Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 22
Reencontros inesperados.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, voltei!
Como vocês estão?
Espero que gostem do capítulo, BOA LEITURA ;)



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  Alex

 

  É o meu pai parado a porta da minha casa e eu não podia estar gostando menos da visão.

  Quando pedi a Analu que fosse a cozinha com Tommy não imaginei que ela o faria sem protestos, é a Analu afinal. Só que ela foi e me deixou aqui encarando o homem que devia ter sido meu pai, mas no fim, ao menos pra mim, não foi muito mais que um doador de esperma.

  - O que veio fazer aqui? – pergunto quando ele dá dois passos e entra na casa mesmo sem ser convidado, eu poderia expulsá-lo, mas a verdade é que estou curioso com a sua visita.

  - Vim ver meu filho e meu neto.

  - Ah, claro. Por quê? Por que teve uma crise de meia idade e decidiu que queria ser pai ou mesmo avô? Você viu Tommy quantas vezes nesse último ano? Uma?

  - Você sabe que eu...

  - Você o quê? É um idiota? É eu sei, eu vi isso ao longo dos meus vinte e quatro anos, pai— digo o título com deboche. David Harper nunca foi meu pai, vovô foi o único pai que tive.

  - Olha como fala comigo!

  - Por quê!? Você nunca pensou duas vezes antes de me atacar quando eu era uma criança, uma criança! – explodo com as lembranças e a dor de pensar que a pessoa que devia estar lá pra mim nunca esteve.

  - Você sabe que eu não estava bem! Eu fiz meu melhor – David como sempre não entende e se coloca como a vítima, eu sei quais são suas palavras mesmo antes dele as dizer. – Sua mãe era a luz da minha vida, sem ela eu não consegui – diz pela milésima vez e sorrio, um sorriso irônico e magoado que eu sei que Analu ia odiar. Do mesmo jeito que sei que ela está ouvindo tudo da cozinha e me odeio por isso, não queria que ela soubesse sobre esse lado podre meu.

  - E eu fui sua escuridão não foi? Como era mesmo que você gritava pra mim sempre que estava bêbado? Quando eu tinha pouco mais de quatro anos? Talvez até tenha feito antes, mas eu não me lembro.

  - Alex, não.

  - Ah, me lembrei: “Você a matou! Você matou minha Agnes!” – repito as palavras que muitas vezes ecoavam em meus pesadelos e que me acompanham desde sempre.

  - Você sabe que não era assim, você sabe que eu não estava bem naquela época! Eu não tinha condições de cuidar de você.

  - E eu tinha, não é? – pergunto irônico. – Eu era uma criança. Nós dois sabemos que se não fossem os Reynolds eu teria ficado bem pior.

  - Eu vim apenas desejar feliz aniversário ao Thomas – ele desiste da discussão e dou outro sorriso irônico.

  - Seu aniversário foi a mais de três meses e desde quando se importa? Na verdade, como soube?

  - Rose sempre insiste para que eu venha.

  - Rose é mesmo um anjo, mas no momento estou ocupado e não acho que Tommy ao menos saiba quem você é, então melhor ir.

  - Seus avós se foram, Alex, somos só nós dois, você não pode me dar uma chance? – meu pai pede, mas eu não consigo acreditar nele, não consigo querê-lo por perto, não consigo, acima de tudo, sujeitar Tommy e, consequentemente Analu, a sua presença, não quando não sei se o que diz é verdade.

  - Uma chance pra quê? Você não teve nem mesmo a decência de cuidar do funeral dos meus avós, fui eu quem fiz tudo. Vai embora daqui, David. Só me deixe em paz como tem deixado desde que fui embora da sua casa.

  - Eu quero tentar, meu médico disse que eu devia tentar. Superar o que aconteceu, me reaproximar de você, me perdoar e tentar entender o que fiz de errado e...

 - E o quê? – pergunto, eu sei o que ele vai dizer e é por isso que sei também que isso nunca vai dar certo.

  - E tenho que te perdoar pelo que eu acho que você fez.

  - E nós dois sabemos o que é, por que você fez questão de jogar na minha cara todos os dias em que pôde – digo e ele fica em silêncio. – O quê? Não vai dizer as palavras dessa vez não? Nossas conversas estão evoluindo. É a primeira vez que você não diz que eu matei a minha mãe.

