Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 23
Uma noite inesquecível.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, vooooltei!
Despois de uma semana sumida como se nada tivesse acontecido kkkk
Gente eu tive um bloqueio criativo horrível, foi quase uma crise existencial no que se refere a esse livro por que eu não sabia COMO seguir com a história, foi horrível, não recomendo...
E, depois de toda essa saga, o capítulo finalmente saiu e, como vocês sabem que só faço notinha no início do capítulo quando a coisa é seria, eu espero meeesmo que gostem e achem fofo ou no mínimo que não tenha ficado horrível, por que esse - definitivamente - é um desses capítulos que quase excluí no surto, então espero que gostem!
Desculpa a falação e vamos ao capítulo!
BOA LEITURA :D



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  Analu

 

  Quase um mês depois da súbita aparição do pai de Alex e meu namorado ainda falava pouco sobre o assunto, mas eu não o julgava, não quando o pai dele era um grande babaca. Quando Alex me contou toda a história fiquei surpresa, chocada e acima de tudo, com raiva, como ele pôde? Como conseguiu machucar uma criança assim? Como conseguiu machucar Alex assim? Talvez por ter tido mamãe e papai comigo sempre e todo o amor do mundo, eu não conseguia nem imaginar como ele está se sentindo. E agora eu entendo o que quis dizer sobre seu pai ter morrido junto com sua mãe. Mas ainda assim, era doloroso demais.

  Desisti de remoer essas coisas e olhei para o meu computador suspirando, minha planilha não ia se fazer sozinha, mas eu também não estava afim de terminá-la. Olhei para a minha nova sala que meu pai tinha mandado construir em seu andar, era menor que a do meu pai, com uma janela enorme, sofás azuis e um tapete felpudo e vermelho onde Tommy brincava quando eu o trazia comigo. Mamãe adorou a decoração colorida e papai disse que nem ia falar a respeito, tinha fotos nas pares, dos meus pais, meus irmãos, Manu, Tommy e uma minha, de Tommy e Alex em cima da minha mesa, eu já tinha escutado muitas provocação por causa disso.

  Desisti do notebook, o fechei e fui deitar no sofá maior, foi só fechar os olhos que ouvi a voz de Manu e gemi.

  - Estou entrando – minha amiga avisou e a ouvi abrir a porta ainda de olhos fechados. – Está fazendo o que aí?

  - Descansando os olhos, ou pelo menos estava – reclamei os abrindo para vê-la parada ao meu lado. Minha amiga sorriu e se sentou no outro sofá, eu continuei deitada. – O que foi agora? Mais problemas?

  - Nossa, eu só trago notícia ruim por acaso?

  - As últimas não foram das melhores – disse e a vi sorrir.

  - Pois essas são ótimas, sem mais reuniões ou telefonemas, seu pai até já foi, ele só pediu para você receber uma última entrega, terminar a planilha que estava fazendo e está liberada.  Eu mesma já vou se você não precisar mais de mim.

  - Sério? – perguntei me sentando e ela fez que sim.

  - Sério.

  - Então só pelas ótimas noticias pode ir namorar, eu vou só terminar meu trabalho e ir fazer o mesmo.

  - Amo que você seja minha chefe – ela disse me abraçando e eu ri. – E eu posso pedir o seu carro emprestado?

  - Como é? – perguntei depois que nos separamos ela sorriu inocente.

  - Eu e Matt queríamos ir a um encontro, mas os dois vivem de carona então pensei que você pudesse quebrar esse galho.

  - E eu volto pra casa como?

  - Primeiro que você provavelmente nem vai pra casa e segundo que seu namorado está só alguns andares aqui abaixo e com a moto dele pronto para te dar carona, por que eu sei que hoje você não deu carona pra ele por que estava na casa da tia Lisa e deu carona pra mim – Manu termina de enumerar sorrindo e a olho feio, o problema de discutir com sua melhor amiga que também é sua secretária é que ela sabe toda a sua vida.

  - Então não tenho escolha?

