Do início até o para sempre escrita por Gle Smacked Cullen


Capítulo 7
A noite de núpcias


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, esse capítulo está um pouco grande, tentei diminuir mas não queria que ficasse faltando informações. Então é isso, eu espero que curtam.

Boa leitura



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Tentei aguentar firme e não demonstrar o quão entediada eu estava naquela festa, eu só queria passar mais tempo junto da minha família. Acredito que mamãe percebeu, pois aproximou-se para fazer-me companhia.

— Não está gostando da sua festa?

— Estou, só que não gosto de ficar sentada sem fazer nada. – eu falei baixo para o meu marido não escutar e nem seus parentes.

— Você sempre elétrica minha filha. Esme, quero que saiba que estou muito feliz com seu casamento. - Eu não sabia o que responder, apenas assenti.

— Charles, posso pegar minha filha um pouco?

— Claro, senhora Platt. - Ele pegou minha mão e entregou a ela. Levantei-me e fui com ela.

A noite estava bonita e estrelada, caminhamos até a saída que dava aos jardins da fazenda. Paramos e mamãe tentou iniciar uma conversa.

— Independentemente do que sentir, mantenha a paciência, o silêncio e tudo dará certo sempre. –  ela me disse olhando para as árvores e muito séria.

— O que quer dizer com isso, mãe?

— Sobre tudo, o silêncio é a mais eficaz resposta.

— É uma dica para o casamento não é?

— Sim minha filha, não incomode seu marido com problemas insignificantes e reclamações quando ele chegar em casa depois de um dia de trabalho. Deixe que ele conte a você sobre os problemas dele; os seus vão parecer bobagem se você comparar.

— Certo, farei o possível para seguir seu conselho mamãe - eu disse verdadeiramente, ela é mais velha tem muito tempo de casamento e agora eu sou casada é bom escuta-la.

— E sobre a noite de núpcias minha filha e tantas outras que virão. Assumo que isso vai acabar ficando mais incômodo com o tempo, mas não faça questão de dizer isso ao seu marido. Para os homens, não faz diferença no prazer que sentem durante o ato se você está ou não cansada. - Observei seus olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas, ela tinha um semblante triste.

— Mamãe, você está triste com meu casamento? – eu disse preocupada e a vi limpar algumas lágrimas que insistiu em cair. Eu engoli em seco.

— Não minha filha, estou feliz pelo seu casamento. Só estou sensível! E estou te dando esses conselhos, porque não quero que sofra como eu sofri no início do casamento. - Ela disse me olhando com sinceridade, afaguei seus cabelos castanhos carinhosamente. Ele teve uma reação inesperada, colocou sua cabeça em meu ombro, e começou a falar novamente.

— Mesmo que eu não demonstre, eu te amo, Esme! Tudo que digo é para seu bem. Meu último conselho para seu casamento meu amor, é sobre caso haja um ocasional lapso da parte do marido, perdoe e esqueça. Ou, melhor ainda: faça com que ele acredite que você não sabe. Uma infidelidade no caminho não significa que ele deixou de amar você.

— Mas mamãe infidelidade é errado, prometemos diante de Deus sermos fiel. – discordei rapidamente do seu conselho.

— Mas as vezes o homem é fraco, perdoe seu marido. Ele sustenta, a mando de Deus, uma posição de dignidade como líder da família e cabeça da mulher. Qualquer quebra nesta ordem indica um erro na união ou uma digressão de dever. - Assenti a ela.

Minha mãe sem pedir licença abraçou-me como antigamente bem apertada, me embalando contra seu peito. Mas tinha algo de diferente me parecia uma despedida e então senti uma certa angústia e não consegui conter minhas lágrimas.

— Pare de chorar meu amor e sorria hoje é um dia lindo - ela me disse sorrindo. Até que alguém limpou a garganta, chamando minha atenção.

— Vocês estão aí, fugiram da festa - Elizabeth disse sorrindo.

— Venha filha, faça parte desse abraço gostoso - mamãe disse e Elizabeth se aproximou e então se abraçamos como fazíamos antigamente.

