Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 8
Conversas e apresentações.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, voooltei!
Como vocês estão? Desculpem mesmo o sumiço, tiveram algumas situações e no fim o capítulo não saiu no último fim de semana.
E eu só quis deixar um recadinho aqui para dizer a vocês que esse capítulo é um teste, Ok? Eu ainda não tinha feito um capítulo assim e quero saber o que acharam. No meio dele vocês vão saber do que eu estou falando! Espero que gostem!
Boa leitura ♥



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  Analu

 

  Mamãe ainda me olhava curiosa a espera de uma resposta. Se para ela que sabia toda a história estava difícil de dizer quem era Tommy e o que ele fazia ali, para os homens da casa seria ainda mais difícil.

  - E então, Analu, quem é essa coisa gostosa? – minha mãe perguntou outra vez se aproximando de mim e sorrindo para Tommy. O garotinho no meu colo a olhou curioso.

  - Mamãe, esse é o Tommy, filho do Alex. Tommy, essa é a minha mãe – os apresentei, e Tommy que a menção do seu nome me olhou e balbuciou alguma coisa inteligível. – Exatamente – concordei com ele e vi mamãe olhar nós dois com curiosidade como se processando a informação.

  - Alex? Aquele Alex? O da moto, do moletom e do chaveiro? – ela enumera meus encontros desastrosos e faço que sim. O sorriso de mamãe só aumenta. - Não acredito. Ele tem um filho? E na verdade o que o bebê está fazendo aqui e o que você está fazendo meio de pijama?

  - Melhor a gente sentar – convido e mamãe concorda.

  Nós nos sentamos no sofá e logo Tommy quer ir para o tapete. Não vejo problema em deixá-lo se apoiar na mesa de centro e ficar de pé. O bebê parece achar super divertido usá-la de apoio e ficar andando a sua volta, acho um carrinho de borracha em sua bolsa e dou a ele também. Mamãe me olha impaciente atrás das respostas e sorrio divertida.

  Como mamãe já sabia de todos os acontecimentos só precisei lembrar a ela do desastre na livraria e lhe explicar o que isso rendeu. No fim, contei a ela sobre a minha proposta para Alex e ela terminou rindo. Fiquei sem entender.

  - Qual a graça, mãe?

  - Seu pai me pediu para ter os filhos dele – ela diz se recuperando das risadas. – Você foi mais simples e só se ofereceu para cuidar do filho dele.

  - Mãe, não tem graça! – a repreendo depois de ajudar Tommy ficar de pé outra vez depois dele ter caído sentado no tapete. – E não é a mesma coisa.

  - Claro que não, você tem mais noção que o seu pai e Alex ao que parece, não é tão louco quanto eu.

  - Não, ele não é, na verdade, ele parece o papai. Todo sério. Perguntando-me um milhão de vezes se eu podia cuidar do Tommy mesmo que eu tenha me oferecido.

  - Se seu pai escuta que seu namorado parece com ele, ele infarta – mamãe comenta e estou prestes a concordar com ela quando presto atenção em suas palavras.

  - Ele não é meu namorado! – exclamo e mamãe está rindo.

  - Namorado? Quem não é seu namorado? Anna Laura? – uma voz que não fazia parte da nossa conversa pergunta e eu e mamãe nos viramos para ver papai parado de pé perto da escada usando um terno e pronto para ir trabalhar mesmo que hoje seja sábado.

  - Ninguém, papai, eu não tenho namorado. É só a mamãe fazendo piada.

  - Não precisa surtar, Bonitão – minha mãe diz ainda sorrindo e vai até ele para beijá-lo. – Bom dia.

  - Bom dia, Raio de Sol – ele devolve o cumprimento e não pela primeira vez me pego pensando se um dia eu terei algum momento assim com alguma pessoa que eu ame e que me ame na mesma intensidade. – Sobre o namorado...?

  - Que namorado? Analu, você tem namorado? – Drew perguntou surgindo pela escada usando jeans e camiseta, parecendo pronto para sair também, sendo seguido por Noah que ainda estava de pijamas.

  Por que justo hoje todo mundo resolveu acordar cedo?

  - Não, eu não tenho namorado. Que coisa! Tommy, você não pode por isso na boca – disse indo até o bebê e recuperando o controle da televisão.

  Minha interação com o bebê foi seguida de um silêncio cheio de questionamentos por parte dos homens Whitmore. Eu não queria me virar, mas peguei Tommy e o fiz assim mesmo. E, como eu esperava, eles estavam olhando de mim para o bebê em meu colo, parecendo, no mínimo, surpresos. Mamãe estava segurando o riso. Já percebi que se precisasse da ajuda dela, não ia ter.

  - Quem é esse bebê o que ele está fazendo aqui? – Drew perguntou finalmente e papai me olhou a espera de uma resposta também. Noah só olhava a cena sorrindo, ele podia ser a cara do papai, mas era uma cópia da mamãe.