  - Até tem, mas podia escolher fazer sua amiga que te ama feliz – ela comenta me fazendo rir e fico de pé. Vou até minha bolsa, pego a chave e jogo pra ela que a pega no ar. – Amo você, obrigada!

  - De nada e, por favor, não transem dentro do meu carro!  - digo quando ela começa a sair da sala.

  - Não prometo nada! – ela grita de volta já perto da sua mesa me fazendo rir.  

  Depois disso Manu pegou suas coisas, se despediu e foi embora e não demorou muito para que eu terminasse a planilha, só faltava receber a tal encomenda e poderia ir. Eu sai da minha sala só para ter certeza que era a única que tinha restado no andar, voltei para minha sala e, estando sem o que fazer – o que era novidade -, eu comecei a organizar tudo o que não me rendeu muita coisa pra fazer já que eu mesma limpava minha sala quase todo dia, isso fora que o pessoal da limpeza fazia o mesmo.

  Quando bateram na porta eu estava batendo as almofadas pela milésima vez.

  - Pode entrar.

  - Entrega – disse uma voz que eu conhecia muito bem. Quando Alex entrou na minha sala eu sorri, ele tinha uma sacola de papel nas mãos. – É para uma certa Princesa.

  - O que você está fazendo aqui?

  - Entrega – ele respondeu divertido balançando de leve a sacola.

  - Eu estou falando sério.

  - Eu também. Já terminei o que tinha para fazer então resolvi fazer uma entrega.

  - Algum motivo especial? – pergunto me aproximando tentando alcançar a sacola, Alex a tira do lugar e me puxa para si com a mão livre, sorrio com movimento.

  - Não, eu só me lembrei que já devia ter entregado isso a você há muito tempo.

  - Agora fiquei curiosa. O que é? – pergunto e ele me da um selinho sorrindo antes de se afastar e me entregar à sacola.

  - Espero que goste e que não tenha comprado outro nesse meio tempo.

  Abro a sacola e me surpreendo com o seu conteúdo.

  - Não acredito! É o mesmo? O daquela vez? – pergunto sorrindo como boba e Alex faz que sim. Pego o livro e sorrio um pouco mais ao ver a edição de luxo de “O Pequeno Príncipe” que causou a enorme confusão na segunda vez em que nos vimos. – Você guardou o livro?

  - No início sim, mas depois o comprei para dá-lo a você quando cuidou do Tommy pela primeira vez, mas acabei esquecendo por que teve a festa do Matt, o beijo e mais um monte de coisa depois. Então depois de mais de cinco meses acho que devia finalmente dá-lo a você.

  - Eu amei! – disse sinceramente pulando em seu pescoço para abraçá-lo, Alex me apertou de volta. – E não, eu não comprei outro, queria essa edição e depois fiquei com vergonha de ir à livraria e não a encontrei mais em lugar nenhum.

  - Vergonha? – ele perguntou divertido beijando meu pescoço. – Por quê?

  - Teve uma... – perdi o fio do que eu dizia enquanto aproveitava as sensações que seus lábios em minha pele me causavam.

  - Uma?

  - Uma confusão com um vendedor de lá, sabe? Um boato sobre eu e ele estarmos rolando no chão – disse e o senti rir na pele sensível do meu pescoço a sensação acendeu tudo em mim.

  Soltei a sacola com o livro no sofá e puxei-o para mim, para poder beijá-lo e assim o fiz. Quando as mãos quentes de Alex tocaram a pele nua das minhas costas por sob a camisa que eu usava ele parou, tirou as mãos e deu um passo para trás ofegante, eu fiquei olhando-o enquanto também ofegava.

  - O que foi? – consegui sussurrar. Alex sorriu pra mim, os lábios vermelhos e os olhos brilhantes, estava lindo, se eu estivesse igual, éramos uma visão e tanto.

  - Eu tinha que parar antes que não conseguisse mais. E nós estamos na sua sala, acho que não devíamos fazer isso aqui, seu pai pode aparecer.

  - Meu pai já foi, a sala é minha e eu não ligo e, particularmente, acho que você podia ter continuado – digo sem hesitar. Dessa vez eu realmente queria isso, então não ia fingir que não. Eu nunca fui boa em fingir.

