Surpresas do Amor escrita por Lelly Everllark


Capítulo 11
Um antigo amor e magoas.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! VOLTEI DE NOVO Kkkk
Eu já estava morrendo de saudades!
Desculpem mesmo ter sumido por tanto tempo, mas pra quem não sabe eu sou professora e com essas aulas onlines e o fim do semestres eu estava na correria. Me desculpem mesmo!
Foi por isso que acabei postando esses três últimos capítulos de uma vez, por que fiquei tão ocupada que só consegui escrever e postar agora!
BOA LEITURA ♥



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  Manuella

 

  Eu nunca pensei que uma festa poderia dar tanta confusão.

  Era um aniversário, apenas isso, mas é claro que resultou em brigas, beijos, interrupções, mal entendidos, no fim, foi uma sucessão de desastres.

  É claro que eu sabia que poderia ter alguma repercussão, ou situação constrangedora, afinal, era o aniversário do meu ex-namorado por quem eu ainda sou apaixonada, mas o resultado foi muito pior.

  Eu conhecia Matt desde sempre. Fomos criados juntos. Nossos melhores amigos são irmãos e talvez tenha sido por isso que não foi exatamente uma surpresa quando nós percebemos que estávamos apaixonados um pelo outro. Seus olhos escuros sempre me encantaram, assim como o sorriso. Um garoto bobo como todos os outros, mas com um coração enorme e cheio de carinho, principalmente pela irmã e isso era só uma das coisas que me encantava.

  Analu me encheu muito por causa disso quando éramos adolescentes, principalmente depois do beijo na festa de renovação de voto dos tios, meu primeiro beijo e foi dele. Matt foi meu primeiro namorado, minha primeira paixão adolescente e também o meu primeiro amor. Eram muitos sentimentos, muita coisa de uma vez, mas estávamos felizes, pelo menos era o que eu achava, num minuto eu achei que fosse casar com ele, no outro, Matt estava terminando comigo.

  Eu nunca soube ao certo o motivo do rompimento, ele havia se cansado de mim? Descobriu que não gostava de mim? Tinha encontrado outra pessoa? Na época essa última pareceu uma boa opção, mas depois de mim, Matt nunca mais namorou e eu também não o fiz. Eu não sei os motivos dele, mas os meus são simples: eu não sou nem louca de dar o meu coração a outro e, é claro o mais importante, eu ainda amo aquele idiota.

  Tudo bem que não foi exatamente assim que aconteceu.

  A coisa toda foi um pouco mais dramática, Matt teve meu coração e os meus lábios pela primeira vez. E, claro que no fim, também o meu corpo. Nós tivemos a nossa primeira vez na noite do baile de formatura dele. Foi linda, apaixonante, meio desastrada e, é claro, inesquecível. Com direito a ele tropeçando em meus sapatos e eu perdendo os brincos. Eu estava tão feliz que não cabia em mim, Analu é claro, percebeu na hora e minha mãe também, então nós tivemos aquela conversa constrangedora, mas no fim deu tudo certo.

  Mas foi nessa semana também que eu disse a ele que o amava, que queria construir uma vida com ele, e ficar com o Matt pelo resto da vida. E foi nessa mesma semana que ele pediu um tempo. E eu simplesmente odeio essa expressão. “Tempo”? Ou um casal está namorando ou não está, não existe isso de tempo, pelo menos não pra mim. Nós brigamos, discutimos como nunca havíamos feito e eu disse a ele que não queria dar um tempo e que ele me dissesse o motivo de toda aquela palhaçada. Mas ele não disse, só pediu que eu lhe desse o tal tempo.

  E como ele queria que eu fizesse isso sem nem ao menos saber o motivo? Eu era uma garota que tinha acabado de perder a virgindade e começado a sonhar com uma vida ao lado do namorado e do nada ele pede um tempo? Eu não tinha emocional ou psicológico para isso, ainda hoje acredito que não tenha, mas naquela época aquilo doeu tanto. Nós discutimos aos berros e eu lembro de ter dito que se ele queria terminar comigo que terminasse logo de uma vez. Matt saiu sem me responder, nós ficamos sem nos falar alguns dias e depois quando nos vimos eu achei mesmo que íamos nos acertar, que ele pediria desculpas, eu faria o mesmo, então me explicaria tudo e nós nos beijaríamos apaixonadamente e viveríamos felizes para sempre.

  Só que obviamente não foi bem assim.

  Meu, até então namorado, simplesmente disse que faria o que pedi. Por que se era o que eu queria, então tudo bem. Ele disse que me deixaria livre e que eu poderia fazer o que quisesse, e eu estava tão cega de ódio, magoa e raiva que pensando agora, essas suas palavras nem ao menos fazem sentido. No fim, nós terminamos, um término cheio de magoa, dor e sentimentos e ciclos inacabados. Acho que é por isso que nenhum de nós consegue simplesmente seguir em frente. De nenhum modo que seja.