  - Pessoal, esse é o Tommy, o filho de um amigo que vou cuidar hoje. Tommy, esses são o meu pai, e Drew e Noah meus irmãos – os apresentei – simplesmente por que isso era divertido – e, apenas para ver Noah sorrir e papai e Drew me olharem sem acreditar.

  - Que amigo? – foi tudo o que papai registrou e eu revirei os olhos.

  - Ninguém que vocês conheçam.

  - Ele é uma graça. Oi, Tommy – Noah se aproximou sorrindo. Tommy o olhou curioso. – Como vai? – o bebê balbuciou alguma coisa gostando da conversa.

  – Noah, pode ficar com Tommy por alguns minutos? Vou só fazer a mamadeira dele.

  - Claro. Vem aqui, Tommy, vamos brincar? – o bebê sorridente se esticou para ele. Meu irmão o pegou, eu fiquei vendo a cena sem acreditar. – aí, gostei de você. Vamos ser bons amigos.

  Noah foi se sentar no tapete com Tommy e eu fui para a cozinha levando a bolsa de Tommy e sendo seguida por papai, Drew e mamãe, esse última só para ver como a conversa ia terminar, tenho certeza.

  Eu comecei a tirar as coisas que precisaria para a mamadeira de Tommy e vi o bilhete preso à tampa do pote de leite em pó, “Boa sorte, Princesa! E obrigada por tudo” sorri vendo que logo a baixo tinha as medidas que eu precisava saber.

  - Você vai continuar agindo como se isso fosse a coisa mais normal do mundo? – Drew perguntou e eu sorri para ele simplesmente desistindo de me estressar hoje.

  Peguei a panela para esquentar a água a enchi e coloquei no fogão, felizmente para preparar uma mamadeira eu não precisava saber muito mais do que isso.

  - E você vai continuar agindo como se isso fosse grande coisa? Eu estou cuidando de um bebê, é só, Drew. E não que seja da sua conta, mas eu fui eu quem me ofereci pra fazer isso. Esse seu ciúme é ridículo e eu sou sua irmã mais velha caso tenha se esquecido, então só me deixa em paz, Ok? Eu não fico perguntando sobre as dezenas de garotas que você fica por mês.

  Termino minha tarefa de colocar leite em pó na madeira antes de olhá-lo. É, no fim acho que vou me estressar, eu amo Drew, mas algumas vezes por mês nós temos discussões como essa.

  - Não é assim e você sabe, não são dezenas. E eu só estou preocupado, é crime? – ele pergunta e o encaro séria.

  - Você pode ter “algumas” garotas e a ideia de eu ter um namorado é um absurdo? – pergunto fazendo aspas no ar. – Você é um idiota, isso sim. E mesmo que o pai do Tommy seja alguma coisa meu, adivinha? Não te diz respeito. Não diz respeito nem ao papai. E talvez, só talvez eu contasse a vocês se vocês não fossem assim. Noah e eu sempre conversamos. Agora me dá licença que minha água ferveu.

  Preparo a mamadeira de Tommy num silêncio mortal e saio da cozinha, mas antes de ir ouço mamãe falar.

  - Os dois podiam ter ficado sem essa. Deixem a Analu em paz, ela não é mais uma garotinha.

  Sorri terminando de alcançar o outro cômodo, só para me deparar com Noah e Tommy – literalmente-, rolando pelo tapete e rindo. Sorri mais uma vez com a cena. Meus garotinhos eram uma graça, mesmo que um deles não fosse mais tão pequeno assim.

  - Se divertindo? – pergunto sorrindo ao me aproximar. Noah está deitado de barriga para cima e Tommy está sentado sobre ele pulando. Meu irmão me olha, Tommy não se dá a esse trabalho.

  - Sim, eu sou o cavalinho. Mas esse vaqueiro aqui é demais e ainda não caiu – Noah diz divertido se sentando e trazendo Tommy consigo, me junto a eles no tapete. Ele me entrega o bebê. – Conversa difícil?

  - Demais. Seu irmão é um idiota – comento ajeitando Tommy em meu colo e lhe dando a mamadeira. Ele segura ela com suas mãos gordinhas e acho fofo.

  - Dá um desconto pra ele, você sabe que ele e o papai são meio sem noção quando o assunto são você e a mamãe.

  - E por isso eu tenho que aceitar tudo? Não, obrigada. Eles podiam ser que nem você.

  - Lindos? Também acho – ele diz me fazendo rir. Conversar com Noah sempre foi mais fácil que com Drew. Eu sabia que ele e Drew tinham “conversas de irmão”, mas às vezes nós também tínhamos nossas conversas. – Sério, Analu, não liga pra eles.

  - Eu tento, mas às vezes é complicado. E você, acordou cedo por quê? Hoje é sábado.

  - Becca pediu ajuda para comprar um presente pro Matt já que ela ainda não encontrou nenhum. Vamos ao shopping.

  - Só vocês dois? – provoquei e ele sorriu divertido.

  – Não, a Maddie vai também.