  - Podia? – Alex parece surpreso e isso me faz sorrir. Desde o início eu havia pedido para ele ir com calma e assim foi, nós ainda não havíamos ultrapassado a linha e feito sexo, mas ele não parecia muito incomodado com isso, não quando nós tínhamos momentos como os de agora a pouco.

  - Bem, agora eu não sei mais – dei de ombros fingindo desinteresse. Alex riu e veio até mim, beijar minha testa, eu amava quando ele fazia isso.

  - Então que tal assim, eu te levo a um lugar enquanto você pensa no assunto? – ele perguntou e fiquei sem entender.

  - Como?

  - Estou pergunto, Princesa se quer ir a um encontro comigo.

  - Agora?

  - Agora.

  - E Tommy?

  - Sua mãe já o buscou junto com Noah, a essa altura nosso filho está sendo disputado pela sua família lá na casa dos seus pais – ele sorri e sorrio também, por que consigo imaginar a cena.

  - Então seremos só nós dois em um encontro? – pergunto com expectativa e ele faz que sim.

  - O que acha?

  - Perfeito! Mas preciso de um minuto para retocar o batom e arrumar o cabelo. E, se eu fosse você faria o mesmo, por que está com o rosto todo manchado de batom – digo divertida e Alex revira os olhos, mas está sorrindo também.

  Nós conseguimos sair depois de eu guardar meu livro lindo, como não sei aonde vamos, não quero correr o risco de estragá-lo, quando saímos, o andar está completamente vazio, é estranho não ter ninguém, papai e Kelsy, às vezes, parecem morar aqui. Ainda há gente passando pra lá e para cá, mesmo sendo sexta-feira e quase 19h da noite. Quando alcançamos a moto de Alex e ele me dá um capacete e sorrio como boba.

  - A Manu sabia de tudo, não sabia? – pergunto depois que ele coloca o capacete e depois sorri pra mim.

  - Sabia, por isso pedi que ela levasse o Blu e te fizesse me esperar.

  - Droga não dá nem pra ficar com raiva de vocês – reclamo colocando meu próprio capacete e me juntando a ele na moto.

  Sempre que eu andava com o Alex me sentia livre e feliz, mamãe tinha horror à moto, mas eu amava a sensação e sabia por que meu namorado gostava tanto dela. O abracei e deixei que ele me levasse a onde quisesse, por que com ele eu iria a qualquer lugar. Senti o vento no rosto e vi as luzes do início da noite, eu não conhecia o caminho que seguíamos, mas aproveitei a vista.

  Quando estacionamos eu desci primeiro e Alex logo em seguida, eu olhei em volta, mas não tinha ideia de onde estávamos, era um estacionamento com alguns carros que parecia até bem cheio, mas que não pareciam ter nada perto além da estrada pela qual viemos e umas casas com luzes brilhantes mais adiante.

  - Onde estamos? – perguntei e Alex ao invés de me responde me beijou e depois segurou a minha mão e começou a me puxar em direção às luzes.

  - Vem, você vai ver.

  Quando fomos nos aproximando, me surpreendi, não eram casas, eram trailers e lojas de comidas, um pátio inteiro decorado com luzes, mesas de madeira e varias barraquinhas e lojas com os mais variados tipos de comidas, de saladas à churrascos passando por massas e sushi. Eu estava encantada.

  - E então, gostou? – Alex perguntou com expectativa e eu sorri.

  - É lindo! Eu amei. Como você descobriu esse lugar? – quis saber olhando em volta, apesar de parecer ser no meio do nada, tinha bastante gente nas mesas. Nós encontramos uma mesa e nos sentamos também.

  - Foi por acaso, depois que a gravidez da Lucy se tornou de risco, tinha dias que eu não conseguia só ficar olhando para ela sem poder fazer nada, num desses dias eu peguei a moto e fui dirigindo sem rumo até que cheguei aqui por acaso. O lugar era lindo e além de ter uma comida maravilha eu podia só escolher uma mesa e ficar na companhia dos meus pensamentos e me acalmar. E era o que eu fazia, sempre que precisava pensar e ficar sozinho vinha pra cá.

