Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 29
Para sempre.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Voooltei!
Quem me acompanha no insta (@autora.leticia.medeiros) sabe que esse capítulo era para ter saído antes, maaaaaaas foram tantos imprevistos hoje que sinceramente achei que não ia conseguir postar o capítulo kkkk
Mas felizmente deu tudo certo!
Espero que gostem do capítulo, BOA LEITURA!



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   Analu

 

  Eu me remexia nervosa no banco de madeira encarando Alex que parecia ainda mais nervoso que eu, mas nós tínhamos motivo, um grande e muito importante, o juiz mais adiante na sala sentado em uma cadeira imponente decidiria se Tommy seria oficialmente nosso.

  O dia de hoje tinha começado com todos, sem exceção, uma pilha de nervos, eu tentei aliviar o clima, mas não consegui, ninguém estava para brincadeiras, a não ser é claro o alvo de nossa aflição, Tommy estava se divertindo com todo mundo por perto.

  - Tio Nono! – meu bebê gritou animado quando meus pais, Noah e Drew apareceram na nossa porta hoje de manhã.

  - Incrível como ele só vê o Noah – meu pai reclamou e isso me fez rir aliviando o clima.

  - Você não devia ficar assim, é o segundo favorito, eu e Alex nem entramos nessa lista – comento divertida. Hoje não me importo com isso, por que no fim quando ele se cansa de brincar é o meu colo que quer para dormir.

  - Eu não fui nem cogitado – Drew diz se jogando no sofá.

  - Também não, Tommy tem que rever suas prioridades, a vovó devia ser sua favorita – mamãe reclama com o bebê que ainda está no colo do meu irmão.

  - Vovô! – Tommy exclamou olhando para papai e fazendo todos rirem.

  - Certo, desisto – mamãe reclamou indo para a cozinha.

  - Vem aqui, meu amor – papai chamou e ele e Noah recomeçaram a discussão interminável que sempre acontecia quando os dois queriam o bebê.

  Alex veio até mim e me abraçou vendo nossa família discutir e gritar – essa última era a mamãe da cozinha – Drew tinha dormido no sofá nesse meio tempo e eu sorri.

  - Sua família é demais, sério – meu namorado disse me olhando e toquei seu rosto num carinho. – Obrigado por estarem aqui.

  - Onde mais estariam? E é nossa família – digo e ele me olha surpreso. – O quê? Quando me pediu em namoro e aceitou que eu fosse mãe do Tommy eles vieram de brinde. Vão te amar e te irritar pra caramba, então esteja preparado. É para sempre.

  - Eai o que está acontecendo? – Noah perguntou com Tommy ainda no colo, aparentemente ninguém podia vencê-lo, nem mesmo papai.

  - Alex está aqui falando bobagem, estava explicando pra ele que quando me pediu em namoro e eu aceitei, ele se tornou parte da família e que o Tommy provavelmente fez parte da família bem antes disso.

  - Eu achei que ele tivesse entendido isso quando eu comecei a dormir no sofá de vocês quase todo dia – Noah comenta divertido fazendo todos rirem e Drew se remexer no sofá.

  Infelizmente o momento leve durou pouco por que pouco depois Ralf chegou nos lembrando o motivo de estarmos todos ali naquela manhã e a tensão voltou. Nem o café da manhã maravilhoso da mamãe – ela cozinhou muita comida, sinal que estava nervosa – conseguiu nos distrair.

  Depois disso só repassamos algumas coisas e seguimos para o tribunal.

  Mas não sem antes Ralf me lançar um olhar significativo, eu apenas assenti, não tinha contado a Alex sobre o que fiz no início da semana com Manu, não queria deixá-lo ainda mais nervoso ou talvez esperançoso demais como eu estava depois que mostrei o resultado daquela empreitada em particular a Ralf, ele só sorriu e disse que era por isso que tinha aceitado o caso, por que sabia que tínhamos tudo para ganhar, mas o fato de que Steven nos deu a galinha dos ovos de ouro era um bônus, aquele babaca! Ia adorar vê-lo perder o sorriso presunçoso.

  Quando chegamos lá não pude deixar de sorrir, todos estavam nos esperando, meus tios, meus avós – Rose tinha ido conosco -, meus primos, nossos amigos, a professora de Tommy, Tessa, era um batalhão pronto para nos defender e eu nunca poderia ser grata o suficiente a todos por isso.

  - Se no fim a gente precisar, eu ainda tenho a pá – é como Mason nos cumprimenta e esmago em abraço.

  - Obrigada.

  - É o meu trabalho como tio favorito.

  - Vai achando, eu sou o tio favorito do Tommy – Noah faz questão de retrucar e ele e Mason se olham feio durante uns dois segundos antes de começarem a rir.

  Eu sempre posso contar com meu caçulinha para aliviar o clima e o amo um pouco mais por isso.

