Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 10
Festa, beijos e desculpas.


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
O título entregou, maaaas eu quero mesmo a opinião de vocês sobre esse capítulo que pensei em excluir várias vezes kkkk
A música que o Alex e a Analu dançam, é a mesma música do trailer e eu acho super a cara deles!
BOA LEITURA :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792625/chapter/10

 

  Alex

 

  O resto da nossa viagem segue sem maiores reviravoltas, e Analu com ajuda de Manu e do GPS consegue encontrar o salão de festas iluminado e cheio de carros tentando estacionar ou passar em frente. Analu sendo quem é só segue em frente, dá o nome ao segurança perto do portão da garagem e entra sem maiores problemas. O salão de festas é lindo, enorme e bem iluminado, possui dois andares e um jardim incrível na frente.

  Mas diferente do que eu imaginei não tem seguranças, lista de convidados, nem roupas finas. São só varias pessoas falando alto e rindo, alguns mais jovens outros mais velhos, homens de terno em um canto, um grupo de garotos e garotas que me lembro ter visto na faculdade em outro e umas crianças que vão da idade do irmão mais novo de Analu até crianças pequenas. Há ainda pessoas mais velhas, riso, música alta. Acho que um pedacinho de mim ainda queria que Analu fosse essa garota mimada que alguns dizem que ela é, por que assim seria muito mais fácil não gostar dela.

  - Você vem ou vai curtir a festa ai dentro? – Analu pergunta e para minha surpresa todos já saíram e estão me olhando da calçada, Tommy no colo de Analu, também.

  - Acho que vou entrar – digo sorrindo e saindo do carro também. Pego a bolsa de Tommy e me junto a eles na calçada. – Você pode me entregar o Tommy – digo a Analu e ela me olha arqueando uma sobrancelha.

  - Por quê?

  - Por que você talvez não queira entrar com ele, e ele provavelmente vai sujar seu vestido – ela revira os olhos verdes assim que termino de falar.

  - Pois eu não quero te entregar meu bebê. Só cala a boca e vamos de uma vez, Alex – Analu diz e está sorrindo antes de se virar balançando os cachos escuros e sair desfilando como só Anna Laura Whitmore consegue usando saltos e com um bebê no colo.   

  - É cara, você está muito ferrado - Mason diz divertido tocando meu ombro. Manuella vai atrás da amiga e meu amigo atrás delas. - Esperem por mim, meninas!

  Eu os sigo ainda me perguntando como terminei aqui com ela, a garota mais bonita que eu já tive o prazer de conhecer. E o mais encantador em Analu é que ela é ainda mais bonita por dentro do que é por fora. E por fora ela é linda.

  Vejo os grupos de pessoas rindo e conversando e no fim é como Analu falou, é só uma festa normal em proporções muito grandes. Quando nos aproximamos da entrada vejo Matthew e Drew cumprimentando as pessoas, e com eles estão Elisa e uma mulher negra e muito bonita que não conheço.

  - Analu, graças a Deus! Achei que tinha se perdido - Elisa alcança a filha e sorri quando vê Tommy em seu colo. - Vejo que se perdeu e não foi de um jeito ruim.

  - A sua filha stalker foi buscar o Alex - Manuella diz e os olhos de Elisa me encontram finalmente e ela sorri um pouco mais e vem até mim.

  - Que bom então que Analu se perdeu. É bom vê-lo, Alex, já faz um tempo não é?

  - Sim - concordo divertido. - Duas horas?

  - Talvez mais - a loira concorda e me leva para junto dos outros. – Helena esse é o Alex, amigo da Analu e Tommy, o filho dele – ela me apresenta a mulher com ela. – Alex, essa é Helena, mãe do Matt, minha cunhada e melhor amiga.

  - É um prazer conhecê-la – digo apertando as mãos firmes da mulher e ela sorri olhando de mim para Analu e depois para Elisa. Ela e a loira trocam olhares e fico sem entender.

  - O prazer é meu, Alex, entre e divirta-se – ela indica a porta atrás de si e assinto.

  Há um pequeno momento de comoção onde eu, Mason e as meninas cumprimentamos Drew e Matt, há felicitações e o primo de Analu parece realmente não se importar que tenhamos vindo e para minha surpresa pergunta por Caleb, de onde eles se conhecem eu não tenho nem ideia. Drew me cumprimenta numa boa, o que parece ser um avanço já que ele não pareceu gostar muito de ter me visto em sua casa mais cedo. Mas de longe a interação mais desconfortável parece ser a de Manu e Matt, eles não parecem saber o que dizer ou mesmo como se cumprimentar, eu tenho certeza que Mason vai querer saber mais assim que sairmos daqui.

