Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 9
Telefonemas e imprevistos.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Voltei!
Atrasada? Sim, como sempre, mas voltei! Espero que não tenham desistido de mim!
Sobre esse capítulo, ele devia ter uma parte só e ser toda a festa, mas eu - como sempre! - me empolguei tanto que ficou muuuuuito grande, por isso decidi dividir ele em duas partes, eu nem ia postar agora, mas como eu já tinha sumido por muito tempo fiz esse esforço kkkk
BOA LEITURA :3



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  Alex

 

  Senti o celular vibrar no bolso pela segunda vez antes de conseguir entrar em casa. Tinha acabado de chegar da casa de Analu e antes mesmo de eu estacionar o carro já haviam me ligado. Quando finalmente entrei e coloquei minha mochila e a bolsa de Tommy no sofá e o bebê em seu cercadinho eu peguei o celular do bolso. Tinham sete ligações perdidas. Quando tocou pela oitava vez eu atendi.

  - O que foi Mason? Alguém morreu?

  - Por que não me atendeu antes? Estava me ignorando é?

  - Eu estava dirigindo – disse conferindo o velho relógio da minha avó preso à parede da cozinha. Eu tinha cerca de duas horas até as 20h, era um tempo razoável, então me sentei no sofá e tirei os sapatos. Tommy já estava em sua missão de tentar sair do cercadinho.

  - Você não vai acreditar no que aconteceu! Pensando melhor, acho que você já sabe! A Analu acabou de me convidar pra festa do primo dela! Eu vou para a festa de Matthew White! Já disse né? Minha vida acadêmica e, aparentemente a social também, virou um luxo!

  - Fico feliz por você – digo divertido. Eu gostava de Mason por causa disso, ele era a alegria em pessoa, não era a toa que ele e Lucy tinham se dado tão bem.

  - Ela te chamou também, né? Alex?

  - Chamou.

  - Então já somos três, o Caleb vai morrer quando souber.

  - Como? – perguntei sem entender.

  - Já que você não me atendia eu liguei para o Will. A Manu o convidou, ele está eufórico tenho quase certeza que dessa vez eles ficam. Devia seguir o exemplo dele e beijar sua garota.

  - Ela não é minha.

  - Claro – ele cantarola e reviro os olhos. – Mas agora você tem que falar com a Analu e ver se o Caleb pode ir. Ele nunca mais fala com a gente se souber que fomos a essa festa e não o convidamos.

  - Por que eu? Vocês não são melhores amigos?

  - Por que a namorada é sua. E eu quero carona, chego aí na sua casa em 20min. – e dito isso ele desligou sem esperar uma resposta.

  - Está vendo, Tommy? – perguntei ao bebê que me olhou curioso. – Esses seus tios só me arrumam confusão. Se você fosse um pouco mais velho pediria a você para ligar, tenho a impressão que Analu não te diria não.

  Encontrei o número da garota de sorriso encantador em meu celular e liguei, mesmo que a ideia de pedir um favor a ela depois de já ter aceitado outro me deixasse desconfortável eu queria muito ouvir sua voz, mesmo que só tivesse pouco mais de uma hora que nos separamos.

  - Alô, Alex? Aconteceu alguma coisa? – ela atendeu parecendo preocupada e eu sorri.

  - Pode ficar calma, não aconteceu nada.

  - Então o que foi? Não me diga que não vai poder ir. Eu vou à sua casa buscá-lo! Já falei.

  - Eu vou, não se preocupe. E é sobre isso que eu queria falar. Você convidou o Mason.

  - Como sabe?

  - Ele me ligou desesperado pra contar – disse e a ouvi rir, essa sua risada era um perigo. – E pelo que eu soube sua amiga convidou o Will então eu queria saber se posso levar o Caleb.

  - Caleb é o loiro, não é?

  - Esse mesmo.

  - Claro, não há problema, nas festas da minha família os convidados sempre trazem convidados.

  - Sério? Pois eu podia jurar que suas festas eram do tipo que tinham listas de convidados e seguranças na porta.

  - Sinto muito decepcioná-lo, Sr. Bad Boy, mas minha mãe e minhas tias organizam tudo e no máximo temos DJ e garçons – ela diz divertida, mas me surpreendendo. – Nossas festas não são festas de gente rica cheias de pompa, são só festas.

  - Analu sai do telefone! Se quiser que eu arrume o seu cabelo vem aqui!— ouvi Manu gritar e sorri.