  Nós estamos conversando – armando todo um plano de sumir com os corpos dos Peterson – quando os próprios aparecem. Estão os três e um homem de terno que não conheço e deve ser o advogado. Eles nos olham e o pai de Steven finalmente encara o meu, vejo quando Anthony Whitmore incorpora o magnata dos negócios, seu olhar frio é intimidante, papai assim como todos nós odeia as pessoas a nossa frente, Manu que está com Tommy no colo dá um passo para trás e Matt a abraça.

  - Whitmore – é como o pai de Steven cumprimenta o meu.

  - Peterson – papai diz de volta com toda a educação do mundo.

  - Quando meu filho disse que sua filha estava envolvida com toda essa história do meu neto fiquei surpreso.

  - Por que estaria? Essa audiência é de extrema importância para mim.

  - Não vejo como, o garoto não lhe diz respeito – o Sr. Peterson devolve olhando para Tommy, os meninos se movem ao mesmo tempo e num instante há uma barreira entre o bebê e os olhos do homem a nossa frente.

  Meu pai dá um passo em direção ao Sr. Peterson e ele é inteligente o suficiente para se afastar.

  - Não ouse dizer que meu neto não me diz respeito. E não diga que é avô de Tommy quando você nem o conhece. Você não é nada do meu neto, está ouvindo? Nada. E hoje vamos deixar isso claro – papai para de falar e ninguém diz nada, ninguém ousaria nem o Sr. Peterson, o homem parece prestes a explodir a julgar pelo rosto vermelho, mas não fala nada. Então meu pai o olha uma última vez. – E caso não tenha ficado claro, esse é o fim dos nossos negócios. Fique longe da minha família.

  - Você vai se arrepender disso, Whitmore! – o Sr. Peterson finalmente falou e papai riu de um jeito assustador, aquilo assustou o homem e isso me fez sorrir.

  - Eu? Duvido muito, não sou eu quem precisa de você, Peterson é você quem precisa de mim. Uma saída como a sua não vai afetar minha empresa.

  - Mas a nossa saída vai afetar a dele, mande logo esse homem à merda, Anthony! Temos mais o que fazer! – vô Henry gritou e todos o olhamos.

  - Henry Calvet! Pelo amor de Deus! – vovó Eva o repreendeu e todos rimos.

  - O quê? É só a verdade.  

  O Sr. Peterson encarou meu avô, abriu e fechou a boca, mas parecia tão chocado que não disse nada.

   - Henry Calvet? – foi Steven quem perguntou tão surpreso quanto o pai. – O que faz aqui?

  Vovô o encarou de cima abaixo depois olhou para mim e Alex.

  - É esse o idiota que está tentando levar o meu bisneto?

  - Vovô, não acho que seja a melhor ideia chamar os outros de idiota na porta de um tribunal, mas é esse mesmo - digo divertida e vejo Steven e a família tentando entender o que está acontecendo.

  - Bisneto? – é o Sr. Peterson quem pergunta depois de recobrar a voz. – Eu não entendo. Você é Henry Calvet, certo? O Magnata da construção.

  Vovô sorri, me olha e então indica os homens a nossa frente. Sorrio também, eu amo o senso de humor da minha família.

  - Eu não te contei, Steven? – pergunto divertida e ele e o pai me olham. - Henry Calvet é meu avô. Steven, vô Henry – os apresento e mamãe, vô Henry, Noah e Mason estão tentando segurar o riso, o resto tem mais civilidade que isso.   

  - Entende agora? – vovô pergunta calmamente. – É melhor você ouvir o Tony. Fique longe da nossa família, eu não tenho mais idade para ser tão civilizado quanto ele.

  E foi esse momento que Ralf e o advogado dos Peterson que tinham saído voltaram nos avisando que a audiência começaria em instantes. Nós nos esquecemos dos Peterson e nos concentramos no que estava prestes a acontecer. Quando Ralf nos chamou para entrar todos queriam ir, mas é claro que não caberia todo mundo na sala nem que ela fosse um salão de baile, então fomos eu, Alex, mamãe e papai. O resto esperaria do lado de fora e cuidaria de Tommy - o bebê tinha todo o batalhão a sua disposição – até serem chamados para falar.

  Ralf chegou a dizer que dependendo de como tudo corresse nem precisaríamos do depoimento de todos, era fácil ver que Tommy era muito amado por todos nós, essas foram palavras dele, não minhas, mas se ele – um quase desconhecido – conseguia ver o amor que cercava Tommy eu tinha esperanças que Julia, a assistente social, que tinha voltado mais uma vez na última semana tivesse visto o mesmo e, principalmente, que o juiz visse isso também.

  Eu repassava todos os acontecimentos do dia enquanto mexia a perna nervosamente sentada ao lado de papai e mamãe no banco atrás da pequena cerca de madeira que separava nós – e os pais de Steven –, dele, de Alex e dos advogados. Tecnicamente era Alex e Steven disputando a guarda de Tommy, como se fosse simples assim.