  Meu amigo se apresenta, cumprimenta a todos, sorri e ganha sorrisos de Elisa e Helena, pronto, agora ele vai ficar insuportável dizendo que conheceu a mãe de Analu. Eu e a garota de olhos verdes conseguimos arrastar meu amigo conosco, mas temos que prometer a Elisa não nos afastarmos muito por que ela diz querer curtir Tommy um pouco hoje também, como se não tivesse passado à tarde com ele. Sorrio e concordo e só posso ser grato a essa família pelo carinho com o meu filho.

  Nós encontramos uma mesa, nos sentamos e leva só alguns minutos para Manu e Mason arrumarem uma desculpa muito mal elaborada sobre ir buscar algumas bebidas e deixar eu e Analu sozinhos. Eu quero ficar irritado com eles, mas nem isso consigo, por que vê-la com Tommy no colo sorrindo para o bebê acaba com todas as minhas defesas.

  - Eu preciso te pedir desculpas – digo e Analu levanta os olhos de Tommy para me encarar. Suas orbes verdes me olham questionadoras.

  - Por quê?

  - Por que hoje de manhã eu estava jurando que sua família seriam aqueles tipos de pessoas ricas e mimadas, cheias de empregados e essas coisas. Eu fiz de novo, os julguei sem conhecer então queria me desculpar.

  - Sinto muito te decepcionar, Sr. Bad Boy, mas é isso que somos, só uma família. Uma mãe um pouco louca, um pai meio superprotetor, um irmão mais novo implicante, um gêmeo chato e eu, a gêmea que fala demais – ela os apresenta e sorrio. Eu daria tudo pra ter algo assim.

  Lucy foi o mais perto de uma irmã que eu tive e meus avós foram o mais perto de pais.

  - Vocês são incríveis.

  - Acho que você conheceu a família errada hoje à tarde então – Analu diz divertida. – Eles são exagerados e intrometidos. É um saco na maioria das vezes. Principalmente papai e Drew, então não os leve a sério. E não leve mamãe ou Noah, eles provavelmente vão falar alguma besteira.

  Acabo rindo da careta dela, Tommy em seu colo fica de pé e ganha vários beijinhos no rosto e talvez eu tenha ficado com ciúmes do bebê. A parte do meu cérebro que não se importava mais queria muito saber como eram a textura desses lábios, a outra parte, a racional, sabe que eu não deveria nem mesmo imaginar isso.

  - Quem eu devia levar a sério então? – pergunto apenas para ter sobre o que falar e me livrar dos pensamentos sobre Analu e seus lábios.

  - Eu – ela diz simplesmente para a minha surpresa acendendo em mim um fogo que eu nunca senti.

  Eu a encaro e como sempre Analu sustenta meu olhar, e isso é uma coisa que gosto nela, ela sabe ser tímida, fofa e desastrada, mas nunca desvia o olhar, sempre me encara de volta me devolvendo tudo dentro dessa imensidão verde que são seus olhos. Ela não nega um único sentimento, Analu não sabe disfarçar o que está sentido e agora vejo tanta coisa que me perco. Aproximo-me e levando a mão para tocar seu rosto, mas é nesse momento que Tommy resolve puxar os cabelos soltos de Analu assustando nós dois quando ela arfa surpresa.

  - Tommy a gente já não tinha conversado sobre isso? – ela pergunta ao bebê acabando com nosso pequeno momento.

  Eu fico de pé ainda meio atordoado, eu preciso me afastar de Analu por alguns minutos ou vou fazer alguma besteira.

  - Vou buscar uma bebida, quer alguma coisa? – ofereço de uma distancia segura ela pisca os olhos verdes e balança a cabeça confirmando.

  - Um refrigerante está ótimo, eu e Tommy vamos ficar aqui resolvendo nossas diferenças e tendo uma conversa sobre puxões de cabelo – Analu anuncia e sorrio. Essa garota é mesmo um pequeno furacão.

  - Vou providenciar sua bebida então, Princesa.

  - E eu vou esperar bem aqui, Sr. Bad Boy – ela sorri mostrando as covinhas e resolvo que essa é minha deixa para me afastar e não simplesmente voltar até ela e beijá-la.

  Vou em direção ao Buffet com as mesas cheias de comida, há garçons andando pelo salão, mas posso ir direto ao bar pedir alguma coisa e é isso que faço, vou até lá e isso não vai soar muito corajoso da minha parte, mas gosto da demora, de ter que esperar pelo meu drink colorido – o primeiro e último da noite apenas para provar algum deles – e o refrigerante de Analu. Quando já estou com os dois copos me afasto e estou fazendo meu caminho em direção à mesa quando o homem grande usando um terno escuro praticamente para a minha frente.

  Ninguém menos que Anthony Whitmore acaba de me abordar e não é nem o magnata dos negócios que me assusta, é simplesmente o “Sr. Whitmore” pai de Analu que me deixa inquieto, já que aparentemente ele não gostou muito de mim.