  - Melhor você ir.

  - Melhor mesmo, mas você pode dizer ao Caleb que ele está mais que convidado. Até mais tarde, Alex.

  - Até – me despedi e ela desligou.

  Tommy começou a resmungar em seu cercadinho e fui até ele para pegá-lo, sorri para o bebê que estava todo cheiroso e sorri.

  - Se isso é uma pista, Tommy, ela gosta de pessoas cheirosas – disse divertido ele resolveu puxar meus cabelos para exercitar suas mãos curiosas. – Nada disso, vamos ligar para o tio Caleb.

  - Estou entrando – Mason anunciou antes de abrir a porta da sala ainda de uniforme e com a mochila nas costas. Sorri.

  - O que aconteceu com os 20 minutos?

  - Não consegui esperar. Vim me arrumar aqui. Charlie vai com o Will, você falou com a Analu?

  - Falei e vou aproveitar que você está aqui e tomar um banho, liga para o Caleb para convidá-lo e vigia o Tommy.

  - Isso é se aproveitar de uma alma bondosa – ele faz drama aceitando Tommy em seu colo.

  - Certo, alma bondosa não deixa ele se sujar, está muito tarde para dar outro banho nele. Vou só trocar Tommy mais tarde.

  - Sim, senhor – ele responde batendo continência com a mão livre e reviro os olhos pegando minha mochila e, logo em seguida, subindo para o meu quarto.

  Não demora muito até eu estar debaixo do chuveiro sentindo a água quente me relaxar. Sou incapaz de não pensar nela, Analu parece fazer parte dos meus pensamentos diários agora. Seu riso, seu desastre, a tagarelice, cada pequena coisa nela me encanta e isso é um perigo, por que eu vou querer beijá-la e, talvez, como Mason disse mais cedo devorá-la e não posso. Por que ela é Anna Laura Whitmore e eu descobri a pouco que ela não é só a princesa do campus, é também uma garota real e divertida que tem o sorriso mais lindo e, aparentemente, um coração enorme e muito mais coragem que eu.

  Sai do banho e resolvi me trocar logo de uma vez. Coloquei uma camisa social preta com as mangas dobradas até os cotovelos, uma calça jeans e tênis, eu esperava que a festa não fosse nada muito chique, assim como Analu tinha dito, por que eu não estava nem perto de usar uma roupa para uma ocasião formal. Olhei para a ponta da tatuagem saindo por baixo da manga da camisa em meu braço esquerdo. Eu a tinha feito enquanto Lucy ainda estava grávida de Tommy e nunca consegui terminá-la, mas eu não pretendia o fazê-lo mais, eu gostava do significado que ela tinha adquirido. O que significava pra mim.

  Passei um perfume depois de pentear os cabelos e sorri pensando em Tommy todo cheiroso no andar de baixo. Logo um par de olhos verdes me veio à mente e resolvi me livrar desses pensamentos e voltar para a sala por que eu sabia que Mason ia estar lá impaciente para começar a se arrumar, simplesmente por que ele era o cúmulo da impaciência.

  - Finalmente! – foi o que o meu amigo exclamou quando eu surgi na sala outra vez. Ele já estava de pé com sua toalha no ombro e a mochila na mão só esperando para subir. Tommy dormia em seu cercadinho coberto com uma manta. – Achei que não vinha mais.

  - Eu estou aqui. Vai lá se arrumar e obrigado – disse olhando Tommy, Mason sorriu.

  - Tio Mason está aqui para isso, agora vou lá ficar maravilhoso para curtir essa festa com o meu amor – ele suspirou antes de subir as escadas e ir fazer ainda mais bagunça que eu em meu quarto. Se havia uma pessoa mais bagunceira que eu, essa era Mason.

  Eu resolvi aproveitar o sono de Tommy e ir arrumar sua bolsa e sua roupa para mais tarde. Sorri ao abrir a bolsa e ver tudo devidamente organizado ali. Até as roupas sujas estavam em saquinhos etiquetados, Analu era realmente um ser humano único. Fui tirando as coisas e me surpreendi ao ver um bilhetinho no fundo da bolsa, “Eu amei meu dia com o Tommy, espero ter ajudado vocês de alguma forma, Sr. Bad Boy! Estou ansiosa pela próxima vez”. Sorri como um idiota ao olhar o bilhete, ela o tinha marcado com um beijo de batom, era uma coisa simples, mas me deixou mais feliz do que devia. E como assim “Próxima vez”? Ela imaginava que haveria uma próxima vez? Eu não sabia se gostava ou não dessa ideia.