  O juiz já tinha feito um discurso, algumas perguntas, e algumas pessoas já tinham vindo discorrer sobre como era a convivência com Alex e Tommy.

  - É difícil encontrar alguém melhor para ser pai de Tommy que Alex. Eu vi esse garoto perder horas de sono, refeições e empregos por causa desse bebê e nunca, em momento algum, o deixou de amar com todo o coração. Lucy, a mãe de Tommy, estaria orgulhosa do nosso Alex do mesmo jeito que eu estou – dissera Rose e eu tive que segurar as lágrimas.

  - Eu nunca sequer questionei ou desconfiei que Tommy não fosse filho biológico de Alex – disse Mason com um sorriso. – É tanto amor que os cerca que você não questiona coisas pequenas como essas. Só se empenha em amá-los e ajudá-los como puder, por que é isso que amigos, não, que família faz.

  - Eu amei esse bebê no minuto em que o vi, mesmo que naquela ocasião estivesse irritado com outra coisa – papai comentou e sorri quando Alex me olhou, no dia em que ele conheceu Tommy também conheceu Alex e ninguém nem imagina o motivo de sua irritação. O pensamento me fez sorrir. – O amei por que minha filha o amava, mas depois o amei por que cada um dos sorrisos que ele me lançava conquistava um pouquinho mais meu coração. Tommy e Alex são parte da minha família, e é por isso que eu estou aqui hoje, para protegê-la. Para dizer o que eu vejo todo dia, o quão bom pai aquele garoto é, como ele faz o melhor que pode por Tommy sempre.

  - O garoto é seu neto mesmo que não tenha nenhuma ligação sanguínea com você, Sr. Whitmore? – o advogado de Steven perguntou e vi meu pai sorrir.

  - Há muitos anos minha esposa me ensinou uma coisa na qual acredito seriamente. Laços não são feitos apenas de sangue, eles são feitos de sentimentos, e eu amo Thomas como meu neto e nenhuma gota de sangue vai mudar isso.

  Os pais de Steven também foram chamados, eles falaram sobre querer ficar com o neto e ter esse direito, que queriam dar ao neto tudo o que pudessem. Mas em momento nenhum falaram sobre amar Tommy ou alguma coisa assim e no fim eles não tinham mais ninguém para chamar, para falar sobre como toda essa vontade de querer ficar Tommy era verdadeira, por que todos sabíamos que não era.

  Então Ralf me chamou, eu levantei com as pernas tremulas. Cumprimentei todos e respirei fundo antes de começar a falar.

  - Eu conheci Tommy por acaso. Acho que nunca disse isso a ninguém, que eu conheci o bebê antes de saber que ele era filho de Alex, ele estava com a bisavó, com Rose. Nós nos vimos em um parque e foi amor a primeira vista e eu não digo isso por que ele é o filho do meu namorado e nós convivemos muito. Digo isso por que amei Tommy antes mesmo de amar Alex. Fui mãe antes de ser namorada, por que eu nunca soube fazer distinção e meu bebê também não e sou grata todos os dias por Alex e Lucy me deixarem amar esse bebê.

  - E como você explica a relação de Thomas e do Sr. Harper? – o advogado de Steven me pergunta e penso por um segundo.

  - Como se explica o amor? – devolvo a pergunta. – Por que é isso que vejo quando os olhos. Amor. Sempre foi apenas amor. Alex é o pai mais apaixonado que conheço, é a pessoa que já se machucou tanto, mas nunca, nunca deixou de oferecer a todos um sorriso e um abraço. Alexander Harper é feito de amor e as pessoas que não conseguem ver isso estão muito erradas. Seu coração é enorme e praticamente todo de Tommy. Meu namorado foi pai de Tommy antes mesmo de ele nascer e não é um exame de DNA ou uma amostra de sangue que vai dizer o contrário, não para mim e, tenho certeza, não para Tommy.

  Quando levantei da cadeira para voltar ao meu lugar, estava tremendo.

  Olhei para Alex e vi que tinha os olhos marejados assim como os meus estavam. “Amo você” ele fez com os lábios e eu devolvi a declaração, “Também te amo” disse e segui para junto dos meus pais, mamãe nem disse nada quando eu me aproximei, só me abraçou.

  - Você foi ótima – murmurou baixinho em meu ouvido.

  Ralf chamou Steven para falar e o babaca discorreu sobre como gostaria de ficar com o filho, como o queria por perto, e faria o seu melhor para ser um bom pai – como se alguém acreditasse nisso -, mas não tocou na parte do assunto que eu, Alex e Ralf queríamos que ele falasse e, depois disso, o advogado de Steven chamou Alex.

  - Diga Sr. Harper, por que quer tanto a guarda do menor Thomas.