  - Alex, então você veio – ele diz simplesmente sem esboçar nenhuma expressão em particular.

  - Sim senhor, sua esposa e a Analu insistiram e eu queria me distrair.

  - Espero que esteja gostando da festa – Anthony parece se esforçar para dizer as palavras e logo em seguida olha para os dois copos em minhas mãos. – Você viu Analu?

  - Ela estava em uma mesa com Tommy. Se o senhor quiser posso levá-lo até ela.

  - Me desculpe – ele diz de repente e fico sem entender.

  - O quê?

  - Eu não vou repetir. Mas fui injusto com você quando nos conhecemos, mas ela é minha filha e eu a amo. Analu é minha garotinha então vou repetir a você uma ameaça que ouvi há muitos anos, se você magoá-la vou quebrar seu nariz e farei isso com muito prazer – Anthony diz com um meio sorriso e não duvido nem por um segundo que ele seria mesmo capaz disso.

  - Considere-me avisado – digo e ele assente e começa a se afastar.

  - E a Analu?

  - Eu a vi na mesa com o bebê. Só perguntei para ouvir a sua resposta. Fez bem em me dizer a verdade, garoto – Anthony diz simplesmente então me dá as costas e começa a andar.

  Levo uns segundos para processar a conversa, ele me pediu desculpas e eu fui testado e ameaçado pelo pai de Analu em um único diálogo. No fim não o julgo, sendo Analu o motivo de tudo isso, eu provavelmente faria o mesmo. Sorrio ao vê-la, mas meu sorriso morre quando vejo com quem ela está conversando, de pé com ela está o idiota do ex-namorado de Lucy. Steven Peterson está parado ao lado dela jogando seu charme e isso me irrita de um jeito que não sei nem descrever. Nem quando ele era namorado de Lucy ele me incomodou tanto.

  Vou pisando duro até eles e é só quando os alcanço que vejo que Analu não está mais com Tommy, só resta à bolsa do bebê na mesa. Ela sorri mostrando as covinhas quando me vê, Steven me olha de cima a baixo parecendo tão feliz ao me ver quanto eu estou ao vê-lo. Entrego o copo a Analu e ela bebe um gole antes de falar.

  - Você demorou, Alex. Eu estava aqui sendo... Conversando – ela se corrige me fazendo sorrir. – Conversando com o Steven, ele é...

  - Nós já nos conhecemos, não é Alex? – o idiota dá um sorrisinho e Analu olha de um para o outro. – Me admira você conhecer a Analu.

  - Me admira vocês se conhecerem – ela diz para minha surpresa. – Não sabia que o grande Steven Peterson conversava com alguém tão legal como o Alex.

  O homem a minha frente engasga com a sua bebida e Analu sorri inocente.

  - Você está insinuando alguma coisa, Analu? Achei que fossemos amigos – ele diz e faz menção em tocar o braço dela. Analu desvia e chega mais perto de mim.

  - Não somos. Você não tinha me convidado para dançar, Alex? – ela me olha com os olhos verdes brilhantes de diversão tão perto que eu não negaria nada a ela, nem se quisesse.

  - Com certeza, Princesa. Vamos? O papo foi ótimo, Steven – digo apenas para ver ele ir ficando vermelho como um pimentão.

  Nós deixamos os copos na mesa e não espero por uma resposta, seguro a mão de Analu e a levo comigo para a pista de dança. Quando chegamos lá ela está rindo.

  - Obrigada por aquilo. O Steven é um idiota – ela diz e gosto de ouvir.

  - Concordo plenamente – digo segurando-a mais perto para dançarmos a música lenta que toca. Analu não parece incomodada com a proximidade. Eu também não estou, só preciso dizer ao meu coração que isso não é grande coisa.

  - Mas estou curiosa, de onde você conhece o chato do Steven?

  - Você primeiro – peço girando-a e ela ri antes de voltarmos a nos aproximar. Seu rosto está tão perto do meu que me perco em seus olhos verdes.

  - O pai dele é dono de uma rede de concessionárias e ele e o meu pai têm negócios, então nos conhecemos há muito tempo em festas chatas de gente rica. Inclusive foi em uma das lojas do pai dele que o papai comprou o Blu e o carro do Drew. E meu irmão e ele são quase conhecidos, então o chamou. E você?

  - Ele é o ex-namorado da Lucy.

  - Sua Lucy? A mãe do Tommy? – ela pergunta curiosa arqueando uma sobrancelha. Faço que sim.

  - Exatamente. Eles não ficaram juntos muito tempo de qualquer forma, o que foi ótimo.

  - A Lucy devia ter sido um anjo ou gostado muito do Steven – ela comenta e sorrio triste.

