Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 21
Encontro?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Voltei!
E dessa vez sem demorar, olha que milagre?
Esse capítulo eu queria dedicar à Lu, muito obrigada pela recomendação linda, eu amei! ♥
BOA LEITURA :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/792625/chapter/21

  Analu

 

  - A gente devia sair – digo a Alex que está brincando no tapete com Tommy. Hoje é sábado e eu já estou começando a ficar entediada em casa.

  Estava terminando de limpar a cozinha. Ontem à noite o pessoal tinha vindo até aqui – a casa do Alex – e nós tínhamos feito uma noite de pizza. Os meninos até limparam a cozinha, mas a meu ver não estava assim tão bem limpa, motivo pelo qual estou gastando minhas unhas bem pintadas nesse trabalho. Ok, talvez Drew tenha razão e eu esteja exagerando com esse negócio de limpeza.

  - Acho que devia mesmo, principalmente se isso significar que você vai parar de limpar a cozinha. Se esfregar mais vai começar a tirar a cor dos móveis – Alex implica e faço careta deixando o pano no balcão e indo até eles. – Diga a ela, Tommy.

  - É melhor não dizer nada, Tommy – digo e o bebê me olha sorrindo.

  - Mama, colo! – o bebê pediu dando seus passos trôpegos em minha direção. Eu o peguei.

  Já haviam se passado três meses que a festa de Tommy tinha acontecido. E nesse meio tempo seu vocabulário aumentou em algumas palavras simples e ele finalmente tinha tido coragem de dar seus passos sem ajuda. Agora ele andava sem apoio e era a coisa mais fofa. Eu e Alex fizemos questão de gravar tudo, eram lembranças preciosas para todos nós.

  Beijei o bebê e ele logo resmungou e saiu do meu colo para voltar aos carrinhos no chão.

  - E então, aonde vamos? – Alex perguntou se deitando no tapete e me olhando com um sorriso que só me fez ter vontade de beijá-lo.

  - Não tenho ideia, sugere algum lugar?

  - Não.

  - Alex, eu estou falando sério!

  - Eu também – seu sorriso aumenta e sei que está tirando uma com a minha cara.

  - Você sabe, não é? Que têm três meses que a gente namora, cinco que a gente se conhece e nunca fomos a um encontro, não sabe? – pergunto arqueando uma sobrancelha e Alex me olha como se absorvesse minhas palavras.

  Meu namorado se senta tão rápido que acho que vai cair.

  - Eu não, não tinha pensado nisso... – murmura. – Nós estamos sempre juntos então eu nunca parei para pensar nisso. Você...

  - Hei! Calma, Alex – sorrio. – É uma brincadeira. Eu não me importo, como você disse, estamos sempre juntos e pra mim não faz diferença. Mas é no mínimo algo engraçado.

  - Se o Tommy estiver junto conta como um encontro? – ele pergunta divertido e olho o bebê tentando colocar os carrinhos menores na caçamba de seu caminhão sem muito sucesso.

  - É claro que conta. Não vou deixar meu bebê – digo e Alex sorri.

  - Então você me daria à honra de ir a um encontro comigo, Analu?

  - Claro. Aonde vamos?

  - Você decide – ele sorri todo galanteador e faço careta.

  - Assim não vale! – reclamo e o ouço rir antes de se curvar sobre Tommy em minha direção e me beijar.

  Mesmo sem um destino em mente nós começamos a nos arrumar. Estou terminando de arrumar o cabelo quando tenho a tenho uma ideia simples e decido chamar Alex para ir ao shopping, dar uma volta, comer alguma coisa, tomar um sorvete e quem sabe ir ao cinema, para quem sabe, Tommy fazer barulho e as pessoas reclamarem conosco. Vai ser divertido ser a pessoa com o bebê pra variar. Depois que disse isso Alex riu e, depois de me chamar como tanto gosta – de ser humano único -, me beijou e concordou.

  Depois de nos arrumarmos e eu me atrasar como sempre nós conseguimos sair. Nós vamos, como sempre, no Blu. Dessa vez estou dirigindo, mas não me importo em ceder o volante a Alex e sei que ele não liga a mínima em ir sentado no banco do carona. Nas últimas semanas meu namorado tem falado muito em vender o velho carro dos avós que só lhe dá gastos e dor de cabeça, eu apoiei, nós ainda vamos ter o Blu e a moto então acho que não precisamos de mais um carro.

