Aprendendo com a eternidade escrita por Beatrice Raimandes


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ola povo, terminei o capitulo e estou postando aqui :D

Espero que gostem

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792668/chapter/2

 

Capitulo 2

Isabella que a muito custo evitou o olhar de Aro finalmente encarou seu rei. Os olhos negros gritavam pelo que tanto ansiava.

— Você mais uma vez não me decepcionou, meu belo anjo caído. – Ele sussurrou.

Isabella soltou um leve rosnado. Marcus não se incomodou com o som, já Caius apesar de querer aparentar soberania em cima de todos, no fundo mesmo que jamais admitisse para alguém temeu brevemente. Isabella era a única capaz de acabar sozinha com todos ali, mas ele sabia que só não morriam porque ela no fundo respeitava Aro mais que qualquer um ali.

Em breve após os próximos atos da vampira que viriam a seguir a mesma cairia em um remorso obscuro e nos próximos anos teriam que controla-la como nas outras vezes. Com a sua força revigorada isso se tornava uma tarefa árdua e difícil para os vampiros da realeza.

Apesar de tudo, Aro era o único que tinha algum efeito sobre ela, mas os reis sabiam exatamente que não era porque Aro a controlava e sim porque Isabella quando ficava sã se permitia ser presa para evitar mais mortes e catástrofes que só ela causaria.

— Quero... o que... me... pertence. – Sua voz saiu expressivamente rouca e falha. As décadas presa sozinha fez com que quase não emitisse som algum.

— E você terá. – Falou calmo. Ele sabia, Isabella estava começando a ficar impaciente e a demora de um dos seus subordinados não estava ajudando em nada. Esse não era um dos momentos que Isabella tinha bom senso, somente daqui algumas horas ela lidaria com isso.

Um preço que ele teria que pagar, pensou consigo mesmo.

Uma vampira pequena que parecia uma criança por conta da idade prematura que foi transformada se posicionou imediatamente atrás dos reis. Jane era irmã gêmea de Alec, os dois pequenos vampiros foram transformados no mesmo dia quando completaram 13 anos. Apesar da aparência inocente, os gêmeos eram sem dúvidas os mais perigosos e pertenciam ao auto escalão da guarda, perdendo o posto apenas para Isabella Swan.

A pequena vampira estalou a língua olhando com desgosto para a vampira morena mais alta que ela.

— Tem certeza meu senhor? – Perguntou contrariada. Talvez não precisassem entregar nada a Isabella. Ela estava fraca com todo esse tempo que ficou presa, seria uma boa oportunidade para tentar acabar de vez com a figura feminina que estava na frente dos reis.

Ela acreditava sim que isso podia ser possível, mas os reis sabiam que podiam deixar mais de mil anos Isabella sem alimento e provavelmente ela ainda mataria todos, mas esse não era o real motivo por não fazerem isso, ainda mais que Isabella já implorou para ser morta por diversas vezes. A verdade é que Aro a queria tanto que simplesmente ignorava isso e se recusava perder um talento sob seu domínio como o dela.

Isabella direcionou sua atenção para a vampira a sua frente e uma faísca de fúria atravessou seu olhar. A pequena vampira não se intimidou e era tão lunática ou mais que a outra que manteve o mesmo nível olhar. Jane jamais teria medo de Isabella simplesmente por ser ela quem transformou a Swan. Foi seu maior arrependimento e único erro, quando ainda era nova nesse mundo obscuro. Cometeu o pequeno deslize de deixar seu veneno fluir pelas veias da garota sem matá-la.

Muitos vampiros da guarda acreditavam que a insanidade de Isabella veio através do veneno da pequena sociopata. Jane era o próprio mal, porém Isabella era a própria personificação do diabo em pessoa. A diferença das duas se dava pelos sentimentos enquanto Jane expressava seu ódio e fúria, Isabella simplesmente não demonstrava nada. Os vampiros não sabiam dizer nesse aspecto quem era pior a que destilava palavras profanas ou a que apenas observava com seu profundo silencio.