  - Vocês três são siameses, não é?

  - Quase. Somos como você e Manu. Drew e Matt – ele vai enumerando e sorrio.

  - Analu, Noah, venham tomar café! – escutamos mamãe gritar e sorrimos antes de Noah ficar de pé e me ajudar a levantar com Tommy ainda no colo.

  Nós nos juntamos à mamãe, papai e Drew na mesa e eu e meu gêmeo nos mantemos em silêncio durante o café, mas não precisamos falar, mamãe e Noah fizeram isso por todos. Eu passei meu tempo à mesa tentando comer e evitando que Tommy derrubasse meu copo e atacasse meu bolo com suas mãozinhas ágeis. Papai e Drew se despediram de nós, papai foi para o trabalho e Drew ajudar Matt com a festa que seria mais tarde, meu pai me beijou na testa como sempre, mas meu irmão não me disse uma única palavra. Sorri com a ideia, não era a primeira vez que isso acontecia e não seria a última. Noah recebeu uma ligação e subiu para se trocar e saiu logo depois. No fim sobraram eu, mamãe e Tommy no sofá.

  Estávamos no meio do primeiro filme de A Era do Gelo quando mamãe recebeu uma ligação de tia Helena e em meio a exclamações e minha mãe gesticular como se minha tia a visse, ela disse que precisava ir ajudar em uma confusão envolvendo mesas e o Buffet.

  - Sempre os buffets! – foi o que a minha mãe disse antes de sair batendo a porta.

  Olhei para Tommy que já tinha desistido do filme e tinha se enfiado debaixo da mesa de centro atrás do seu carrinho e sorri. Nós teríamos mesmo um longo dia. Eu estava com um olho no filme e outro em Tommy que brincava no tapete quando meu celular tocou. O nome na tela me fez sorrir inconscientemente.

  - Alex? – atendi ainda sem acreditar.

  - Atrapalho? – ele perguntou e eu neguei com a cabeça, aí me lembrei que ele não podia me ver.

  - Não, eu e Tommy estamos vendo um filme. Eu estou pelo menos, ele está mais interessado em se arrastar pelo tapete.

  - Fico feliz em saber. Só liguei para perguntar se estava tudo bem.

  - Não confia em minhas habilidades de babá?

  - E você é babá desde quando? – ele pergunta entrando na brincadeira e sorrio.

  - Desde hoje de manhã quando me deixaram um bebê muito fofo.

  - Tem certeza que não tem problema? Por que eu posso...

  - Alex, sério – o interrompo. – Cala a boca – digo e o ouço rir, o som mexe comigo.

  - Tudo bem então.

  - Alex sai desse celular, você finalmente apareceu para trabalhar pra isso?— ouço o chefe dele gritar e suspiro. Esse cara parece ser um babaca.

  - Ele está falando com a namorada!— dessa vez é a voz de Mason e me faz rir.

  - Eu preciso ir – Alex diz por fim. – Mas tenho uma pergunta. Você conhece o Mason de onde?

  - Da livraria. Eu achei que a essa altura ele já tivesse te contado.

  - Ele contou, mas não sei mais se acredito. E desde quando são melhores amigos?

  - Ele disse que eu sou melhor amiga dele? Adorei! – digo divertida e o ouço suspirar.

  - Vocês dois são impossíveis – Alex reclama me fazendo rir. – Tenho que desligar agora.

  - Tchau, Alex! Tommy tira isso da boca! – exclamo vendo o bebê querer comer o controle da televisão outra vez.

  - Tudo bem aí?

  - Sim – digo divertida. – Tchau, Sr. Bad Boy.

  - Tchau, Princesa – ele se despede me fazendo suspirar como uma boba e desliga. Meu momento dura dois segundos, só até eu ir até Tommy e travar uma batalha pelo controle da TV.

  Nossa manhã passa rápido, entre eu tentando acompanhar o bebê ágil que gostou da ideia de se esconder atrás da cortina e atrás do sofá e a ligação de Manu que tinha ouvido da mãe dela sobre eu ter ficado sozinha com Tommy – minha mãe e tia Chloe eram duas fofoqueiras – eu tive confirmar a ela que estava mesmo com um bebê e sozinha. Ela sabia de tudo e até se ofereceu para me ajudar, mas eu recusei, eu sabia que a doceria ia fornecer os doces e o bolo da festa de Matt o que significava que os pais de Manu, tia Caitlin e minha mãe tinham muito trabalho e ela como uma boa secretária iria ajudá-los.

  Quando deu o horário do almoço resolvi me fazer uns sanduíches, uma vez que me faltava às habilidades necessárias para qualquer coisa mais elaborada. Estava começando a separar os pães quando ouvir a porta da frente abrir. Eu que tinha prendido Tommy com a mão esquerda em minha cintura fui até a sala ver quem era. Sorri ao ver Jane. A senhora encantadora que era nossa governanta até mamãe praticamente expulsá-la daqui sorriu ao me ver. Jane cuidava da casa desde de que papai era criança, então há alguns anos minha mãe disse a ela que ela devia curtir o casamento e que a aceitaria como parte da família, mas governanta não mais. Afinal, ela tinha tido três filhos era para ajudá-la com a casa.