  - Manu, hei! Você ainda está aí? – Analu me trouxe de volta a realidade e eu pisquei. Ela riu do seu jeito contagiante mostrando as covinhas e eu sorri também.

  Nós estávamos no quarto dela. Depois de tudo o que aconteceu na festa dessa noite tínhamos muita fofoca para por em dia, então minha melhor amiga não me deu outra alternativa que não vim dormir com ela.

  - O que foi? – perguntei e Analu suspirou.

  - Eu estou falando com você há um tempo e nada. Já te contei toda a história com o Alex agora quero saber de você e do Matt. Ou seria de você e do Will? Eu ainda não entendi.

  - Pra falar a verdade. Nem eu – suspirei me jogando na cama. Analu se deitou ao meu lado, nós duas encaramos seu teto lilás cheio de pipocas. Um dia estávamos sem nada para fazer e ela decidiu que iria pintá-lo e estrelas para minha amiga louca era clichê demais, então ele terminou cheio de adesivos de pipocas.

  - Certo. Do começo, por favor. Na verdade pode começar daquela parte em que você interrompeu minha dança.

  Eu suspirei e comecei a falar.

  Quando eu chamei o Will para a festa não achei que ele toparia, afinal, ele vive falando como eu e meus amigos somos meio inalcançáveis que eu achei mesmo que ele diria não. Mas para a minha surpresa ele aceitou. Nós estávamos trocando mensagens há quase uma semana e ele me parecia um cara incrível. Era divertido, inteligente e é claro, bonito. Se eu pudesse escolher, queria me apaixonar por ele. Só que, infelizmente, não é bem assim que a banda toca.

  Assim que chegamos à festa, em meio a toda aquela brincadeira com Analu e Alex, eu vi Matt na entrada do salão de festas e como sempre acontecia as borboletas em meu estomago se reviraram. Já iam fazer quase quatro anos que tínhamos terminado e essa reação toda era ridícula, mas como explicar isso pro meu coração quando eu o vejo todos os dias? Eu nem soube como lhe dar parabéns.

  Eu o abracei e quando estávamos nos separando nossos narizes se tocaram e eu fiquei consciente de cada parte dele colada a mim. Eu queria beijar o idiota e também quebrá-lo na porrada. No fim só me afastei. Nós entramos, eu e Mason resolvemos deixar Analu e Alex sozinhos e quando meu novo amigo encontrou o namorado eu acabei sozinha e então vi Will.

  Ele veio falar comigo. Nós conversamos, rimos, bebemos juntos e quando íamos nos beijar Matt apareceu.

  - Eu posso? – Will perguntou muito perto de mim colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

  - O quê? – perguntei num sussurro e ele sorriu.

  - Beijar você?

  - Pode, eu... – deixei a frase no ar quando o vi.

  Os olhos escuros de Matt se grudaram aos meus. Havia tanta coisa ali que eu tive certeza de ver, além de raiva, ciúme também. Eu queria ser esse tipo de pessoa que machucava outra sem pensar em nada. Mas eu não podia. Então desviei os olhos de Matt e me afastei de Will. O moreno me olhou surpreso. Depois olhou para trás de si e teve um vislumbre do meu ex. Will suspirou. 

  - Me desculpe – murmurei. – Eu sou uma idiota.

  - Hei! Nada disso, se não quer me beijar tudo bem. Que tal dançarmos? – ele perguntou para minha surpresa.

  Eu queria simplesmente aceitar, mas ainda sentia o olhar de Matt sobre mim. Não era pra opinião dele que eu ligava. Eu só tinha medo de me magoar mais se fizesse alguma coisa para provocar o idiota que tinha partido o meu coração. E o Will era legal demais para eu querer metê-lo nesse rolo todo.

  - Você guarda essa dança pra daqui a pouco e continuamos de onde paramos? Eu preciso ver se a Analu precisa de ajuda. – Grande, Manuella! A desculpa do século, parabéns!

  - Promete que volta? – ele pergunta, não aparece irritado nem nada assim. Isso só faz eu me sentir pior.

  - Prometo.

  Quando me afasto tento passar o mais longe possível de Matt. Encontrar Analu era só uma desculpa para me afastar, mas é isso mesmo que vou fazer, preciso de um conselho de melhor amiga.

  - Se divertindo? – a voz de Matt me causa arrepios. Eu paro assim que o ouço atrás de mim. Aparentemente fugir dele não adiantou.

  - Muito – respondi. Se tinha uma coisa pela qual eu era conhecida, era pela minha sinceridade.

  - É aos beijos que você se diverte?

  - E se for? – perguntei me virando para sustentar seu olhar. Eu já tinha sido uma garotinha tímida e retraída, mas se minha amizade com Analu tinha me ensinado alguma coisa, era a nunca abaixar a cabeça pra ninguém. – Só estou fazendo o mesmo que você.

