E se...(naquele dia) Betty e Armando escrita por MItch Mckenna


Capítulo 2
Capítulo 2 A vida continua...


Notas iniciais do capítulo

Armando vai ter que se virar e pedir ajuda para o pai se não quiser entregar a Presidência para Daniel.

E Betty vai trabalhar com Catalina.



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Quando Armando adentrou a sua sala no dia seguinte, sua raiva aparente havia passado. Queria conversar de novo com sua amiga e confidente Betty, mas encontrou a salinha vazia.

—Ué! Mas onde está Betty?

Incorformado, ele sai procurando Betty pelos corredores:

—Patrícia! Onde está Betty?

—E eu que vou saber? Se você não sabe, Armando...

Por fim, Armando voltou à sua sala e achou o envelope agradecendo a oportunidade de aprender com ele naqueles poucos meses e o pedido de desculpas por não poder ajudá-lo mais e que não queria atrapalhá-lo como sempre fazia , desejando que ele fosse feliz no casamento com Marcela.

Com letras pequenas escreveu: “Nunca vou esquecê-lo, Seu Armando!”

Ao ler, Armando ficou chocado. Por dias não sabia o que fazer sem Betty. Não queria Patrícia de posse de sua agenda. Deu bronca em Gutierrez, por deixá-la ir e por fim, teve que se acalmar, pois Mário e Marcela começaram a perceber.

Sem Betty, Armando não tinha quem limpar sua barra e teve que passar a humilhação perante a diretoria. Quando modelos no estilo Cláudia Borsh iam até sua sala abordá-lo, não tinha quem o escondesse deles e nem de Marcela. Patrícia, pelo contrário, o entregava em bandeja de prata.  Logo, um dia, Marcela chegou e uma das modelos o estava agarrando.  Era uma de suas ex-amantes, ele estava tentando por fim à relação, mas Marcela não via assim, achava que ele era quem estava agarrando. 

Por fim, Armando acabou colocando um outro vice presidente financeiro, por sugestão de Marcela era um ex-colega de Daniel, mas ele não sabia disso) e  chamou Freddy para ajudar a cuidar de suas coisas pessoais, visto que não queria que Patrícia o fizesse. Logicamente, Freddy não era tão competente quanto Betty, mas qualquer um era melhor que ter Patrícia cuidando de tudo. A amiga de Marcela não era só intrometida, querendo controlar tudo de Armando, fazia tudo errado, não sabia fazer planilhas simples, relatórios nem nada.

—Ai, Armando! Eu fiz seis semestres de Finanças na San Marino. Eu deveria ser sua assistente já que aquela sapa não está mais aqui!

—Pois eu prefiro ficar sem assistente, pois você não serve para nada a não ser ficar de enfeite!

—Não fale assim com Patrícia, depois que a tonta da Beatriz saiu você deveria ter dado uma chance a ela!

—Para quê, Marcela? Ela não sabe nem pedir um almoço, reservar hotel, nem nada.  Quer saber? Patrícia vai para a recepção! Lá é seu lugar! Você não vive implicando porque Aura María chega tarde? Fique lá no lugar dela e não quero saber!

—Ai, Armando, eu não vou!

—Ou vai ou está despedida!

Por conta da infidelidade de Armando e a implicância (na visão de Marcela) com Patrícia, Marcela cancela o casamento marcado para setembro. A intenção não era cancelar, mas pressionar Armando a ser fiel a todo custo. Mas Marcela acabou por perdoá-lo e os dois reataram, como sempre faziam (fazendo sexo desenfreadamente)  sem data para o casamento, alguma data perto do Natal. Com isso, Armando conseguiu o apoio de Marcela para tentar reassumir a Presidência após a Reunião de setembro.

Armando, estava afastado da Presidência, porque, Seu Roberto,atendendo o pedido de socorro de seu filho, vendo que Armando não cuidava direto das coisas e Daniel planejava ser presidente para dividir a empresa, assumiu, a contragosto,  por uns tempos a Presidência da Ecomoda,  para evitar brigas entre eles.