  Levei as coisas comigo para cima e resolvo guardar o bilhete de Analu dentro do livro que eu estava lendo, a ficção científica com naves espaciais me lembrou – mesmo que não tivesse nada a ver – do livro de capa dura que Analu queria levar lá da livraria e que começou com toda essa confusão. Sorri ao ouvir Mason cantar muito desafinado lá do banheiro e peguei o livro que eu havia comprado há alguns dias. Acho que essa era uma boa ocasião para dá-lo a Analu como presente pelo dia de hoje, eu já a conhecia o suficiente para saber que se dissesse que era um pagamento, ela não aceitaria.

  Voltei para a sala depois de passar no quarto de Tommy e arrumar a bolsa para o bebê e separar sua roupa e coloquei o livro no fundo da bolsa. Cheguei à sala outra vez só para ver Tommy já de pé dentro do cercadinho, a única pessoa capaz de fazê-lo dormir era Mason, ao menos dormir durante a tarde, acho que Tommy era o único bebê que não tirava sonecas, pelo menos não sonecas que duravam mais que poucos minutos como foi o caso agora. “Tio Mason” era o único que ainda o fazia dormir um pouco mais.

  - Eai carinha, vamos nos arrumar para a festa? – perguntei me aproximando e Tommy sorriu divertido.

  Peguei Thomas e subi para o quarto do bebê, quando chegamos lá aproveitei para trocar a fralda dele, em seguida coloquei uma calça jeans e um tênis e uma camisa xadrez de azul e branco no bebê mais fofo de todos. Ele estava todo cheiroso ainda então só ajeitei seus cabelos. Tommy riu quando terminei e o coloquei de pé dentro do berço, era em momentos assim quando eu via seu sorriso e o cabelo loiro já meio bagunçado que eu me lembrava de Lucy, minha amiga fazia tanta falta que doía, e pensar que ela estava perdendo pequenas coisas como essas me deixavam ainda pior.

  Livrei-me desses pensamentos, peguei Tommy, conferi as horas – já eram quase 19h30m – e desci outra vez, mas não sem antes gritar por Mason e receber por resposta um “Já quase acabando!”, sorri, deixei Tommy em seu cercadinho outra vez e resolvi tomar um suco, por que Mason provavelmente ia demorar. Talvez fosse apenas para me contrariar, mas meu amigo desceu 15min. depois usando uma camisa social branca e uma bermuda e um colete marrons para combinar, os cabelos compridos estavam presos e Mason quase parecia algum ator famoso. Ele me olhou de cima a baixo e sorriu.

  - Analu realmente tem bom gosto, você é um gato – ele disse divertido e revirei os olhos.

  - Mason...

  - O quê? Só estou dizendo a verdade. Aposto que sua garota vai estar linda, vocês formam um casal bonito e eu estou falando literalmente – ele ri e eu sorrio também. Não querendo pensar em como Analu vai estar.

  - Vamos logo. O que acha?

  - Que essa foi a melhor ideia que você teve hoje.

  Mason me ajudou com a bolsa de Tommy e eu peguei o bebê. Nós seguimos para o carro. Eu prendi Tommy na cadeirinha, Mason guardou a bolsa dele e depois se sentou no banco do passageiro, eu me sentei atrás do volante e dei a partida, mas nada aconteceu. Tentei mais uma vez, e outra e mais uma e nada.

  - Certo, Alex, pare de brincadeira e dá partida logo nesse carro.

  - Eu tentando – respondo fazendo mais uma vez e nada. – Vamos carro, agora não é hora para brincadeiras.

  - Alex pelo amor de Deus, faz essa geringonça pegar, por favor!

  - Eu tentando!

  - Eu não acredito que não vou pra essa festa incrível por causa do seu carro que resolveu dar piti!

  - Surtar não vai ajudar! – disse de volta tentando ligar o carro mais uma vez e nada. – Hoje de manhã ele estava normal! Eu voltei pra casa do trabalho sem problema nenhum.

  - Então faz pegar!

  - Cala a boca, Mason! – gritei de volta e foi o que bastou para Tommy começar a chorar no banco de trás. Sai do carro e fui até ele, peguei o bebê e comecei a acalmá-lo – e me acalmar – andando de um lado para o outro na calçada ao lado do carro.