  - É isso que você acha, pimentinha? – ele perguntou usando o apelido ridículo de quando ainda éramos um casal e eu mordi o lábio para não xingá-lo ou sair correndo. Eu não era tão forte quanto a minha melhor amiga.

  - Eu sei que é – disse e ele abriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa. Não era a primeira vez que Matt fazia algo como isso, mas como das outras, ele a fechou sem falar nada e se afastou.

  - Claro que sabe. Espero que não se machuque – ele murmurou e eu fiquei sem entender.

  - O que disse?

  - Que espero que curta a festa, Manuella – Matt disse meu nome de um jeito que me fez arrepiar. Esse idiota! Ele não tem esse direito! – Ela não está tão linda quanto você, mas acredito que vá gostar.

  Matt sorriu e corei. Minha vontade era bater nele por me dizer coisas assim e me fazer sentir coisas assim.

  - Idiota! – disse dando meia volta para me afastar e o ouvi gargalhar. O som me encheu de calor. Eu precisava me afastar de Matt se quisesse ter a chance de seguir com a minha vida.

  Mas e se para seguir, você e ele precisem estar juntos? Meu coração burro insistia em perguntar enquanto eu me afastava.  

  Eu encontrei Analu e Alex dançando e me senti mal por atrapalhar, eu sabia o quanto minha amiga estava envolvida, ela não admitiria que estava apaixonada. Mas gostando do Bad Boy dela? Com certeza. Eu a levei comigo e fiz o que eu faço de melhor. Fui sincera e perguntei o que ela achava sobre ficar com o Will e talvez envolvê-lo nesse rolo ou quem sabe ter mais uma discussão com Matt e quem sabe resolvermos as coisas de uma vez.

  Analu me olhou com aqueles enormes olhos verdes, sorriu e eu soube o que ela ia dizer antes mesmo dela abrir a boca.

  - Você sabe que eu espero pelo dia em que você e o Matt vão se acertar, casar e eu vou poder ser madrinha, não é? Mas é sério, vocês tem que terminar isso de vez antes de arrastar mais gente para essa bola de neve. Mesmo por que, eu acho que tem alguma coisa errada nessa história de vocês.

  - Analu... – a censurei e ela sorriu. Minha amiga jurava que tinha realmente alguma coisa errada com o rolo que tivemos eu e Matt, além é claro do primo dela ser um idiota.

  - Tudo bem. Mas você quer saber também? Devia beijar o Will, vai que isso ajuda? Você pode ou não voltar com o Matt, você sabe que é brincadeira essas coisas que digo. Eu quero te ver feliz, independente do que isso signifique e beijar eu tenho certeza que não vai arrancar pedaço – ela ri e sou obrigada a rir com ela.

  - Então você vai beijar o Alex? – pergunto enquanto seguimos para o banheiro. Analu dá de ombros.

  - Se ele quiser, com certeza. Você só tem que decidir quem você quer beijar, Manu. O resto vai acontecer, se tiver que acontecer.

  Nossa ida no banheiro devia ser uma coisa simples, mas se tornou uma missão principalmente quando decidimos invadir o banheiro masculino que estava vazio e nos trancarmos lá. O vestido da Analu prendeu e eu ri ao ver minha melhor amiga daquele jeito e finalmente quando sai atrás de uma tesoura eu vi Alex. Eu ia trancar a porta como disse que faria, mas não consegui não incentivar o garoto bonito a entrar o banheiro onde eu sabia que ele encontraria Analu linda e descabelada a sua espera.

  Eu fui atrás da tesoura e decidi por fugir de Matt e Will, não era a coisa mais corajosa a se fazer, mas no momento as palavras de Analu ainda martelavam em minha cabeça e eu não sabia quem ou o que eu realmente queria. Consegui a tesoura e voltei para o banheiro, eu não ia entrar, não queria atrapalhar, mas quando ouvi o grito do gêmeo ciumento de Analu resolvi interferir. E a julgar pela aparência da minha amiga e de Alex a coisa estava muito boa antes de acabar.

  Arrastei Drew comigo, meio bêbado não foi difícil, ele ficou em choque por alguns minutos, mas o convenci a se preocupar com isso amanhã. Eu esperei do lado de fora e quando Alex saiu eu decidi esperar por Analu. Se a cara feia do namorado da minha amiga era indicio de alguma coisa, provavelmente era que as coisas não terminaram muito bem. Ela saiu, mas nós nem conseguimos conversar, teve os parabéns, fotos e bolo e quando percebi Analu tinha sumido. Quando meu celular vibrou eu recebi a mensagem na qual ela disse que ia levar Alex e Tommy em casa, Analu era muito mais corajosa que eu.