  - Me sinto honrada por ter sido trazida até aqui então – digo com sinceridade e ele sorri. – Eu realmente amei, um encontro especial como os dos livros que leio. Se você continuar sendo fofo assim vou me apaixonar por você outra vez e você não vai conseguir se livrar de mim.

  - Se é assim, acho que vou continuar – ele sorri antes de se inclinar por sobre a mesa para me beijar.

  Como a pessoa que sou decido que um prato só não é suficiente, tenho que provar pelo menos uns três. Alex vai na onda e nós pedimos uma enorme variedade, ele que já tinha vindo aqui me diz quais os pratos mais gostosos e quero provar todos. Estamos nos divertindo e comendo e, eu me sinto realmente feliz, não há outro lugar que eu quisesse estar.

  - Tommy ia adorar o purê de batatas e a carne – digo depois de mais uma fatia.

  - Ele ia adorar tudo – Alex comenta divertido me fazendo rir e é verdade, Tommy é do tipo que não dispensa comida, seja ela qual for.

  - Com certeza.

  - Melhor irmos – Alex diz depois de um tempo. Ele aponta o céu com nuvens escuras. – Daqui a pouco começa a chover e nós dois de moto na chuva não vai acontecer de jeito nenhum. É perigoso.

  - Por causa da minha mãe ou da chuva? – pergunto divertida quando ficamos de pé e começamos a recolher o lixo da mesa.

  - Sendo sincero? Acho que sua mãe me assusta mais que a chuva – meu namorado responde me fazendo rir. Mas é verdade que se mamãe descobre que estávamos andando de moto na chuva nos mata.

  Nós terminamos com o lixo e seguimos para a moto, e a noite está tão linda que mesmo que chovesse eu não me importaria. Quando alcançamos a moto ao invés de subir, Alex se encosta nela e me puxa para si e me beija.

  É um beijo como o que aconteceu na minha sala mais cedo, ele é lento, Alex parece tocar em cada pequeno lugar que consegue nas minhas costas para me causar arrepios e fazer suspirar e derreter em seus braços. Eu quero mais e é só por isso que o puxo para mais perto, estamos colados um no outro e não é o suficiente. Então Alex interrompe o beijo mais uma vez, está vermelho e arfando como sei que eu estou também.

  - Nós temos que ir – ele murmura.

  - Você vai continuar interrompendo nossos beijos até quando? – pergunto me juntando a ele na moto. Alex olha para trás para responder, e posso vê-lo sorrir mesmo com o capacete.

  - Até que você me peça para não parar – ele responde antes de dar partida na moto me fazendo agarrá-lo com força e pensar em suas palavras.

  Ainda estou pensando no que meu namorado disse e se eu vou mesmo saber quando vai ser esse momento em que vou pedi-lo para que não pare quando sinto o sinto o pingo gelado de chuva em minha pele. E depois mais um e mais outro até que em poucos minutos o mundo está desabando sobre nós e estamos encharcados, Alex para a moto e nós descemos, como a boa leitora que sou, meu primeiro pensamento quando percebo que estamos parados no meio do nada debaixo da chuva é: que bom que deixei meu livro novo na segurança da minha sala.

  Olho para o céu mesmo com a chuva caindo à procura dos tão odiados – por mim pelo menos – raios e trovões, mas felizmente parece que dessa vez eles não vão dar as caras.

  - Vai ficar tudo bem – Alex diz e sorrio.

  - Eu sei. Meu livro novo está seguro então no resto a gente dá um jeito – digo fazendo-o rir e me dar um selinho antes de começar a empurrar a moto e andar.

  - Você é realmente um ser humano único, Princesa. Agora vem, eu acho que eu vi algo como uma pousada ou hotel mais adiante, mesmo que seja só um restaurante já é o suficiente pra gente se abrigar até a chuva diminuir.

  - Sim, senhor – bato continência e começo a andar fazendo-o revirar os olhos enquanto sorri.