  - Amo você – ele disse simplesmente depois que dei minha opinião e fiquei sem entender.

  No fim ele tinha consertado o carro o melhor que pôde e estava o vendendo por uma quantia quase insignificante, Will tinha brincado que era apenas para não dá-lo de graça. Nesse meio tempo era bom ver Matt e Manu tão bem e felizes, meus amores estão em uma bolha de amor só deles que, às vezes, era doce demais até pra mim que estava muito bem apaixonada, nossos amigos os provocavam sempre que tinha a oportunidade, era divertido.

  A despeito dos outros romances da turma, eu ainda não sabia que fim ia levar o suporto triangulo amoroso entre Noah, Meddie e Becca, nenhum deles era muito de falar sobre a vida amorosa. E, além deles, tinha também Will que finalmente tinha assumido um namoro com uma morena apaixonada por motos e por ele, Josie era um amor, mas morava longe o que era uma pena, já ela não podia se juntar a nós todas as vezes que nos reuníamos.

  E os solteiros convictos, Caleb e Drew, ainda saiam para festas e roubavam corações, mas não entregavam os deles a ninguém. Eu realmente ia amar ver meu irmão se apaixonar e ter o coração levado por alguém, quando acontecesse eu ia me divertir muito, disso tinha certeza.

  - Qual a graça? – Alex perguntou curioso quando estacionei e nós começamos a descer do Jeep.

  - Eu só estava pensando que quando Drew se apaixonar por alguém eu vou me divertir muito vendo-o em pânico por causa disso, por que ele é, definitivamente, esse tipo de cara.

  - Sério? É difícil imaginar qualquer um da sua família com medo do amor. Eu tiro por você, ou sua mãe, ou Manu – ele vai listando e sorrio pegando Tommy no banco de trás.

  - Papai era assim – comento quando começamos a andar em direção a entrada do shopping, mesmo que nem eu acredite muito nessa história.

  - Ele me disse algo parecido naquele primeiro almoço na sua casa, mas é difícil de acreditar.

  - Não é? Mas ele e mamãe dizem que o meu pai não era das pessoas mais abertas ao amor ou sentimentos, mesmo hoje, eu sei que ele me ama, mas papai não é dado a pegar, abraçar e beijar como mamãe, Noah e eu, pelo menos não em público, ele é mais reservado. Drew é igual, ele ama, ama muito e eu sei disso, mas não é bom em demonstrar.

  - Você realmente ama seus irmãos, em? – Alex pergunta sorrindo e dou de ombros.

  - Amo, fazer o que, não é? Sou muito apaixonada por eles, aconteceu, infelizmente não tem mais volta – brinco e ele ri.

  Nós entramos o no shopping e me distraio olhando para as lojas tão conhecidas, por que ao menos parte das fofocas que inventavam sobre nós eram verdade, Manu e eu vivíamos aqui, mas normalmente era comprando livros, pelo menos eu, minha amiga era sim um pouco viciada em roupas. Entretanto era a primeira vez que eu vinha com o Alex, nós realmente não tínhamos tido um encontro oficial, mas sempre saíamos, fosse para restaurantes, parques ou que mais desse na ideia, mas um “encontro” marcado e não acidental, esse era o primeiro.

  Nós fomos a lojas por que eu os arrastei comigo e vimos varias coisas para comprar e no final estávamos discutindo a necessidade de mais um sapato para Tommy.

  - Por que não? – perguntei pela milésima vez, Alex suspirou.

  - Por que ele tem vários e vão parar de servir logo, é um desperdício mais um sapato.

  - Mas eu quero comprar, o que custa!? – o olhei feio e Alex sustentou meu olhar, nós ficamos ali nos encarando.

  - Com licença, desculpa atrapalhar – uma vendedora disse se aproximando, ela parecia quase com medo de nos abordar e talvez a culpa fosse minha.

  - Sim? – foi Alex quem falou.

  - O filho de vocês acabou de seguir por ali – ela apontou a saída da loja e Alex e eu olhamos em volta como se para ter certeza que o bebê não estava aqui, Tommy estava se agarrando as minhas pernas um minuto antes.