Armando, durante o tempo em que Roberto assumiu a Presidência, dividia a sala com Mário, onde os dois, ao invés de trabalharem sério, ficavam a maior parte do tempo, planejando aventuras sexuais. Armando, até tentava trabalhar sério, mas logo Mário vinha com conversa mole, mostrava o Oráculo das Deusas, marcava encontros, trazia modelos e a carne de Armando era muito fraca, pois gostava da coisa também.

—______________

Por outro lado, Betty começou a trabalhar para um amigo de Catalina, em escritório de Contabilidade, onde ficou até junho. Mas quando Catalina precisava de uma assistente para lhe ajudar nos eventos, sempre chamava Betty. Ela ficava feliz de ajudar Catalina, mas sentia-se deslocada e sentia-se ainda mais feia, em meio a tanta beleza. 

—Este não é meu lugar, Dona Catalina!

—Não vejo lugar melhor para uma pessoa tão competente quanto você, Betty! Vou precisar que alguém me assessore em uma viagem à Miami, você aceitaria?

—Sim, devo muito à senhora, Dona Catalina!

—Será em setembro! Mas antes precisarei ir fazer um trabalho em Cartagena. Já esteve lá, Betty?

—Não!

—E gostaria?

—Sim, nunca vi o mar de perto!

—Então, gostaria de vir comigo?

—O problema é meu pai!

—Eu falo com ele!

Após Catalina conversar com Seu Hermes e Dona Júlia, e garantir que Betty ficará bem, Betty parte para Cartagena. Em contato com o mar, Betty sente-se renovada. A moça, mesmo desempenhando um bom trabalho no Escritório de Contabilidade, não se sentia bem, por sentir saudades das amigas do quartel, com quem mantinha contato e principalmente, de Armando Mendoza, quem só via pelas Revistas, geralmente, ao lado do pai ou nas revistas de fofocas por conta das aventuras sexuais.  Apesar de tudo, Betty o amava. Levaria muito tempo para esquecê-lo. Se esquecesse...

Catalina sabia que apesar de Betty sentir-se melhor em Cartagena que em Bogotá, por conta do mar,  sentia falta de suas amigas e de seus pais. Então, sempre levava Betty para conhecer e fazer novos amigos. Um desses amigos era Michel Bolnier. Michel era um pairisiense que radicado na Colômbia planejava inaugurar um restaurante em Cartagena. Ao saber que a amiga de Catalina manjava de Finanças e Mercado, queria saber a opinião de Betty sobre os trâmites para abrir e  regularizar a empresa, bem como, a viabilidade do projeto. Gentil e educado, ficavam horas conversando.

Betty, no entanto, sentia-se muito deslocada com aquele ambiente de pessoas tão bonitas, ainda mais bonitas que as da Ecomoda, pois lá não havia um quartel das Feias para se integrar.

Vendo a angústia da assistente e agora, amiga, Catalina propôs:

—Você tem interesse em mudar, Betty?

—Como assim?

—Corte de cabelo, roupas novas.

—Ah não sei, Dona Catalina! Eu não me dou bem com estas coisas! Sou sempre Betty, a Feia!

—Confiaria em mim?

Betty resolve dar uma chance e logo, na primeira vez o cabeleireiro, hidrata,  escova e corta as pontas mastigadas de seu cabelo, mantendo-o cacheado, mas brilhoso, caído sobre os ombros, a franja ele escova para tras, revelando a bela testa de Betty.

Ela gosta do que vê no espelho. Seus novos amigos elogiam e disposta a voltar outra, Betty aceita retornar ao salão: desta vez fazem limpeza de pele com peeling, depilação, modelam a sobrancelha, tira o buço e faz as unhas do pé e mão. Betty se vê bonita pela primeira vez no espelho.

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Notas finais do capítulo

Armando, toma jeito, ou a empresa vai para as mãos do Daniel.

Aí Betty gostei de ver!



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