Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 19
Música e pedidos.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Vou nem me desculpar mais por que né... Difícil essa vida de esperar os capítulos chegarem nos dias certos, eu estou tentando! Kkkkk
Mas espero que gostem do capítulo!
BOA LEITURA ;)



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  Analu

 

  - Você não pode ficar com ele o tempo todo, me deixe pegar o Tommy também, Noah! – Mason exclamou tentando, em vão, tirar o bebê dos braços do meu irmão. O moreno então se virou para mim. – Analu, fala para o seu irmão me deixar pegar seu filho um pouquinho! Qual é, eu sou o tio favorito dele!

  - Não mesmo, eu que sou – Noah sorri e suspiro.

  - Analu!

  - Vocês se decidam com o Tommy que eu tenho mais coisa para fazer – digo me afastando da bancada onde estava. Os dois estavam tendo essa discussão sentados no tapete com Tommy entre eles brincando de carrinho.

  Hoje era sábado, a tão esperada festa de Tommy que já prometia muito se levasse em conta que era o primeiro aninho do bebê. Depois de ontem – e da bebedeira de todos – eu só tive que organizar os detalhes da decoração que, só não foi da Barbie – Tommy adorava a boneca loira – por que geraria muitas discussões presentes e futuras, então terminou sendo de “O rei leão”, outro filme que o bebê gostava, ele era realmente encantado com musicais.

  Tinha leões, árvores, folhas, girafas e mais um monte de animais da savana espalhados pelo jardim de Alex. Meu quase/pseudo namorado tinha me perguntado o porquê daquilo tudo e eu disse simplesmente que queria dar boas lembranças a Tommy mesmo que ele não se lembrasse delas, isso o fez rir e eu ganhar um beijo. Mas eu falava sério, mesmo que ele não se lembrasse ainda teriam fotos e seus tios o contando como foi e ele poderia ver e se divertir vendo a si mesmo em uma fantasia de leão, por que sim, eu havia comprado uma pra ele.

  Ontem depois de matarmos aula e todos trabalharem de ressaca, não tiveram muitos acontecimentos mais, a não ser é claro, Matt e Manu fingindo que não haviam se pegado loucamente na madrugada anterior, por que todos sabíamos que eles se lembravam de tudo. Então no fim quando minha melhor amiga não quis conversar eu resolvi conferir se tudo estava certo e ir buscar Tommy com Alex na casa dos meus pais no fim do dia, voltei para cá e por aqui mesmo fiquei, papai ficou de cara feia com a minha saída e minha mãe só me beijou, riu, pediu para eu ter juízo e disse que falaria com o meu pai.

  Eu continuava na cozinha arrumando os últimos docinhos na bandeja enquanto escutava as conversas, risos, discussões e muito mais que aconteciam quando muitas pessoas que se conheciam estavam juntas. A casa de Alex tinham se tornado, hoje de manhã, uma verdadeira base de operações militares e nós não pudemos fazer nada. A primeira a chegar foi Rose, então minha mãe veio com a tia Lena, Noah e Maddie nos ajudar, depois chegou Mason – que tinha conseguido folga – Will e Caleb que moravam aqui perto, depois vó Cassy trazendo consigo o vô Louis, Drew e papai e por fim o resto da nossa enorme e bagunçada família.

  E, nesse momento, quase 15h da tarde estavam todos andando pra lá e pra cá, fazendo alguma coisa, enchendo o saco de alguém ou já se arrumando para a festa e é claro, falando todos ao mesmo tempo. Quando terminei a última bandeja sorri, só tinha que levá-la até o jardim e estava tudo pronto.

  - E essa confeiteira linda? – Alex perguntou sorrindo ao aparecer na porta da cozinha e eu sorri também.

  - Eu sou demais, não sou? Felizmente para todos nós meu trabalho é só colocar os doces na bandeja.

  - Felizmente – ele ri e vem me beijar, aproveito para abraçar seu pescoço e sorrir quando ele se afasta apenas o suficiente para ver meu rosto.

  - Tudo certo lá fora?