— Sim, Jane. Isabella merece depois da sua grandiosa ajuda. – Aro não viu a vampira crispar os lábios e unir as sobrancelhas demonstrando claramente que desprezava a ideia dele ser encantado muito mais por Isabella que por ela. Mesmo ele não vendo suas atitudes sabia exatamente como a mais nova se sentia.

Os olhos de Isabella se tornaram totalmente negros como o penumbre de uma noite sem fim no exato momento que vira o humano sendo trazido a força no abraço de urso de um vampiro.

O humano desesperado tentava se afastar daquele local com aquelas pessoas em sua volta usando os mesmos mantos não indicava bom sinal. Somente a presença deles era o suficiente para acreditar que estava no inferno ou algum tipo de seita Satânica. Ele mal imaginava que estava próximo dessa realidade.

As narinas da Isabella inalaram o ar pela primeira vez assim que saiu da masmorra e o perfume doce e completamente suculento do homem atingiu em um baque no exato momento que ela desapareceu de onde estava permitindo que o descontrole surgisse e devastasse por um bom tempo as mortes e horrores que acarretaria.

Os vampiros não se opuseram e soltaram o homem no instante que Isabella apareceu pulando em cima dele estripando-o com suas próprias mãos como se ela fosse um felino e ele um boneco de pano. O homem nem tivera tempo de gritar, ele sufocou com o próprio sangue levando a óbito imediatamente.

Em forma de respeito aos reis os vampiros da guarda não olharam a cena e trancaram a respiração, pois sabiam que se vacilassem e disputasse a briga pela comida contra a mulher não ficariam diferente do homem, eles já viram isso acontecer em um passado distante.

Essa era o maior maldição de Isabella, não tinha controle com sua sede de sangue, quando começava a beber era difícil de parar e bastava dar um deslize quando sentia o cheiro adocicado independentemente de onde estivesse era o fim da sua autoconscientização e tudo virava um mar de corpos e sangue. Nem mesmo os reis podiam impedir isso.

Os reis já tentaram dar sangue o suficiente para ela se sentir cheia, no entanto nada que davam era o suficiente. Aro a encarava admirado. Sem dúvidas era uma pena que Isabella fosse indomável, se de alguma forma conseguisse controlar sua ânsia pelo sangue, ele com total certeza sabia que teria a arma mais letal desse mundo com plena consciência, mas infelizmente com grande poder vem inderrogáveis consequências.

Isabella pôs a mão coberta de sangue em frente ao rosto lambendo do palmo até a ponta do dedo e voltou se agachar tomando o que pode do sangue.

Em dado momento as narinas dela logo detectaram outros cheiros similares não muito longe dali em um rompente ela correu em direção ao pequeno vilarejo onde deixaria uma chacina.

Aro suspirou e finalmente os vampiros encararam o homem todo aberto no chão. O líder se virou para seus vampiros mais fortes da guarda Demitri e Felix.

— Já sabem o que tem de fazer. Espera ela acabar para trazê-la de volta a casa. – Ele voltou sua atenção para Alec. – Você vem conosco, quero este vampiro em meu castelo.

Então praticamente todos os vampiros desapareceram do enorme cenário de guerra, ficando apenas um ou outro para trás, com suas devidas obrigações de limpar o local.

Jasper estava apavorado de uma forma que nunca se sentiu antes. A morte se dava na consciência sem sentidos? Ele sentia que estava em um lugar escuro, gritava e tentava fazer qualquer coisa que pudesse indicar que estava vivo, mas absolutamente nada acontecia.

Ele nunca tinha pensado como seria depois de morrer, mas definitivamente não era algo que ele estava preparado para enfrentar. O tempo se passou e ele permaneceu nessa angustia, talvez esse fosse o inferno. Viver assim para sempre nesse martírio era o verdadeiro castigo para seus pecados.

De repente como se não soubesse o que estava acontecendo a luz voltou aos seus olhos. Ele piscou várias vezes aturdido com todas as sensações voltadas de uma única vez. O vampiro poderoso se levantou apoiando nos joelhos olhando tudo analiticamente a sua volta.