  Nós corremos em direção à saída e encontramos Tommy tentando alcançar um macacão com estampa de onça, ele parecia encantado com os desenhos. O peguei no colo e o apertei.

  - Que susto nos deu – murmurei e Alex nos abraçou também, ele apertou o bebê como se para ter certeza que ele estava ali. Nós saímos da loja antes de voltarmos a conversar. – Desculpa – pedi. – Eu comecei uma discussão sem sentido e não vimos Tommy se afastar.

  - A culpa não é sua, temos dois pares de olhos e eles não foram o suficiente para ficar de olho nele.

  - É quando acontecem umas coisas como essas, ou como na semana passada quando o perdi dentro de casa que penso que vocês se precipitaram em me aceitar como mãe – murmuro me sentando em um dos bancos da praça do shopping, Alex se senta comigo e Tommy fica de pé em meu colo me olhando com curiosidade.

  - Se vai desistir só com isso, acho que a subestimei, Princesa – Alex diz sorrindo. – Isso não é fácil, Analu. Metade das vezes eu não sabia o que fazer, no início eu não sabia nem trocar uma fralda, as mamadeiras eram sempre frias ou quentes demais o que me rendia muito choro. Fora o choro que eu não tinha ideia de por qual motivo era. Quando Tommy começou a engatinhar eu tive que aprender a fechar todas as portas da casa, teve uma vez que o encontrei dentro do armário da cozinha coberto de farinha, depois de comer metade do pacote e ficar com dor de barriga o que nos gerou mais choro. Vão ter sempre várias e várias situações, e, se eu pudesse escolher a queria conosco em todas elas.

  - Obrigada – digo sorrindo para Alex. – Amo você. E você me conhece, eu não pretendo ir a lugar nenhum.

  - Mama? – Tommy me chamou e eu o beijei, ele aproveitou para me abraçar.

  - Também amo você, muito – digo ao bebê que sorri pra mim.

  - Certo, pra onde agora? – Alex pergunta pegando Tommy e sorrio divertida.

  - O cinema!

  - É sério que você não desistiu da ideia?

  - Óbvio que não, vamos ver se alguém vai ousar reclamar sobre o meu filho! – digo séria e Alex vem até mim e beija minha testa.

  - Você é realmente um ser humano único. Obrigada por amar Tommy.

  - Por isso você nunca vai precisar me agradecer. Agora vamos!

  Entrar na fila e escolher o filme é sempre uma confusão, Alex queria um filme de terror, eu me recusei, eu o convidei para ver uma animação ele disse não. No fim chegamos a um consenso com ficção científica, eu sempre fui muito fã de ficção. No fim os aliens invadindo a terra nos ganharam e fomos para a sala de cinema e infelizmente pra mim e felizmente para Alex que disse que não queria ser expulso do cinema, o Tommy dormiu nos primeiros minutos do filme então não teve ninguém reclamando de nada.

  Então Alex e eu passamos às duas horas na sala escura, vendo o filme, conversando baixinho e de mãos dadas e, mesmo com Tommy dormindo no colo do meu namorado, nós estávamos realmente em um encontro. Era uma cena clichê e fofa que me fez sorrir como boba. Como pequenas coisas com a pessoa que nós amamos podem ser tão boas?

  - E agora, o que fazemos? – Alex perguntou depois que saímos do cinema com Tommy ainda dormindo em seu colo.

  - Compras! Por que ainda não comprei nada.

  - Analu!

  - O quê? Não tem nada a ver com sapatos, Ok? Eu só quero alguns livros e canetas novas. A continuação da série que eu estou lendo acabou de lançar! – digo animada e ele sorri.

  - Certo.

  - Será que eu devia comprar alguns livros para Tommy?

  - Analu nosso filho mal sabe falar, ler vai demorar um pouco, uns três ou quatro anos ainda – ele comenta e sorrio só pela forma como disse “nosso filho”.

  - Mas isso não quer dizer que ele não possa ter livros, tem uns livros próprios para bebê dá para levar para a banheira e tudo. E, se depender de mim, Tommy vai ter vários deles!

  - Ok, já entendi, você ama ler, eu sei e, sinceramente, espero que Tommy herde esse amor – ele sorri pra mim e o beijo, simplesmente por ser Alex.