  - Com certeza, sua mãe, sua avó e a minha avó são praticamente uma máquina de organização e decoração – Alex diz divertido.

  - Mamãe já é vacinada contra esse tipo de situação, foram muitos anos organizando nossos aniversários e sei que os meus e do Drew sempre deram a ela mais dor de cabeça.

 - Por quê?

 - Por que tenta convencer uma garotinha de seis anos a ter um aniversário do Pokémon pra ver que acontece – digo rindo.

  - E o que aconteceu?

  - Aconteceu que eu fui um Butterfree e o Drew um Squirtle, estávamos uma graça se você quer saber.

  - Sério isso? – ele pergunta e faço que sim adorando ver esse sorriso em seu rosto. Hoje Alex só sorriu e eu gostaria que todos os dias fossem assim.

  - Se quiser depois peço a mamãe o álbum desse aniversário para você ver. Eu não lembro de muita coisa, mas adoro ver as fotos.

  - Eu vou querer ver, com certeza.

  - Ótimo, estamos combinados, agora leva essa bandeja lá pra fora que eu vou dar banho em Tommy – digo depois de sair de seus braços apontando a bandeja com os doces.

  - Sim, senhora.

  Reviro os olhos e vou até a sala onde ainda está acontecendo a discussão entre Noah e Mason, suspiro, pego Tommy que não hesita em vir comigo e deixo os dois falando sozinhos.

  - Vamos ficar bem fofo, vamos meu amor? – pergunto a Tommy enquanto subimos para o quarto e ele ri.

  Não demora até o bebê estar bem fofo e cheiroso em sua fantasia de leão, é a coisa mais linda e o aperto e só solto quando ele reclama.

  - Amo você – digo ao bebê que me olha com os olhos escuros e toca meu rosto com a mão gordinha.

  - Ma? – me olha com curiosidade e o beijo.

  - Seu pai e a autodenominada vó Elisa acham que eu não sei o que essa sílaba significa. Mas se eu disser que sei o que eu faço Tommy? Aceito o título e me torno sua mãe? Ou eu já sou sua mãe por que você me deu o título?

  Quando eu escutei esse “Ma” pela primeira vez segunda-feira na creche realmente fiquei sem saber o que significava, podia ser qualquer coisa, eu não queria criar falsas esperanças nem nada assim. Mas não demorou muito e eu percebi que esse Ma era só pra mim, um jeito dele me chamar e a mais ninguém, sempre que Tommy me via. Do mesmo jeito que Alex é o Papa eu sou a “Ma” e isso me assusta tanto quanto me deixa feliz, quando entendi realmente o que significava eu senti o peito transbordar, eu realmente amava esse bebê. Mas mãe? Eu mereço esse título? E Alex, o que acha disso?

  - Hei, Lucy, eu sei que não nos conhecemos, mas temos dois amores em comum, então pensei que você pudesse me ajudar – comecei sem saber bem o que eu queria com aquela conversa. – O que você acha disso? Eles são seus antes de serem meus, mas você aceita dividir? Eu cuido deles aqui da terra e você aí do céu, o que acha? Tommy me deu esse título que não sei se mereço e é seu de direito. Eu não sei se aceito ou não. O que me diz? Posso amá-los assim?

  - Mama! – Tommy exclamou tocando em minha bochecha e parei, estática o olhando. Meu coração batia descompassado e eu sorri como boba sentindo os olhos marejarem. Olhei para o bebê em meu colo e tive certeza, era isso que eu era, sua mãe. – Mama?

  - Essa é a sua resposta, Lucy? – perguntei sentindo uma lágrima de alegria e emoção rolar pelo rosto. Depois olhei para Tommy e o beijei. – Oi, meu amor. O que quer?

  Então Tommy olhou para trás de mim e sorriu.

  - Papa! – exclamou e eu me virei. Alex estava parado no batente da porta com o sorriso mais lindo do mundo nos olhando.

  - Você está aí há muito tempo? – perguntei surpresa usando a mão livre para limpar o rosto. Ele veio até nós, hesitou por um instante e depois negou com a cabeça.