  Eu sinto os olhos marejarem, já tem muitos anos dessa merda, mas ainda assim sempre que nós temos essa mesma conversa David consegue me magoar um pouco mais, deixando enraizado no meu coração que se não fosse por mim, mamãe ainda estaria viva.

  - Ok, agora chega, eu vou pedir ao senhor que saia daqui – a voz de Analu surge na sala e ela também aparece com Tommy no colo e consigo sentir sua raiva. Ela olha diretamente para o meu pai.

  - E você, quem é? – David sorri e quase tenho pena dele, não sabe com quem está se metendo.

  - Alguém que odeia ver as pessoas que amo sendo feridas ou atacadas de qualquer forma que seja – ela diz numa voz calma dando um passo em direção a ele. – Agora vou voltar a pedir, Sr. Harper, que o senhor saia daqui.

  - Essa é a casa do meu filho, não acho que você tenha autoridade apara nada, senhorita. E eu ainda estou conversando com Alex.

  - Olha que coincidência – Analu sorri um pouco mais dando mais um passo, meu pai se afasta na mesma proporção, não sei se consciente ou inconscientemente. – Também é a casa do meu filho, e, eu sinto lhe informar que sua conversa já acabou. Tommy dê tchau a esse vovô maldoso que fez o papai chorar, por que, se depender de mim ele não virá nos visitar tão cedo.

  - Ora, como...? – meu pai fica sem fala e sorrio ao ver isso. Analu é mesmo incrível, ela está de pijama e com Tommy no colo e parece pronta para a guerra.

  - Você a escutou, David. Melhor ir, eu não estou a fim de continuar com essa conversa sem sentido, nós dois sabemos o que o outro pensa sobre isso, vamos só manter uma distancia civilizada.

  - Sai! – Analu rosnou sem a mesma paciência que eu, ele a olhou feio, mas isso nem pareceu atingi-la, então vi meu pai dar meia volta e sair pela porta. Minha namorada fez questão de bater a porta as suas costas, isso me fez sorrir.

  Vi Analu colocar Tommy em seu cercadinho e a primeira coisa que ele fez foi tentar sair, e só então se virar em minha direção, era ridículo, mas não tinha nem como disfarçar os olhos vermelhos, me joguei no sofá suspirando, meu pai sempre acabava comigo seja como fosse.

  - Você está bem? – ela se sentou ao meu lado e me abraço sem esperar uma resposta, essa era Analu e sua forma de demonstrar seus sentimentos. Eu amava isso nela. – Eu não sabia se podia interferir, mas quando você disse aquilo sobre a sua mãe não aguentei, me desculpe, mas seu pai é um babaca.

  - Não se desculpe, ele é mesmo – digo quando ela me solta e voltamos a nos olhar e sei o que ela quer antes mesmo de Analu falar. – Dessa vez você não vai aceitar uma recusa, não é?

  - Não sobre esse assunto. O que aconteceu com a sua família, Alex? – ela pergunta séria e respiro fundo.

  - Certo, eu conto. Essa história foram meus avós quem me contaram há alguns anos. Vamos começar do início pra você entender tudo.

 - Por favor – ela pede segurando uma de minhas mãos e fazendo carinho nos dedos.

  - Minha mãe era órfã, não do tipo que perde os pais, mas do tipo que nunca os teve, ela cresceu em um orfanato, mas nunca foi adotada, então quando completou dezoito anos saiu de lá, arrumou um emprego em uma lanchonete e foi lá que ela conheceu o meu pai. Os dois se apaixonaram, vovó dizia que era engraçado ver meu pai todo bobo pela sua Agnes. Eles eram o amor da vida um do outro e não demorou muito a se casarem, meus avós, os pais do meu pai a acolherem, mamãe era como uma filha pra eles.

  - E o que aconteceu?

  - Eu aconteci – digo triste. – Mamãe queria um filho, papai achava que era perigoso demais. Minha era a pessoa mais especial do mundo, mas tinha vários problemas de saúde, o que quer que sua mãe tenha feito durante a gestão a deixou assim, por isso ninguém quis adotá-la. E uma gravidez podia ser demais para ela. E foi.

  - Alex... – Analu murmura tremula vejo seus olhos verdes marejarem, suas lágrimas mexem comigo, por que sei que está chorando por mim e a amo um pouco mais por isso. Beijo sua testa antes de continuar.