— Vocês me prometem, que vão me visitar? - Elizabeth perguntou

— Claro minha filha, assim que der eu e seu pai faremos uma visita a Londres. A família se reorganizou com o dote de casamento de Esme.

— E você, Esme? - Elizabeth perguntou

— Sim, claro. Preciso conhecer meu sobrinho daqui a um tempo - Ela nos deu um sorriso torto, pegou nossas mãos depositando sobre seu ventre.

— Um novo Platt Lewis a caminho

— Será que é menino ou menina? – eu disse sorrindo, mamãe sorriu e então tirou sua aliança do dedo e puxou levemente um fio de cabelo de Elizabeth que reclamou

— Aí, que isso mamãe

— Eu descobri o sexo de vocês duas desse jeito, aprendam e façam isso com os bebes de vocês. - Ela sorriu e então amarrou o fio de cabelo da Beth junto a aliança formando uma espécie de pêndulo. E aproximou da barriga dela que se moveu um movimento circular.

— É uma menina - Eu fiquei surpresa e Elizabeth também sorrimos muito.

— Como você sabe mamãe? - Questionei surpresa.

— Se o pêndulo balançar em uma linha reta, para frente e para trás, é menino. Se fizer um movimento circular é menina.

— Estou grávida de uma menininha. Eu sempre quis uma menininha para trata-las como lindas bonecas pra arrumar e pentear os cabelos. - Minha irmã sorriu acariciando o ventre.

— É uma ótima noticia Beth - sorri abertamente.

— Senhora Everson - Uma mulher chamou de longe. Ela quase corria em nossa direção e parecia agitada.

— Ela está te chamando Esme - Elizabeth disse

— Pois não? - eu disse a mulher.

— Senhora Everson, não gostaria de me acompanhar, por favor? -  assenti, me despedindo de mamãe e Elizabeth.

— Claro.

Segui a mulher até a sede principal da fazenda. Que era muito grande e luxuoso, com uma antecâmara e varias saletas adjacentes, agradou-me muito.

— É muito bonito essa fazenda - eu disse sorrindo.

— Sim senhora. Vou te arrumar para sua partida. - ela me disse sorrindo.

Entramos num quarto e então logo ela me ajudou a retirar o vestido e o espartilho que me sufocava um pouco. Me cobri com um lençol e percebi ela preparando a água na banheira do quarto. Quando ficou pronto entrei na água sentei-me na borda da banheira deixando o vapor cobrir meu corpo, só então imergi. Ela se aproximou e lavou meu cabelo com muito cuidado. Logo o banho acabou e a moça me ajudou a me secar.

— Senhora, vou colocar um vestido mais fechado por conta do frio porém simples para você retirar mais tarde quando estiver a sós com seu marido - apenas assenti sem jeito.

Após a celebração de nosso casamento na fazenda dos meus sogros, se despedimos dos convidados e nos retiramos para nossa casa. Não consegui me tranquilizar, estou ansiosa e preocupada.

Quando a cabriolet começou a diminuir o ritmo eu soube que estávamos finalmente entrando na cidade, em que eu iria residir, notei que era um pouco distante da fazenda de meus sogros mas eu conhecia o lugar. Enquanto olhava pela janela observei casas e ruas bem ordenadas. A medida que avançávamos as casas ficavam mais luxuosas e a paisagem mais exuberante, eu fiquei de boca aberta com o luxo das casas, estávamos quase chegando, quando Charles resolveu interromper o silencio.

— Estamos chegando, podemos conhecer nosso aposento primeiro, o que acha? – entendi perfeitamente a fala de Charles, seu olhar de cobiça o delatou estremeci com tal ideia, mas é normal.

— Cla...claro - gaguejei, olhando pra baixo.

Ele inclinou-se lentamente para mim, acariciando meu cabelo e me deu um beijo delicado. Fiquei ainda mais inquieta e desconfortável, se quer conseguia olhá-lo. A cabriolet parou interrompendo meus pensamentos

— Chegamos, venha - Ele ajudou-me a descer.

Entramos em nossa casa que é muito bonita, mas não consegui observar tanto pois fomos direto para o quarto, que é todo pintado de branco com pequenos detalhes de dourado, tem enfeitados numerosos de anjos em azul. A cama bem arrumada ao lado tinha uma mesinha junto com minhas malas próximo a parede. 