  - Digamos apenas que era o pai dela que gostava muito desse namoro. Mas deixando tudo isso de lado, eu tenho uma pergunta melhor. Onde está o meu filho?

  Analu ri e apóia a cabeça em meu ombro num gesto tão simples e íntimo que me perco no momento.  

  - Noah me encontrou e levou Tommy com ele. Esses dois viraram melhores amigos em algum momento hoje durante a tarde. Mamãe os viu e foi atrás dos dois querendo pegar Tommy também. Eles sumiram todos há uns cinco minutos – ela diz divertida depois de levantar a cabeça outra vez. Depois me olha arregalando os olhos verdes. – Você não se importa, não é?

  - Não, Analu, pode ficar calma, eu não ligo. Só posso agradecer a sua família pelo carinho com o Tommy.

  - Eles o amaram – ela diz sorrindo e mostrando as covinhas.

  - E ao que parece o sentimento é mútuo – comento e ela me olha e parece a um passo de dizer, ou fazer, alguma coisa, mas somos interrompidos pela segunda vez na noite. Dessa vez por Manu que surge do nada gritando.

  - Analu é uma emergência, eu preciso de você! – a ruiva diz e nos afastamos num pulo. Manu olha de mim para a amiga e parece quase arrependida por ter atrapalhado. – Desculpa, mas eu preciso de você.

  - Agora? – Analu pergunta e a ruiva faz que sim. - Certo, eu... – ela me olha e depois olha para a amiga e então suspira. – Vamos lá. Já volto, Sr. Bad Boy, depois terminamos a dança.

  - Eu vou estar bem aqui, Princesa – digo apenas para vê-la sorrir e é exatamente isso que acontece.

  Então a vejo se afastar acompanhada da amiga, ambas já envoltas em uma conversa num mundo particular só delas. Resta-me apenas vê-las desaparecerem entre os convidados antes de voltar para a mesa.

  Sento-me em uma cadeira e pela primeira vez em muito tempo eu estou verdadeiramente sozinho, sem meus amigos ou Tommy. Sou só eu bebendo meu drink e olhando a festa se desenrolar a minha frente, há riso e conversa e não consigo não pensar em Lucy, ela aqui já teria conquistado alguns corações, e distribuído sorrisos, ela e Analu já teriam se tornado melhores amigas e um dos seus assuntos com certeza seria eu. A ideia me deixa melancólico, mas também me faz sorrir. Eu daria qualquer coisa para tê-la de volta.

  - Que cara é essa? Nem parece que está em uma festa. - A voz de Caleb me faz olhá-lo e ele se junta a mim na mesa.

  - Estava pensando em Lucy.

  - Ela teria amado tudo isso – ele concorda olhando em volta. – E já teria arrumado alguns amigos.

  - Com certeza. Você chegou há muito tempo?

  - Na verdade não. Eu vim com o Will e o Charlie. A gente se perdeu – ele comenta e eu estou rindo.

  - Sério?

  - Foi, Will não me deixou dirigir. Aquele idiota. E você, como está com a princesa?

  - Não chama ela assim.

  - Opa, calma, eu só estava brincando - ele diz divertido e eu o olho feio. – Certo, entendi. Nada de brincar com a sua garota. Mas eu estou curioso. Como ela terminou sendo sua garota? Ou ela não é sua garota? Por que aí eu...

  - Você nada – o corto. – Nem pense nisso.

  - Então vocês...?

  - Nada.

  - Ainda? Ou só nada?

  - Eu achei que o fofoqueiro fosse o Mason – digo e Caleb sorri tomando sua bebida cor de rosa.

  - Eu só estou curioso. Por que, eu espero que você não me bata por dizer isso, mas Anna Laura é linda. Eu a vi com a amiga ruiva que o Will está de olho e vocês são uns filhos da mãe por que elas são de longe as garotas mais bonitas aqui.

  - E infelizmente não são para o seu bico.

  - Tudo bem, eu vi uma morena no bar agora a pouco e vou lá ver se ela aceita uma bebida. E se eu fosse você ia atrás da sua garota antes que outro tenha a mesma ideia – e dito isso Caleb ficou de pé e seguiu em direção ao bar.

  Vejo Mason dançando com Charlie, vejo Drew dançando com uma loira. Matt está conversando com uma garota que deve ter a mesma idade que Noah e a mesma pele cor de chocolate da sua mãe, provavelmente sua irmã. O irmão mais novo de Analu está dançando com uma morena sorridente e eles estão rindo. Por fim vejo Elisa com Tommy no colo conversando com Helena e uma ruiva que parece muito com Manu. Fico de pé, pego a bolsa de Tommy e decido ir até elas e recuperar meu filho.

  - Grace cadê a sua irmã? – um loiro pergunta a uma garota morena quando eles estão passando por mim. A garota que parece ter a idade de Noah sorri e aponta o meio do salão.