  Mason dentro do carro olhava desolado para a chave na ignição.

  - Desculpa, cara – pedi e ele me olhou rindo, acho que estava entrando em choque.

  - Tudo bem, foi bom enquanto durou – disse e eu ainda ninava Tommy quando ele franziu o cenho. – Acho que eu estou ficando louco, por que eu estou vendo Analu estacionar o Jeep dela bem ali.

  Ele apontou quando eu vi os faróis, me virei a tempo de vê-los se apagarem. E realmente, lá estava o Jeep azul e para minha surpresa a porta foi aberta e ninguém menos que Anna Laura Whitmore surgiu na calçada a poucos metros de mim. Ela estava linda. Os cabelos escuros em cachos caindo pelos ombros nus, seu vestido era azul e tomara que caia, com um corpete que parecia tão apertado e abraçava cada centímetro dos seus seios e sua cintura fina, a saia curta e ampla me lembrava a de uma bailarina, com seus saltos prateados ela ficava pouco menor que eu. Mas como sempre, a coisa que mais se destacava em Analu eram seus lindos olhos verdes que agora pareciam ainda maiores envoltos pela maquiagem escura.

  Eu só percebi que nós nos encarávamos há muito tempo quando alguém pigarreou. Quebramos o contato visual e finalmente notei Manu ali, a garota sorria divertida. Em um vestido preto colado de mangas compridas e um salto da mesma cor a ruiva parecia determinada a testar os limites de algum homem que tivesse coragem de encará-la. Will estava ferrado. E ao que parece o primo de Analu também, por que de acordo com o fofoqueiro do Mason eles já namoraram, mas ainda tinham coisas a resolver.

  - Você está linda – disse a Analu. Ela sorriu mostrando as covinhas e corou.

  - Você também, ótimo.

  - Eu fiquei envergonhada por essas olhadas de vocês e não eram nem comigo – Manuella comentou e eu encarei Tommy em meu colo para não precisar olhar nenhuma delas.

  - Eu também – Mason comentou quando podia muito bem ficar calado.

  Olhei meu amigo e ele já estava de pé na calçada do outro lado do carro.

  - O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei finalmente voltando a encarar Analu, ela ainda estava um pouco vermelha.

  - Bem, o salão de festa é por aqui e eu só resolvi passar aqui como disse que faria, mas foi uma coincidência – Analu comentou e Manu sorriu.

  - O salão de festas não é exatamente aqui perto e Analu queria ter certeza que você iria, essa é a verdade.

  - Manuella! – Analu gritou e eu sorri olhando-a. Ela tinha mesmo se dado ao trabalho de vir até aqui apenas para ter certeza que eu iria?

  - Não é assim também não, Ok? Eu só... Ah, que seja! Eu vim mesmo ver se você já tinha ido – ela admite, dá dois passos e fica a centímetros de mim. Analu sorri e quero muito beijá-la, mas felizmente Tommy está entre nós. Esses meus pensamentos são um perigo para nós dois.

  - A gente até tentou, mas não deu muito certo – Mason comenta e as duas garotas o olham sem entender. Analu está tão perto que sinto seu perfume que sempre me lembra frutas vermelhas. Como um suco doce e gelado no verão.

  - O carro do bonitão não quer pegar.

  - Então que bom que a gente veio, não é? – Manu sorri. – Vamos dar uma carona aos meninos, Analu?

  - Sim! – ela exclama animada se virando para me encarar, tão perto que é desconcertante. – Quer dizer, vamos sim. Que tal?

  - Eu ia adorar – digo sinceramente e é esse momento que Tommy resolve exigir atenção então grita animado oferecendo os braços a Analu. O sorriso dela é tão grande que não posso fazer muito mais que oferecer o bebê a ela e sorrir vendo-a pegá-lo e o beijar.

  - Você está lindo, meu amor – Analu diz a ele o beijando um pouco mais e eu poderia ficar vendo-os pelo resto da vida.

  - Vocês são tão fofinhos que estou passando mal com tanto amor – Mason comenta e eu quero matá-lo. Manu ri e vejo Analu corar.

  - Mason...

  - O quê? Só estou dando a minha opinião. Liberdade de expressão, Ok?

  - A gente pode só ir de uma vez? – pergunto e vejo Analu assentir.

  - É vamos, se eu me atrasar minha mãe vai ficar me enchendo o saco – Analu resmunga dá meia volta com Tommy ainda no colo e vejo-a ir em direção ao Jeep.