  - Jane!

  - Minha menina. Bem que sua mãe disse que você tinha um bebê – ela disse divertida vindo me abraçar e sorrindo para Tommy.

  - Este é o Tommy. Eu estou cuidando dele para um amigo.

  - Ela me disse também. E disse que você provavelmente precisaria de ajuda com o almoço.

  - Você faria isso?

  - Claro! Por que acha que eu vim? Tenho que cuidar de vocês – ela diz divertida seguindo para a cozinha, vou atrás dela. – Sanduíches, Analu? – Jane pergunta olhando os pães sobre o balcão.

  - O quê? Eu não sei cozinhar como você, mamãe ou mesmo Noah. Não posso fazer nada.

  - Ainda bem que vim. O que pretendia dar ao Tommy? – ela pergunta indo separar algumas panelas. Limito-me a sentar em um dos bancos do balcão com Tommy ainda no colo. O bebê fica de pé sobre minhas pernas e se estica interessado em pegar os pacotes com os pães.

  - Nosso almoço ia ser mais leve. Talvez umas frutas? – tento e ela ri. Eu e cozinha sempre somos motivo de riso para essa família, já aceitei.

~ X ~

  Alex

 

  Já era a terceira vez que eu organizava a mesma pilha de livros já que das últimas duas elas ficaram tortas ou com livros trocados. Eu até podia estar aqui na livraria, mas meu pensamento estava muito longe. Preso em certos olhos verdes.

  Quando Analu se ofereceu para cuidar de Tommy eu logo disse não, eu aceitava qualquer coisa dela, mas pena não. Não daquela garota bonita que eu quis muito beijar. Mas então ela me explicou, aos gritos, que não era pena, ela se sentia responsável e queria ajudar. Só que ainda assim foi difícil de acreditar que ela se sentia em divida comigo. Por que ela ia se lembrar de mim, afinal? Mas ela veio e me abordou no meio do campus da faculdade e me surpreendeu ainda mais quando disse que não se importava com a opinião das pessoas a seu respeito.

  A essa altura, isso não devia me surpreender, mas surpreendeu, era fácil esquecer que Analu tinha muito dinheiro quando ela andava descalça pela faculdade, ou se debruçava sobre o motor de um carro e se sujava toda sem parecer se importar, ou quando me esperava do lado de fora de lojas apenas para me abordar, foi fácil não pensar em quão rica ela era quando a vi brincando com Tommy no tapete da minha casa ou me fazendo um café.

  Mas a realidade me atingiu ao ver o sobrenome dela no alto do maior prédio do centro, ao me lembrar do carro do irmão dela que devia custar mais do que a minha casa, mas principalmente quando ela me passou seu endereço e fui levar Tommy até lá, o bairro era apenas para pessoas que tinham muito dinheiro, mas a casa dela, só seu jardim caberia metade da minha rua. As diferenças entre nós são tão evidentes que até a ideia de conseguir beijar ela era absurda.

  Aposto que sua família era daquelas cheias de empregados, carros, roupas caras. Enfim, pessoas ricas e mimadas, simplesmente por que podiam. Talvez Analu fosse uma exceção.

  Provavelmente era isso mesmo, mas como pensar em qualquer coisa quando ela abriu a porta meio descabelada e usando aquele short minúsculo? Todos os pensamentos sobre seu dinheiro ou sua família foram varridos para longe no minuto em que a vi. Sorridente, mostrando as covinhas, suas pernas longas estavam descobertas e eu só queria apertá-las para ver se eram tão macias quanto aparentavam.

  Levei uns minutos para olhar em seus olhos verdes e quando o fiz quis ter certeza de que não havia mesmo problema. Ela me cortou de uma forma tão divertida que eu não pude fazer mais nada se não concordar com ela. Coisa que eu vinha fazendo muito ultimamente, concordar com Analu. Perguntei-me se isso era um estagio passageiro ou ela já tinha se infiltrado na minha vida.

  - pensando nela, não é? – Mason perguntou me assustando e eu quase derrubei dois livros da pilha que tinha feito. Meu amigo pegou um e eu outro.

  - Não sei do que você está falando – desconverso colocando os livros de volta no lugar.

  - Você já foi um melhor mentiroso, Alex. Óbvio que está pensando na Analu.

  - Não sei de onde tirou isso.

  - Dessa sua cara de bobo olhando pro nada segurando um livro sem nunca guardar ele. E isso há uns dez minutos.

  - Cala a boca – peço e ele está rindo.

  - Eu gosto dela, sabe? – Mason diz me ignorando depois de se recuperar. - Quando eu a via na faculdade ela parecia ser uma pessoa completamente diferente, mas pessoalmente é um amor e também fala demais e é um desastre.