  - Não, mas ouvi um certo Sr. Exigente reivindicando uma mãe pra si. Uma bem linda e especial. E ao que parece ela aceitou o título. Aceitou? – ele pergunta tocando meu queixo me fazendo encará-lo. Há uma centena de emoções expressas em seus olhos.

  - Eu não tive muita escolha, Tommy conquistou meu coração quando nos conhecemos, antes mesmo de eu saber que ele era seu filho eu já o amava. Agora não consigo imaginar não tê-lo por perto e cuidar dele.

  - Você é realmente um ser humano muito especial – ele beija minha testa e a de Tommy. – Você deu muita sorte campeão, duas mães extremamente especiais? Isso é para poucos. Eu gosto de pensar que foi Lucy quem juntou vocês dois.

  - Você acha? Alex eu não quero tomar o lugar dela, não quero roubar nada de ninguém, só quero amar Tommy e vê-lo feliz. Não preciso do título se ele não me couber – digo sinceramente mesmo que me doa. Por que eu quero desesperadamente poder ficar e amá-los, os dois.

  - Você não está tirando nada de ninguém, está dando, dando amor a Tommy. Lucy não está mais aqui em pessoa, mas vai continuar conosco pra sempre, ela é uma parte minha e de Tommy, mas não quero ficar mais preso a isso. Ele a ama, Analu, lhe deu o título, é seu, você merece, o ama e quer sua felicidade e sei que Lucy, onde quer que ela esteja, está feliz por Tommy ter uma mãe leoa pronta para defendê-lo com unhas e dentes.

  - Obrigada – murmuro em meio às lágrimas outra vez e faço careta. – Odeio chorar e vocês já me fizeram chorar duas vezes hoje. Acho que chega, certo?

  - Eu acredito que lágrimas de alegria não são de todo ruim.

  - Por que não é você com os olhos inchados – reclamei e ele riu beijando meu nariz.

  - Oh família, chegaram uns convidados – Noah anuncia aparecendo na porta com um sorriso.

  - Meu Deus! Eu ainda nem tomei banho, você vai lá ver quem é – digo a Alex e ele sorri. – Aqui está esse bebê lindo e cheiroso, vai desfilar com ele e não o deixe se sujar até a hora das fotos.

  Expulso os três do quarto e me apresso em ir tomar um banho rápido com um sorrio enorme no rosto. Dessa vez eu não demorei muito a tomar banho, colocar uma calça jeans e uma blusa branca de babados, quando desci sorri, no fim nossos convidados eram Tessa, a amiga de Lucy e Alex, Dylan o filho dela e seu marido Sam. O resto das pessoas que participariam da festa já estava aqui desde cedo.

  Éramos só a “família”, mas ainda sim éramos muitos. Isso pareceu divertir Alex, nossos amigos estavam discutindo para ver quem tiraria foto com Tommy primeiro, vó Cassy e Rose já haviam se tornado melhores amigas e eu poderia só continuar sorrindo vendo todos felizes assim. Mas havia uma pequena sombra em toda essa felicidade, Matt e Manu continuavam a fingir que a noite anterior não havia acontecido.

  - Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa? – Alex perguntou me trazendo o copo de água que te pedi. Suspirei aceitando e tomando um gole.

  - É a Manu e o Matt com essa ideia estúpida de fingir que não estavam se pegando como se não houvesse amanhã em meu carro no dia da festa. Ele disse que falaria com ela, mas se demorar um pouco mais, eu mesma vou fazer alguma coisa.

  - Disso eu não duvido – ele ri me beijando.

  - Oh casal, não vamos cantar parabéns não? Quero bolo! – Will gritou e nós nos viramos para ver todos nos olhando, inclusive meus pais, isso sempre fazia Alex ficar desconfortável, era divertido pra dizer o mínimo.

  - Analu? – Alex me olhou e eu sorri.

  - Certo, vamos cantar os parabéns, vamos ter bolo pra todo mundo. Tommy vamos comer bolo? – convidei o bebê que estava no colo de Mason e se virou para mim assim que ouviu minha voz.

  - Mama! – ele exclamou para surpresa geral e eu só sorri ciente do olhar de todos e fui até ele.

