Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 4
Um passeio?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, voltei!
Dessa vez sem muito atraso o que é um milagre kkkk espero que gostem do capítulo!
BOA LEITURA ;3



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  Alex

 

  Meu dia começou tão bem que eu não sabia como tinha terminado com Anna Laura Whitmore em cima de mim no meio da livraria. Essa garota era um ímã de confusão e nem tinha resolvido a última que me arrumou e agora tinha me metido em outra. Dave já estava me odiando por causa do atraso de segunda-feira, mas agora eu estava enrolado em uma garota no chão da livraria, mesmo que a culpa fosse dela, ele não ia se importar com isso. Ah Deus, por quê? Por que eu?

  Os últimos dias tinham sido tranquilos, eu até vi Anna Laura pelo campus da faculdade, mas a verdade é que talvez eu tenha a evitado. Aquela “carona” com o irmão segunda foi demais pra mim. Ela aparentemente tinha mais camadas do que mostrava. Era meio louca e exagerada, mas também era engraçada, linda, não se importava em se sujar ou andar descalça pela faculdade e tinha um sorriso tão doce que era difícil resistir a ele, principalmente quando ela mostrava as covinhas.

  Nós tínhamos estado juntos por algumas horas e eu já estava curioso por mais e eu não precisava disso. De mais isso na minha vida. A Princesa louca que atropela minha moto e me desarma com um sorrio? Não obrigado. É mais fácil e seguro continuar vendo-a como a patricinha, por que pelo menos assim eu não vou querer mais, saber mais, um minuto a mais, um sorriso a mais.

  Lucy diria que eu estava sendo covarde. E ela provavelmente teria razão, ela sempre tinha. Mas eu não me importava, Tommy era mais importante, continuar no meu emprego e terminar a faculdade também. E Anna Laura Whitmore era confusão e encrenca, duas coisas que eu definitivamente não precisava agora.

   - O que é isso? – Dave perguntou outra vez e eu respirei fundo o que foi um erro com Anna Laura em meu colo, inalei seu perfume e podia sentir cada pequena parte da garota colada a mim. Seu cheiro ainda era doce. – Alex?

  - Foi apenas um acidente – eu tentei. E como Anna Laura não fez menção em se mexer olhei para ela, tão perto que foi desconcertante. – Você pode se levantar?

  - Ah, claro eu... Já vou é... – ela tagarelou enquanto saia de onde estava. Talvez se tivéssemos mais tempo eu teria reparado em coisas como os pontinhos dourados em suas íris verdes ou a pinta que tinha no pescoço delicado.

  Eu fiquei de pé também e Dave olhou de um para o outro claramente sem acreditar em minhas palavras.

  - Acidente é? – seu tom era quase debochado. Eu engoli em seco e cerrei os punhos. Dave era um cara decente, mas complemente intolerante. Três avisos e você estava fora. Semana passada ele havia demitido uma garota por causa de duas moedas e uma confusão no caixa.

  - A culpa foi minha! – Anna Laura disse de repente e nós dois a encaramos. – Eu subi na escada e me desequilibrei, Alex só quis me ajudar, não é culpa dele.

  - Me desculpe mocinha, mas minha conversa é com o meu funcionário. Nada do que você faz fora da loja ou do seu horário de trabalho me diz respeito, Alex – ele me olhou sério. – Mas trazer a namorada pra cá para ficarem se atracando daquele jeito no chão?

  - Ele não é meu morado e nós não estávamos nos atracando! Foi um acidente! E culpa minha, eu já disse! – a garota ao meu lado respondeu e eu fiquei sem saber se a agradecia ou a mandava parar de falar.

  - Analu, por favor – pedi por fim num sussurro ela me olhou surpresa. Mas uma palavra dela e era capaz de Dave me demitir, por que na cabeça dele nós éramos um casal e como eu trabalhava ali, então era culpa minha tudo aquilo. – Melhor você ir.

  - Eu... – ela começou, mas se interrompeu me olhando preocupada. – Desculpa! A culpa foi minha – Anna Laura disse mais uma vez se encolhendo e nos lançando uma última olhada antes de seguir pelo corredor.