  - Ela é mesmo – digo sorrindo sem me conter. Analu era um perigo, em vários sentidos. Afinal, ela era capaz de te atropelar metafórica e literalmente falando. – Mas você também fala demais, por isso se deram bem.

  - Eu sou amigo de Anna Laura Whitmore e Manuella Campbell não preciso de mais nada sabe? Minha vida acadêmica virou um luxo – Mason suspira e acho graça.

  Mas é bem por aí mesmo, na última semana eles passaram vários intervalos e aulas vagas juntos. Analu e Manu eram um dupla, mas agora Mason tinha as transformado num trio, o que, para Caleb e Will eram um máximo – eu parecia o único incomodado com toda essa aproximação. Esses dois últimos fechavam nosso pequeno grupinho de estudantes de engenharia. Caleb era um loiro sorridente que dava em cima de qualquer coisa que usasse saias e Will um moreno menos galinha, mas tão festeiro quanto Caleb. Nós quatro já havíamos nos metido em várias confusões por causa de garotas e festas.

  Mas isso era passado, pelo menos pra mim. Quando Lucy ficou grávida eu parei. Precisava ajudá-la e na época eu tinha acabado de ser demitido então não tinha nem dinheiro para isso, mais ou menos na mesma época Mason começou a namorar então restaram Will e Caleb na farra como se o mundo fosse acabar.

  - ...Acho que o Will está interessado nela – foi tudo o que eu registrei da fala de Mason e me virei para ele na mesma hora.

  - Em Analu? – a ideia não me agradava nenhum pouco. Meu amigo riu.

  - Você está mesmo longe em? Óbvio que não, eles não seriam loucos, só um cego não vê o jeito que você olha pra ela. Ele está interessado na Manu, tenho certeza.

  - Que jeito que eu olho para Analu? – pergunto realmente interessado e Mason sorri antes de me responder.

  - Como se quisesse devorá-la – ele diz simplesmente antes de começar a se afastar.

  Estou prestes a chamá-lo, quando vejo Dave se aproximando e desisto. Voltou ao meu trabalho e pondero as palavras de Mason. Eu até poderia dizer que não era nada disso, mas a verdade era que eu desejava Analu e isso por si só, já era um perigo.

  Passei o dia pensando nela e em Tommy. Perguntando-me se estavam bem ou se tinham conseguido se virar, não aguentei de curiosidade e liguei pra ela. Só de ouvir sua voz eu fiquei com um sorriso no rosto, Mason é claro me provocou por causa disso a tarde toda. Até gritar para Dave que ela era minha namorada meu amigo fez. Como se isso fosse mesmo acontecer. Quando meu expediente acabou às 17h eu tive praticamente que fugir de Mason, por que se ele se lembrasse que eu buscaria Tommy na casa de Analu se convidaria para me acompanhar, com certeza.

  Eu fui o primeiro a pegar minhas coisas e sair. Eu queria muito vê-los.

  Entrei no antigo carro dos meus avós que eu só usava quando precisava sair com Tommy e sorri ao ver a cadeirinha do bebê no banco de trás. Eu até tinha cogitado vendê-lo, mas como eu não podia andar com Tommy na moto, ele teve que ficar, mesmo que me desse mais trabalho que o bebê. Caindo aos pedaços, eu passava mais tempo concertando o carro que andando com ele. Por isso preferia a moto, com ela eu tinha liberdade e velocidade.

  Manobrei o carro e segui para a casa grande e com um jardim ainda maior da garoto com os mais lindos olhos verdes que eu já tinha visto. Quando cheguei e acionei o interfone foi uma voz de mulher que não conheci a me responder.

  - Quem é?

  - Eu sou o Alex. Vim buscar o bebê que a Analu está cuidando.

  - Ah, claro. Entre! – disse a dona da voz e o portão foi aberto.

  Segui com o carro e estacionei de modo que não atrapalhasse entrar na garagem grande e lotada ao lado da piscina. A casa de Analu era quase um clube de campo.

  Desci do carro e antes mesmo que eu batesse na porta ela foi aberta. A mulher loira a minha frente tinha um sorriso no rosto. Mesmo que a cor dos cabelos fosse diferente eu soube que ela era a mãe de Analu, pelas feições delicadas e ao mesmo tempo divertidas, pelo sorriso contagiante, mas, sobretudo, pelos enormes olhos verdes a me medir de cima a baixo sem a menor discrição.

  - Então você é o Alex, é um prazer te conhecer, vamos entre – ela pediu me dando passagem e eu o fiz meio no automático. – É ainda mais bonito do que eu tinha ouvido falar.

  - Como? – perguntei meio perdido e ela riu.

  - Não é nada – ela descartou a informação com a mão e eu me sentia meio atordoado com aquela conversa.

  - Você é? – perguntei depois de uns dois minutos onde a loira voltou a me olhar parecendo divertida. Eu aproveitei para ver o interior da casa.