  - Está dançando com o Drew – ela responde divertida, o pai pergunta mais alguma coisa, mas ela já fugiu para junto de Noah. Sorrio vendo a interação deles antes de se afastarem por completo.

  - Alex! – Elisa me cumprimenta animada quando me aproximo, as outras duas mulheres me olham. – Gostando da festa?

  - Sim, com certeza.

  - Que bom. Essa é a Chloe, minha sócia e mãe da Manuella que você provavelmente já conhece – ela apresenta à ruiva. – Chloe, esse é o Alex, o pai do Tommy e amigo da Analu.

  - É um prazer – digo e a mulher sorri apertando minha mão estendida.

  - Digo o mesmo. Seu filho é uma graça.

  - Obrigado. E como está esse garotinho? – pergunto vendo Tommy brincar com o colar de Elisa.

  - Muito bem – a loira sorri. – Mas foi uma batalha árdua tirá-lo do colo de Noah. Esses dois estão apaixonados um pelo outro.

  - Fico feliz em ouvir isso. Obrigado pelo carinho com o Tommy.

  - Não precisa agradecer. Então nem tente fazer isso outra vez. É fácil gostar dele e de você Alex – Elisa diz para a minha surpresa.

  - Talvez você queira me entregá-lo e...

  - Nem pensar! – ela me corta. – Acabei de pegar o Tommy, ele é meu, nós ainda nem fomos ao Buffet, você é jovem, vá aproveitar a festa e deixe essa coisa gostosa comigo. Aqui, me dê à bolsa dele – e assim sem conseguir dizer nada a loira pega a bolsa de Tommy do meu ombro e me expulsa da roda de conversa sorrindo divertida junto com as outras mulheres.

  Não me resta outra opção além de sorrir e me afastar. Tommy no colo dela está tão à vontade que fico meio indignado, mas não surpreso. Sendo filho de Lucy, Tommy não poderia ser outra coisa além de um bebê comunicativo e sorridente. Ele tinha herdado isso dela, Lucy como Caleb tinha dito era o tipo de pessoa que encontraria ou faria alguns amigos apenas com seu jeito espontâneo e verdadeiro.

  Segui pelo salão de festas e já que tinha perdido o filho, os amigos e a companhia, resolvi ir ao banheiro. Quando os alcancei as portas lado a lado indicavam o masculino e o feminino a dona de uma cabeleira ruiva esbarrou em mim e por um instante Manu pareceu sair do banheiro masculino.

  - Você veio dali? – perguntei apontando para o banheiro dos homens. Ela abriu a boca depois a fechou, sorriu de um jeito divertido e negou com a cabeça.

  - Não mesmo. Impressão sua, vai lá e fique a vontade – e dito isso ela piscou pra mim e saiu andando e chamando atenção de um grupo de homens não muito longe de nós.

  Desisti de entender o que tinha acontecido e segui para o banheiro.

  - Manu graças a Deus você voltou! Não dava pra ficar assim eu... – Analu parou de falar quando me viu. Eu só parei sem acreditar no que via.

  A minha frente estava ninguém menos que Analu. A garota segurava a frente do vestido para cobrir os seios, o tecido que devia estar colado ao seu tronco e a sua cintura estava aberto a sua volta, seu cabelo bagunçado e o rosto corado completavam o look, eu simplesmente não conseguia acreditar no que via.

  - Esse é o banheiro masculino, ou não? – perguntei sem conseguir desviar o olhar dela.

  - É.

  - E você...? Assim? – eu não conseguia formar uma frase completa.

  - O das mulheres estava muito cheio, aqui não tinha ninguém, eu e a Manu nos trancamos aqui e o meu zíper prendeu. Eu não consigo fechar meu vestido, preciso de uma tesoura, a Manu foi buscar e me garantiu que trancaria a porta quando saísse. Aquela vaca! – a garota explica tagarelando e apertando ainda mais o tecido do vestido a sua volta.

  - Eu devia sair daqui – digo sem me mexer ou desviar os olhos. Analu, como sempre, sustenta meu olhar, há dezenas de emoções em seus olhos verdes, mas não consigo identificar nenhuma.

  - É devia.

  - Mas eu não quero – sussurro dando um passo em direção a ela. Analu dá outro em minha direção.

  - Eu também não.

  - Tem certeza, Princesa?

  - Absoluta – ela responde dando um último passo e ficando a centímetros de mim. Eu finalmente ergo minha mão e toco seus cabelos colocando alguns fios atrás da sua orelha.

  Uma parte de mim me diz que eu não devia estar fazendo isso, a outra quer mais do que tudo acabar finalmente com essa distância entre nós e beijá-la de uma vez.