  - Isso não vai se repedir – disse logo o que Dave queria ouvir e ele apenas arqueou uma sobrancelha. – Ela não é mesmo minha namorada e tudo foi um acidente.

  - Pelo jeito que se tratavam não sei se acredito nessa informação. Mas como eu disse, o que você faz fora da loja e do seu horário de trabalho não me diz respeito. Mas você ainda está trabalhando e se ela era mesmo uma cliente como diz você não devia estar enrolado a ela no chão.

  - Mas eu já disse que... – comecei e meu chefe fechou ainda mais o rosto já carrancudo. – Não vai mais acontecer – suspirei.

  - Assim espero. E abriremos no próximo sábado e no outro. Vai haver um lançamento e precisamos de toda a equipe. Foi isso que vim avisá-lo.

  - Até o meio dia? – perguntei já ciente que às vezes acontecia.

  - Dessa vez não. Vai ser o dia todo. Vão ter autógrafos e fotos, vamos precisar da tarde toda.

  - Mas você sabe que eu não posso aos sábados, não o dia todo.

  - Sinto muito, Alex. Kristy e Danny saíram, estamos sem pessoal. Se não puder vir no sábado não se dê ao trabalho de voltar na segunda-feira, eu preciso de empregados que possam trabalhar – ele diz sério, não espera por uma resposta e sai sem olhar para trás e quero derrubar as prateleiras em frustração.

  Respiro fundo uma, duas, três, quatro vezes, quando faço isso pela décima vez sinto que posso olhar para os livros sem querer descontar minha raiva neles. Que Dave era um mão de vaca idiota eu já sabia, mas agora que me demitiria por algo assim? Eu não podia imaginar. Tudo bem que ultimamente eu tinha atrasos e faltas para uma vida inteira em minha folha de ponto, mas Tommy era minha prioridade então como eu cuidaria dele e viria para o trabalho sábado?

  Minha vontade era socar alguém ou alguma coisa, para ter dinheiro para cuidar de Tommy eu precisava trabalhar, para trabalhar eu precisava deixar Tommy seguro e para deixá-lo seguro eu precisava da Sra. Miller que aos sábados tinha atividades no clube comunitário como ginástica e natação para idosos, e eu já a havia feito perder algumas vezes. Mas dessa vez não podia, o dia todo? Ela não era obrigada a cuidar de Tommy, nem recebia por isso, como eu podia pedir mais alguma coisa a ela?

  Talvez estivesse mesmo na hora de arrumar outro emprego.

  Estava quase saindo do corredor onde estava quando vi o livro no chão. Fui até ele e o peguei, metade da confusão por um livro e a Princesa nem o levou, acabei dando um meio sorriso. Estava prestes a colocar ele na estante outra vez, mas mudei de ideia e o levei comigo.

  Passei o resto do meu expediente, que felizmente só durou pouco mais de meia hora, pensando que talvez precisasse realmente de um emprego novo. Um que eu trabalhasse pouco e recebesse muito sendo só um universitário. Será que existe? Suspirei frustrado organizando alguns livros e procurando Anna Laura pela loja, mas a garota tinha sumido.

  Terminei o que tinha pra fazer e fui até o quarto dos funcionários buscar minha mochila no armário. Dei tchau para Carol a última caixa que estava terminando de fechar suas contas e passei direto por Dave.

  - Finalmente! Eu estou congelando aqui! – dei um pulo de susto assim que pisei para fora da livraria. Anna Laura estava parada ali com sua bolsa no ombro usando só uma camiseta azul de babados. Não é à toa que está com frio.

  - O que você está fazendo aqui?

  - Esperando você. Óbvio – ela responde simplesmente como se fosse a coisa mais normal do mundo. – O mecânico me ligou há uma meia hora, disse que o Blu e a sua moto estão prontos e que podemos ir buscar. Ele fica aberto até as 21h então temos tempo.

  - Buscar agora?

  - Sim, por quê? – ela pergunta curiosa e nego com a cabeça.

  - Nada. Vou só buscar o capacete que tenho armário aqui na livraria então. Pode esperar um minuto? Já volto.

  - Tudo bem, vou continuar aqui – ela sorri e se encosta outra vez na parede ao lado da entrada da loja.

