra nós dois ( parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá flores ... Presente de carnaval.
Saudades de vocês!
Desde já agradeço a todos o comentários e os não comentários tbm, uahsauhsahsauhs.
Flores fantasmas apareçam.
Sem mais delongas, até lá embaixo!
*-*



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Capítulo 13 – OLHE PRA NÓS DOIS

Pov Edward

(...) No Capítulo anterior:

- Fale Edward! Vamos coragem! Olhe nos meus olhos agora, diga que sou a coisa mais linda do seu mundo se for capaz! Quando gritei novamente ele me olhou. -Diga o sente ao me ver assim?Ao ouvir tudo isso! Ainda é amor? Perguntei mesmo sabendo que ele não responderia. Ainda estava em choque, ainda me olhava daquele maldito jeito.

- Não, não precisa falar. A resposta está presente nos seus olhos: PENA. É isso que eu vejo nos rostos de todos que me olham desde que fiquei assim. Mas não tem problema, nunca soube o que era carinho, o que era amor e sobrevivi até hoje, posso continuar assim. Graças a Deus sou forte, vou sobreviver. Abaixei a cabeça, tentando esconder uma lágrima teimosa que queimava o meu rosto. Peguei o lenço do chão e continuei.

Enquanto falava sentia todos os olhares em mim.

- Não me olhem assim, não percebem que isso só piora a cada instante?

E então ela se foi...

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“O silêncio, um instante, contam nossa história de amor, olhe pra nós dois, eu sei, no horizonte, mesmo longe pode estar. Acredite em mim, pra que se machucar? Olhe pra nós dois, não vá, o que passou ficou em nossos corações, olhe pra nós dois...”.

(KLB, Olhe pra nós dois).

Permanecia completamente atônito. Ao que parecia estava tudo bem e de repente as coisas mudaram dessa maneira. Ou melhor, a Bella mudou e eu simplesmente não consegui reagir a essa “transformação”. Aquela imagem não saí da minha cabeça. A Bella, minha Bella machucada daquela forma. Pior do que vê-la sem cabelos, do que a enorme cicatriz presente em quase toda a extensão do lado direito da sua cabeça, foi enxergar a dor refletida nos seus olhos. Dor essa que eu mesmo ajudei a causar agindo assim, ou melhor, não reagindo à imagem da garota à minha frente totalmente frágil e desprotegida como ela merecia. Tudo o que a Bella menos precisava era que eu ficasse como um completo idiota parado no meio do estacionamento de um hospital olhando-a embasbacado. Infelizmente foi a única reação que tive e com isso ela se foi. Onde estava o homem que jurou protegê-la há minutos atrás, que disse que estava tudo bem, que nada mais importava? Pior, que nunca mais quebraria a promessa de não permitir que nada de mal acontecesse? Esse mesmo idiota, vulgo eu mesmo, Edward Anthony Cullen continua aqui parado enquanto alguém segura o meu braço e  minha mãe e irmã continuam me olhando preocupadas e falando alguma coisa que sinceramente não consigo identificar.

A dor em meu peito era simplesmente torturante. Depois de toda a angústia pelo seu desaparecimento, da felicidade estupenda quando finalmente a encontrei, cometi a pior de todas as coisas e consequentemente a perdi. E mais uma vez Bella escapou por entre meus dedos.

- Não! Gritei saindo do meu transe e correndo em direção ao meu carro. Ainda pude ouvir minha mãe e Alice gritando, mas já estava dentro do volvo e partir era só uma questão de segundos.

Pensa Edward, pensa! Onde a Ângela mora mesmo? Vamos, vamos! Falava alto dentro do carro. Droga, droga, droga! Alice é isso! Minha irmã com certeza sabia o endereço. Saí do carro novamente e me deparei com ela e a mamãe, as duas com o semblante aterrorizado.

- Ficou louco Edward? Quase me matou de preocupação filho! Você não vai a lugar algum nesse estado menino. Fui clara?

Pela primeira vez na minha vida ignorei àquela que me deu a vida. Eu sabia que estava agindo mal, que ela não tinha culpa de nada daquilo, mas ao mesmo tempo queria que ela entendesse meu desespero e não me impedisse. Se olhasse nos seus olhos agora seria tarde demais pra ir em frente por isso baixei a cabeça.

- Alice me diga aonde a Ângela mora, vamos! Implorava olhando pra ela.