  - E o que você quer? – sussurro e antes de me responder ela mostra, com um sorriso e deixando de lado o vestido e enlaçando meu pescoço com as mãos.

  - Você.

~ X ~

  Analu

 

  Eu sabia que tinha sido uma ideia ruim convidar Alex para a festa.

  Soube disso no minuto em que mamãe fez o convite lá em casa. Soube disso quando fiquei extremamente ansiosa com a possibilidade de vê-lo na festa. Soube disso quando me vesti me perguntando o que ele acharia da minha roupa. Soube disso quando decidi desviar do caminho apenas para ir até a casa dele ter certeza que ele viria mesmo.

  Mas tive certeza que essa foi uma péssima ideia quando o vi na calçada em frente a sua casa, usando jeans e a camisa preta com as mangas dobradas até os cotovelos. Ele estava lindo, com Tommy no colo, uma expressão irritada e quando seus olhos escuros encontraram os meus eu fiquei sem fôlego. Eles diziam mais do que suas palavras puderam dizer, Alex me olhou como se eu fosse a mulher mais linda que ele já tinha visto e eu meu coração bobo amamos esse olhar.

  Quando quase nos beijamos e Manu nos atrapalhou eu quis matá-la por que eu queria aquilo, queria tanto que quase voltei até lá e o beijei. Eu era louca o suficiente para isso, mas não o fiz, por que era loucura se quer pensar nisso, mas pelos minutos que se seguiram eu só queria ter terminado o que começamos. Só que ao invés disso, eu fui ajudar Manu com sua crise. Dois garotos bonitos querendo-a? Que grande problema não é?

  Eu saí com ela, nós conversamos e antes de voltar a minha mesa eu tive a brilhante ideia de ir ao banheiro e foi aí que a coisa virou uma confusão. Eu não precisava abrir o zíper para usar o banheiro, mas por que não o fazer para respirar um pouco quando o corpete estava me apertando? Afinal nós tínhamos nos trancado no banheiro masculino de qualquer forma. Eu digo o porquê. Por que o zíper ficou preso quando eu fui fechá-lo outra vez. Ele prendeu no tecido do vestido e não ia mais nem para cima nem para baixo e só depois de rir muito foi que Manu saiu dizendo que trancaria a porta e iria atrás de uma tesoura para me salvar. Mas foi aí que tudo ficou ainda pior. Por que ele apareceu.

  Num minuto eu estava falando com Manu e no outro ele estava ali parado a minha frente com os olhos escuros queimando sobre mim. Alex me devorava de cima a baixo com os olhos, ele me fez uma pergunta e eu tagarelei dando a resposta, por que eu era como a mamãe, sempre que ficava nervosa, falava demais. Eu lembro de apertar o vestido contra o peito, lembro de nós dois concordando que ele devia ir e me lembro também dele se aproximar enquanto eu fazia o mesmo. Então quando ele me perguntou o que eu queria, eu olhei em seus olhos e disse exatamente o que eu queria, depois de soltar o vestido colocar meus braços em seu pescoço.

  - Você – falei e ele finalmente capturou meus lábios com os seus e me beijou.

  O beijo mexeu comigo. Desconcertou-me, me aqueceu e deixou de pernas bambas. Eu senti as borboletas no estômago e a cabeça girar, sua boca sobre a minha parecia ser tão certo, sentir seu calor e suas mãos tocando minha pele que pareciam me queimar de dentro para fora. Nós de repente estávamos num mundo só nosso.  

  Alex me puxou mais contra si e a única coisa que cobria meus seios era o meu sutiã de renda preta. Suas mãos subiam pelas minhas costas nuas e eu entrelacei meus dedos nos cabelos macios e escuros da sua nuca e o puxei para mim, queria estar ainda mais perto dele mesmo que isso não parecesse possível. Alex beijou meu pescoço e eu arfei, eu não era esse tipo de garota. Com aventuras loucas em festas por isso não sei como nem quando ele segurou em minha bunda me içando do chão e me sentando na bancada de mármore da pia. Ele parou entre as minhas pernas sem nunca deixar de me beijar.

  Quando nos separamos por alguns segundos para recuperar o ar, Alex viu meu sutiã e se o fogo em seus olhos fosse uma dica, eu diria que ele tinha adorado a visão. Isso me fez corar.

  - Você é linda, por dentro e por fora – ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar, eu queria devolver o elogio, mas a necessidade de beijá-lo era ainda maior então colei nossos lábios outra vez.

  - Analu!? – a exclamação me tirou da nevoa de desejo e fez Alex se afastar de mim e nós dois olhamos para a porta.

  Um Drew meio – ou completamente – bêbado nos encarava piscando meio em choque. Ele olhou para o meu dorso praticamente nu e eu puxei meu vestido para cima.

  - fazendo o que aqui?