  Nós vamos andando enquanto canto Love Story da Taylor Swift, Alex já não se surpreende mais comigo cantando em momentos completamente aleatórios, principalmente enquanto estou com Tommy ou limpando a casa, me distrai e, graças à tia Lena, eu faço quase tudo ouvindo música. Quando alcançamos a pequena construção iluminada há também outras por perto, tem um pequeno hotel, um restaurante e um posto de gasolina.

  Alex deixa a moto no estacionamento e nós vamos até o hotel, estou tremendo de frio quando entramos no hall bem iluminado. Tem uma senhora de aparência simples que arregala os olhos quando nos vê.

  - Meu Deus! A chuva pegou os dois de jeito – ela exclama.

  - Com certeza, a senhora tem algum quarto vago? – pergunto e ela sorri e assente.

  - Tem uma suíte muito boa – a senhora diz pegando as chaves atrás do balcão. – Por que vocês vão precisar de um banho quente.

  - Definitivamente sim – Alex concorda e nós dois sorrimos ao nos olharmos, estávamos realmente encharcados.

  Depois de acertarmos tudo com a Sra. Silver – seu nome era Cate – eu e Alex subimos para o quarto. Quando entramos sorri, ele não era muito grande, mas estava bem limpo com uma cama de casal com lençóis brancos imaculados, criados mudos de madeira escura que combinavam com a cabeceira da cama, tinha ainda um tapete colorido no chão, era um lugar realmente aconchegante.

  - Pode ir tomar banho primeiro – Alex disse indicando o banheiro, eu pensei em protestar, mas estava morrendo de frio e quanto mais eu demorasse, mais ele iria ficar todo molhado.

  - Certo, não vou demorar – avisei indo em direção a porta adjacente.

  Por mais que quisesse enrolar debaixo da água quente eu não o fiz, me enrolei em um roupão e sai do banheiro o mais rápido que pude. Alex só sorriu ao me ver, mas não disse nada e então seguiu até o cômodo agora cheio de vapor e foi tomar banho também. Eu estava em um enorme dilema sobre minhas roupas molhadas que eu definitivamente não tinha colocado outra vez quando meu celular tocou, era mamãe.

  - Oi – foi como atendi.

  - Vocês estão bem? Com toda essa chuva caindo. Já chegaram em casa?

  - Estamos bem, mas paramos em um hotel no meio do caminho por que estava chovendo demais – disse e olhei pela janela onde a chuva tinha voltado a bater furiosamente. – Ainda está.

  - Quer que seu pai ou Drew vá buscá-los?

  Eu pensei seriamente nessa opção, e, depois de vários minutos eu tinha uma resposta.

  - Não precisa, nós vamos ficar bem.

  - Tem certeza?

  - Tenho, mãe. Total e absoluta certeza.

  - Tudo bem então, juízo e qualquer coisa me liga.

  - Pode deixar – disse sorrindo mesmo que ela não pudesse me ver. – E como está Tommy?

  - Perguntou por vocês umas duas vezes, mas está ótimo, comeu, brincou e dormiu enrolado em Noah no sofá, os dois estão tão fofos que estou com dó de acordá-los – ela comenta me fazendo rir.

  - Quero fotos!

  - Pode deixar, já tirei várias. Mas vamos deixar de conversa, vai se divertir com seu namorado! Mas usem proteção, por favor!

  - Mãe!

  - “Mãe” nada, vai se divertir, te amo! – e dito isso a louca da minha mãe desligou.

  - Conversaram muito? – Alex pergunta parado no batente da porta do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, isso é o suficiente para mexer com a minha imaginação.

  - Sim, minha mãe queria saber como estávamos.

  - Se quiser ligo para algum dos meninos para virem nos buscar – Alex oferece e só por isso poderia amá-lo um pouco mais.

  - Minha mãe também disse que meu pai ou Drew podiam fazer isso, mas eu dispensei, espero que você não se importe, mas eu – respiro fundo e o olho nos olhos. – Não quero ir.

  - Não?

  - Não – digo sorrindo. – Vou pedir a Sra. Silver se ela puder para que lave e seque nossas roupas, assim podemos ir embora amanhã.