- Não posso Ed, você está muito nervoso, não pode dirigir nessas condições. Vamos pra casa irmão. Ela suplicava e pelo timbre da sua voz, parecia estar assustada.

A sensação de impotência aumentava ainda mais a minha ira. Não conseguia enxergar mais nada normal, tudo estava vermelho de repente. Tinha que consertar a minha burrada, não poderia deixar pra amanhã, ou quando estivesse mais “calmo”, isso levaria tempo demais e esse tempo é algo que não possuo. Quando quero algo, consigo não importa como, apenas CONSIGO e ponto.

- Tudo bem, já vi que não vai me ajudar, eu consigo sozinho. Falei e já ia saindo.

Minha mãe veio até mim de mãos estendidas.

- Dê-me as chaves do carro Edward. Isso é uma ordem.

Vendo que eu hesitava ela completou:

- Agora! Exclamou usando o tom que não permitia discussões e que até então eu jamais havia contrariado.

- Sinto muito mãe, mas não posso. Murmurei irritado por magoar a razão da minha existência. Não a encarei porque ver a decepção ali estampada me dilaceraria. Dei a volta o mais rápido que pude entrando novamente no carro. Dei partida tentando sair dali o mais rápido possível quando a louca da Alice parou na frente do volvo gritando.

Suspirei. Isso era bem a cara da minha irmã.

- Você não ouviu a mamãe seu ogro? Eu não vou permitir que saia daqui nesse estado, ouviu Edward? Você não vai! Não vai! Vai passar por cima da sua própria irmã? Quero ver se sua coragem chega a tanto maninho! Falou com uma ponta quase imperceptível do seu sarcasmo familiar.

Sinceramente meu humor não estava para brincadeiras ou cenas como aquela. Enquanto ela ainda gritava e esperneava Peter tentava a todo custo retira-la da minha frente o que eu agradecia mentalmente.

Acelerei levemente o carro, dando sinal de que não estava brincando. Lógico que não ia passar por cima dela, mas ela não precisava tomar conhecimento desse fato. Infelizmente essa criaturinha irritante era mais teimosa do que eu e nem com todos os esforços de Peter e mamãe ela arredou pé do lugar. Isso estava fugindo do meu controle e o resquício de paciência que ainda me restava sentia escorrer por entre meus dedos, ou seria pelas minhas narinas infladas afinal?

- Inferno Alice! Saia da droga da minha frente. Botei a cabeça pra fora da janela e berrei. – Saí agora! Não estou pra brincadeiras!

- Não, não, não e não! Se quiser sair com esse maldito volvo prata reluzente passe por cima de mim. Vamos coragem! Ela gritou de volta.

Arrisquei uma olhadela para a mamãe. Ela estava nos braços de Peter chorando copiosamente enquanto ele de alguma forma tentava acalma-la tirar Alice dali.

Acelerei o carro levemente, mostrando toda a sua potência e nem assim a Alice se mexeu.

Teimosa, mil vezes teimosa!

Não tinha jeito, haveria de apelar para medidas drásticas.

- Ok, como quiser. Falei aparentando uma calma que eu não tinha ainda a olhando pela janela.

Engatei a marcha ré rapidamente tomando alguma distância, para depois fazer uma manobra em forma de círculo conseguindo enfim me livrar de Alice e chegar à saída do estacionamento. Parei subitamente olhando para trás. Encontrei os olhos vermelhos da minha mãe e não consegui não gritar.

- Sinto muito mamãe, mas eu preciso ir. Falei alto o bastante para ela ouvir, em seguida saí dali o mais rápido que pude. Estava me sentindo mal pelo que fiz com a minha mãe. Nunca a tinha desobedecido na vida, quanto mais agido dessa maneira grosseira. Sem contar no susto que ela deve ter levado por causa da inconseqüente da minha irmã. Um dia ainda mato a Alice. Ah, se mato!

Depois enfrentarei as conseqüências, por piores que sejam.

Suspirei frustrado.

Agora só me resta saber como vou conseguir esse maldito endereço.

Se estivéssemos na escola tudo seria mais fácil. E foi assim que como uma luz no fim do túnel encontrei a solução.

Dirigi por cerca de quinze minutos e lá estava eu em frente à Forks High School. Olhei no relógio e estava quase na hora de terminarem as aulas, ótimo sinal.