  Quando vi que não teria tempo para fofoca eu fui atrás de Will, eu não tinha certeza de nada, mas que se danasse! Eu o beijaria e depois disso ia ver o que acontecia. Matt era e sempre seria parte da minha vida, e eu precisava aprender a lidar com isso. Mesmo que meu coração achasse outra ciosa, minha cabeça estava cansada de se estressar com toda essa história. Eu estava no meio da pista de dança a procura de uma cabeleira loira quando esbarraram em mim e um par de mãos grandes me segurou. O toque me era familiar demais, eu sabia quem era antes de levantar os olhos para encarar os seus.

  Matt deu um meio sorriso. Eu sorri também, era involuntário, mas no instante seguinte balancei a cabeça, desfiz o sorriso e me afastei.

  - Obrigada. Estou procurando uma pessoa, se me der licença – pedi, ele assentiu.

  - Você está procurando o amigo do namoradinho da Analu, não é? – eu já estava me afastando, mas sua pergunta me fez parar e olhá-lo outra vez.

  - E se for? Não é da sua conta.

  - Você sempre vai ser da minha conta, Manu – sua resposta me pega de surpresa.

  - Eu não entendo o que isso quer dizer.

  - Quer dizer, pimentinha, que eu nunca parei de me importar – ele diz se aproximando e eu engulo em seco, mas tento não pensar na sensação que sua proximidade me causa.

  - Você tem um jeito engraçado de mostrar isso. Todas as garotas do campus com quem você ficou que o digam – digo sustentando seu olhar. Matt vacila.

  - Se ao menos você soubesse... – ele murmura e ri, mas não há humor algum. Fico sem entender.

  - O que você quer dizer com isso? Matt? – chamo e ele dá mais um passo, fico imóvel e prendo a respiração quando ele toca nossas testas. Estamos no meio da pista de dança e não me importo.

  Eu provavelmente vou me arrepender disso, mas talvez eu quisesse beijar Matt.

  - Só por hoje pimentinha, nesse momento, nós podemos fingir que nada aconteceu? Eu ia adorar receber o presente que já tinha virado nossa tradição. Me dói vê-la com outro – ele diz em meu ouvido e sua respiração me causa arrepios. A julgar por suas palavras, Matt provavelmente está meio bêbado, ou isso, ou eu não sei mais o que está acontecendo aqui. – Manu?

  - Oi – respondo atônita. Matt coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e volta a me olhar.

  - E o meu presente? – ele pergunta e eu acabo rindo, simplesmente por que essa situação toda é meio surreal.

  - Nós não deveríamos.

  - Mas você quer?

  - Nós dois vamos nos arrepender depois. Eu ao menos vou.

  - Mas você quer? – Matt insiste e eu encaro seus olhos escuros e me perco neles.

  Eu provavelmente não devia, mas meu coração bate tão alto que mal escuto meus pensamentos coerentes. E aqui, agora, eu quero e que tudo se dane!

  - Quero. Eu quero beijar você – digo com todas as letras e Matt cobre minha boca com a sua reivindicando seu presente.

  Seu beijo mexe comigo, como sempre mexeu, como nenhum outro depois dele conseguiu. Sinto sua mão apertando minha cintura e me colando mais a ele. Matt segura minha nuca com a outra mão e enlaço seu pescoço com as minhas, se é isso que vamos ter, eu quero aproveitar cada segundo. Quero devorá-lo como há muito desejei. Ele aprofunda o beijo e me esqueço de onde estamos, estou arfando quando nos separamos.

  Matt cola nossas testas e tenho consciência que meu rosto está da cor do meu cabelo. Ele sorri e faço o mesmo.

  - Isso... – começo, mas ele cobre meus lábios com um dedo.

  - Não fala nada. Por favor – seu pedido me pega de surpresa, mas faço que sim. Ele tira o dedo dos meus lábios e sorri daquele jeito que amo, é apenas um meio sorriso que eu sei que virá acompanhado de alguma ideia que eu não vou conseguir recusar. – Vem – ele chama e, apesar de tê-lo deixado pegar minha mão eu paro para encará-lo.

  - Pra onde? Matt isso já foi muito longe.

  Ele nega com a cabeça.

  - Não foi não, eu ainda não terminei com você. Afinal, pimentinha, você ainda está me devendo uns três anos de presente – seu sorriso me faz sorrir. – Mas isto é, se você quiser. Você quer?

  - Fingir que nada aconteceu? – pergunto sem acreditar e seu sorriso aumenta.

  - Pelos próximos minutos ao menos. E então?

  - Eu provavelmente vou me arrepender disso – respondo fechando meus dedos com mais força ao redor dos seus e me deixo ser levada por ele.