  Eu entro ainda sem acreditar e vejo Dave e Carol me olharem curiosos quando passo por eles. Vou até o meu armário, pego o capacete sem dar nenhuma palavra. Meu chefe e minha colega de trabalho também não perguntam mesmo que eu ache que querem fazer isso, quando saio outra vez Anna Laura está no mesmo lugar me esperando.   

  - Por que não me mandou uma mensagem ou sei lá, esperou dentro da livraria? – pergunto quando ela começa a andar e eu a sigo. Anna Laura dá de ombros.

  - Não queria te causar mais problemas. Seu chefe achou muito ruim a confusão?

  - Um pouco, mas tudo bem. No fim só ganhei uma bronca.

  - Culpa minha – ela suspira e depois me olha com seus enormes olhos verdes preocupados. – Desculpa mesmo, parece que sempre a gente se encontra eu te causo problemas. Você deve me odiar, vai ver foi por isso que eu não te vi pela faculdade, não que eu tenha te procurado, quer dizer... Talvez, mas... Eu vou parar de falar. Melhor coisa que eu faço.

  Fiquei sem saber o que dizer, mas não consegui não sorrir, essa garota era uma confusão encantadora que parecia sempre me arrastar com ela sem me dar outra escolha.

  - Não tem problema. Desastres acontecem, mesmo que com você pareçam acontecer com mais frequência. E você me procurou pela faculdade? – pergunto curioso e ela arregala os olhos.

  - Não! Foi só coincidência, eu não te vi então estava me perguntando onde poderia estar. E eu não tenho culpa dos desastres, Ok? – ela pergunta se esquentando com as próprias mãos quando uma rajada de vento passa por nós.

  Não posso deixar ela pegar uma gripe ou uma hipotermia, suspiro tirando a mochila dos ombros, segurando o capacete com uma mão e puxando o moletom que estou usando pela abertura da cabeça com a outra.

  - Aqui – entrego a ela que me olha curiosa. – Essa sua blusinha cheia de babados e sua saia curta não vão protegê-la do frio. Pode pegar.

  Vejo-a sorrir antes de aceitar, como se tivesse ganhado um caso chique e não meu velho moletom, as covinhas eram mesmo necessárias?

  - Obrigada – Anna Laura puxa o moletom pela cabeça até estar vestida com ele, ela bagunçou o cabelo e a barra da blusa alcançou a metade de suas coxas deixando só a barra da sua saia à mostra, as mangas são grandes demais e ela tem que puxá-las, como conjunto completo é uma visão encantadora.

  - Pra onde estamos indo? – pergunto meio tarde enquanto ela ajeita os cabelos.

  - Para a mecânica do Sr. Telles, ele e o Sr. Botini, o guincho que levou o Blu e sua moto são velhos amigos e eu sou quase uma velha amiga dos dois. Ela fica a duas quadras daqui, é mais rápido ir a pé que pegar um táxi ou ônibus.

  - Você anda de ônibus? – pergunto divertido e ela sorri se fazendo de ofendida.

  - Pra sua informação quando minha mãe me esquecia na escola, o que aconteceu algumas vezes eu e Drew tínhamos que dar um jeito de voltar pra casa. E ricos ou não estudantes do ensino médio não tem dinheiro para táxi, não quando gasta todo ele em lanche.

  Sorri com o comentário e me repreendi por isso, eram por causa de coisas como essas que eu tinha evitado Anna Laura durante a semana. Agora aqui estávamos, tendo uma conversa agradável, como velhos amigos e eu queria saber cada vez mais sobre ela. Uma Princesa que prefere fazer uma caminhada à noite no frio do que pegar um táxi, que prefere esperar por mim a me mandar uma mensagem, que sorri encantada com um gesto simples como eu emprestar meu moletom velho a ela. Eu não sei se quero ver mais faces dessa Princesa encantadora e ridiculamente desastrada.

  - Estou surpreso.

  - Você se surpreende fácil demais Sr. Bad Boy – ela sorri mostrando as covinhas e olha para meu moletom que está usando. – Você não tinha uma jaqueta toda estilosa?

  É serio que ela está perguntando da jaqueta que ela mesmo levou?

  - Até tinha, mas uma princesa levou junto com a minha moto.