Seu raciocínio logo processou que estava em um salão oval parecido com aqueles salões de um castelo, logo com os três reis sentados em seus tronos ele soube exatamente onde estava e com tantos vampiros ali não tinha chances nenhuma apesar de ser habilidoso. Ele não era forte o suficiente. No meio de todos aqueles vampiros tinha apenas um que o interessava.

De fato nunca tinha visto um ser com magnitude de poder como aquela vampira, no começo ele conseguiu usar seu dom para barra-la de onde estava e por um breve momento acreditou que venceria aquela bela mulher, contudo ele sentiu seu dom sendo quebrado, tentou de diversas maneiras cerca-la, só que aos poucos foi perdendo o efeito e foi ai então que soube que jamais a venceria.

A morena tinha uma força e habilidades maiores que ele e apesar dele ser experiente se sentiu um inútil por não ser capaz de dar um soco sequer nela enquanto ela desferia vários ao mesmo tempo. Seu único objetivo era salvar a sua amada e nem isso ele foi capaz de conseguir.

Alguns vampiros o fitava prontos para agir caso fosse preciso, os reis ficaram o observando tranquilamente como se já soubessem o que ele faria. Ele não era estupido, mas se atacasse seria apenas para avaliar seus oponentes.

Ele então rosnou e se agachou dando um impulso para correr em cima dos reis. Antes de conseguir chegar neles viu um sorriso de relance no vampiro rei de cabelos brancos e pele quase translucida antes de sentir uma dor insuportável atingir seu corpo. A onda de tortura era imensa, seu corpo parecia queima-lo vivo e o grito de dor foi inevitável. A sensação logo sumiu o fazendo respirar ofegante.

— É melhor parar de tentar qualquer ataque inútil, você já experimentou dois dons de alguns da nossa guarda, tem muito mais para você experimentar caso insista nessa derrota. – Caius respondeu energético.

— Onde está Maria? – Ele já sabia a resposta gritou que em alto tom, mas devia criar uma pequena esperança mesmo que fosse nula.

— Você já sabe minha jovem criança. – Aro o fitou intensamente. – Maria foi condenado por tentar criar uma verdadeira destruição no mundo.

— NÃO. – Gritou ele.

— Eu sei que ela o manipulou e justificou milhares de motivos para criar essa guerra, contudo criança se vocês tivessem ganhado a guerra não era a paz que você traria e sim a desordem da natureza.

Jasper estava pronto para negar quando Aro continuou altivo interrompendo qualquer palavras que ele daria. Um pouco antes dele voltar a ser libertado pelo poder de Alec, Aro tocou nele absorvendo todas as memórias e encontrou uma maneira de convencer Jasper a ficar ao lado dele.

Honra.

O vampiro loiro dava valor apenas a honra e diante disso Aro mostraria os perigos que ele podia ter trazido caso ganhassem a guerra. A batalha junto com a vitória foi mesmo necessário, pois se Maria tivesse ganhado ela iria expor todos os vampiros do mundo e isso acarretaria uma desordem global. Uma tentativa falha como diversos outros exércitos tentou algum dia.

Aro sorriu calmo e naquele momento Jasper não imaginava, porém encontraria seu papel nesse mundo e serviria a justiça como ele sempre desejou.

...

                Não muito distante do castelo, próximo há um dia de charrete dali. Os vampiros que foram designados a levar Isabella de volta chegaram no vilarejo pela madrugada. Eles deram um bom tempo sozinha para ela fazia o que tanto queria, eles não a impediriam e tão pouco seriam loucos de enfrenta-la no momento da sede dela, por isso quando se passou do fim da tarde para a madrugada eles acreditaram que ela já tinha acabado.

Ao olharem em volta viram vários cadáveres recém mortos. Alguns estavam desfigurados, outros com os corpos secos pelo sangue todo drenado e pouquíssimos apenas mortos tiveram a sorte de terem apenas o pescoço quebrado ou o coração arrancado do peito.