  - Por que ele é meu filho – Alex diz simplesmente e não mentiu nem por um minuto. – Por que prometi a Lucy que o amaria, que cuidaria dele e que seria seu pai. Mas não é só por causa da promessa que faço isso, é por que o amo. Minha família discorreu sobre o quanto o amo, minha namorada falou sobre isso e faço delas minhas palavras. Como se explica o amor? Como faço para dizer a vocês que faria o possível e o impossível por aquele bebê? Que ele foi por muito tempo minha única família? Que o amei no minuto em que soube que ele existia? Como se quer posso explicar que esse foi o último presente que minha melhor amiga me deixou quando morreu e eu vou cuidar dele e protegê-lo com tudo o que tenho? Independente do que algumas pessoas pensem, independente do que achem, independente de como me olhem, eu vou amar Tommy e lutar por ele todos os dias, para sempre. E é por isso que quero a guarda dele, para poder amá-lo para sempre sem me preocupar em ter meu filho tirado de mim.

  Quando meu namorado termina não consigo segurar as lágrimas por que posso sentir seu medo, seu amor e até mesmo sua frustração em suas palavras. Por que uma coisa é certa, como se quer podemos explicar como amamos alguém? Como nos sentimos? E é ainda mais difícil explicar o amor de um pai, de uma mãe. Esse amor não se mede, não se explica, só se sente.

  O advogado de Steven parece quase atordoado com as palavras, mas se recupera e sorri.

  - Mas apenas amá-lo não vai alimentar nem vestir o menor e muito menos lhe garantir um futuro. Soube que passou por dificuldades, como pretende cuidar de Thomas? Ao que parece é a Sra. Whitmore quem paga a creche para a criança.

  Alex hesita e por fim suspira. Tenho que segurar mamãe no banco por que ela parece prestes a avançar no advogado.

  - É verdade que tive tempos difíceis, éramos apenas eu e Tommy, não quis contar a minha avó nem aos meus amigos, não quis a pena deles. Mas doutor, se quer mesmo saber, eu consegui um bom emprego na empresa do seu sogro. E entendi na marra – ele sorri pra mim. – Que aceitar a ajuda de pessoas que te amam não é caridade, não é pena. Eu não sou rico, estou muito longe disso, mas tenho pessoas com as quais contar. Elisa paga a creche de Tommy por que insistiu, disse que era um presente para o neto. Tem dias que Anthony simplesmente o leva consigo para a empresa e passa o dia com ele, às vezes Noah aparece lá em casa e passa a tarde toda com o bebê ou o leva para a casa dos pais, meus amigos me ajudam, minha família está nisso comigo. E não é por que eu aceito essa ajuda que eu não vou fazer de tudo e mais um pouco por Tommy, eu estudo e trabalho para dar tudo o que puder a ele, mas a meu ver nada desse “tudo” vai importar se meu filho não estiver feliz, se não sorrir pra mim como a mãe dele fazia sempre. Eu não sei se respondi a sua pergunta então vou tentar outra vez, eu vou cuidar de Tommy como sempre fiz, dando tudo de mim.

  Dessa vez o advogado não consegue perguntar mais nada, não tem mais o que tentar distorcer, nem ele consegue fazer com que não percebam o amor de Alex por Tommy, o pensamento me faz sorrir, depois disso tudo talvez nem precisemos de Lucy, mas, pensando bem, é bom ela participar só para termos certeza que vai dar tudo certo.

  A audiência continua com mais perguntas e depoimentos e, finalmente, a meu ver, os advogados tinham chegado ao que eu achava ser o auge da discussão, por que era aqui que tinha entrado a afirmação que nós tanto queríamos ouvir saindo da boca de Steven ou do seu advogado.

  - O Sr. Peterson não se aproximou de Thomas por mais de um ano – Ralf disse e o advogado de Steven o olhou sério.

  - Meu cliente não sabia que o menor era seu filho. Ele não tinha motivos para interagir com ele já que a mãe da criança nunca lhe contou sobre a paternidade.

  - Se é assim posso chamar, mais uma vez, para depor o Sr. Peterson? – Ralf perguntou para a surpresa geral. As únicas pessoas que sabiam o que estava acontecendo eram eu, Alex e Ralf. Eu e Ralf ainda mais que Alex.

  O juiz permitiu e Steven foi outra vez para a cadeira de madeira alta, depois que se sentou Ralf o olhou, sério.

  - Sr. Peterson, seu advogado disse que não sabia da existência de Tommy, que não sabia que ele era seu filho, isso é verdade?

  - Sim – Steven diz hesitante, mas então parece se recuperar e sorri. – Exatamente, Lucy nunca me disse nada.

  - Pois bem – diz Ralf e então olha para o juiz. – Excelência, eu tenho aqui alguns papeis que dizem o contrário.

  É nesse momento que vejo o pânico nos olhos de Steven, nós pegamos o babaca.

  A coisa toda começou no dia em que eu e Alex vimos Steven na faculdade e eu voltei para casa morrendo de raiva quando me lembrei dos papeis e diários de Lucy que tinha achado no sótão em uma das minhas muitas faxinas. Lá tinham muitas coisas sobre a vida da loira e eu me senti invadindo sua privacidade quando li, mas o fiz assim mesmo, era por Tommy então imaginei que ela não se importaria. Eu tinha certeza que Lucy tinha alguma coisa a dizer sobre tudo isso e estava certa.