  - Ai meu Deus! Não me diga... Ela está dentro do Blu, né? – Anna Laura me olha mordendo o lábio e eu dou de ombros. – Ok, agora é sério, eu vou tentar parar de te atrapalhar e o moletom eu vou devolver!

  - Adorei a ideia por que não tenho tantos casacos assim.

  - Hei, posso te fazer mais uma pergunta? – ela quebra o silêncio de exatos dois minutos que tivemos. Acho que não demos mais de quinze passos antes dela falar outra vez.

  - Você já fez, Princesa – digo e ela me olha feio.

  - Você entendeu e não me chama assim!

  - Tudo bem, pode fazer, Princesa— digo o apelido apenas para irritá-la e funciona, por que seu olhar é mortal.

  - Por que me chamou de Analu lá na livraria? – ela decide por me ignorar e perguntar. Mas sua pergunta me pega de surpresa.

  E eu estou constrangido demais para olhá-la então encaro as luzes dos letreiros das lojas a nossa volta. A verdade é que eu não pensei, só disse, como seu irmão e sua amiga fazem sempre, talvez eu quisesse ser próximo dela assim, mesmo que não devesse.

  - Foi sem querer, não faço outra vez – digo por fim e ela para de uma vez e segura meu braço direito com as duas mãos me fazendo parar também.

  Sua pele delicada e quente parece enviar ondas elétricas pelo meu corpo, como se sentisse o mesmo e se desse conta do que fez Anna Laura me larga tão de súbito como me segurou.

  - Não precisa parar! Pode me chamar assim, é como todos meus amigos me chamam. Só sou Anna Laura quando minha mãe está brava comigo.

  - Na faculdade todos te chamam de Anna Laura.

  - Na faculdade eu não tenho amigos – ela diz para minha surpresa desviando o rosto e voltando a andar.

  A sigo ainda absorvendo suas palavras.

  - Mas e...

  - Chagamos! – ela anuncia me cortando, provavelmente de propósito, mas não vou mentir que fiquei curioso sobre o que ela disse.

  Nós entramos e o dono, Sr. Telles, um senhor de meia idade, vem nos cumprimentar, ele sorri para Analu como se eles fossem realmente velhos amigos e acho graça. Por fim ele nos leva ao Jeep e a minha moto e eles estão como novos. O senhor avisa que o pai de Analu pagou tudo e que só precisamos levar os veículos, mais nada.

  Ela se debruça no banco de trás do Jeep a procura de sabe Deus o que e às vezes acho que ela faz de propósito, não é possível. Eu consigo ver sua bunda e suas pernas e apertadas na saia e faço um esforço para desviar o olhar mesmo que a vista estivesse ótima.

  - Aqui – ela se vira e para minha surpresa, me estende minha jaqueta. – Desculpa outra vez toda a confusão.

  - Tudo bem – pego a jaqueta e estou pensando se digo mais alguma coisa, mas sou interrompido pelo toque do celular dela.

  - Só um minuto – ela pede, se afasta e vai atender ao telefone. Eu aproveito e visto a jaqueta. Quando volta, Analu sorri. – Essa jaqueta realmente fica ótima em você e eu tenho que ir. Meu pai já estava preocupado. Nos vemos então, Sr. Bad Boy?

  - Nos vemos, Princesa – devolvo e ela revira os olhos, mas está sorrindo e mostrando suas covinhas ao entrar no Jeep.

  Vejo-a manobrar o carro e sair da oficina sem destruir nada o que acho um grande progresso então Analu acena antes de arrancar e ir. E é só quando subo na moto, que me lembro que ela levou meu moletom. Acabo sorrindo, no fim, acho que vai mesmo ter uma próxima.

  Coloco o capacete e subo na moto. Eu definitivamente estava com saudades da sensação de me sentir livre em cima da minha moto. Mesmo que só um pouco. Minha avó foi contra a moto no início, mas depois de um tempo onde eu e vovô não a deixamos em paz com a ideia ela cedeu, apenas pediu que eu tivesse cuidado. Ela vivia rindo e dizendo que se não me conhecesse e me visse na rua acharia facilmente que eu pertencia a alguma gangue. Moto e tatuagem? Essa era uma combinação interessante mesmo que nenhuma das duas tenha ligação.