Felix e Demitri inalaram aquelas mistura de sangue. Um verdadeiro banquete e não resistiram a tentação de tomar ao menos um pouco daqueles poucos corpos que foram deixados para trás. Assim que estivessem saciados iriam atrás da Isabella.

Algumas casas ao final do vilarejo no canto ao fundo da casa Isabella tinha suas presas cravadas no pescoço de um humano. O calor daquele liquido viscoso descia como magica lhe proporcionando todo o desejo como nunca sentiu na sua vida inteira. O efeito era tão alucinógeno que ela se movia apenas por impulso de querer mais e mais.

Quando sentia o cheiro e principalmente o gosto do sangue Isabella se tornava uma verdadeira caçadora focada apenas em caçar sua presa e dela adquirir o maior dos prazeres para um vampiro. Ficava totalmente inebriada pelo néctar dado aos imortais como ela. Estava absorta na sucção quando escutou o ultimo coração daquele vilarejo falhar pela primeira vez indicando que o fim para aquele humano estava chegando e ela não teria se importado com esse mero detalhe senão fosse pelo pequeno e quase irreconhecível toque quente de uma mão.

Seus olhos abriram vagarosamente e assim que seus olhos se abriram, eles se levantaram encontrou um par de olhos azuis joviais a encarando e o brilho foi se apagando com a última batida do coração. Uma cor azul que ela nunca viu igual contendo desenhos únicos.

Aquela era uma imagem que jamais sairia da cabeça da Isabella. Uma visão que a transformaria para sempre, pois naquele momento os sentidos e a consciência da bela vampira voltaram e deitava sob ela estava o corpo frio de uma criança de no máximo seus 5 anos de idade.

Isabella nunca sentiu tanto horror em toda sua existência como nesse momento. Com a mão tremula e suja de sangue segurou o queixo da criança que a encarava agora com os olhos sem vidas. Ela balançou delicadamente o rosto da garotinha, movimentando levemente o cabelo loiro em um tom ouro derretido como se fosse traze-la a vida a qualquer momento, mas nada nesse mundo traria de volta a vida da criança.

Os lábios dela se abriram soltando um pequeno gemido de dor e encolheu o corpo como se tivesse sido apunhalada.

— Não, não. – Ela sussurrou e gritou fracamente de volta colocando a mão na boca. – Por favor, não morra.

Ela agarrou a menina puxando de encontro ao seu peito enquanto chorava lamurias de negação.

Os dois vampiros chegaram em um casebre. O corpo de um homem estava no pé da porta da entrada, a mulher junto com uma adolescente estavam caídas apenas mortas no meio da sala e por último quando os olhares deles focaram mais na escuridão presenciaram uma cena perturbadora. Isabella estava no canto da parede ao fundo da casa sentada enquanto ninava a criança no seu colo. Sussurrava no ouvido da mesma apenas para a criança acordar mesmo sabendo que isso jamais aconteceria.

Eles sabiam que quando Isabella voltasse a consciência se arrependeria de tudo que tinha feito como em todas as outras vezes e como de costume eles sempre a levavam de volta ao castelo, mas dessa vez tinha um detalhe excepcionalmente diferente de todas as outras vez. Dessa vez não era o corpo de apenas um homem ou uma mulher que ela estava vendo. Dessa vez era uma pobre e inofensiva criança. Um dos seres mais puros e angelicais desse mundo.

Os dois se aproximaram levemente e Isabella não parecia dar conta da presença deles ali, estava entorpecida pela dor que não focava nos meros detalhes a sua volta.

— Isabella. – Foi apenas a chamando que a vampira os encarou.

Eles estancaram no lugar. Nunca viram os olhos de algum ser expressando tantos sentimentos como ela apresentava os seus torturados e ofuscados pela agonia e sofrimento. Não sabiam quais movimentos certo fazer e no que poderiam acarretar se fizessem algum movimento abrupto.

— Isabella. – Demitri a chamou vagarosamente mais uma vez. – É melhor irmos para casa.