  Quando vi a afirmação escrita com uma caligrafia apressada e sublinhada varias vezes no que pareciam traços feitos com raiva eu soube que Steven Peterson era um babaca de marca maior e precisávamos mostrar isso a todos.

  “[...] Acabei de voltar da faculdade e tive a certeza que Steven é um cretino. Eu o procurei, não disse nada ao Alex por que sabia que ele ficaria irritado e muito menos aos meus pais por que não quero nem por um instante que eles pensem que o bebê é de Steven, eu não suportaria que aquela família colocasse as mãos no meu filho.

  Eu disse a ele que o filho era seu, disse a Steven com todas as letras: ‘O BEBÊ É SEU FILHO!’

  Ele simplesmente riu, deu dois passos para trás e me disse com todas as letras que não queria um filho, e que provavelmente eu estava mentindo. Ele teve coragem de rir e perguntar ‘Mas aquele idiota do Harper já não o assumiu? Eu não tenho nada com isso’, assim, com essas palavras, e depois simplesmente virou as costas e me deixou ali.

  É por isso que depois de hoje eu nunca mais vou tocar no assunto.

  Eu nunca devia ter ido até lá. Meu bebê é filho de Alex e ninguém mais.

  É assim que termina a folha do diário, depois de Lucy dizer que tinha sim, dito tudo a Steven e que ele como o babaca que é não quis saber de nenhum dos dois, ela ainda fez questão de deixar claro quem era o pai do seu bebê. Quem é o pai de Tommy. E eu soube, no dia em que encontrei isso que tínhamos algumas coisinhas a perguntar a Steven, já que ele gostava tanto de dizer a quem quisesse ouvir que, até poucas semanas atrás, não sabia que Tommy tinha seu DNA, por que seu filho ele nunca foi e nem nunca vai ser. 

  Quando terminou de ler, Ralf entregou a folha ao juiz.

  - Protesto! – disse o advogado de Steven parecendo atordoado. – Não tem como atestar a veracidade desse registro.

  - Não seja por isso – Ralf sorri. – Tenho aqui comigo outros documentos e papeis assinados por Lucy para comprovar que é tudo autentico.

  - Isso pode ter sido forjado – o advogado de Steven insiste e Ralf tira outra coisa de sua pasta, o seu celular.

  - Excelência, se as palavras de Lucy não servem, posso mostrar as palavras do Sr. Peterson?

  - Como é!? – Steven pergunta surpreso, mas é ignorado, seu advogado parece quase em pânico agora.

  - Por favor, vá em frente – pede o juiz e Ralf da play na gravação.

  - Steven, nós podemos conversar?— quando minha voz soa através do áudio eu sou quase que transportada a essa conversa no início da semana.

  Essa foi a ideia mirabolante, foi nisso que Manu me ajudou.

  Eu sabia que podia dar errado e ele não falar comigo, sabia ainda que talvez nem pudéssemos usar algo como isso, mas eu precisava tentar. Depois que li o diário de Lucy eu soube que ela tinha dito a Steven sobre Tommy, mas ele insiste em dizer por ai que não sabia de nada e minha missão é justamente fazer ele confessar com todas as letras que sabia de tudo.

  Respiro fundo, ligo o gravador do celular, ponho na bolsa e torço para ser o suficiente e que dê para ouvir claramente. Depois de me despedir de Manu sai atrás de Steven e quando o vi senti a raiva queimar em mim com tanta vontade que fiquei surpresa em abordá-lo e conseguir sorrir falsamente.

  - Steven, nós podemos conversar? – perguntei tentando manter a calma.

  - Achei que não quisesse mais falar comigo.

  - Até não queria, mas nós precisamos dessa conversa. Por que você simplesmente não admite de uma vez que não quer Tommy e deixa isso pra lá, deixa a gente em paz?

  - Como é? Sinto muito Analu, mas isso não vai acontecer, já disse, o que um Peterson quer, ele consegue.

  - Mas nós dois sabemos que você não quer Tommy, não é? – pergunto e ele hesita por um instante.

  - Você não sabe do que está falando.

  - Eu sei e você sabe disso. Você não quer Tommy agora, do mesmo jeito que não o quis quando Lucy te contou sobre ele.

  - Como é!? – ele exclama, mas depois se recompõe e sorri. – Você está ficando louca. Lucy nunca me disse nada sobre ele. Nada, está me ouvindo? Nada.

  - Vamos Steven, pra cima de mim, sério? Eu sei que Lucy te falou, eu sei que você simplesmente fingiu que nada tinha acontecido, eu sei que – você é um babaca, é como eu quis completar, mas se fossemos mesmo usar o áudio era bom eu evitar xingá-lo. – Você sabe sobre Tommy, sempre soube, mas por algum motivo só apareceu agora para sabe-se Deus o que.