  - Amanhã? – Alex repete me fazendo rir e faço que sim.

  - É, amanhã.

  E dito isso liguei para a gentil senhora que de imediato disse que não tinha problema em nos ajudar com as roupas, poucos minutos depois ela veio até o quarto e buscou a bola de roupas molhadas e nos prometeu que as devolveria novas em folha na manhã seguinte, sorri e agradeci a gentileza antes de fechar a porta outra vez.

  - O que fazemos agora? – pergunto assim que fecho a porta e Alex sorri pra mim sentado na cama ainda enrolado na toalha.

  - Podemos jogar baralho – meu namorado comenta me fazendo sorrir e juntar toda minha coragem para caminhar até ele e me sentar em seu colo.

  - Eu tenho uma ideia melhor – digo antes de beijá-lo.

  Um beijo tão intenso quanto os outros, mas ele volta a interromper, os olhos vidrados me encaram como se ele tivesse feito um enorme esforço para fazer o que fez.

  - Analu eu não sei se consigo parar outra vez, não quando estamos assim – Alex olha para os nossos corpos juntos e sei o que ele quer dizer, a única coisa que nos separa são os tecidos do roupão e da toalha, nada mais.

  - Então não para – digo vendo-o sorrir. – Por que se você quiser isso tanto quanto eu, nós não temos por que parar.

  - Tanto quanto você? Eu quero mais – ele sussurra beijando meu pescoço e me fazendo estremecer. – Muito mais. Eu te quero Princesa, desde o dia em que você atropelou minha moto e nos falamos pela primeira vez – Alex murmura contra a pele do meu pescoço e vai deixando uma trilha de beijos que desce pela clavícula e o ombro me fazendo derreter em seus braços.

  - Desde aquele dia? – consigo sussurrar.

  - Exatamente – ele responde descendo um pouco mais o roupão do meu ombro direito para continuar com os beijos.

  - Alex?

  - Sim?

  - Eu preciso te dizer uma coisa.

  - O quê? – ele pergunta me olhando com um sorriso bobo nos lábios me fazendo sorrir também.

  - Eu já fiz isso uma vez, mas tem algum tempo e bem, eu não seu exatamente experiente.

  - Eu não me importo, a gente aprende junto. A única coisa que quero saber é se tem certeza disso, Analu, por que se não quiser nós paramos por aqui e vamos ver TV e ainda seria uma noite inesquecível.

  - É por você dizer coisas como essa que tenho certeza – digo com sinceridade. – Por que sei que é verdade. Mas eu quero Sr. Bad Boy, quero muito, quero ser sua se quiser ser meu.

  - Eu quero, com certeza quero – ele encerra o assunto da melhor forma possível e me beija.

  Quando Alex gira na cama comigo ainda no colo e me deita no centro dela eu me deixo ser levada, estou deitada olhando-o quando suas mãos alcançam o nó do roupão, ele o desfaz e afasta o tecido macio e não me escondo, não sou assim, deixo que me veja mesmo que fique envergonhada.

  - Você é realmente linda – Alex diz e gosto de ouvir, mesmo que seus olhos que me encaram como se eu fosse a melhor visão do mundo já fossem elogio suficiente.

  E, para provar que o elogio é verdadeiro ele começa a espalhar beijos pelo meu corpo, mas começa no pescoço apenas para me ver derretendo em seus braços e consegue, Alex vai descendo pelo ombro a clavícula e finalmente alcança meu seio esquerdo com a boca me fazendo estremecer de prazer, quero tocá-lo também, mas ele usa uma de suas mãos para segurar as minhas e gosto do jogo que me faz queimar de ansiedade.

  Ele lambe, suga e mordisca o seio me fazendo gemer baixinho e me contorcer querendo mais, Alex usa a mão livre para apertar o bico do seio direito me levando à loucura. Arqueio as costas querendo mais e o sinto sorrir em minha pele.

  - Por favor – peço e não sei nem exatamente o que. Só preciso de mais.

  - O que você quer, Princesa? – ele pergunta e consigo pensar claramente o suficiente para responder.