  Eu tenho consciência de que não devia estar fazendo isso. A parte racional do meu cérebro, que a essa altura desistiu de gritar, já disse várias vezes que eu me arrependeria, me machucaria, mas eu não consigo... Não! Se é pra falar vou ser sincera. Eu não quero me lembrar desse momento e pensar que eu não o beijei, que eu não fui com ele, nem que para me arrepender depois, eu quero lembrar que tive coragem de beijá-lo, quando era só isso que eu queria. Eu não seria hipócrita ao ponto de negar que isso era tudo o que eu quis em muito tempo. Talvez em circunstâncias diferentes – conosco finalmente nos acertando quem sabe -, mas eu quis isso demais para fingir que não.

  Quando alcançamos o jardim do salão de festas Matt mal me deu tempo de ver as luzes acima de nós antes de me beijar outra vez, dessa vez deixando meu coração acelerado e as pernas bambas. As borboletas a muito adormecidas em meu estômago se alvoroçaram e eu o puxei para mais perto.

  Ainda eram os mesmos sentimentos de três anos atrás. Ainda era o mesmo amor, o desejo, a paixão, as pernas bambas e os sorrisos em meio aos beijos. Matt ainda beijava meu pescoço me fazendo derreter em seus braços, eu ainda gostava de morder o seu queixo quando ficava animada, mas eu não queria isso por poucos minutos.

  Eu não sabia amar pela metade.

 Então o afastei, reunindo uma força que eu não sabia possuir. Ainda sentindo a sensação de seus lábios nos meus. Matt piscou me encarando.

  - O que foi?

  - Chega.

  - Manu?

  - Eu sonhei com esse momento sabe? Esse beijo – disse me afastando e ele continuou me encarando. – Eu quis tanto isso. Tanto, mas não assim. Não pela metade. Você me conhece, eu não sei gostar pela metade e dessa vez é o mesmo, foi você quem terminou comigo lembra? Eu nem devia estar aqui.

  - Eu sonhei com esse momento, mas é claro que nada é fácil assim – Matt diz com um sorriso triste, ele sustenta meu olhar. – Eu só fiz o que você queria. Só te deixei livre.

  - O que eu queria? De novo esse papo!? O que eu queria, Matt? Ter meu coração destroçado pelo idiota que eu amava? – rosnei me irritando. Nós nunca chegaríamos a um acordo ou solução, nós nem conseguíamos conversar sem terminar discutindo aos berros.

  - Como se você não tivesse feito o mesmo comigo, Manuella! Até quando você vai se fazer de inocente?

  - Eu!? O que eu fiz!? Vamos, fala! – gritei.

  - Isso foi uma péssima ideia, por mais que eu ame você, isso não vai dar certo.

  - Você acha? – perguntei irônica ignorando suas palavras sobre me amar e ignorando ainda mais os sentimentos que isso me causou.

  - Eu achei mesmo que... – Matt se interrompeu, negou com a cabeça e abriu um sorriso irônico. – Se você estava mesmo procurando alguém devia se apressar.

  - Procurando alguém...? – ecoei e abri um meio sorriso de deboche. – É mesmo, melhor eu ir. Ele deve estar procurando por mim.

  - Ele?

  - Alguém que eu espero que ao menos seja sincero comigo – disse e minhas palavras atingiram Matt, por que vi sua expressão vacilar. – Agora se me der licença.

  Não esperei por uma reação dele ou por sua resposta, só sai. Eu precisava me afastar o máximo que pudesse de Matthew White se quisesse preservar o que restava do meu coração.

  Quando voltei ao salão de festas ninguém parecia ter notado minha ausência ou mesmo de Matt, o aniversariante sumiu e ninguém viu, o pensamento me fez sorrir. Mas logo me lembrei do nosso beijo e da discussão e meu sorriso sumiu. Se eu o amava e ele aparentemente me amava também, por que nos reconciliarmos parecia tão difícil? E que papo era aquele sobre eu o ter magoado? O idiota aqui não é ele? Se eu fiz alguma coisa, eu ia adorar saber o que foi.

  Às vezes eu gostava de pensar que Analu tinha razão e alguma coisa realmente tinha acontecido entre mim e Matt, algum mal entendido, mas outras como agora, eu só achava que não era pra ser mesmo. Nós não íamos ficar juntos e só me restava aceitar isso de uma vez.

  Estava tão perdida em pensamentos que me sentei no bar muito longe da confusão de Drew e do outro amigo de Alex, Caleb eu acho, apenas para continuar refletindo sobre minhas péssimas escolhas. Encarei o copo com a bebida colorida que eu não tinha ideia do que era, mas pretendia descobrir, ainda tão longe da realidade que quando alguém tocou meu braço eu dei um pulo de susto.

  Encarei a pessoa e me senti mal quando vi Will. Ele, para piorar a situação, sorriu.

  - Você sumiu – Will comentou se sentando no banco ao meu lado. Eu encarei meu copo por vários segundos antes de olhá-lo outra vez. No fim, eu ia ser sincera com ele.

  - Will eu...

