Do início até o para sempre escrita por Gle Smacked Cullen


Capítulo 13
Ruptura


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoal

Eu sei, eu demorei e devo desculpas!

De verdade, aconteceu um bloqueio mental e eu não conseguia escrever nada... Mas hoje resolvi ler e assistir um pouco da saga e parece que ativou aí!

Esse capitulo, está um pouco grande ... Para recompensar esse tempo longe. Espero que gostem.

E desculpa pelos erros de escrita.



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Eu estou gravida! É isso, vou ter um bebê.

Não posso contar para Charles! Eu estava com medo. Charles é muito imprevisível, vivo cada momento com pavor do que aconteceria na próxima vez que despertasse sua raiva. Ele sempre usou a violência física para me punir, mas antes da guerra ele sempre esteve no controle de suas ações. O mesmo não poderia mais ser dito. Eu só podia imaginar os horrores do que ele teria visto e feito durante a guerra, e eu sabia que voltar para um mundo em tempo de paz seria difícil para ele. 

 

Tentei ficar quieta e manter minha fé de que iria melhorar. Mas Charles continuou bebendo e a violência aumentou, e agora começo a ficar desesperada.

Eu vou ter um bebê! Eu preciso proteger meu bebe. 

Estremeci ao aceitar a verdade disso... Eu mordi meu lábio pensando freneticamente como proteger meu filho e ouvi seu grito impaciente.

— Esme!

— Estou descendo. - Consegui sair do quarto, mas enquanto caminhava pelas escadas, senti o cheiro de tabaco velho que pairava sobre a sala e aquilo me atingiu e eu não pude fazer nada enquanto meu estômago revirava e eu simplesmente corria para o banheiro. 

— Que nojo, Esme! - Escutei Charles reclamando. 

Meus sentidos giraram, enquanto meu estômago revirava novamente

— Eu não posso evitar, estou doente! - Eu tossi, cambaleando e ficando de pé, amarrando meu cabelo e lavando o rosto na pia. 

— Então se cuide, mulher! Credo! - Charles disse ignorantemente. 

 

Sim, vou me cuidar! Vou embora deste lugar. Eu pensei com rebeldia. Ele marchou para fora do banheiro e um segundo depois eu ouvi a porta de entrada bater... 

De jeito nenhum que vou ficar nesta casa, esperando a próxima agressão, colocando em risco a vida do meu bebê.

Meus pais, mamãe e papai! Eles saberão o que fazer! Preciso ir para casa, preciso de ajuda. 

Voltei para o quarto e me troquei rapidamente. Peguei apenas uma bolsa com o dinheiro que me restava e sai caminhando até os correios.

O carteiro ficou feliz em me levar até a fazenda dos meus pais. Ele rejeitou minha oferta de pagamento, dizendo que ficaria feliz com a companhia, enquanto me ajudava a subir no banco da frente com um sorriso amigável. Eu sorri de volta. 

Cada milha que passava me fazia sentir melhor enquanto pensava em voltar para casa, pensando unicamente em proteger meu bebê. Finalmente chegamos ao portão da fazenda e agradeci ao carteiro efusivamente enquanto pegava as cartas que ele tinha para meus pais e prometia entregá-las. Eu nem sequer parei por tempo suficiente para acenar para ele enquanto ele se afastava, mas saltei meus calcanhares e subi correndo o caminho para ver minha mãe, imaginando o quão feliz ela ficaria em me ver.

— Esme!! - minha mãe exclamou quando abri a porta da cozinha, chamando por ela. 

— Mamãe - Suspirei 

— O que você está fazendo aqui? Cadê o Charles? - Ela estava lavando a louça e pegou uma toalha de chá e secou as mãos, olhando para a porta além de mim. 

— Está na casa dele. Eu preciso voltar, mãe! Quero voltar a morar contigo e o papai. -  Eu disse rapidamente. 

— Como assim, Esme? Você é uma mulher casada agora, e seu lugar é com seu marido. 

— Não pode ser, mamãe! Eu estou com medo. Charles é violento e sempre me machuca. - eu disse, minha voz tremendo.

Minha mãe fechou os olhos e respirou fundo, e quando falou, suas palavras me chocaram. 

— Às vezes essas coisas acontecem e eu sinto muito, mas você deve fazer o seu melhor para cuidar de seu marido e de sua casa. É onde você está agora, e sua lealdade está com Charles. - Eu olhei para ela perplexa.

Surpreso com minha mãe, me sentei em uma cadeira da cozinha e olhei fixamente para ela. Ela estava falando sério? Minha lealdade deveria ser com o homem que me maltrata. Minha mãe se sentou à minha frente e deu um tapinha gentil em minha mão. 

— Os homens podem ser difíceis às vezes, Charles estar passando por um período estressante pós guerra e deve ficar muito irritado e não consegue administrar os próprios pensamentos... mas é seu trabalho como esposa administrar esses estados de espírito. - Mamãe disse calmamente. 

Neguei silenciosamente, não pude concordar com a avaliação de minha mãe. 

— Minha filha, você e Elizabeth são excelentes moças. São minhas dádivas. E nunca fizeram nada para deixar seu pai ou eu com vergonha de vocês. Você assumiu um compromisso com Charles e deve cumpri-lo. Sei que você é jovem e inexperiente, mas tenho certeza de que compreende que é o curso de ação adequado voltar sua mente para ser uma esposa boa e leal a Charles. 