Isabella balançou a cabeça em negação e afastou o corpo do seu peito para encarar o rosto lívido da criança.

— Eu fiz... algo terrível. – Disse quase sem fala.

Por um instante os vampiros tiveram pena daquela vampira. O único problema dela era seu descontrole e quando ela tinha plena consciência dos seus atos parecia apenas uma menina assustada e inofensiva.

— Não foi sua culpa. – Mentiu se aproximando dela mais um pouco.

— Foi. – Respondeu simplesmente voltando a olhar para ele com os olhos arregalados de medo. – Eu condenei uma criança.

Demitri olhou para Felix em busca de ajuda. Não sabia o que fazer naquele momento delicado.

Felix suspirou pesadamente.

— Se não quer causar mais nenhuma morte Isabella devo orienta-la a voltarmos ao castelo.

Demitri o fuzilou com o olhar. Eles eram vampiros sim, mas não precisavam ser indelicados em um momento como esse e se Isabella não reagisse bem? Eles estariam mortos.

Isabella mais uma vez voltou ao olhar para baixo e assentiu em concordância. Depois de longo tempo que para os vampiros os minutos não passavam de segundo em sua eternidade Isabella se levantou mantendo o corpo da criança presa firmemente em seus braços.

— Hm, Isabella. – Demitri a chamou meio incerto. – Acho melhor deixar o corpo onde esta.

— Não, eu o levarei comigo. – Falou sem tirar os olhos um segundo sequer da criança.

— Você não pode leva-lo. – Felix pontuou autoritário como resposta Isabella rosnou em direção ao vampiro.

Demitri vendo que aquele podia ser o fim dos dois intercedeu rapidamente.

— Se é o que deseja, faça o necessário. – Respondeu virando em direção ao vampiro gigante e o repreendeu com o olhar.

Ao mesmo tempo Isabella se aquietou e caminhou para fora do casebre. Ela se prenderia mais uma vez na masmorra, mas dessa vez como um castigo para lembra-la de todas as atrocidades que cometeu durante toda a existência como vampira ela deixaria o corpo da criança presa junto com ela e em cada segundo que estivesse viva naquele lugar se auto puniria.

Os vampiros se entreolharam e Felix admitiu para si mesmo que nada do que tentasse a faria obedecer e pelo contrário, igualmente ao Demitri temia que eles poderiam morrer por um simples gesto que não valia a pena. Deixaria para os reis que decidissem o que fosse preciso.

Após horas de corrida. Isabella presa em sua própria crueldade chegou ao castelo e não se importando com a presença de nenhum vampiro que a observava interrogativamente foi direto para sua cela. Ela colocou a criança delicadamente no chão como fosse algo quebrável e tornou a caminhar em direção a um vestido que tinha ali junto de uma banheira de madeira com água em temperatura ambiente.

Uma vampira que parecia mais uma dama de companhia não ousou levantar seu olhar um segundo sequer. Morria de medo de encarar a vampira mais perigosa que existia e aquela fosse a última imagem que visse.

Temendo pela própria vida se permaneceu quieta no canto esperando que Isabella terminasse de se banhar limpando todo o sangue que cobria seu corpo e assim que foi feito tirou tudo do local que mais parecia um daqueles lugares que eram habitados em lendas sombrias e dava medo até mesmo para vampiros como ela, a jovem vampira fez uma prece para que jamais precisasse pisar ali novamente.

Isabella em seu tormento deslizou deitando no chão ao lado da criança morta com seu novo vestido branco. Aro tinha uma péssima mania de acreditar que o branco podia trazer uma paz infundada no meio daquele breu para ela.

Isabella pela primeira vez diferente de tudo nessa vida não reagiu ou se rebelou pelo sangue que viria a ser negado. Pela primeira vez ela não moveria os músculos para matar, apenas seriam usados para dar ângulos de perspectiva do horror que trouxe para esse mundo. Se prenderia na própria loucura acreditando que jamais teria salvação. Até um dia, no qual um vampiro daqui há muitos anos mostraria uma alternativa e um novo motivo para ela viver pela primeira vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!