  - Eu vi você com o seu ex na pista de dança – ele me interrompe e coro me sentindo uma pessoa horrível.

  - Me desculpa, desculpa mesmo! Eu não pretendia terminar daquele jeito com o idiota do Matt eu só... Eu te prometi um beijo e uma dança e não consegui cumprir nenhuma das promessas.

  Para minha surpresa Will sorri, mas dessa vez um sorriso melancólico. Ele me olha quase como se me compreendesse de verdade.

  - Deixa eu adivinhar? Vocês não conseguiram colocar um ponto final nisso no passado e agora ficou um clima estranho.

  - Como você...? Você também tem um rolo assim? – pergunto surpresa e ele sorri de verdade agora.

  - Não, eu não tenho nenhuma grande história de amor do passado sem se resolver. Mas já vi acontecer.

  - E você não se importa?

  - É claro que eu me importo! Acabei de perder uma garota bonita, inteligente e divertida. Mas sabe se ela ainda quiser... - Acabei sorrindo. – Assim está ótimo, você fica muito mais bonita quando sorri.

  - Obriga, de verdade e me desculpe se te magoei, eu e o Matt, sei lá, é complicado.

  - Às vezes somos nós que complicamos.

  - Além de um cara lindo e compreensivo também é psicólogo? – pergunto divertida e ele dá de ombros.

  - Eu faço alguns bicos. Mas as consultas têm que ser pagas.

  - Pagas é?

  - Sim. Por que a senhorita ainda me deve uma dança. Posso ter o prazer? – ele fica de pé e me estende a mão e a aceito sorrindo.

  - Por que você não se importou com tudo o que aconteceu? Dessa vez eu quero a verdade – digo quando começamos a dançar e Will me olha parecendo surpreso. Sorrio. – O que foi? Achou que eu não fosse perceber? Nenhum cara fica tão de boa depois de ser trocado, por falta de palavra melhor.

  Ele hesita por vários minutos, me faz girar enquanto dançamos e por fim suspira.

  - Tem essa garota. Eu a conheci nesse evento de motos que eu fui. Nós estamos nos falando, mas nada sério, eu não sou esse tipo de cara nem ela esse tipo de garota.

  - Mas...? – insisto adorando o rumo da conversa. No fim Analu tem razão e eu adoro uma fofoca.

  - Não tem “mas”, é isso. E os meninos nem sabem de nada. Eles sabem dela, claro, só que nem desconfiam que nos tornamos tão próximos. Nós marcamos de nos ver no próximo fim de semana. Por isso eu aceitei seu convite hoje, para ver se eu sentia alguma coisa, mas...

  - Você se apaixonou por ela – digo e não é uma pergunta. Vejo Will corar e desviar o rosto, mas ele não nega e então eu sorrio.

  - Vê como é uma droga? Nós tínhamos um acordo. Nada de sentimentos.

  - Você sabe que isso nunca funciona, ? – pergunto divertida e ele me olha arqueando uma sobrancelha depois de me girar outra vez.

  - E como sabe disso?

  - Baseada nos vários romances que li, nos filmes que vi e vendo acontecer. Você sabe que Analu e Alex estão apaixonados um pelo outro não sabe? E se você perguntar a qualquer um deles, ambos vão negar até a morte, por que é assim que funciona. A maioria das pessoas morre de medo dos próprios sentimentos.

  - Você não?

  - Claro que tenho medo. Mas minha melhor amiga me ensinou a ter coragem e deixar para me arrepender das coisas que fiz. Não das que não fiz.

  Will sorri.

  - Analu parece mesmo ser uma pessoa incrível. Alex deu sorte. Aquele idiota do Matthew também, espero que ele perceba isso antes de ser tarde demais. Ou talvez não consiga.

  - Por que diz isso? – pergunto, mas Will não precisa responder.

  Eu vejo a resposta com meus próprios olhos. Matt está abraçado a uma garota próximos demais para serem só amigos, eles estão andando com ele com os braços ao redor dela. Mas eu vejo quando o idiota pega a garota no colo e diz alguma coisa bem próxima ao seu rosto, quando ele se vira para andar nossos olhares se cruzam e quero matá-lo. Foram só algumas horas que ele precisou para ficar com outra? Eu já devia saber, ele é um idiota.

  Para minha surpresa Will me vira para si outra vez e se aproxima tanto de mim que sinto a sua respiração em meu pescoço quando ele fala em meu ouvido, eu me arrepio com a sensação, mas não é a mesma coisa, nunca é.

  - Aquele seu ex é um idiota, e agora está olhando pra nós como se quisesse me matar – posso ouvir o sorriso em sua voz enquanto ele narra muito perto de mim. Uma de suas mãos vai até a minha nuca. – Será que um ser humano é capaz de atirar raios lasers pelos olhos? Ele parece bem perto disso.