  - Eu? – meu irmão riu e se apoiou no batente da porta. – Esse é o banheiro dos homens não é?

  - Drew? – dessa vez foi a voz de Manu. Minha amiga viu o meu estado, ainda sentada na pia, e o de Alex, depois olhou meu irmão. – Vem, vamos embora daqui.

  - Mas aquela ali é a Analu e ela tava se pegando com o Alex no banheiro – ele voltou a rir.

  - Ela está ocupada, vem. Agora – vi minha melhor amiga deixar a tesoura sobre a mesinha perto da porta, puxar Drew consigo, sair e fechar a porta atrás de si.

  Só então eu tive coragem para olhar Alex que ainda estava parado a minha frente, a pouco mais de dois passos de mim, seus cabelos estavam bagunçados, a camisa amarrotada, os lábios vermelhos e os olhos me encarando com uma intensidade assustadora que não revelava nada. Seus olhos escuros me analisavam do mesmo jeito que eu fazia com ele. Minha cabeça estava um turbilhão e eu sentia o meu coração bater tão rápido que parecia que ia sair pela boca.

  Sorri ainda sentido todas às sensações que ele me causou. Quais eram as chances de acontecer outra vez?

  - Alex, eu...

  - Me desculpe – ele me interrompeu e meu sorriso morreu. Eu o encarei sem acreditar no que tinha ouvido.

  - Como é?

  - Eu pedi...

  - Não repete – o corto e faço menção em descer da pia, ele dá um passo em minha direção e eu o olho feio. – Não chega perto.

  Desço da pia, ajeito meu vestido amarrotado e aberto e volto a encará-lo, perto o suficiente para sentir seu cheiro e relembrar a sensação de suas mãos em mim.

  - Analu, eu não queria...

  - Para, por favor – peço me sentindo pequena e exposta. – Não se desculpa.

  - Mas eu não devia...

  - Só cala a boca e sai daqui, Alex - digo numa calma assustadora sentindo as mãos que apertam o tecido do vestido tremerem.

  - Analu... – ele chama meu nome e eu nego com a cabeça sentindo os olhos marejarem. Alex conseguiu acabar com uma lembrança maravilhosa sendo um idiota.

  - Sai daqui! – grito finalmente. Eu me recuso a derramar qualquer lágrima, principalmente na frente dele. – Vai embora idiota. Eu não quero suas desculpas! Não quero a droga do seu arrependimento! Se fosse pra isso, era melhor nem ter feito nada! Agora sai daqui!

  - Eu nunca disse que me arrependi.

  - Mas estava pedindo desculpas. E meus parabéns, você conseguiu, estragou todo o momento. Agora vai embora que eu tenho que arrumar meu vestido.

  - Melhor eu ir mesmo – ele diz por fim e estou decepcionada. Eu queria que ele ficasse. Que se desculpasse por pedir desculpas e, quem sabe, me beijasse outra vez.

  Mas eu não sou a protagonista de um dos meus romances, e isso não acontece, ele só me olha parecendo tão ferido quanto eu e finalmente vai embora. Eu me recuso a chorar, me debulhar em lágrimas? Isso mão faz o meu estilo. Não vou dar esse gostinho a ele. Se Alex for homem o suficiente para vir falar comigo outra vez, nós vamos resolver isso olhando nos olhos um do outro. Não aceito menos que isso. Por que eu sou idiota o suficiente para querer beijá-lo outra vez.

  Eu tranco a porta para evitar mais surpresas e depois disso levo vários minutos até conseguir fazer o zíper do meu vestido funcionar outra vez. Minutos nos quais meu coração bobo e acelerado passa se lembrando de que aconteceu entre mim e Alex. Eu não era esse tipo de garota nem nunca fui. Beijar desconhecidos? Ir a festas e me meter em confusões? Eu não fazia essas coisas. Eu vivia minhas aventuras e romances através dos livros, essa era a primeira vez que alguma coisa assim acontecia e o Sr. Bad Boy já tinha conseguido ser um idiota e estragar. Mas em se tratando de mim, se minha vida fosse um romance, com certeza não seriam aqueles fofos.

  O beijo tinha sido assim tão ruim? Olhei para a tesoura em minhas mãos depois de finalmente fechar o zíper do vestido e ajeitar o cabelo, se eu a usasse para dar um sustinho em Alex será que alguém ia achar ruim?

  Desisti desses pensamentos saindo do banheiro e levando a tesoura comigo. Vai que eu preciso, não é?

  - Finalmente! – Manu exclamou me dando um susto. Minha melhor amiga sorriu. – Eu já não aguentava mais esperar.

  - Você ficou aqui esse tempo todo?

  - Eu me livrei do Drew e voltei, mas vi Alex saindo com uma cara horrível então imaginei que você quisesse uns minutos sozinha. Se você não for me matar com essa tesoura eu quero saber o que aconteceu. Mas depois dos parabéns, o tio Tony já passou aqui duas vezes perguntando por você. Vem, eu quero detalhes!