  - Você – digo umedecendo os lábios e sei que isso o afeta, Alex engole em seco e isso me faz sorrir.

  - Então você vai ter – ele diz soltando meus braços e terminando sua trilha de beijos no lugar onde estou queimando por ele.

  Quando a língua de Alex toca meu centro sinto que vou explodir. Ele lambe e chupa me fazendo gemer e estremecer, me contorço e arqueio as costas quando ele me faz chegar ao ápice do prazer. Estou com as pernas bambas quando Alex levanta o rosto, sorri e vem até mim me beijar e, dessa vez posso puxá-lo mais pra mim. Levanto-me e ficamos os dois sentados na cama aos beijos.

  - Deita – murmuro depois de me afastar uns poucos centímetros dele.

  - Princesa?

  - Deita – repito o pedido e ele o faz ainda me olhando. – É a minha vez de retribuir o favor.

  E assim o faço. Começo os beijos em seu rosto, boca, queixo, beijo seu pescoço enquanto toco cada músculo bronzeado do seu peito, desço pelos músculos e o vejo se contorcer quando alcanço a toalha que ainda está presa sem sua cintura a puxo revelando meu objeto de desejo. O toco com toda a delicadeza do mundo fazendo Alex estremecer e xingar, gosto da reação, gosto de saber que sou eu quem causa isso tudo nele.

  Eu definitivamente não sou muito experiente, mas gosto de descobrir, quando seguro com força seu membro o ouço gemer, mas pra mim não é o suficiente, também quero sentir seu gosto e assim o faço ouvindo meu namorado gemer e arfar. Ele interrompe minha exploração e me puxa para um beijo que nos deixa sem fôlego.

  - Você vai me matar, Princesa – ele murmura em meu ouvido. – E antes disso acontecer eu quero sentir você.

  Minha resposta é voltar a beijá-lo, quero isso tanto quanto ele. Nos separamos apenas o suficiente para que ele coloque a camisinha, e então voltamos a nos beijar e, quando finalmente o sinto entrando em mim sinto aquela pontadinha de dor que logo é substituída pelo prazer, puro e simples.

  - Amo você – Alex sussurra em meu ouvido e arranho suas costas apreciando cada uma das sensações desse momento único e especial.

  - Amo você – devolvo a declaração por que é a mais pura verdade.

  Aos poucos o sinto se mover cada vez mais rápido até estarmos os dois desfrutando de uma onda avassaladora de prazer. Pouco depois ainda estamos os dois nos recuperando, deitados e aconchegados um no outro. Estou com o rosto apoiado no peito de Alex ouvindo seu coração bater enquanto ele faz carinho em meus cabelos.

  - Quando você planejou essa noite imaginou que ela terminaria assim? – pergunto curiosa.

  - Não mesmo, nem nos meus sonhos mais incríveis. Só queria sair com você, num encontro normal de um casal. Tipo, só nós dois – ele diz divertido me fazendo rir.

  - Certo, entendi. Mas obrigada por essa noite, eu nunca mais vou esquecê-la. Ela foi infinitamente especial.

  - Também não vou me esquecer de hoje, de nenhum detalhe – Alex diz antes de beijar o topo da minha cabeça.

  Levanto o rosto para olhá-lo e sorrio.

  - Eu ainda não tenho muita experiência, então que tal nós praticarmos um pouco mais? – pergunto e o vejo sorrir lindamente.

  - Seu pedido é uma ordem, Princesa – ele diz antes de, num movimento rápido, me colocar sob si na cama e me beijar.

  Algo me diz que nossa noite só está começando.


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Notas finais do capítulo

E então? Se vocês não falarem comigo vou surtar e excluir tudo, sério kkkk nesse capítulo eu preciso mesmo saber a opinião de vocês.
Foi rápido? Estranho? Vocês gostaram? Não gostaram? Me deem uma luz, por favor!
O que vocês acham que vai acontecer agora que está tudo muito bem? Nem digo que vem treta por aí.
Beijocas e até ♥
PS: Eu nunca acho que meus "hots" estão bons, então desculpem qualquer coisa.



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