  - Você quer mesmo saber? – ele sorri ironicamente olhando em volta, estamos em uma parte do jardim onde não tem mais ninguém. – Ela me disse sim, Ok? Eu sabia sobre o pirralho, sempre soube. Mas eu não queria e ainda não quero uma criança? Pra quê? Lucy e o pirralho sempre tiveram o idiota do Harper, eu nunca precisei ter nada com isso. Pelo menos não até os pais de Lucy virem questionar sobre isso, aqueles velhos insuportáveis, então meu pai soube e disse que era meu filho então tínhamos que ter o bebê.

  - Você é um babaca mesmo – foi tudo o que eu disse antes de lhe dar um tapa com tanta força que meus dedos ficaram doendo.

  Quando a gravação se encerrou eu agradeci a Deus pela tecnologia e o fato de além de poder gravar tudo isso para mostrar a todos eu pude tirar o final, então não tem a parte em que eu o chamo de babaca nem o som do tapa que ecoou tão alto que me surpreendeu.

  - Sua vaca! Sua vaca imunda! – Steven berra pra mim assim que a gravação acaba e o silêncio se instala, acho que ele simplesmente se esqueceu de onde está. – Você não tinha esse direito!

  - Não tinha é!? Você pode mentir e ficar por isso mesmo? Vai sonhando! Eu faria tudo de novo!

  - A parte em que você me bateu você cortou, certo? – ele perguntou e eu ri.

  - Se esse é o problema eu digo a todos, não tenho problemas em dizer que dei um tapão na cara de Steven Peterson por ser um babaca cretino e mentiroso! Fiz isso tudo pelo meu filho e faria mais uma vez!

  - Srta. Whitmore, por favor, queira se retirar – o juiz pede e estou tão surpresa que estou rindo. – Srta. Whitmore, por favor.

  - Tudo bem, eu saio – digo olhando para o juiz. – Mas que fique claro que a mentirosa hipócrita aqui não sou eu.

  Então olho para Alex e para minha surpresa ele está sorrindo, só consigo fazer com os lábios “Desculpa” antes dos guardas abrirem a porta pra mim, indicando que eu devia sair logo antes que eles resolvessem me ajudar com a tarefa.

  Quando cheguei ao corredor todos me olharam.

  - Então, o que aconteceu? – tia Lena perguntou e sorri.

  - Eu discuti com Steven e me expulsaram de lá – comento fazendo todos rirem e assim que ouve minha voz, Tommy que estava no colo de vó Cassy se estica na minha direção, o pego. – Oi meu amor, não precisa se preocupar, Ok? O papai vai cuidar de tudo.

  Ainda estou ninando Tommy e tentando acompanhar todas as perguntas que me fazem quando vejo os pais de Lucy e as vozes de todos se perdem, quando eles entram na sala de onde me expulsaram eu fico me perguntando se vieram ajudar ou atrapalhar.

  Espero realmente que seja a primeira opção.

 

~X~

 

  Alex

 

  Eu mais uma vez tinha sido arrastado e levado pelo furacão Anna Laura Whitmore.

  Nós tínhamos conversado sobre o diário de Lucy e sobre como ela tinha contado ao Peterson sobre Tommy e ele tinha descartado os dois como se fossem nada – aquele desgraçado! – e íamos usar isso. Mas agora uma gravação? Ele admitindo com todas as letras que não queria Tommy, que nunca quis e que sabia de tudo? Isso era bom demais.

  Sorri sem conseguir me conter ouvindo minha namorada discutir com o babaca em questão, ela era simplesmente maravilhosa. Quando o juiz pediu que saísse ela olhou para mim e se desculpou e eu não vi motivos para isso, ela como sempre, tinha feito tudo.

  Quando a porta se fechou atrás da garota de olhos verdes Steven se virou para o juiz.

  - Excelência, por favor, isso foi...

  - Sr. Peterson – seu advogado o advertiu e ele se calou. - Dr. Simmons mais alguma pergunta ao meu cliente?

  - Não, obrigado – Ralf responde impassível voltando para o meu lado e eu chego à conclusão que não serviria como advogado por que não ia conseguir disfarçar o sorriso de deboche como sei que estou sorrindo exatamente agora.

  - Por que não me contaram sobre isso? – murmurei para ele e Ralf nem me olhou, mas sussurrou de volta.

  - Foi ideia da Analu – é tudo o que ele diz antes de voltarmos nossa atenção para o juiz.

  - Diante dos fatos eu acredito que já tenha uma decisão – o juiz diz e só então Ralf me olha sorrindo, seu sorriso é mais que o suficiente para eu respirar aliviado.

  - Antes de encerrar, Excelência, eu gostaria de chamar mais alguém para falar – o advogado de Steven fala e Ralf e eu nos entreolhamos, isso não é uma boa ideia.