  - Vem aqui meu amor. Vamos chamar o papai para assoprar as velas com a gente?

  - Papa! – Tommy sorriu assim que Alex se juntou a nós na mesa atrás do bolo. Todos ainda nos olhavam com curiosidade e vi mamãe sorrir pra mim e sussurrar um “Eu sabia” sem emitir som algum.

  Depois de passado o choque inicial teve música, fotos, gravações, Tommy tentando meter a mão no bolo e conseguindo, teve também o bebê sujando Alex e ele sujando a mim, no final estávamos os três sujos de glacê dando muito entretenimento a todos que riam divertidos. Mas estávamos todos nos divertindo e era isso que importava. Cortei o bolo e como não chegamos a um consenso sobre o primeiro pedaço, eu, Alex e Tommy comemos um pouco dele juntos.

  Eu ainda suja de glacê ajudei a servir enquanto Alex ficava com Tommy, o bebê louco para tentar andar sozinho e lá foi Noah, Becca e Maddie – os únicos que ainda tinha paciência de segurar Tommy de pé para andar – brincar com ele pelo jardim. Depois que todos se serviram e comeram Tessa se despediu e foi embora, e então os mais velhos foram se sentar de um lado, e os mais jovens do outro, eu tinha ido atrás de alguns doces na mesa e quando voltei meus primos e amigos estavam se divertindo com alguma coisa, Noah tinha simplesmente deitado na grama e brincava com Tommy enquanto falava.

  - Mas não é justo, ela não pode ficar com todos!

  - Quem não pode ficar com o quê? – quis saber me aproximando e eu vi todos rirem, Maddie corar e Becca revirar os olhos.

  - A Rebecca ficar com todo mundo em uma festa! – Noah reclamou e eu sorri. Ao que parece eles tinham ido a uma festa ontem à noite com alguns amigos da escola.

  - Que culpa eu tenho se aquela garota era bonita? Eu não sabia que ela estava com você, ela que veio falar comigo, depois me deu um perdido por que viu uma “amiga” – a garota fez aspas no ar nos fazendo rir. No fim essa era a Becca, Naoh sempre reclamava que achava injusto ela ficar com todo mundo, assim não sobrava ninguém pra ele, nenhuma garota no caso.

  - E o cara com que eu te vi depois? – ele perguntou e ela riu.

  - Se serve de consolo eu não lembro nem o nome dele. Mas era um gato.

  - Rebecca! – ele gemeu fazendo todos rirem. – Tenha piedade do seu primo e deixe algumas garotas pra mim, sim?

  - Como se eu precisasse – a garota debocha. – A maioria é apaixonada por você, eu que não estou tendo chance com você por perto.

  Manu e eu nos olhamos calculando fatos enquanto eles continuavam a discussão, ainda havia a teoria de que Noah tinha uma queda por Becca, mas sinceramente, a julgar pelos olhares de Meddie, eu não sabia mais se ela tinha uma queda pelo meu irmão ou por Rebecca que era um encanto exatamente como o tio Dan. Será que era possível? Eu e Manu tivemos toda uma conversa com o olhar e nenhuma das duas parecia saber mais o que estava acontecendo.

  - Então a gatinha além de ficar com um carinha ainda pegou a garota que você queria? – Caleb perguntou divertido e Becca deu de ombros ao passo que Noah assentiu, isso foi o suficiente para o amigo de Alex rir. – Está aí gostei de você, gatinha – ele ergueu a mão e trocou um high five com Becca fazendo todos rirem.

  A conversa continuou, teve riso, falação ao mesmo tempo e muita discussão pelas coisas mais aleatórias, me deixou feliz só de vê-los assim. Mas em determinado momento quando Tommy já estava dormindo em meu colo, Alex e Noah começaram a trocar olhares e claramente ter uma conversa silenciosa, demorou uns cinco minutos até meu irmão ganhar e Alex suspirar. Meu quase namorado disse que ia buscar uma coisa e entrou, estava para segui-lo quando Noah ficou de pé, agora todo sujo de grama e sorriu diretamente pra mim, esses dois com certeza estavam aprontando.