  Os móveis eram uma combinação harmoniosa de cores com tons neutros. As cortinas eram brancas, mas o tapete era vermelho. Havia uma mesinha de vidro em um canto da sala e em cima dela um vaso com flores cor de rosa. Nada ali parecia muito com algo minimamente escolhido, era, apesar de grande, aconchegante. E a mulher a minha frente não me lembrava em nada à mulher de um milionário, ela usava jeans e camiseta.

  - Desculpe. Eu sou Elisa Whitmore, a mãe da Analu – ela finalmente se apresentou.

  - É um prazer conhecê-la Sra. Whitmore – digo e ela nega com a cabeça e por um minuto acho que a ofendi.

  - Adoro ser a Sra. Whitmore, mas quando um garoto jovem e bonito me chama assim me faz parecer velha. Só Elisa, por favor. Sra. Whitmore eu sou para a oferecida da secretaria do meu marido – ela tagarela e sorrio, já sei de onde Analu puxou isso.

  - Como quiser, Elisa. Mas e a Analu onde está ela? O Tommy? – pergunto e Elisa sorri.

  - Numa missão na qual minha filha recusou a minha ajuda. Analu! – Elisa gritou para minha surpresa. – O Alex aqui!

  - Já vou! – escutei a voz de Alanu gritar de volta e sorri.

  - Que missão é essa? – quis saber e o sorriso de Elisa aumentou.

  - Dar banho em Tommy. Só Deus sabe se ela conseguiu.

  Eu estava prestes a perguntar sobre isso quando ouvimos os passos da morena mais encantadora do mundo descer as escadas. Elisa e eu nos viramos para vê-la descendo as escadas com Tommy no colo. O cabelo de Analu estava num rabo de cavalo com alguns fios soltos, ela tinham um sorriso no rosto e os olhos brilhavam de animação quando nos alcançou. Ela não usava mais o shortinho de hoje da manhã o de agora era jeans e maior, mas a blusa era a mesma, uma branca que tinha ficado transparente depois de molhada. Durante uns bons segundo eu não consegui desvirar os olhos de seu sutiã cor de rosa.

  - Oi Alex! Diz “Oi” para o papai, Tommy – ela pediu ao bebê devidamente penteado e cheiroso e eu finalmente os encarei.

  - Você sabe que dá para ver seu sutiã, certo? – perguntei. Eu não conseguiria manter uma conversa com aquela garota, em frente à mãe dela, com ela daquele jeito. Simplesmente não tinha forças para isso.

  - O quê!? – Analu arregalou os olhos, olhou para o próprio peito, corou e voltou correndo por onde veio. Consequentemente levando Tommy consigo outra vez.

  Quando me lembrei de Elisa me virei e fiquei surpreso ao vê-la rindo tanto que simplesmente não produzia mais som algum. Ela se dobrou para frente eu fui segurá-la com medo de que ela caísse no chão e lá mesmo ficasse. Quando voltou a respirar normalmente a mulher se apoiou em meu braço e voltou a ficar ereta, ela respirou fundo e limpou as lágrimas que tinham se formado em seus olhos verdes.

  - Eu não acredito – ela diz finalmente. – Eu simplesmente não acredito que vocês protagonizaram uma cena como essa.

  - Eu ainda não entendi o problema, ela estava daquele jeito e... Me desculpe, mas eu precisava avisar.

  - Você fez o certo e eu não me importo com isso. Só me lembrei de uma coisa aqui – Elisa diz divertida. – Eu e meu marido protagonizamos uma cena parecida e então eu comecei a roubar os paletós dele.

  - A Analu rouba os meus casacos desde que a conheci – comento e ela sorri.

  - Gosto de jeito como fala dela – ela diz simplesmente e fico sem entender. Mas felizmente não preciso pensar em nada para responder por que Analu está voltando outra vez, ainda corada, mas agora com uma blusa vermelha seca e que não revela nada. Melhor assim.

  - A gente pode fingir que aquela cena nunca aconteceu? – Analu pergunta e dou de ombros.

  - Posso tentar.

  - Eu não – a mãe dela comenta. – Nunca mais vou esquecer que vocês protagonizaram essa cena.

  - Que cena? – uma vez masculina pergunta e um garoto de no máximo uns dezoito anos surge pela escada. Ele tem olhos e cabelos escuros e não se parece muito com Analu ou Elisa.

  - Uma aí que me fez recordar muita coisa – Elisa responde. – Vem aqui, Noah. Alex esse é o Noah irmão mais novo da Analu. Noah, esse é o Alex, amigo da Analu e o pai do Tommy.

  - É prazer – ele me estende a mão com um sorriso que definitivamente me lembra a irmã dele. – Já ouvi falar muito de você.

  - Noah! – Analu o repreende e a olho curioso. Ela cora. – Não é bem assim, Ok Alex?

  - É bem assim mesmo – irmão provoca.