  - Como queira – o juiz dá a permissão e quando a porta se abre tenho vontade de xingar. São os pais de Lucy e eles me odeiam, isso não vai terminar bem.      

  - Sra. Reynalds, pode me acompanhar? – o advogado chama a mulher que por algum tempo foi como uma mãe pra mim e ela assente indo até a cadeira ao lado do juiz. Ela tem algumas folhas nas mãos e parece nervosa.

  O Sr. Reynalds segue para trás da pequena cerca de madeira, mas não se senta nem perto dos pais de Steven nem dos de Analu. Ele segue para o fundo e se senta em silêncio quase encolhido parecendo envergonhado de estar ali.

  - Sra. Reynalds pode me dizer por que disse ao meu cliente, o Sr. Peterson, que Thomas era seu filho?

  - Por que achei que estava fazendo o certo – a voz da mulher mal passa de um sussurro e ela olha para as próprias mãos.

  - O certo em qual sentido? O melhor para o seu neto, certo? – o advogado insiste e cerro os punhos, é agora que ela diz que eu matei sua filha por apoiá-la na gravidez.

  - Me desculpa – quando a Sra. Reynalds finalmente levanta o rosto ela olha diretamente para mim, isso me pega de surpresa. – Me desculpa. Eu finalmente entendi. Eu e meu marido fomos até Steven acreditando que isso era o melhor, acreditando que estávamos de fato fazendo o melhor para o nosso neto, estávamos tão cegos de raiva que nunca entendemos que se Lucy deixou Thomas com Alex foi por algum motivo. Se ela o deu a ele devia ter uma razão. Eu vim aqui hoje para dizer que queria que Thomas ficasse com Steven, mas não posso fazer algo como isso e ainda me considerar sua avó. Não posso ir contra o último desejo da minha filha, não quando vi os pais de Anna Laura na entrada do tribunal defendendo meu neto tão fervorosamente. Eles são mais avós de Tommy do que eu e sei que a culpa é minha, então vou fazer o melhor para meu neto mesmo que o pai dele, que Alex, não nos deixe mais vê-lo.

  - Sra. Reynalds? – o advogado de Steven perguntou parecendo em pânico.

  - Eu conheço Alex desde que ele tinha três anos, sabe? – a mulher pergunta ignorando o advogado e sorri para mim como costumava fazer, eu estou tão surpreso que não sei nem o que pensar. – E depois que descobri o que seu pai fazia com ele, o defendia como podia. Ele sempre foi um garoto incrível, com um coração enorme, apesar de tudo que lhe aconteceu e sou eternamente grata a ele por ter ficado ao lado de Lucy nos últimos meses, por ter aguentado todas as barbaridades que lhe dissemos, que eu lhe disse. Me desculpe – murmura mais uma vez, ela está chorando. – Eu disse tudo isso apenas para dizer que apesar de tudo, e foi muita coisa, só quem conhece toda a história sabe. Alex nunca levantou a voz contra nós, nunca discutiu, só aceitou tudo em silêncio e fez o que eu não consegui, amou minha filha e meu neto com todo o coração. Então Excelência eu estou aqui hoje para dizer, pedir e implorar se for necessário, não tirem meu neto dos braços do pai, dos braços de Alex, por que ele pode não ser o pai biológico de Tommy, mas é o verdadeiro.

  Estávamos todos em silêncio e ninguém sabia o que dizer, o advogado de Steven estava chocado e eu surpreso, a Sra. Reynads finalmente tinha entendido o que Lucy quis lhe dizer o que eu tentei explicar? Que Tommy nunca foi o problema, ele sempre foi amor.

  - Mais alguma pergunta para a Sra. Reynolds? – o juiz perguntou e o advogado de Steven nem se deu ao trabalho de responder, só voltou ao seu lugar. Ralf ficou de pé.

  - Eu tenho – ele disse e olhou para a mulher que estava com os olhos vermelhos. – Por que mudou de ideia quanto ao seu depoimento, Sra. Reynolds?

  - Por que eu queria consertar todo o estrago que fiz. Por que Alex é um pouco meu filho e eu me esqueci disso no último ano. Por que machuquei muitas pessoas com essas ações impensadas. E aqui está – ela estende os papeis que tem nas mãos a Ralf. - Eu não sei a quem devo entregar, é uma carta, não sei se é valida como documento, mas é o desejo de Lucy de Tommy ficar com Alex, a encontrei em suas coisas há alguns dias. Aqui ela deixa registrado que se algo lhe acontecer Thomas é de Alex e mais ninguém. Nem meu, nem do seu pai, muito menos de Steven, Tommy é filho de Alex.

  - Você pode ir, Sra. Reynalds, obrigado – Ralf diz olhando os papeis, seu sorriso me deixa mais calmo, vejo a mãe de Lucy seguir até onde está o Sr. Reynolds.

  Ralf entrega os papeis ao juiz e em seguida ele pede um intervalo para em seguida nos dar o resultado. Todos temos que sair da sala.