Cruzei meus braços sobre a mesa e enterrei meu rosto neles, minhas emoções girando. Raiva, mágoa e choque com minha mãe e Charles pelo que eles fizeram comigo se misturaram a um terror profundo e duradouro que cresceu quando comecei a perceber que estava sozinha agora. É apenas eu e meu bebê. 

— Você precisa comer, fiz aquele bolo que você ama! - disse mamãe, acariciando meu cabelo. Ela se levantou e trouxe o bolinho para a mesa e eu nada disse, apenas a olhei tristemente. Meu estômago roncou e lembrei do meu pequenino, não comi nada hoje. Pensei comigo mesma enquanto pegava a faca e cortava um pedaço e começava a comer.

— Coma tranquila, minha filha! E quando seu pai chegar do campo, ele te levar para casa.

Eu não respondi. Eu mantive minha cabeça baixa e mastigava o bolo e lutava contra as lágrimas enquanto minha mãe se agitava pela cozinha...

— Esme, o que você está fazendo aqui? -  Meu pai veio do campo e me beijou no topo da cabeça enquanto se sentava de frente para mim e aguardava mamãe servi-lo. 

— Esme e Charles tiveram uma desentendimento bobo -  mamãe disse apressadamente. 

— Você não é uma garotinha, minha filha! Tem que resolver seus problemas com seu marido. - Lágrimas brilharam em meus olhos e funguei pateticamente. Mamãe sussurrou para papai por um momento, antes de ele suspirar rispidamente e esfregar meu ombro.

— Tá bom, calma! Eu te levo para casa. Volte e peça desculpas a Charles e invente qualquer argumento idiota que tudo vai acabar bem. 

Ouvimos o som de um cavalo e uma charrete no quintal e, em seguida, passos pesados ​​cruzando a varanda. Charles apareceu na porta, seus olhos passando rapidamente por mim antes de se virar para meus pais com um sorriso.

— Meus sogros, como estão? Eu vim por minha esposa - ele disse calmamente.

— Charles, venha! Tome uma bebida antes de voltar - disse meu pai alegremente.

— Ou fiquem para o jantar... Logo preparo a janta! - Mamãe disse simpática. 

— Obrigado, mas não. Aceito apenas uma água e então Esme e eu devemos ir embora.-  Charles disse cortesmente. 

“Esme,” mamãe disse rispidamente. "Pegue um copo d'água para Charles, por favor."

Eu fiz, e embora minha mão tremesse o suficiente para que um pouco de água entornasse no topo do copo quando eu o entreguei a ele, Charles apenas me agradeceu educadamente. Ele bebeu muito rapidamente e se levantou, estendendo o braço para mim. 

— Vamos, Querida! Diga adeus agora, precisamos ir embora. 

Eu balancei a cabeça e beijei as bochechas dos meus pais, minha garganta muito engasgada para falar. Meu pai deu um tapinha no meu ombro de novo e me disse para ser uma boa menina, e minha mãe me beijou de volta e me fez lembrar do que havíamos conversado. 

Nosso caminho de volta foi quase silencioso. A certa altura, incapaz de suportar por mais tempo, me virei para ele e deixei escapar:

— Charles, podemos conversar? Eu procurei meus pais por causa dessa virose, fiquei preocupada e não sabia mais o que fazer para me tratar - Menti, falei baixinho. 

— Em casa, conversamos em casa! 

 Suspirei baixinho e me remexi e comecei a chorar um pouco, incapaz de evitar, mas Charles manteve sua palavra e não disse nada para mim enquanto voltávamos. 

Ele deixou o cavalo no estábulo e descemos a rua, e só quando chegamos em casa, com a porta da frente bem fechada atrás de nós, ele falou comigo.

— Você me decepcionou, Esme - Ele se encostou no batente da porta da sala de estar, com os braços cruzados enquanto olhava para mim. 

— Desculpa, Charles! Eu sinto muito. - eu sussurrei, não vendo outra escolha a não ser um pedido de desculpas.

— Me fez parecer um idiota - ele disse rudemente. 

— Eu te disse, essa virose ... Me deixou muito mal, pensei em pedir ajuda para minha mãe. Eu iria voltar! - Observei com horror crescente enquanto ele desabotoava o cinto vagarosamente e o deslizava para fora das alças da calça. Ele o dobrou e segurou as duas pontas em uma mão, batendo o couro dobrado levemente contra a palma da mão oposta.

Instantemente com os olhos arregalados, recuei até que a parede atrás de mim me impedisse de me mover mais. Levantei minhas mãos a altura do meu rosto e uma na minha barriga, meu pensamento foi direto no meu filho. E criei uma força inimaginável. 

— Mary, por favor! Me ajude - Gritei e corri rapidamente em direção as escadas, só corri. Não pensei. Mas não adiantou. os próximos momentos foram um caos quando senti o cinto envolverem meu pescoço e apertando convulsivamente. Eu agarrei freneticamente suas mãos enquanto elas cortavam minha respiração, tentando desesperadamente soltar seus dedos do cinto enquanto eu lutava para respirar. Com seu rosto furioso e gritando a apenas alguns centímetros do meu, Charles me sacudiu como uma boneca de pano, e pude sentir meus olhos esbugalharem de terror quando minha visão começou a desvanecer-se. Usei toda a minha força restante para bater nele, mas não foi o suficiente e um rugido, barulho de corrida encheu meus ouvidos enquanto a escuridão girava ao meu redor e eu desmaiava.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem.

Até o próximo capitulo.



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