  - Minha mãe queria ser mãe – digo e consigo sorrir, Analu sorri comigo em meio às lágrimas. – Então foi em frente com a gestação mesmo sabendo dos riscos, não desistiu de mim nem mesmo quando disseram que isso poderia matá-la. Mamãe me amou até o último segundo e minha avó sempre disse que seu último beijo, seu último olhar e seu último “Eu te amo” foram para mim. Vovó disse também que ela se foi sorrindo por que pôde me conhecer. Mas ela se foi, Analu, e nada nunca vai mudar o fato de que minha mãe morreu quando eu nasci. Por isso meu pai tem razão, eu...

  - Não! – ela me interrompe, os olhos úmidos, mas determinados, Analu aperta tanto minha mão que os dedos doem. – Não termina essa frase! Se eu fosse sua mãe viria aqui apenas para te dar uns cascudos! Como pode dizer uma coisa dessas? Como pode sequer pensar que você a matou? Ela te amava! Fez isso por que te amou tanto que quando a pediram para escolher não pensou duas vezes e escolheu você.

  - Eu também sei disso, mas acho que foi isso que envenenou o coração do meu pai. Minha mãe me escolheu, foi embora e deixou com ele uma pessoa que, mesmo que fosse seu filho, era alguém desconhecido. Meus avós não falavam muito sobre os meus primeiros anos, mas eu sei que até completar dois anos era minha avó quem cuidava de mim, depois ela decidiu que meu pai tinha que me conhecer e, se quer saber, foi a pior coisa que minha avó poderia ter feito por mim, mas ela não tinha como saber e era o filho dela, o filho que amou e criou, ela nunca imaginou que, nesses dois anos depois da morte da minha mãe ele tinha se tornado outra pessoa.

  - O que... O que aconteceu? – Analu sussurra e respiro fundo antes de continuar.

  - Eu não sei se foi sempre assim ou se é desde que eu me lembro. Mas o meu pai vivia bêbado, irritado e gritando comigo. Os pais de Lucy, são vizinhos dele, as casas são uma do lado da outra e eu sempre fugia pra lá. Ele não me batia, mas não precisava, suas palavras de “Você matou minha Agnes, você matou a sua mãe!”, doíam mais que tapas. A primeira vez que me lembro de ouvir isso eu devia ter uns quatro anos, eu não me lembro de mais nada dessa época, mas suas palavras me feriram tanto que ficaram marcadas pra sempre na minha memória e no meu coração. E, desde então quando ele bebia muito, o que acontecia uma três vezes na semana ou até mais, ele chegava e gritava um monte de merda na minha cara. Sempre que ele saia e eu sabia que tinha ido beber eu sempre ia para a casa de Lucy me escondia lá até o dia seguinte, até ele sair para o trabalho e eu saber que ele não diria nada daquilo pra mim.

  - Mas seus avós não faziam nada? Os pais de Lucy? Alguém!? – Analu pergunta furiosa e consigo sorrir, esse furacão está furioso por mim e isso, mesmo sem ela saber já aquece aqueles lugares no meu coração que eu nem sabia ainda ter.

  - Eu não dizia a ninguém e fiz Lucy prometer que também não o faria. Mas quando fiz dez anos que e meu pai veio com o mesmo discurso, eu pela primeira vez revidei e gritei que ele era um bêbado idiota e malvado e que eu não sabia como minha mãe poderia ter amado ele se ela não amava ninguém e nesse dia também foi a primeira vez que meu pai me bateu e a última. Por que eu não aguentei e contei tudo aos meus avós, para eles foi difícil acreditar, mas qualquer um que olhasse via que meu pai não era mais o homem que foi quando a minha mãe estava viva. Quando meus avós me trouxeram para morar aqui com eles meu pai nem mesmo os questionou, simplesmente deixou, meus avós nunca me adotaram legalmente, mas não precisou, além de todos saberem que eu era neto deles, meu pai nunca fez nem menção a querer que eu voltasse a morar com ele. E acho que essa foi a única coisa boa que meu pai fez por mim, deixar que eu morasse com meus avós. Foram os melhores anos da minha vida, eu aprendi com eles tudo o que sei e foi com eles que me tornei a pessoa que sou e foram eles que me contaram sobre minha mãe, por que meu pai nunca falou dela pra mim.