  Quando chego ao corredor sou recebido por um abraço de Analu, eu realmente amo essa mulher.

  - Eai, como foi? O que os pais de Lucy disseram? Você está bem? – ela despeja as perguntas e sorrio.

  - Ela... Eu... Nem sei como explicar – digo sinceramente.

  - Foi muito ruim?

  - Não! Pelo contrário. Ela disse a todo mundo que o Tommy tinha que ficar comigo, Analu, ela entregou uma carta da Lucy ao juiz onde ela dizia que se algo acontecesse a ela o Tommy era meu.

  - Ai meu Deus! Isso vale como documento?

  - Depois de tudo o que o Steven disse na gravação e do depoimento de todos? – Ralf pergunta parando ao nosso lado. – O juiz vai levar em conta. E se querem saber a minha opinião ele já tinha tomado uma decisão depois da gravação e da discussão da Analu com o Steven, a fala da Sra. Reynalds e a carta de Lucy só vai confirmar tudo.

  - Então a gente não vai precisar da pá, certeza? – Mason pergunta e todos rimos aliviando o clima.

  - Você sua puta, não tinha o direito de ter feito aquela gravação! – Steven berra no meio do corredor avançando em direção a Analu e meu sangue ferve, mas não tenho tempo de fazer o que tento quero por que o punho de Drew atinge o rosto de Steven antes que alguém possa dizer alguma coisa.

  - Se você se quer olhar para a minha irmã outra vez eu acabo com você! – meu cunhado cospe as palavras e Caleb e Matt o seguram no lugar.

  - Se eu fosse você pensava um pouco, nós somos muitos e você só um – Analu sorri para Steven que limpa o sangue que escorre do nariz. – E só para deixar claro uma coisa, eu não tenho medo de você, babaca.

  - Agora vem, Drew. Esse babaca não vale uma ficha na polícia – minha namorada diz ao irmão num tom que não deixa recusa, quase ouço Drew rosnar, mas ele assente e nos afastamos.

  Mesmo depois de toda uma conversa sobre como descartaríamos o corpo de Steven parece que nenhum minuto se passou.

  - Ah essa espera está me matando! – Elisa reclama e todo mundo concorda, ninguém aguenta mais esperar.

  Tommy que voltou ao colo de Noah é o único que não está uma pilha de nervos. Ele e o tio estão brincando em um dos bancos do corredor com as panelinhas do bebê, Maddie e Becca fazem companhia aos dois e eles estão em uma discussão sobre poder ou não servir sushi em uma churrascaria.

  Quando o recesso que durou pouco mais de quinze minutos – que mais pareceram anos – acaba, estou em pânico. Minha namorada barraqueira ainda não pode voltar para a sala então vou com os pais dela e Rose, minha avó merece estar comigo nesse momento. Os pais de Lucy esperam no corredor com os outros. Dou um último beijo em Tommy e outro em Analu antes de seguir para dentro da sala outra vez.

  Nós nos sentamos e só depois de um silêncio sepulcral é que o juiz começa a falar.

  - Eu sempre tento tomar a melhor decisão em casos como esse por que tudo o que prezo é o bem estar do menor envolvido. E, diante dos depoimentos, das provas apresentadas e do relato da assistente social não tenho dúvidas que o menor Thomas Alexander Harper estará melhor sob a guarda definitiva de Alexander James Haper – o juiz encerrou sua fala, bateu o martelo e só então eu consegui soltar a respiração que nem sabia estar prendendo.

  Ele é meu.

  Ele é meu.

  Tommy é oficialmente meu! É tudo o que o meu cérebro gritava em êxtase, quando dei por mim estava chorando.

  Nós saímos, Steven gritou e esperneou, mas a verdade é que ninguém estava ouvindo ou prestando atenção, a festa, a alegria a felicidade que estávamos sentindo era quase palpável, e eu seria eternamente grato a todos que estavam ali por isso.

  - Não te disse, Tommy? Papai cuidou de tudo – Analu sorri pra mim com nosso filho no colo. – Nós vamos cuidar de você junto com a mamãe Lucy para sempre, isso eu te prometo.

  - Obrigado, Lucy – digo a minha amiga num sussurro por que sem ela não teria sido tão fácil. Analu me olha e estamos sorrindo outra vez.

  - Oh casal! Vamos logo, eu estou com fome! – Drew nos chama e sorrio um pouco mais saindo dali com Tommy sendo oficialmente meu filho e seguindo em direção ao resto na nossa vida.

  - Vamos? – chama Analu e faço que sim.

  - Vamos.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Quero opiniões, vocês sabem que odeio falar sozinha, comentem, por favor!
O que vocês acham que vai acontecer agora? E quero saber, quem está preparado para o fim do livro? Por que sim, estamos na reta final da história da nossa princesa guerreira...
Espero mesmo que tenham gostado!
Beijocas e até, Lelly ♥



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