  - Pessoal, pra quem achou que hoje não teria música, erraram, vamos ter uma apresentação muito especial – anunciou meu irmão mais novo sorrindo. – Mas dessa vez não vamos ser eu ou Analu cantando. Espero que gostem do show.

  - Não precisava disso tudo – para minha surpresa foi Alex quem respondeu voltando de casa com um violão nas mãos, um violão que claramente não era o de Noah.

  - Só estava tentando ajudar – Noah sorriu.

  - Você toca? – perguntei surpresa e Alex sorriu pra mim.

  - Eu tento – ele repetiu a resposta que dei a ele quando perguntou se eu cantava. – E essa música é para você, Analu. Espero que goste, ela diz um pouco do que eu sinto quando estou com você.

  Mamãe veio até mim e pegou Tommy do meu colo que nem se mexeu.

  - Algo me diz que vai precisar dos braços livres – sussurrou antes de se afastar e eu só a deixei levar o bebê.

  Ainda estava surpresa vendo Alex se sentar em uma cadeira, ajustar o violão, dedilhar uma melodia suave e começar a cantar, para mim. Eu me sentia em um dos tantos romances que leio, uma mocinha apaixonada sendo homenageada por seu príncipe encantado e, nesse momento, eu realmente era uma delas.

 

Ooh, você sabe que eu estive sozinho por um bom tempo
Não estive?
Eu pensei que eu sabia de tudo
Que havia encontrado o amor, mas eu estava errado
Mais vezes que o suficiente
Mas desde que você apareceu
Eu estou pensando

Amor, você (sim) está despertando uma versão diferente de mim
Não há rede de segurança embaixo, estou livre
Me apaixonando por você”

Fallin' All In You – Shawn Mendes.

 

  Eu me vi perdida em sua voz e no olhar penetrante que Alex lançava a mim, cada palavra da música que ele escolheu dizia como ele se sentia, mas era como eu me sentia também, eu estava me apaixonando por ele cada vez mais, e não sei se foi quando aconteceu, mas foi aqui nesse momento o vendo sorrir pra mim depois de uma declaração dessas, digna dos meus sonhos mais bobos que eu soube que o amava. Eu estava ali sendo não a coadjuvante, mas a protagonista de uma história de amor de verdade, recebendo um presente em forma de música, uma declaração de amor. Quando dei por mim senti as lágrimas de alegria rolarem pelo rosto mais uma vez.

  - Amo você – digo simplesmente quando ele termina de cantar e acho que ninguém – inclusive Alex – esperava por essa declaração.

  - Você não pode roubar minha linda e ensaiada declaração assim – Alex diz sorrindo, ficando de pé, deixando o violão na cadeira e vindo até mim. – Eu amo você, Anna Laura Whitmore. E agora olhando nesses seus lindos olhos verdes eu não me lembro de mais nada do que eu ensaiei.

  - Nada?

  - Nada – ele sorri segurando minhas mãos com as suas. - Você é linda, é encantadora, mas não foi isso que me chamou atenção quando a conheci, primeiro foram seus olhos, eu amo a cor, mas acima de tudo, amo o que expressam. Depois foi sua língua afiada, você sempre diz o que pensa, e é a pessoa mais corajosa e sincera que conheci. E, apesar disso tudo o que mais amo em você é o seu coração enorme, é esse sentimento de querer cuidar de todos, de ser esse anjo e esse ser humano único que é. De amar sem pedir nada em troca.

  - Tem certeza que não ensaiou isso – murmurei ainda chorando e ele sorriu.

  - Não, a versão original era melhor, posso te garantir. Mas eu estou aqui hoje, cantando, me declarando, me expondo e sendo tão sincero quanto você é sempre apenas para te perguntar, se você, Anna Laura Whitmore aceita namorar comigo?

  - Isso tudo apenas para me perguntar isso? – pergunto divertida e ele faz que sim.

  - Teve duas pessoas que me disseram que você não merecia menos e eu concordo – ele sorri para Manu e Noah e sinto que poderia amassá-los num abraço de tanto amor. – E então, aceita?