  - Vocês não sabem mesmo conversar sem virar uma confusão, não é Raio de Sol? – eu estava tão envolvido com Noah e Analu que não percebi mais duas pessoas chegando.

  Uma eu reconheci, Drew me olhava com uma sobrancelha arqueada entre curioso e inquisidor, já o homem alto de terno e extremamente parecido com Noah me olhando sem expressão só podia ser o pai de Analu, e ele não parecia exatamente feliz em me ver ali.

  - Oi pra você também, Bonitão – a resposta de Elisa fez o homem sorrir. Ela foi até ele e o beijou, apesar da aura ameaçadora dirigida a mim, a interação deles era bonita, meus avós eram carinhosos um com o outro assim também, até o final.

  - Nós temos visita? – o pai de Analu perguntou e eu vi a garota engolir em seco, depois sorrir como só ela conseguia e ir até o pai. Analu beija sua bochecha.

  - Papai, esse é Alex Harper, meu amigo e pai do Tommy. Alex, esse é o meu pai, Anthony Whitmore – ela nos apresenta e por um instante só encaro o homem.

  Anthony Whitmore, eu via foto dele em revistas de economia, já tinha visto seu nome em vários artigos e reportagens. Ele era um dos homens mais influentes da cidade e claramente não gostava de mim, sobretudo por que Analu insistia em me sorrir mostrando as covinhas, com Tommy ainda no colo como se fosse a coisa mais natural do mundo.

  - Sr. Whitmore é um prazer conhecê-lo – digo finalmente lhe estendendo a mão. Ele hesita, mas o olhar feio de Elisa o faz apertar minha mão com um pouco mais de força que o necessário.

  - Ainda não sei se posso dizer o mesmo – ele comenta para minha surpresa e Elisa vai até ele, sorri para mim e para ao lado do marido. Quando Anthony se encolhe tenho quase certeza que ela lhe deu uma cotovelada.

  - O Bonitão está brincando, Alex. Você é muito bem-vindo aqui.

  - Elisa... – Anthony diz entre dentes e depois de quase um minuto de troca de olhares entre eles, Anthony suspira. – É como Elisa disse.

  - Obrigado, mas espero não precisar incomodar nenhum de vocês outra vez.

  - Não foi incomodo nenhum – Analu diz beijando o rosto de Tommy, ele está tão a vontade no colo dela que, apesar de ter me visto não fez menção nenhuma de que queria meu colo. – Diz para o papai Tommy, nós comemos muito bem hoje e você e o Noah estavam rolando pelo tapete. Antes e depois do Noah sair – ela sorri pra mim se aproximando. – Você tinha que ver os dois.

  - Desculpa ter te atrapalhado, Noah – digo e ele sorri, o mesmo sorriso de Analu e Elisa.

  - Não foi incomodo, eu adorei, quando ele voltar nós brincamos mais, certo Tommy? – ele pergunta ao bebê que o olha a menção do seu nome, o garoto bagunça os cabelos dele e Tommy ri.

  - Obrigado mesmo por hoje, Analu e desculpem o incomodo. Eu e Tommy vamos embora agora, acho que já passamos da hora – digo e pego o bebê. Analu parece quase triste quando me entrega ele. Drew nos olha com curiosidade e me sinto na obrigação de falar com ele, já que o irmão de Analu não parece muito feliz em me ver também. – Foi bom te ver de novo, Drew. Desculpe o incomodo.

  - Digo o mesmo – Drew responde e fico sem entender, mas quando seu olhar encontra o de Analu ela sorri para ele e assente.

  - Acho que é isso, obrigado de novo, Analu. Quanto ao pagamento...

  - Se você tocar nesse assunto outra vez, eu vou te bater – ela ameaça, mas está sorrindo. – Só cala a boca, Alex.

  - Como quiser, Princesa – digo e vejo corar, é extremamente encantador e quase me perco em seus olhos verdes. Alguém pigarreia e nós deixamos de nos olhar para encarar a pessoa, o pai de Analu nos olha feio.

  - Você está de saída, certo Alex? – Anthony pergunta.

  - Sim, senhor – respondo de imediato. Ele definitivamente não gosta de mim. – Só preciso da bolsa de Tommy.

  - Ah certo, eu vou buscar – Analu responde e me lança um último olhar antes de começar a subir as escadas e me deixar sozinho com o restante da sua família. Todos eles me olham.

  - Então, como você conheceu a Analu? – Anthony pergunta e mesmo com o olhar do homem sobre mim não consigo deixar de sorrir.

  - Ela atropelou a minha moto – digo e isso parece fazer algum sentido para ele por que a cara feia de Anthony fica ainda pior. Engulo em seco.

  - Então você é o cara da moto? – Noah pergunta parecendo divertido.

  - Cara da moto?

  - Sim, digamos que as idas ao mecânico sendo socorrida pelo guincho de Analu são periódicas, então sempre que acontece alguma coisa a gente fica sabendo. Você é o cara da moto que rendeu muita diversão pra todo mundo.

  - Não sabia disso.