  - É claro que quer – disse e consegui sorrir.

  Nós voltamos para o salão e todos se juntam para os parabéns, no fim da música Drew e os amigos de Matt estão o provocando. Há felicitações, fotos, riso. Eu sou arrastada por mamãe e tia Helena e tem fotos com tudo e todos. Depois de toda a comoção e Matt dar o primeiro pedaço de bolo para Maddie – o que eu achei muito fofo -, minha mãe e minha tia ajudam os garçons com o bolo e a festa parece ficar ainda mais animada. Eu pego meu bolo e procuro por Manuella, mas minha amiga sumiu. Procuro também por Alex, e ele está com Tommy no colo vindo, para minha surpresa, em minha direção.

  - Não quis ir embora sem me despedir – ele diz quando me alcança e vejo Tommy dormindo em seu colo. A bolsa do bebê está em seu ombro.

  - Era o mínimo, não é? – pergunto irônica.

  - Sinto muito por antes.

  - Ah, é mesmo? – questiono ficando de pé. - Qual parte? A que você foi um idiota ou o beijo também? Quer saber, que seja. Vamos.

  - Como?

  - Eu trouxe você não foi? A cadeirinha do Tommy está no Jeep e pelo que eu vi ele já dormiu. Eu levo vocês.

  - Por quê? – ele pergunta parecendo chocado eu sorrio. Adoro ter conseguido sair por cima, nem que seja um pouquinho.

  - Não é óbvio? É pelo Tommy – digo e não espero por uma resposta ou reação, só começo a andar.

  Eu amava conversar e sempre falei demais, mas dessa vez nem eu tinha assunto. O silêncio era constrangedor e incômodo, aproveitei e mandei uma mensagem para a minha mãe e outra para Manu avisando que iria levar Alex e Tommy. Nós fomos até o Jeep, Alex colocou Tommy dormindo na cadeirinha e ele nem se mexeu. Nós dois entramos e o silêncio foi o nosso companheiro durante todo o caminho. Ninguém disse uma única palavra durante todo o caminho. Quando chegamos, Alex pegou Tommy com cadeirinha e tudo e a bolsa, dessa vez eu não saí do carro.

   - Obrigado – ele diz finalmente e dou partida no Blu depois de assentir.

  - Não por isso, foi tudo pelo bebê mais fofo do mundo. Agora eu preciso voltar à festa.

  - Eu espero que se divirta – dou de ombros começando a manobrar o carro.

  - Eu também.

  Saio dali antes que esse diálogo ficasse ainda mais estranho. Não quero falar com ele, ou vê-lo, não agora, não até eu me livrar da tesoura que eu trouxe comigo e guardei no porta-luvas do carro, ou da vontade de usá-la. Mas definitivamente não até eu parar de pensar no beijo e ele me deixar sem ar.

  Quando volto à festa vejo Mason rindo e beijando um moreno que está com ele e só pode ser seu namorado Charlie, vejo Drew e o outro amigo de Alex, Caleb, no bar numa disputa de quem bebe mais doses enquanto há outros por perto rindo e incentivando a brincadeira. Vejo Noah gravando Maddie, Grace e Becca dançarem, vejo papai e mamãe dançando também, vejo tia Izzie dançando com Ben e tio Con e tio Miguel conversando, sorrio, são muitos rostos sorridentes. Mas não há nem sinal de Manu ou Matt – isso deve significar que quando minha amiga voltar também vai ter uma ótima história -, então só me resta pegar outro prato com bolo, me sentar e comer.

  Eu até poderia ir dançar ou talvez até arrumar alguém para beijar, não é geralmente assim que acontece? Mas no momento eu não estou para danças ou beijos, até por que o único que eu queria beijar se provou um grande idiota. Eu ainda quero ouvir uma explicação de Alex se ele tiver alguma e se ele não tiver, eu sempre tenho uma tesoura e sei onde ele mora.

  Talvez eu devesse atropelar sua moto outra vez. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?
Não odeiem o Alex (eu não consigo fazer isso!) meu bebê já sofreu demais na vida e não confia muito nas pessoas, Ok?
E sobre o beijo? Eu ainda acho que foi cedo demais por que eu sou a autora louca que demora 20 capítulos pra soltar um beijo kkkkk (quem me conhece sabe), mas ao que parece a Analu e o Alex não vão ser um casal convencional.
Por favor me digam o que acharam por que ainda está em tempo de eu excluir o capítulo e fingir que ele foi um surto coletivo!
Mas além disso vai ter bônus de uma certa ruiva aí por que essa festa ainda não acabou e aconteceram mais algumas coisas!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surpresas do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.