— Vou deixa-la a sós para se preparar e eu logo venho. - E logo ele se retirou.

Fiquei com os olhos fechados, ouvindo os sons no quarto. Comecei a me preocupar, mas respirei fundo e me recompus. Fui direto para meu banheiro e consegui retirar com facilidade o vestido que tinham colocado em mim. Coloquei uma camisola branca fina. Olhei-me no espelho e me senti muito envergonhada, a fina camisola mostrava meu corpo e isso me deixou mais ressabiada. Sentei-me na cama de frente para a janela que estava coberta por uma cortina e fiquei a espera de Charles. Alguns segundos se passaram mas logo o barulho da porta me avisou que ele havia entrado no quarto.

Estava completamente despreparada, quando senti a mão dele colocar meu cabelo para frente, afastando os fios que pairavam sobre minhas costas e senti um beijo leve em minha nuca, ele me virou e encontrei os seus olhos percorrendo meu corpo. Havia um fogo dentro deles, eram puro desejo. Estremeci quando nossos olhos se encontraram e, de repente, senti um enorme desejo de cobrir-me. Nunca havia estado assim em frente a um homem antes.

Estávamos apenas nos dois, não podia deixar de me sentir assustada por estar quase nua em frente a seu olhar de cobiça. Charles puxou meu rosto para o dele novamente, em um beijo que aos poucos, foi ganhando intensidade. Abri meus lábios vagarosamente, desfrutando a sensação do contato entre nossas bocas. É algo totalmente novo para mim, mas não é tão incômodo como eu havia imaginado. Observei Charles começando a subir minha camisola, acariciando minhas pernas, enquanto descia os lábios para meu pescoço, me arrancando assim um pequeno gemido, não consegui me conter. E aquilo me deixou estranhamente envergonhada.

Os tecidos que ainda separavam nossos corpos logo foi tirado totalmente por Charles, me deixando assim totalmente nua e ele também. Fiquei vermelha quando ele pegou admirando meu corpo. Ele voltou a apertar-me em seus braços, me empurrando para os travesseiros e ficando sobre mim, me contrai quando senti seu corpo contra o meu.

Os sons que Charles fazia em meu ouvido, enquanto explorava meu corpo com suas mão, faziam minha respiração acelerar e meu corpo contrair de tensão, ele apertou-me mais em seus braços e começou a percorrer seus dedos em meu quadril, subindo as mãos até o vão entre meus seios. Era bom entretanto não conseguia controlar meu certo pavor, apenas fiquei estática enquanto deixava Charles sobre o controle. Senti que ele começou a movimentar-se contra mim; olhei pra ele e observei seus olhos fechados. Ele tomou meus lábios com urgência, apertando-me tanto em seus braços que eu mal podia respirar, a sensação estava longe de ser desagradável mas também não foi algo excelente.

Separei nossos lábios, arfando em busca de ar, quando ele começou a mover-se para dentro de meu corpo, senti um incômodo mas suportável e então sem controle do meu corpo soltei um leve gemido, meu corpo tremia com a intensidade de seus movimentos. Logo senti seu liquido entrar em contato com o meu corpo e então senti ele saindo sobre meu corpo e caindo para o lado da cama. Amoleci os músculos do corpo e relaxei.

— Excelente Esme, você é muito boa - Ele disse com a respiração forte e eu não sabia o que dizer, eu não fiz nada, nem ao menos o toquei, só fiquei parada mas suponho que isso seja o certo, então eu fiz tudo certinho. E então sorri levemente orgulhosa de mim e assenti. É parece que não é tão ruim, como eu havia imaginado, é até bom, são novas sensações. Logo ele virou para o lado e observei sua respiração se desacelerando e notei que ele adormeceu. Me virei também, tentando me aconchegar e esperando minha respiração se acalmar junto com as sensações desconhecidas em meu corpo que haviam me tomado sob o toque dele. Sentia uma leve ardência em meu corpo, mas logo fui tomada por uma exaustão o que me fez dormir rapidamente também.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Beijos, até mais.



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