  - Will! – digo divertida aproveitando cada minuto dessa situação louca. – Achei que estivesse apaixonado.

  - E estou. Mas não estou morto e seu ex é um babaca – ele murmura e então se afasta colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. E da uma olhada rápida em direção a onde Matt está, mas não me deixa fazer o mesmo me mantendo colada a ele com um braço. – E agora ele me odeia.

  - Provavelmente. Mas quer saber de uma coisa? Não é da conta dele nada do que eu faço ou deixo de fazer. Só que você quer saber? Adorei provocá-lo assim.

  - Então saiba que eu estou à disposição para fazer isso sempre que quiser, senhorita – ele se afastou e beijou o dorso da minha mão direita assim que a música acabou, me fazendo rir e pular em seu pescoço para abraçá-lo.

  - Eu espero mesmo que de tudo certo com a garota do evento de motos.

  Nós ainda dançamos mais e eu ainda vi Matt agarrado à garota, mas nós não nos falamos mais. Para a minha sorte e felicidade. No fim eu e Will acabamos nos tornando bons amigos.

  - Eu não acredito! Não acredito! Eu saio por meia hora e você beija o Matt, briga com ele, encontra o Will vocês conversam, se tornam amigos e ele ainda te ajuda a fazer ciúmes no meu primo idiota? Eu perdi a novela toda! – Analu ainda está falando enquanto anda pelo seu quarto eu apenas sorrio e a deixo tagarelar. Então de repente ela para e me olha. – Mas e você? Quer ajuda para voltar com o Matt, quebrá-lo na porrada ou matá-lo? Eu posso conseguir o álibi.

  - Você é incrível, sabia? – pergunto me sentando na cama e sorrindo. – Sério. Por enquanto nem um dos três, eu preciso me organizar sentimentalmente, isso sim. Eu amo o seu primo, mas do que isso adianta se a gente não consegue nem conversar direito?

  - Essa história para mim ainda está muito mal contada e eu vou descobrir se tem mesmo alguma coisa errada – Analu diz solene e eu suspiro.

  - Analu...

  - O quê? Pra mim tem alguma coisa muito errada nessa história e eu como a mais velha tenho a obrigação de cuidar desses meus bebês cabeças duras.

  - Você só é mais velha que o Drew sete minutos, que o Matt poucos meses e que eu um ano. Não tem obrigação de nada.

  - Eu ainda sou mais velha e vou cuidar de vocês, quer queiram, quer não! Fim de papo.

  - Tudo bem, irmã mais velha – brinco e ela vem até mim e me derruba na cama em um abraço.

  - Já que a gente aparentemente não tem sorte no amor. Vamos prometer uma coisa? – Analu pergunta quando nos sentamos outra vez.

  - O quê?

  - Que vamos tornar nossas brincadeiras de menina em realidade e vamos nos casar juntas, no mesmo dia, em uma cerimônia enorme, que tal?

  - Você está falando sério? – pergunto sem acreditar e ela sorri mostrando as covinhas.

  - Claro.

  - Mas isso pode levar a vida toda.

  - Melhor ainda, pelo menos assim não fico sozinha. Vou ter você e o seu noivo como companhia – ela ri e rio junto.

  - Então está combinado. Juntas? - ofereço o meu dedo mindinho a ela que aperta com o seu.

  - Juntas – Analu responde solene.

  Aqui em meio a uma promessa com a minha melhor amiga eu tenho certeza de que não importa muito o que a vida reserve. Eu sempre vou tê-la comigo.

  E quanto ao Matt, bem, como diria tia Elisa, se for para acontecer, acontecerá e se não for também, eu ainda posso provocá-lo com a ajuda de Will e de repente a vida parece até mais colorida.

  Tenho certeza que vou adorar voltar para a faculdade na próxima semana, por que eu decidi que ele não me afeta mais, agora só tenho que explicar isso para o meu bobo e descontrolado coração apaixonado.

 

~ X ~

  Alex

 

  Eu observava Tommy se segurar na mesa se centro em nossa sala bagunçada e dar a volta animado em chegar ao outro lado apenas para fazer tudo outra vez. Ele tinha tentando se soltar algumas vezes e eu estava ansioso para ver seus primeiros passos, mas talvez não acontecessem antes do seu aniversário de um ano daqui a pouco mais de um mês.

  - Papa! – ele chamou com toda a animação de um bebê e eu sorri vendo-o balançar seu carrinho em uma mão.

  - Estou aqui, campeão. Que tal uma tarde de filmes? Eu preciso pensar em alguma coisa que não seja ela.

  A morena dos incríveis olhos verdes não saia da minha cabeça.

  Analu já ocupava meus pensamentos antes de eu beijá-la, antes de eu provar o seu gosto. Agora, eu simplesmente não conseguia não me lembrar da visão dela corada, arfando e vermelha enquanto nos beijávamos ou de saber que a única coisa cobrindo o seu dorso naquele momento era aquele sutiã de renda preta que só serviu para ajudar ainda mais a minha imaginação.