  - Óbvio que sim, eu nunca imaginei que receberia uma surpresa assim, obrigada. Amo você Sr. Bad Boy.

  - E eu amo você, Princesa – ele diz antes de me beijar e então posso ouvir nossos amigos comemorando, batendo palmas e assobiando, isso só me faz sorrir um pouco mais durante o beijo.

  Se isso é um sonho ou um conto de fadas, eu não quero acordar tão cedo.

  Quando interrompemos o beijo há brincadeiras e felicitações, mamãe faz questão de nos apertar em um abraço e papai mesmo que finja que não, sei que está feliz por mim e isso é o suficiente. Ainda há bolo e doces e a festa segue, mas quando minha paciência acaba chamo Manu e peço a ela para ir a um dos quartos sem cama para supostamente buscar alguma coisa pra mim e encontro Matt e digo a ele que ela está lá o esperando e o mando atrás dela. Eu estou feliz demais para não desejar essa mesma felicidade a minha melhor amiga.

  - Hei! Eu quero música! – Becca pede. – Vamos ter show hoje ou agora que está namorando não canta mais, Analu?

  - Canto – digo sorrindo - Vamos Noah? Quero dedicar uma música ao meu namorado em retribuição.

  - Então vamos – Noah sorri pegando o violão de Alex antes de se sentar na cadeira. – Qual vai ser?

  Digo a ele a música e meu irmão sorri. Mas antes de começar a cantar, olho de Alex para Noah curiosa.

  - Foi Noah quem te ajudou com isso tudo, não foi? – pergunto a Alex e ele dá de ombros.

  - Foi, seu irmão me deu umas aulas de violão essa semana, eu tocava quando tinha a idade dele, mas estava enferrujado.

  - E quando vocês faziam isso entre faculdade, trabalho, Tommy e eu aqui sem perceber nada?

  Os dois riem.

  - Quando saíamos para treinar com a moto depois do trabalho e você ficava com o Tommy – diz Alex. - Nós tocávamos no parque, e até ganhamos uns trocados.

  - Treinava o que com a moto, posso saber? – mamãe pergunta e Noah engole em seco, Alex resolve fingir que não é com ele.

  - Depois a gente conversa, mãe. Eu te amo, Ok? – Noah tenta divertido e mamãe o olha feio, mas está sorrindo.

  - E essa música, sai ou não? – Mason pergunta. – Estou amando essas declarações.

  - Certo, essa é pra você meu namorado – sopro um beijo para Alex que sorri antes de começar a cantar.

  Mais uma música especial para deixar esse dia ainda mais inesquecível do que já está.

 

“Porque toda vez que nos tocamos, eu sinto isso
E toda vez que nos beijamos, eu juro que consigo voar
Você sente meu coração bater rápido? Quero que isso dure
Preciso de você ao meu lado
Porque toda vez que nos tocamos, eu sinto a estática
E toda vez que nos beijamos, eu alcanço o céu
Você não pode sentir meu coração bater devagar
Eu não
posso deixar você ir
Quero você na minha vida”

Everytime We Touch — Cascada.

 

  Alex sorri pra mim quando termino e espero que ele tenha acreditado nessas palavras, que falam um pouco do que acontece quando estou com ele. Tudo se mistura e sinto meu coração acelerar e quero isso pra sempre se eu puder escolher, e se ele quiser também. Agora que sei que ele não se importa de Tommy ter me dado o título de mãe, que sei que ele fica feliz em eu amar aquele bebê desse jeito, nada vai me tirar do lado deles, a não ser é claro se um dia Alex decidir que esse lugar não é mais meu. E eu espero fervorosamente que isso não aconteça.

  O dia de hoje, depois de todas essas emoções, irá ficar pra sempre em minha memória e em meu coração.


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Notas finais do capítulo

Maaaas para compensá-los pelos sumiços, esse capítulo ficou fofo e cheio de emoções, espero que tenham gostado! E o Tommy chamando a Analu de Mama? Eu não aguento!
Por favor, comentem o que acharam!
Beijocas e até, Lelly ♥



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