  Ela para, me olha e sorri.

  - Você vem?

  - O Alex eu não sei se vai, mas eu indo! – Mason anuncia e corre para perto das garotas.

  - Preciso pegar a cadeirinha do Tommy e a bolsa.

  - Tudo bem – Analu beija Tommy e assente logo depois me dando um daqueles sorrisos encantadores com as covinhas. Odeio como o meu coração reage a ele. – Nós dois vamos te esperar bem aqui.

  Eu levo um minuto para conseguir desgrudar meus olhos dos dela, mas vejo pelo canto do olho Manuella e Mason começarem uma conversa animada antes de eu me afastar em direção ao banco de trás do carro para pegar a cadeirinha e a bolsa de Tommy. Ainda é surreal pensar que Analu está aqui, essa garota parece aparecer no lugar certo ou no mais errado possível, mas de uns tempos pra cá é como se estivesse em todo o lugar. Sorrindo com as covinhas a mostra e os olhos verdes brilhantes.

  Consegui pegar as coisas do bebê e fiz todo o processo de prender a cadeirinha de Tommy no banco de trás do Jeep sendo observado por Analu. Manu e Mason nos olhavam também, mas faziam isso aos cochichos, ao que parece meu amigo encontrou uma alma gêmea disposta a fofocar com ele sobre tudo e qualquer coisa que possa interessá-lo. E o assunto da vez somos eu e Analu e isso nem é preciso ser um gênio para perceber.

  Termino com a cadeirinha e para minha surpresa ao invés de Analu me entregar Tommy, vejo-a passar por mim e se inclinar sobre o banco para prender o bebê e assim como da primeira vez que nos vimos, é praticamente impossível não olhar para suas pernas a mostra, principalmente nessa posição. Quando ela volta, eu tenho que fingir interesse na roda do carro para não ser pego olhando-a, mas Manuella e Mason não são exatamente discretos quando começam a rir. Suspiro sem acreditar.

  Quando vamos entrar no carro é claro que eles fazem questão de se sentar com Tommy no bando de trás, o bebê está preso no meio e cada um deles se senta de um lado. Analu se senta atrás do volante e só me resta sentar ao seu lado no banco do passageiro. Vejo a garota ao meu lado respirar fundo algumas vezes antes de tirar os sapatos de salto e dar partida no carro. Alguma coisa me diz que essa festa ainda vai render muita coisa.

  - Hei casal, vocês não vão falar nada não? – Mason perguntou e eu quis muito mesmo matá-lo.

  - Não somos um casal – digo vendo Analu apertar com força o volante. Aposto que ela ficou incomodada com a insinuação de Mason.

  - Se vocês estão dizendo – Manu provoca e viro-me para vê-la sorrir. Confiro Tommy em sua cadeirinha e ele está ocupado demais mordendo seu carrinho de borracha para prestar atenção em mim. Volto a encarar a rua a nossa frente. – Mas você sabe pra onde está indo, Analu?

  - Sim, pelo menos eu acho.

  - Você está brincando, certo? – pergunto e ela dá de ombros e me olha sorrindo quando paramos em um cruzamento.

  - Eu não sou muito boa com localização.

  - Não brinca – provoquei e a vi fechar a cara mesmo que não pudesse mais me olhar depois de colocar o carro em movimento outra vez.

  - Cala a boca, Alex.

  - Eu só estou preocupado com o fato de se vamos chegar à festa ou não.

  - Se estiver achando ruim, você pode dirigir – ela diz e passa a marcha com tanta força que por um momento acho que vai sair com a alavanca na mão. – Você quer, Alex?

  - Não – respondo engolindo em seco e controlando a vontade de sorrir. Por que algo me diz que ela arrancaria mesmo a alavanca da marcha só pra jogá-la em mim.

  - Ótimo – Analu encerra o assunto e por mais que disfarcem eu posso ouvir muito bem Mason e Manu rindo no banco de trás, esses dois realmente não existem.

  E essa festa que nem começou ainda, ao que parece, vai render muita coisa. Esse pensamento me faz questionar outra vez se aceitar esse convite foi mesmo uma boa ideia.


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Notas finais do capítulo

A outra parte sai daqui a pouco!
Espero que tenham gostado, quero opiniões e o que vocês acham que vai rolar nessa festa?
Beijocas e até mais tarde, Lelly ♥



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