  Beijá-la foi ainda melhor do que eu imaginei que seria, beijar Analu me tirou o ar de um jeito que nunca aconteceu. Causou-me sentimentos que nunca senti e, parte de mim, até sabia que eu não devia ter ido tão longe, mas meu desejo falou muito mais alto que a razão e quando vi, ela estava sobre a bancada da pia e eu beijava seu pescoço e apertava sua coxa. Como é possível que cada pedaço daquela garota seja tão delicado e firme ao mesmo tempo? Ainda me lembro da sensação das minhas mãos em suas pernas e dos lábios em seu pescoço fazendo-a arrepiar. Ainda lembro de sentir suas mãos urgentes em meu pescoço me puxando mais para si. E eu com certeza lembro que nem toda a proximidade do mundo parecia ser o suficiente.

  Mas a lembrança que tenho com mais clareza é a dos seus olhos marejados quando eu me desculpei. Eu a magoei e isso acabou comigo.

  Eu não queria ter magoado Analu. Ela era a garota mais especial que eu já tive o prazer de conhecer e foi a única em muito tempo a me despertar tantos sentimentos, eu não a queria magoar. Mas para inicio de conversa eu nem deveria tê-la beijado. Não que o beijo tenha sido ruim, muito pelo contrário, assim como com qualquer coisa que envolva Analu, foi perfeito.

  Só que eu prometi ao pai dela que não a magoaria e prometi a mim mesmo que não ia deixar mais ninguém entrar, por que eu não queria perder mais ninguém. Eu estava cansado de ver as pessoas que eu amava indo embora. Se eu deixasse Analu entrar ela ia tomar de conta da minha vida e do meu coração, disso eu tinha certeza e, quando ela fosse embora, dessa vez eu não ia ser o único a sair machucado. E Tommy já tinha perdido demais. Eu poderia não ter tido a minha mãe, mas tive meus avós e Lucy, Tommy só tinha a mim.

  E se ser um babaca fosse afastar Analu melhor que isso fosse logo e não quando ela já fosse uma parte insubstituível da minha vida já toda desfalcada.

  Mas no banheiro ontem eu só me desculpei por que vi Drew, por que soube que seu irmão ia me odiar e que isso ia terminar mal pra ela. Desculpei-me por que eu não queria bagunçar a vida de Analu como ela já estava começando a fazer com a minha, mas aparentemente não foi isso que ela entendeu e seu orgulho jamais a faria admitir que eu a magoei, do que eu conhecia Analu, ela preferiria resolver seus problemas talvez, quem sabe, atropelando minha moto outra vez do que abaixando a cabeça para alguém.

  Aquela tempestade em forma de mulher estava me odiando nesse momento e eu tinha até medo do que isso podia significar. Mas até imaginá-la irritada me fazia sorrir, Analu nunca seria calmaria, ela era furacão que passava e levava tudo consigo.

  Respirei fundo e balancei a cabeça para me livrar desses pensamentos, eu já a tinha magoado, ela provavelmente nunca mais falaria comigo e eu teria para sempre a lembrança do nosso beijo. Acho que era o suficiente e o melhor, assim ninguém mais se machucava.

  Eu ia apenas seguir minha vida sem Anna Laura Whitmore nela e isso era o melhor para todos, mesmo que meu coração se rebelasse perante a minha decisão.

  - E então, Tommy, qual filme vai ser? – perguntei ao bebê que, se eu tivesse sorte, continuaria a ser o único amor da minha vida. Ele me respondeu com sons inteligíveis e sorri indo a até ele e o pegando no colo apenas para fazê-lo rir. – Vamos torcer para eu conseguir tirar aquela princesa da cabeça.

  - Hm? – Tommy me olhou curioso e sorri beijando-o.

  - É, como sempre, você tem razão. Isso vai ser a coisa mais difícil que fiz nos últimos tempos.

  Quando o bebê se estica para puxar meu cabelo não consigo não pensar em Analu e a sua batalha constante com Tommy, e, quando vejo os rumos dos meus pensamentos começo a rir.

  Eu estou mesmo muito ferrado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, a Manu é um amor né? E, por favor, não odeiem o Matt ele é legal, Ok? E esse rolo todo com beijo e a amizade da Manu e do Will?
E o Alex no fim relembrando o beijo? Esses homens todos precisam tomar coragem, isso sim kkkk
Espero mesmo que tenham gostado e quero opiniões!
E quero agradecer também a todo mundo que participou e interagiu comigo no insta eu amei! Foi super divertido fazer as enquetes e gerar polêmicas! Kkkk Eu mesmo não fui capaz de opinar em várias... E pra quem quiser me seguir é @autora.leticia.medeiros!
Beijocas e até, Lelly ♥



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