  Nós provavelmente passamos mais tempo do que o recomendado na livraria, eu, como sempre, me empolgando sozinha com títulos e séries e livros em edições de luxo maravilhosas. Isso tudo fez Alex rir, mas o que eu posso fazer se realmente sou apaixonada? Tommy acordou e eu realmente achei um livro para ele, o bebê amou e tentou comê-lo, o que não foi exatamente uma surpresa. Depois de muitos devaneios da minha parte e eu conseguir comprar os livros que eu queria e mais alguns que provavelmente não devia, nós vamos para a praça de alimentação, famintos.

  Comer com Tommy é sempre uma luta, principalmente em um lugar público, por que ele quer por que quer comer com as próprias mãos, o que resulta em mãos, rosto e a roupa do bebê sujas, sem falar na mesa e no chão, mas no fim o estrago não é tanto. E é divertido criar várias memórias, e também tiro fotos para deixar de lembrança desse dia longo e cheio de boas recordações.

  Estamos andando pelo shopping, Tommy andando ao meu lado em seus passos trôpegos enquanto seguro em uma de suas mãos. Estamos os dois tentando achar o melhor jeito para que os dois possam caminhar sem problemas quando Alex para olhando uma vitrine. É uma loja de jóias, fico curiosa com a parada então pego Tommy no colo e vou até ele.

  - Aconteceu alguma coisa? – pergunto sem saber o que Alex poderia estar olhando com tanta atenção.

  - Minha mãe gostava de borboletas e sua cor favorita era verde, pelo menos foi o que eu ouvi dos meus avós – ele responde sem me olhar e finalmente vejo o que ele estava encarando. Um colar com um pingente em forma de borboleta com uma pedra verde em cada parte das asas. – Ela tinha um parecido, eu o vi em uma foto.

  - Alex, o que houve com a sua mãe? – pergunto numa abertura incrivelmente rara. Mais estranho que nunca termos ido a um encontro é eu não saber nada sobre os pais de Alex, ele sempre fala sobre os avós, mas nunca sobre os pais.

  - Ela morreu – ele diz o que eu já sabia. – E isso matou meu pai – ele completa para a minha surpresa.

  - Como?

  - Não é nada – Alex sorri, um sorriso extremamente falso. – O que quer fazer agora?

  - Queria que você não evitasse minhas perguntas, que tal? – pergunto com toda a sinceridade e ele me olha surpreso. – O quê? Você achou que eu ia me contentar com isso? É a sua vida, Alex, você é o meu namorado, eu te amo então quero saber.

  - Precisa ser hoje? – ele pergunta respirando fundo e sei que está abalado. Alex não gosta de falar do passado. Mas ele precisa entender que não falar não vai fazê-lo desaparecer.

  - Não, mas eu não vou esquecer. Eu me importo por que você é importante pra mim.

  - Eu sei, e obrigado – Alex vem até mim e beija minha testa. – Obrigado.

  Eu não toco mais no assunto, não por que não esteja curiosa ou por que não quero saber, mas por que sei que isso é difícil para Alex, o que quer que tenha acontecido o machucou muito, mesmo que eu me sinta incomodada e talvez até um pouco magoada não falo nada. Quando Tommy tenta puxar meus cabelos a conversa volta ao seu tom leve, mas como disse a ele, eu não vou esquecer.

  Não pela primeira vez me vejo pensando o que aconteceu com Alex e seus pais. O que de tão ruim aconteceu com ele para meu namorado ser assim tão desconfiado de tudo e todos. Ainda me lembro de nossa conversa sobre sua tatuagem. Sobre tudo e todos que ele ama serem tirados dele, me dói vê-lo mal por que o amo e quero que alguém com um coração tão bom quanto Alex seja muito feliz.

  - Analu? – Alex me chama enquanto seguimos para o estacionamento e o olho.

  - Sim?

  - Você está chateada por causa da conversa de antes? – ele pergunta e estou prestes a soltar um “Estou”, mas paro ao ver sua expressão de preocupação.

  - Não, você disse que vai me contar depois então tudo bem.

  - Mas...

  - Alex – o interrompo e sorrio antes de proferir as próximas palavras. – Só cala a boca e vamos de uma vez.

  O vejo sorrir também antes de alcançarmos o Blu, dessa vez deixo Alex dirigir.