  - Dá próxima vez que o vir eu vou acertar seu pai com um soco – é a primeira coisa que Analu diz quando termino e eu já devia saber que sairia alguma loucura dessa boca linda.

  - Não, não vai, não vale o risco de ser fichada por agressão, meu pai não vale tudo isso.

  - Mas ele é um cretino de merda! Certo, ele estava sofrendo, mas que culpa você tinha disso!? E não, você não matou a sua mãe, ela te amou e te protegeu e foi isso que seu pai nunca entendeu. Como ele pôde não te amar e cuidar de você quando foi isso que sua mãe fez e, no mínimo, pediu a ele que o fizesse? Como ele pôde não ter te dado todo o amor do mundo quando sua mãe o amou exatamente assim? – Analu terminou a fala com os olhos marejados assim como os meus estavam também.

  - Como você faz isso? Como toca o coração das pessoas assim sem aviso? Como consegue amar sem nenhuma reserva? – pergunto sentindo minhas próprias lágrimas descerem, mas não me importo de chorar, não na frente de Analu.

  Ela me abraça outra vez, me aperta tanto que chega a ser desconfortável, mas não reclamo, só fico ali.

  - Amo você – ela sussurra em meu ouvido. – Amo você. Amo por ser um pai incrível, amo você por amar Tommy e ele ser uma extensão sua. Amo você por ser divertido, carinhoso, por ter o sorriso mais bonito que já vi e que consegue tudo de mim. Amo você, por você ser você, Alexander Harper. E espero que o meu amor seja o suficiente nos dias ruins para você poder se lembrar que é amado e, acima de tudo, se sentir amado.

  Eu não digo nada, simplesmente por que não consigo. Estou chorando tanto com o rosto escondido no pescoço de Analu que a devo ter molhado, mas ela não parece se importar. Eu não digo nada por que ouvi palavras que poucas vezes foram distas a mim, eu tive minha cota pessoas que amei e me amaram, mas perdi todas elas, não sobrou nenhuma para me dizer nada disso e saber que essa garota incrível se sente assim a meu respeito me deixa feliz de uma maneira que eu mesmo não achei que conseguiria me sentir de novo.

  - Obrigado – é tudo que consigo sussurrar de volta.

  Nós ficamos assim alguns minutos até Tommy começar a resmungar mais alto em seu cercadinho ansioso para sair, quando seu resmungo vira choro eu e Analu nos afastamos, ela também tem os olhos vermelhos e isso me faz sorrir.

  - Amo você – ela repete mais uma vez e beija minha testa num gesto de carinho antes de ficar de pé e ir até Tommy e o pegá-lo. – Eu amo você também, Ok? Mas agora o papai estava precisando mais de mim.

  Ela volta para o sofá se senta ao meu lado e coloca Tommy em meu colo, seguro o bebê e minha namorada sorri pra mim.

  - O que foi? – pergunto e ela dá de ombros.

  - Eu acredito mesmo que o toque pode confortar alguém, por isso beijo, abraço e pego na mão, aprendi com a minha mãe. Por isso hoje minha missão e a de Tommy vai ser ficarmos colados em você até eu ver o sorriso que tanto amo em seu rosto.

  - Analu, não precisa eu vou ficar bem, já passei por isso e...

  - Não me importo, agora eu estou aqui e vou amá-lo muito para que seu pai não o atinja. Não é Tommy? Vamos mostrar ao papai o quanto o amamos hoje? – o bebê olha pra mim e sorrio só de tê-lo tão perto, de ter os dois tão perto.

  - Oba, já conseguimos um sorriso, Tommy! – Analu comemora e não resisto a capturar seus lábios em um selinho fazendo-a sorrir também.

  Nós passamos o resto do dia realmente colados, vemos filme, jogamos – com Tommy querendo comer as peças e os dados -, brincamos no tapete e no jardim e por fim decidimos dar um passeio no parque. Antes de chegarmos lá o bebê já está gritando “Bola!” como se sua vida dependesse disso. Eu tinha feito alguns lanches e os trazia em uma sacola. Depois das panquecas – que eu tive que terminar de fazer hoje de manhã – nós ainda comemos torta de carne e sorvete e mais um monde de coisas, Analu e Tommy eram dois poços sem fundo. O pensamente me fez sorrir.