  A moto foi por que na época era muito mais barata, principalmente caindo aos pedaços como ela estava. Eu levei meses – com a ajuda do meu avô – para consertá-la. Já a tatuagem eu fiz depois que meus avós morreram. Ela era apenas um jeito representar como eu me sentia, a vida toda, mas principalmente depois que fiquei sozinho.

  Cheguei em casa mais tarde do que deveria então me apressei em guardar a moto na garagem antes de correr até o outro lado da rua e bater na porta da Sr. Miller.

  - Desculpe o atraso – disse antes mesmo dela terminar de abrir a porta. A Sr. Miller sorriu e Tommy em seu colo também.

  - Papa! – ele deu um gritinho animado pronunciando a única palavra que sabia.

  - Oi campeão! Como você se comportou hoje? – perguntei pegando-o e beijando seus cabelos. Tommy tentou puxar os meus. – Como foi hoje Sra. Miller? – perguntei depois de afastar Tommy dos meus cabelos saindo ileso dessa vez.

  - Tudo ótimo como sempre. Hoje não conseguimos ir ao parque, mas amanhã vamos, não é Tommy? Dar um passeio? – ela olha para o bebê que sorri divertido para ela.

  - Sra. Miller sábado você vai ao clube, certo?

  - Sim, teremos um concurso de torta de maçã, acho que tenho chances. Por quê? Vai precisar que eu cuide de Tommy? Se esse for o caso posso cancelar – ela diz e tenho vontade de chorar. Essa senhora encantadora era toda a família que me restava.

  - Não precisa. Eu estou bem e sábado não vou trabalhar, mas aceito uma fatia de torta quando voltar com o primeiro lugar.

  - Você sabe que vai ter, não se preocupe – ela sorri e faço o mesmo vendo-a buscar a bolsa de Tommy. No fim não menti, afinal, sábado não vou trabalhar. Nem segunda, nem terça, nem dia nenhum depois de amanhã. Não na livraria, pelo menos.

  - Até a manhã então, Sra. Miller.

  - Até, Alex. Tchau, Tommy – ela acena e pego a mãozinha do Tommy e faço o mesmo, ele ri gostando da brincadeira.

  Eu aceno também antes de seguir para casa. Eu entro, coloco as bolsas no sofá, tiro os sapatos e a jaqueta e me sento com Tommy no tapete. As noites são nossos momentos. Eu converso com ele, nós vemos desenho e mesmo que eu saiba que ele ainda não me entende, eu conto sobre Lucy. Como a Sra. Miller dá o jantar a ele eu apenas brinco com Tommy até ele dormir e então vou fazer o que tiver que fazer, um trabalho da faculdade, lavar roupa, limpar a casa, dormir.

  Suspiro cansado só com a ideia. Estou deitado no tapete pensando na roupa que preciso lavar e Tommy está sentado em meu peito pulando animado enquanto me tira o ar.

  - Calma aí, Ok? Eu não sou uma cama elástica – comento e ele me olha curioso. – Você acredita que hoje eu tive um encontro com a Princesa outra vez? Isso mesmo ela veio e fez mais bagunça na vida do papai. Aposto que você ia gostar dela. Ela é linda, fala demais, tem ideias mirabolantes. Na verdade ela me lembra sua mãe, com a diferença de que a sua mãe não era tão louca quando Analu.

  - Hm – é como Tommy me responde e sorrio. Ele ainda não fala mais nada a não ser “Papa” e ele começou com isso semana passada. Para minha surpresa e da Sra. Miller.

  - Concordo plenamente com você rapazinho. Nada de mulheres loucas em nossa vida. Vai evitar mais problemas. Mas sabe o que é mais irônico? É que se sua mãe estivesse aqui, ela provavelmente estaria me provocando sobre Analu ou pior, me incentivando a falar com ela.

  Tommy me olhou curioso e eu me sentei levando-o comigo, o joguei para cima e fingi mordê-lo apenas para ouvir sua risada gostosa e me concentrar nela. Por que eu não queria pensar mais em nada. Principalmente na Princesa louca e desastrada que parecia estar em todos os lugares desde que, sem aviso, atropelou minha moto e se meteu na minha vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Comentem o que acharam, por favor!
Beijocas e até, Lelly ♥



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