  - Papa, bola! – Tommy pede quando passamos em frente ao parque que tem perto da casa de Alex e sorrio. Há algumas semanas nós viemos ao parque e Alex e Tommy jogaram bola. Agora esse é um dos passa-tempos favoritos do bebê.

  - Hoje não podemos, campeão.

  - Bola! – ele insiste.

  - Tommy, hoje não. Amanhã nós jogamos.

  - Bola!

  - Thomas – Alex o repreende e suspiro vendo o bebê fazer bico. Tommy não é muito de dar chilique, mas às vezes acontece, como agora.

  Nós chegamos em casa ao som do choro extremamente sentido do bebê. Alex o acalma, mas nada de bola, nem mesmo no jardim, está tarde demais e frio demais pra isso. Felizmente Tommy é do tipo que esquece rápido e meia hora depois está se acabando de rir na banheira comigo. Nós tomamos banho e jantamos um macarrão maravilho que Alex nos prepara, vemos um filme de animação – no fim eu venci! – e eu termino a noite do melhor jeito possível, nos braços de Alex recebendo muitos e muitos beijos.

  Nós ainda não havíamos dado o próximo passo em nossa relação, eu não sabia se estava pronta e Alex bem, meu fofo e compreensivo namorado não parecia muito preocupado em avançar também não e isso só me deixava mais a vontade para pensar sobre a questão. Nós dormíamos abraçados, nos beijávamos e até tinha uma ou outra mão boba, mas não passava disso e pra mim, ao menos por enquanto, estava ótimo.

  Nosso domingo começou com os berros de Tommy exigindo, do seu quarto, colo. Chamou por mim e Alex, até que meu namorado com mais coragem que eu às 07h00m da manhã de um domingo levantou e foi buscá-lo. Até conseguimos manter o bebê na cama por meia hora, mas depois de um tempo simplesmente não deu mais e tivemos que levantar. O café geralmente era por minha conta quando eu estava aqui, mas hoje Alex disse que nos faria panquecas e eu, é claro, aceitei de bom grado a oferta, então Tommy e eu – ainda de pijama – fomos brincar no tapete da sala.

  Eu e o bebê estamos tentando recuperar um carrinho que se enfiou debaixo do sofá quando a campainha toca uma e outra vez, acho estranho, sobretudo pela hora – pouco depois das 08h00m da manhã -, mas pego Tommy e fico de pé.

  - Já vai – digo a quem quer que seja e sigo até a porta.

  Quando abro fico surpresa ao ver o homem a minha frente, ele é tão parecido com Alex que chega a ser estranho, o mesmo rosto quadrado, os olhos naquele castanho que beira o negro, o cabelo escuro, o senhor também é alto, mas a julgar pela expressão e as rugas no rosto cansado deve ter a idade de papai e meu cérebro chocado leva alguns segundos para desvendar quem é.

  - Analu quem é? Se forem os meninos pode dizer que não temos café, eles que... – a voz de Alex morre assim que ele chega à sala. Viro-me a tempo de ver sua expressão divertida se tornar dura, ferida e quase assustadora. – O que você está fazendo aqui?

  - Não vai nem me convidar para entrar? – o homem pergunta e ainda estou parada no mesmo lugar, próxima a porta com Tommy no colo, olhando de um para o outro sem entender. – Não vai convidar seu pai para entrar e me apresentar essa linda garota?

  - Analu você pode ir olhar as panquecas? – a voz de Alex é um sussurro e não sei decifrar sua expressão. – E pode levar o Tommy? Por favor.

  Sua suplica é demais pra mim, faço que sim, passo por ele e aperto sua mão com firmeza e só depois sigo com Tommy para a cozinha, mesmo que quisesse muito ficar e entender o que estava acontecendo.

  É o pai de Alex na sala, mas ele não havia dito que ele tinha morrido depois da mãe dele? O que exatamente é tudo isso?

  Eu posso até ter recuado em respeito ao que quer que seja que haja entre os dois, mas eu vou, com certeza, descobrir o que está acontecendo aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou pequeno e fofo! Mas acho que cumpriu bem seu papel de deixar vocês curiosos sobre o que está acontecendo kkkk
Amo todo mundo, OK? Por favor tenham paciência comigo ♥
E as teorias como ficam? O que está acontecendo? Gostaram? Quero opiniões!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surpresas do Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.