  Quando chegamos ao parque Analu decidiu ficar sentada no banco com o lanche e eu fui com Tommy jogar bola. O garotinho mal conseguia ficar de pé, mas amava correr atrás da bola. Depois de acertar a bola duas vezes e cair muitas mais o pequeno cansou e nós resolvemos comer, eram quase 17h de um domingo e como esperado não havia muita gente no parque, então foi difícil achar um lugar para forrarmos a toalha e nos sentarmos, era realmente bom um ar fresco e as melhores companhias do mundo para melhorar o humor e o dia de alguém.

  - Alex, eu posso te fazer uma pergunta, uma na qual eu penso praticamente desde que te conheci? – Analu pergunta séria e a olho. Tommy mais adiante está cavando o gramado com sua pá de brinquedo.

  - Geralmente você não pergunta. Mas vai lá, fala.

  - O que a Lucy era sua? – depois do dia de hoje essa seria uma das últimas perguntas e que pensaria, mas é a Analu afinal.

  - Como assim?

  - Ela é a mãe do Tommy, você sempre fala dela, mas nunca me disse o que ela era sua. Sua namorada? O amor de infância? Uma amiga? Vocês ficaram? Eu não aguento mais pensar em mil teorias – sua declaração me faz sorrir e a puxo para o meu colo, ainda estamos sentados na manta em que lanchamos.

  - Lucy era minha amiga, e foi meu primeiro amor, sabe aquele bem inocente? – pergunto e ela faz que sim. – Ela era linda demais para resistir e sim eu tive uma paixonite pela minha melhor amiga, mas foi isso. Nós éramos amigos e sempre fomos.

  - Se é assim, se você nunca se apaixonou romanticamente por ela nem nada assim, então como o Tommy surgiu? – eu sabia que ela ia perguntar. Tocar nesse assunto delicado pra dizer o mínimo. Suspiro.

  - É um assunto complicado.

  - Mais do que o seu pai e seu passado? – ela brinca e como não sorrio Analu suspira também. – Sério?

  - Sim. O assunto com meu pai só é delicado por que ele não consegue entender o que fez de errado e sempre que o vejo ele toca na ferida aberta que deixou. O assunto do Tommy é pior, por que se alguma coisa acontecer, eu sinto que não vou ter controle sobre nada.

  - Como assim?

  - Os avós do Tommy, os pais da Lucy, são com ele como meu pai foi comigo, o culpam pela morte dela, então eles viram Tommy uma vez durante todo esse ano que passou. Eles estão tão amargurados com a morte dela que eu sinto que eles poderiam tentar tirá-lo de mim apenas por que isso me faria mal. Eles me culpam pela morte dela também.

  - Você só pode estar brincando! – ela pragueja e tanta sair do meu colo, mas não deixo, era bem capaz de Analu ir bater na porta dos Reynolds apenas para enfrentá-los. – Fico feliz que você tenha seus amigos, por que as outras pessoas da sua vida são umas idiotas. E não pense que eu esqueci a pergunta sobre Tommy, por que não esqueci, mas tudo bem, você não quer falar. Eu espero, não tem problema, por que eu sei que você ainda vai falar sobre e, se precisar, eu vou estar aqui para te abraçar como fiz hoje.

  - Obrigado por isso, Princesa. Amo você – digo e ela sorri pra mim antes de me beijar.

  Quando nos separamos ela olha mais adiante e suspira.

  - Tommy tira isso da boca, você não pode comer grama! – grita com o bebê depois de ficar de pé e ir até ele.

  Observo os dois sorrindo.

  Só espero ficar assim com eles um pouco mais, mas alguma coisa me diz que nossa paz não vai durar muito.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam desse pai - escroto - do Alex? Eu por mim teria o eliminado da história, mas acho que foi interessante ele saber que não pode mais falar com o nosso Alex como quer.
Nós ficamos sabendo um pouquinho mais sobre o passado do Alex, mas não se preocupem que ainda vamos saber sobre o Tommy, agora é só questão de tempo, por que todos esses segredos ainda vão dar o que falar kkkk (desculpem, mas vou deixar vocês na curiosidade!).
E é isso, espero que tenham gostado, muitas beijocas e comentem!
Lelly ♥



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