Agora o que fazer? Ir à secretaria e perguntar a Sra. Coppe? Não mesmo, aquela mulher me deixa constrangido, deveria ser crime olhar para um aluno daquela maneira. A única solução seria falar diretamente com Ângela, mas por outro lado ela poderia avisar a mãe sobre mim e conseqüentemente a Bella fugiria.

- Argh! Murmurei enquanto saia do carro e me encostava no capô.

O sinal tocou anunciando o fim das aulas e os alunos começaram a encher o pátio. Minha impaciência crescia a cada instante enquanto pensava em alguma alternativa. Os olhares cobiçosos de Tânia e sua turma não estavam ajudando. Ficou pior quando ela e outra garota igualmente loira se aproximaram. Revirei os olhos. Será que ela não aprendia? Como diz o Emmett, “quem vive de passado é museu”.

- Olá Ed, estava com saudades. É o meu primeiro dia de aula e você não estava aqui para me dar boas vindas. Falou enlaçando os braços no meu pescoço, colando-se a mim nunca atitude imprópria para um lugar público, sem mencionar que era vergonhoso, despudorado.

Suspirei de novo. Dessa vez de cansaço mesmo. Pouco tempo depois que terminamos Tânia vem tentando se aproximar novamente. Esse seu jeito forçado e até um pouco vulgar me deixava esgotado. Se fosse em outra ocasião, teria dado uma resposta educada a ela e saído em seguida, mas hoje definitivamente não era seu dia de sorte nem o meu de paciência, não resisti, foi mais forte do que eu.

- Será que dá, por favor, pra você me soltar? Não estou com humor para joguinhos Tânia. Falei rispidamente.

- Mas eu adoro jogar, principalmente se for com você. Com esse ar bravo então! Nossa! Pelo que me recordo você não reclamava quando estávamos “jogando” de preferência no seu quarto, com seu corpo em cima de mim... Respondeu num tom mais baixo, bem perto do meu ouvido, o que só fez minha repulsa aumentar.

- Eu tentei Tânia, juro que tentei não ser grosseiro, mas você não coopera. Quantas vezes terei que repetir que o que houve entre nós ficou pra trás? Eu. Não. Sinto. Mais. Nada. Por. Você. Entendeu? Falei olhando bem nos seus olhos, e cada palavra pausadamente, esperando que assim ela pudesse finalmente enxergar a veracidade dos fatos.

Soltando-se bruscamente como se tivesse levado um tapa ela deu dois passos atrás. Parando ao lado da menina que veio com ela. E só ai eu reparei que se tratava de Lauren Mallory, uma das líderes de torcida, aquele tipo popular, ou seja, fácil demais de impressionar. Isso é ótimo Tânia Até que enfim me fez um favor.

- Você me paga Edward, ainda vai implorar pra me ter novamente! Gritou furiosa marchando a passos largos para não sei onde e esquecendo-se que tinha deixado a sua “amiga” sozinha.

O pensamento era mesquinho, eu sei. Mas por ora não tinha alternativa. Além do mais não iria beijá-la nem nada. Somente conversar um pouco, deixá-la mais a vontade, até que me desse o que eu precisava. Nunca pensei que pudesse jogar tão baixo. Não era hora de fraquejar, vamos Edward! Tudo pela Bella, tudo por ela.

- Seu nome é Lauren não é? A garota assentiu.

- Muito prazer, sou Edward Cullen. Estendi a mão para cumprimentá-la e sorri. Aquele mesmo sorriso que a mamãe disse que herdei daquele homem, o mesmo que ela disse não resistir assim que o conheceu. Sabia que isso era errado, mas não pude deixar de achar interessante.

- O que acha de tomarmos algo na lanchonete da escola? Se não tiver outro compromisso é claro.

Pelo largo sorriso que recebi em resposta sabia que tinha dado certo, não demoraria muito e ia saber tudo e mais um pouco do que preciso. E logo, logo estaria com a minha Bella novamente.

- Tudo bem Edward, vamos ver até que ponto seus belos olhos verdes te beneficiam...

Murmurei assim que dei espaço para ela passar à minha frente.

“Todos os sacrifícios são válidos e nenhuma atitude pode ser julgada a ferro e fogo quando agimos unicamente movidos pelo amor...”.

(...) CONTINUA.


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Notas finais do capítulo

Meus amores e então?
O que acharam?
Comentem, comentem, comentem!
Seria demais pedir uma recomendação ein?
Até sexta!