  - Alex... – Noah começa, mas é interrompido pela mãe.

  - Nem pense nisso Noah Alexander Whitmore.

  - Mas, mãe...

  - Não quero saber, você não vai pilotar moto – ela diz por fim e o garoto fecha a cara indignado. Acabo sorrindo.

  - É uma pena sua mãe não deixar, eu não me importaria de te apresentar a minha moto.

  - Sério? – Noah sorri e sei que ele é irmão de Analu, só eles para mudarem de humor assim tão rápido.

  - Claro.

  - Então vou convencê-la.

  - Ah, mas não vai mesmo – Elisa diz, mas está sorrindo também.

  - Não vai mesmo o quê? – Analu pergunta surgindo pela escada outra vez agora com a bolsa de Tommy.

  - Seu namorado disse que vai me mostrar a moto dele se eu convencer a mamãe.

  - Noah! – Analu o repreende, mas o garoto está rindo. Analu cora e eu não sei o que fazer. Drew e Anthony parecem prestes a ter um ataque. Ela me olha envergonhada. - Alex, por favor, não leve a sério.

  - Acho que ele estava indo embora, não era? Mesmo por que estamos praticamente atrasados já – Drew comenta e essa é claramente uma expulsão.

  - Verdade, obrigada, Analu – digo pegando a bolsa de Tommy.

  - Por que não o convidada para a festa, Analu? – Elisa pergunta para choque geral.

  - O quê? – Anthony exclama e Analu sorri tocando meu braço sem nem parecer perceber.

  - Você quer ir? – ela pergunta. – É o aniversário do Matt. A festa é em um salão não muito longe daqui.

  - Eu agradeço, mas...

  - Você tem compromisso? – Elisa pergunta me interrompendo.

  - Não.

  - Ótimo. Então vai com a gente, assim posso curtir o Tommy um pouco mais – ela sorri para o bebê e que olha para ela a menção do seu nome.

  - Mãe talvez ele não queira ou tenha mais o que fazer - Drew comenta e Elisa sorri descartando a informação com a mão.

  - Ele acabou de dizer que não tem, e estamos convidando. Não aceito um não como resposta.

  - Você não quer mesmo, Alex? – Analu pergunta me olhando com aqueles enormes olhos verdes e eu acabei de descobrir que eu não seria capaz de negar nada a ela. – Ia adorar vê-los lá.

  - Se você e sua mãe fazem questão eu não me importo. Já faz algum tempo que não vou a festa nenhuma de qualquer forma.

  - Oba! Ouviu isso, Tommy? – ela perguntou ao bebê que se virou para ela no mesmo instante e quando Analu sorriu, ele estendeu os braços para ela outra vez e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Analu o pegou. Ela o beijou depois me olhou. – Se me der o bolo eu vou à sua casa te buscar – ameaça, mas está sorrindo. – E acho que vou convidar o Mason também. Posso te acompanhar até o carro?

  É tanta informação que só faço que sim com a cabeça. Tentar acompanhar Analu ou sua família é um atarefa extremamente complicada. Despeço-me de todos, uns mais felizes com eu ter aceitado o convite que outros, mas eu consegui sair da casa inteiro e seguir até o carro parado perto do jardim. Analu vem comigo trazendo Tommy no colo. Eu tenho que parar de olhá-los e pensar como ficam bem juntos. Ela apenas me fez um favor, mais nada.

  - Eu estou falando sério – Analu diz depois de me entregar Tommy e eu prendê-lo em sua cadeirinha. – Eu vou até sua casa se não aparecer. A mamãe e eu vamos ficar esperando você.

  - Analu não precisa disso tudo vocês estavam querendo ser gentis e...

  - Alex, sério, cala a boca – ela pede e sorrio. Essa frase já parece fazer parte dos nossos diálogos. – Eu não estava sendo gentil, estava falando a verdade. Te convidei e espero que você vá.

  - Se é assim eu e Tommy aceitamos o convite.

  - Ótimo, vou te mandar o endereço por mensagem e ficar esperando ansiosa – ela sorri mostrando as covinhas e queria poder beijá-la bem ali. Livro-me desses pensamentos antes que eu faça uma besteira e entro no carro.

  Analu acena pra mim e sorrio pra ela. Ela fica parada vendo o carro se afastar e a vejo pelo retrovisor, quando o finalmente o portão é aberto e saio, travo uma batalha interna sobre se devia ou não me virar uma última vez e perco. Por que me viro e lá está ela ainda acenando pra mim e o jeito como esse pequeno gesto mexe comigo é assustador.

  Eu provavelmente não devia ter aceitado o convite dela, mas ao que parece eu não vou conseguir negar muita coisa a Analu.          


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Notas finais do capítulo

E então meus amores? Gostaram?
O que acharam de os dois narrarem? Eu ainda não tinha escrito nada assim então fiquei me perguntando se ia ficar legal e então?
De qual quer forma, quero opiniões!
Beijocas e até, Lelly ♥



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